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Saques do FGTS podem movimentar mais a economia do que o governo previa, aponta pesquisa

1 de fevereiro de 2017
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Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas Carteira de TrabalhoO impacto do saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na economia pode ser maior do que estima o próprio governo. Um estudo feito pelo Santander e divulgado pela agência Broadcast, do Grupo Estado, prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país pode ganhar até 0,4 ponto percentual com esses saques. A projeção feita por economistas do banco também calcula que cerca de R$ 41,4 bilhões – valor próximo de 100% das contas inativas – será sacado pelos trabalhadores. Boa parte desse dinheiro deve reforçar o consumo das famílias. O deputado federal Adérmis Marini (PSDB-SP) concorda que a medida, anunciada pelo presidente Michel Temer no ano passado, ajudará a estimular a economia em recessão.

“No momento que nós estamos passando, com essa crise econômica e recessão, qualquer investimento que você faça na economia, para fazer com que as pessoas voltem com a circulação da moeda é muito positivo”, disse.

Analistas do banco estimam também que os recursos devem reforçar o consumo das famílias em até 0,7% nos meses seguintes à retirada do dinheiro. A estimativa é de que esse impacto seja observado nos anos de 2017 e 2018, principalmente no início do período de liberação dos recursos. Marini lembra que a medida faz parte de um pacote maior, que inclui reformas com as quais o governo espera reaquecer a economia.

“A reforma trabalhista é de extrema importância para colocarmos uma legislação moderna e adequada ao momento que nós vivemos. E também nesse contexto de discussão de reforma, nós temos a previdenciária. É necessário trazer essa discussão de forma bastante transparente, participativa da população, e que esse assunto possa ser discutido e fazer os ajustes necessários para o Brasil voltar a crescer”, acrescentou o parlamentar.

A medida não estabelece um limite para os saques. O trabalhador poderá sacar, para qualquer fim, todo o valor que tem na conta inativa, ou seja, que deixa de receber depósitos do FGTS devido à rescisão do contrato de trabalho.

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