Após testar, no último domingo (3), sua bomba mais potente até o momento, a Coreia do Norte reacendeu a preocupação mundial acerca da ameaça das armas nucleares. O Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – exprimiu uma profunda preocupação devido às “tensões que permanecem quanto ao problema nuclear de longa data na península da Coreia”. Em declaração emitida nesta segunda-feira (4), o bloco de países declarou que a questão só será resolvida por meios pacíficos, através do diálogo de todas as partes interessadas. Foi nesse sentido que o ministro das Relações Exteriores, o tucano Aloysio Nunes, se pronunciou sobre o assunto. Na China, o chanceler brasileiro lamentou que tais circunstâncias tenham deixado o mundo cada vez mais perigoso, e reforça que a negociação é o melhor caminho. Aloysio lembra que o Brasil é um forte defensor do banimento de armas nucleares. O país participou, em março, de conferência das Nações Unidas para negociar um tratado sobre o assunto.
“O mundo está ficando cada vez mais perigoso. É preciso deter essa escalada. O Brasil condena e apoia as resoluções da ONU aplicando sanções à Coreia do Norte em razão de seus testes nucleares. O Brasil liderou agora um amplo movimento de pró-banimento das armas nucleares, com 122 países. E eu acho que é preciso negociação. Não há saída fora a negociação entre as partes interessadas”, declarou.
Deputado federal pelo PSDB do Paraná, Nelson Padovani defende que os países intensifiquem sanções contra a Coreia do Norte, a fim de tentar sensibilizar a nação sobre o perigo que os testes nucleares representam ao mundo. Na segunda reunião em menos de uma semana para tratar do assunto, o Conselho de Segurança da ONU defende que as sanções sobre o país precisam aumentar.
“O que nós temos que pensar é somente nisso hoje: bloquear os interesses econômicos desse país, para que possamos sensibilizá-lo da necessidade de trazer a paz para o mundo. Esse é o nosso caminho, do Brasil e de todos os países”, afirmou Padovani.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a deputada federal Bruna Furlan (PSDB-SP) lamentou a escalada de tensões que, segundo ela, já não dizem mais respeito apenas à Península Coreana, mas ao mundo todo. A tucana espera que as Nações Unidas cheguem a um entendimento para contornar a situação.