Brasília (DF) – Em meio às obras inconclusivas e até do abandono de alguns projetos destinados à Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff reitera, em suas intervenções, que os estrangeiros e brasileiros vão poder aprovar as facilidades planejadas para o Mundial, como reformas de aeroportos e de mobilidade urbana. Porém, a realidade se mostra diferente. A prova ocorreu ontem (1º) quando a presidente inaugurou três obras inacabadas no Rio, entre elas a ampliação do terminal dois do Aeroporto Internacional Tom Jobim e o BRT Transcarioca (Barra-Galeão).
Para o deputado federal Valdivino de Oliveira (GO), se o governo tivesse cumprido o que prometeu, a população teria uma postura diferente e ficaria mais satisfeita com o legado. “Se estivessem prontos os metrôs, as vias expressas e os aeroportos, aí sim, o brasileiro teria uma herança, pelo menos na questão de infraestrutura urbana”.
De acordo com levantamento feito no mês passado pela “Folha”, apenas 68 das 167 intervenções prometidas pelo governo federal para a Copa foram entregues. As outras 88, ou 53%, serão entregues às vésperas ou até mesmo depois do Mundial, sendo que 11 nem sairão do papel.
Para Valdivino, os estádios não são o mais importante para os brasileiros. “O maior legado que o povo espera para essa Copa é um padrão de atendimento melhor na saúde, educação, e não só construção de estádio”, avaliou.
O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) disse que há um sentimento de indignação da população em relação ao legado da Copa. “Não vai ter herança? Há sim um enorme endividamento para se fazer um monte de estádios que não eram necessários”, reprovou.
Valdivino completou dizendo que o povo quer é o padrão de excelência na educação e saúde.
“E isso é o que o governo, infelizmente, não pode oferecer”, concluiu o deputado de Goiás.
Da Liderança do PSDB na Câmara