Campo Grande (MS) – O deputado estadual Beto Pereira (PSDB), participou de uma audiência pública, realizada no plenário da Câmara de Vereadores de Corumbá, para discutir a infraestrutura e a segurança das três pontes sobre o Rio Paraguai no município. A ponte rodoviária no Porto Morrinho, a ferroviária de Porto Esperança e a ponte de captação de água, no Canal do Tamengo, foram alvos do debate.
A audiência foi proposta pelo vereador Domingos Albaneze (PV) e contou com a participação de representantes da concessionária da hidrovia, da mineradora Vale, da Sanesul, da Marinha do Brasil, e de vereadores de Corumbá e Ladário.
A Ponte Poeta Manoel de Barros, localizada no Porto Morrinho e que liga Corumbá ao restante do Estado, foi a que mereceu mais atenção durante o evento. Desde que foi inaugurada em 2001, a ponte nunca passou por nenhuma obra de manutenção. Durante esse tempo, vários acidentes com barcaças que colidiram nos dolfins de proteção foram registrados, o que está comprometendo a estrutura da ponte e colocando em risco a segurança rodoviária e hidroviária no local. O último acidente ocorreu no dia 1 de abril de 2017.
“Esse assunto é mais sério do que imaginamos. A Ponte está com um dos quatro pilares sem o dolfin, que são peças de concreto que protegem a sustentação da estrutura da ponte. De acordo com os relatos, se um novo acidente ocorreu no local, a ponte poderá ser interditada tanto para o tráfego rodoviário quanto rodoviário. Isso será um retrocesso para Corumbá e Ladário”, disse Beto Pereira.
O vereador Domingos Albaneze disse que a questão envolvendo a ponte rodoviária é urgente porque, segundo ele, a população vive o risco iminente de ficar novamente sem essa passagem pelo Rio Paraguai e retornar ao tempo das balsas. “Precisamos que medidas urgentes sejam tomadas para que Corumbá não volte sofra um duro golpe e volte a ter as balsas como única forma de ligação com o resto do Estado”, afirmou o vereador.
A Ponte Poeta Manoel de Barros está sob a responsabilidade de uma concessionária que explora o pedágio no local e que tem contrato com o Estado de Mato Grosso do Sul por um período de 13 anos e nove meses. A fiscalização da hidrovia por onde passam barcaças de grãos, minérios e gado, está a cargo da Marinha do Brasil.
“Precisamos saber de quem é a responsabilidade pela manutenção da ponte e quando as providências serão tomadas para evitar prejuízos futuros. Precisamos saber também como está sendo feita a fiscalização no rio para evitar que novos acidentes ocorram. Se não encontrarem uma solução definitiva para esse problema, sou a favor de que medidas mais drásticas sejam tomadas, como o fechamento da hidrovia, até que as decisões sejam tomadas para recuperar a ponte e garantir a segurança rodoviária e hidroviária”, ressaltou o deputado.(Com assessoria)