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Aécio Neves apresenta propostas para recuperar indústria do etanol

aecio-premio-etanol-71-300x200São Paulo (SP) – O presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente da República, senador Aécio Neves, apresentou em São Paulo nesta segunda-feira (2)  algumas propostas para o setor sucroenergético, que enfrenta uma das piores crises de sua história.

Nos últimos meses, cerca de 40 usinas fecharam as portas e outras 30 encontram-se em situação de recuperação judicial.  A crise custou até agora cerca de 100 mil empregos.

Em discurso no 5º Prêmio Top Etanol, Aécio afirmou que o setor é vítima da incapacidade do governo federal na condução da política macroeconômica.

“O setor de etanol, construído ao longo de 40 anos pelo esforço, dedicação e pela pesquisa de inúmeros brasileiros, foi abandonado pelo atual governo, que optou ir na contramão do mundo, que busca energia alternativas, não poluentes e renováveis. O setor vive um impasse e precisa de uma resposta”, afirmou Aécio Neves.

Aécio anunciou medidas consideradas por ele como prioritárias. O senador disse que o setor precisa de um marco legal estável, com regras de longo prazo confiáveis,  de uma proposta clara por parte do governo de aumento da participação do etanol na matriz energética, além de uma política ousada de comércio exterior para que o país passe a exportar mais e importar menos etanol.

Cadeias Globais

“É preciso inserir o Brasil nas cadeias globais de produção. O país não pode ficar amarrado ao anacronismo do Mercosul, que não tem nos levado a lugar algum. Abrir o Brasil para o restante do mundo é essencial”, defendeu o senador.

Outro ponto abordado pelo pré-candidato a presidente foi a inovação. Aécio afirmou que o atual governo não investe o suficiente na área, lembrando que os fundos setoriais para a inovação existentes hoje no Brasil são os mesmos criados no governo Fernando Henrique. Outro problema é a baixa execução orçamentária.

“O Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico teve, no período do atual governo da presidente Dilma, R$ 13 bilhões aprovados no Orçamento e sequer R$ 5 bilhões foram utilizados. Portanto, criar estímulos à inovação é essencial para voltarmos a dar um passo consistente na recuperação da capacidade competitiva do setor ”, ressaltou o tucano.

O presidente nacional do PSDB defendeu ainda o fim da disputa entre ambientalistas e ruralistas, argumentando que é possível produzir de forma sustentável. “Temos que acabar com essa dicotomia entre ambientalistas e ruralistas. O Brasil,  a partir da década de 90, ampliou em 40% a área plantada e aumentou a produção em 220%. Isso é uma demonstração de que o setor rural, que sustenta hoje nossa a balança comercial e o crescimento da economia brasileira, precisa ser prestigiado, com diálogo permanente”, ressaltou.

Aécio encerrou o discurso no evento defendendo mais espaço para o Ministério da Agricultura na discussão de políticas macroeconômicas e no planejamento do governo federal. O presidenciável também anunciou que pretende por fim ao loteamento político na pasta da agricultura.

“No governo do PSDB,  o Ministério da Agricultura sairá da balança de contabilidade política e eleitoral. Não será instrumento de barganha política. Será ocupado por gente do setor, com legitimidade, que conheça as realidades, as demandas e as dificuldades do setor. É preciso dar ao ministério o poder que ele precisa ter é essencial para que nós possamos continuar crescendo”, concluiu o pré-candidato do PSDB a presidente da República.

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