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“O sonoro sim para a pauta das ruas”, por Solange Jurema

Encontro Regional PSDB Mulher 2O movimento popular que levou mais de três milhões de brasileiros em três centenas de cidades brasileiras chegou à Praça dos Três Poderes em Brasília, chegou ao Congresso Nacional.

O grupo “#Vem Pra Rua”, saiu dela e ganhou o tapete verde do Congresso Nacional para impulsionar a ação política das oposições ao governo Dilma Rousseff.

E conseguiu.

“Um sonoro sim para a pauta das ruas”, sentenciou o presidente nacional do PSDB, senador mineiro Aécio Neves, aos representantes do movimento e dos demais partidos de oposição – PPS, SD, DEM, PSB, PV – presentes ao encontro.

A  partir de agora, os partidos de oposição e o movimento das ruas caminharão ainda mais próximos e mais afinados para desmascarar o atual governo petista de Dilma Rousseff, que a cada dia envergonha ainda mais o Brasil e o povo brasileiro.

Há de se ter toda a cautela e toda a legitimidade jurídica para deflagrar o processo de impeachment, que também a cada dia ganha as ruas e se mostra como a alternativa para reconduzir o país nos trilhos da governabilidade.

A discussão entre as oposições já está aberta!

Nesse contexto, não se pode esquecer a enorme importância que teve nessa mobilização popular a campanha do candidato Aécio Neves à Presidência da República no ano passado.

Sem Aécio Neves na campanha presidencial não haveria a rua inflamada dos dias de hoje.

Foi a sua perseverança, a sua constante denúncia dos erros cometidos na economia; da existência da corrupção; do loteamento político do Estado brasileiro; que certamente ajudaram a criar essa conscientização, materializada na indignação do povo, massivo nas praças públicas.

E essa ação política mais concreta e palpável entre o Congresso Nacional e povo, como exigem os movimentos sociais que ocuparam as ruas, praças e cidades brasileiras, começa a ganhar mais corpo à medida que se escancara o escândalo da Petrobras.

Por si só, a prisão do tesoureiro do PT, partido da Presidente da República, é outro escândalo que coloca em suspeição a própria reeleição de Dilma Rousseff, até porque surgem os primeiros indícios de que parte da dinheirama do Petrolão abasteceu campanha política das eleições de 2014.

Criado “longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas”, como bem definiu o saudoso Franco Montoro, o PSDB não se furtou e não se furtará a se ombrear com os milhares de brasileiros que querem o fim da corrupção, atinja a quem atingir.

Presidente do PSDB Mulher

ITV – As primeiras 100 noites do segundo mandato de Dilma Rousseff

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APRESENTAÇÃO

Os primeiros 100 dias do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff são, certamente, momento único na história recente do país. Constituem-se num período no qual, em curto espaço de tempo, foram integralmente abandonadas as promessas de uma campanha eleitoral; jogadas fora bandeiras históricas de um partido político e abertamente desrespeitados os compromissos firmados pela candidata com a população. Marcados por uma crise a cada dia, transformaram-se num prato cheio para estudiosos.

É consenso que o que aconteceu nestes 100 dias configura o maior estelionato eleitoral já registrado na democracia brasileira. Mas ocorreu algo maior: a credibilidade do grupo político que ocupa o poder há mais de 12 anos foi definitivamente perdida. Plantou-se a mentira e colheram-se as crises política e econômica e a desconfiança ampla, geral e quase irrestrita da população. É de estarrecer.

A promessa de controle de inflação se transformou nas maiores taxas mensais vistas nos últimos 20 anos, ou seja, desde que o PSDB, com o Plano Real, derrotara o dragão da carestia.

A promessa de que não haveria tarifaços se transformou em aumentos generalizados, como o dos combustíveis, por tanto tempo represados, e, principalmente, o da energia elétrica, que chegou a 36% no ano até agora.

Ajustes sempre negados se transformaram em altas generalizadas de impostos e corte de direitos trabalhistas, num vale-tudo para tentar fazer as contas públicas retornarem ao veio da normalidade do qual o primeiro governo Dilma as desvirtuou.

Aumentos de juros, antes sempre imputados a alguma perversão da oposição, se transformaram na rotina de cada nova reunião do Copom, abençoados pela presidente e por sua equipe econômica.

Para completar, o desemprego entrou em trajetória ascendente, ao mesmo tempo em que a renda das famílias passou a cair. É como se a presidente tivesse guardado um novo programa para implantar neste seu segundo mandato: o ‘Mais Maldades’.

Capítulo à parte merece a educação brasileira, que sofreu o mais brutal corte de verbas dentro do arrocho imposto ao Orçamento da União. Na pátria deseducadora, em poucos dias o lema adotado para o segundo mandato revelou-se mero slogan marqueteiro, vazio como todas as propagandas do PT.

Ao mesmo tempo, nesses 100 dias a economia brasileira simplesmente parou, os investimentos retraíram, a confiança de investidores e consumidores sumiu e os escândalos de corrupção, sobretudo na Petrobras e agora também na Eletrobrás, se multiplicaram.

O que não mudou foram as revelações quase diárias da participação ativa do PT na roubalheira: o partido da presidente continua a ser frequentemente citado pelos envolvidos na Operação Lava Jato como estuário dos recursos desviados das estatais, com destaque para as duas campanhas em que Dilma saiuse vitoriosa.

A sociedade já deu seu recado, ao rejeitar de forma veemente a maneira como a presidente conduz o país, seja com panelaços que repudiam as desculpas esfarrapadas proclamadas em cadeia de rádio e TV, seja indo para as ruas deixar clara a insatisfação que atinge 78% da população – de todas as classes sociais, em todas as regiões do país.

Em geral, um período de pouco mais de três meses não seria o suficiente para definir um governo cuja duração é de quatro anos. Mas no caso particular que estamos vivenciando, as cicatrizes desses 100 primeiros dias ficarão para sempre.

Este começo do segundo governo da petista é tão cheio de crises e de notícias ruins que nos faz lembrar tempos que acreditávamos que o país já havia deixado para trás. Tempos tão remotos que relatórios e documentos ainda eram escritos em máquinas de datilografar.

Infelizmente, estes tempos parecem estar voltando: os 100 primeiros dias de Dilma Rousseff, de tão tenebrosos, soaram como 100 longas noites.

Baixe aqui o documento.

 

 

 

 

Dilma não governa mais o Brasil, diz Aécio após a presidente transferir para seu vice a condução política do governo

GHG_1624Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (8/04) que a presidente Dilma Rousseff não governa mais o Brasil. Ao falar com jornalistas sobre a troca de comando na articulação política do governo com o Congresso, o senador afirmou que a presidente introduziu algo novo na vida política do Brasil: a renúncia branca.

Para Aécio, a decisão de transferir a responsabilidade da articulação política do governo para o vice-presidente Michel Temer (PMDB) é mais uma prova da falta de autoridade da presidente da República, que já transferiu a condução da economia para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e, também perdeu a capacidade de diálogo com os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

“Há hoje um interventor na economia, que pratica tudo aquilo que a presidente combateu ao longo de todo o seu primeiro mandato. Agora, ela delega a coordenação política ao vice-presidente da República a quem ela desprezou durante todo o seu primeiro mandato. Já é hoje refém das presidências da Câmara e do Senado na condução da agenda legislativa. E a grande pergunta que resta é: que papel desempenha hoje a presidente da República? Acredito que praticamente nenhum mais. O que assistimos a partir desta decisão da presidente é uma renúncia branca. Hoje quem governa o Brasil não é mais a presidente Dilma”, disse o senador Aécio Neves.

Fraude política

Ele avaliou que a fragilização da presidente da República é resultado, entre outros fatores, das promessas feitas à população e que não foram cumpridas, dos desvios e da corrupção ocorridos na esfera federal e dos repetidos erros cometidos na condução da política econômica.

“O PT se transformou na maior fraude da história política recente do Brasil. Nada do que se disse durante a campanha eleitoral se sustenta agora. Aquilo que traz a meu ver maior indignação à sociedade brasileira, além da corrupção deslavada, casada com esta gravíssima crise econômica, é a sensação de engodo. Os brasileiros têm a sensação de que foram enganados pela presidente da República e esta é a razão maior da sua fragilização permanente”, afirmou Aécio.

O presidente do PSDB classificou o resultado do IPCA divulgado como o pior em 20 anos e disse que os mais pobres são hoje os principais atingidos pela alta dos preços e pelo crescimento do desemprego. No acumulado de 12 meses, o índice de inflação chegou a 8,13%, bem acima do teto da meta do governo.

“É o pior março de toda essa série, o que demonstra que aquilo que nós dizíamos durante a campanha eleitoral se confirma a cada dia. A inflação está sem controle. A inflação de alimentos já está acima de dois dígitos há muito tempo. Na verdade, os governos que têm esse viés populista, que se utilizam das massas ou da divisão de classes para se manterem no poder, acabam por prejudicar em primeiro lugar aqueles mesmos que eles dizem defender, porque os que sofrem de forma mais imediata os efeitos dessa crise que se agrava a cada dia são exatamente os que menos têm, que veem sua renda corroída pela inflação, que veem o desemprego aumentando no Brasil com perspectiva de crescimento negativo neste ano”, disse.

Protestos do dia 12

O senador também falou sobre os protestos contra o governo que estão sendo organizados por movimentos sociais para o próximo domingo. Aécio afirmou que o PSDB apoia as manifestações e incentiva a presença nas ruas de suas lideranças e militantes, mas que o partido não tem intenção de se apropriar dos protestos.

“Não importa o tamanho do movimento porque a indignação da população brasileira é cada vez maior. O PSDB, que não é dono desse movimento e nem deve ser, é absolutamente solidário a todas essas manifestações. E o que eu vejo é uma presença cada vez maior da nossa militância, dos nossos companheiros, dos nossos líderes, dos nossos dirigentes nesse movimento. Eu vou avaliar domingo se estarei presente”, afirmou.

“Eles passarão e a nossa democracia passarinho”, por José Serra

serraCompletam-se por estes dias 30 anos de regime democrático no Brasil. Não há dúvida de que o País avançou bastante no período. Temos muito mais liberdade e justiça.
O progresso social foi acentuado, como demonstram os indicadores de educação, saúde e rendimentos dos mais pobres. A superinflação, deflagrada pelo choque externo do começo dos anos 1980, com seus três ou quatro dígitos anuais, foi vencida a partir dos governos Itamar e FHC.
Isso se deu com ampliação das conquistas democráticas, ao contrário do que se viu em 1964-1968. E destaque-se o papel fundamental da agricultura brasileira, que se tornou poderosa e altamente competitiva, em escala mundial. Temos, pois, razões para estar satisfeitos pelo caminho até aqui seguido. E nosso papel é cercar as margens de erro rumo ao futuro e evitar armadilhas.

Há, desde logo, um pesado déficit que coincide com a era democrática: o crescimento medíocre do conjunto da economia. Entre 1930 e 1980 crescemos a mais de 7% ao ano; de meados da década de 80 até 2014 essa taxa recuou, na média, a 3%. Mesmo deflacionando os números pelo crescimento da população, declinante no cotejo desses dois períodos, a degradação da performance econômica brasileira é evidente.

Tal degradação se deveu à desindustrialização prematura que atingiu o País, a ponto de a participação da indústria manufatureira no PIB voltar ao nível do imediato pós-guerra: em torno de 12%. Digo “prematura” porque não se trata de fenômeno parecido com o que se viu nos países desenvolvidos, com renda por habitante equivalente a quatro, cinco vezes a nossa. A dinâmica das economias emergentes bem-sucedidas, note-se, é outra: as que mais cresceram nas últimas décadas devem seu desempenho precisamente ao dinamismo do setor industrial.

Sem reindustrializar o Brasil não vamos obter vaga no segundo turno do campeonato das nações. Vivemos num país continental, com 200 milhões de habitantes e renda per capita ainda na casa dos US$ 12 mil/ano (paridade do poder de compra). Por melhor que seja a nossa condição de exportadores de produtos agrominerais, esse vetor nunca será capaz de puxar a produtividade do conjunto da economia, gerar os milhões de empregos de que necessitamos e turbinar as receitas tributárias para cobrir carências sociais e regionais.

Não é uma questão de gosto, mas de fato. Aliás, a propósito da utopia da economia primário-exportadora como o principal fator do desenvolvimento brasileiro, vale ler o interessante artigo de Ilan Goldfajn publicado nesta página terça-feira: a tendência de longo prazo dos preços internacionais de alimentos é de lento e persistente declínio em termos reais.

Em parte, a desindustrialização prematura se deveu a uma combinação de quatro fatores, com pesos diferentes ao longo do tempo: 1) O mau entendimento das mudanças no mundo rumo a maior abertura comercial e ampla e irresistível liberdade para movimentos de capitais; 2) a superinflação e suas consequências; 3) as ideologias, à esquerda e à direita, que menosprezam políticas coerentes de desenvolvimento; e 4) o despreparo e pura inépcia do governo.

Um dos problemas mais graves que decorrem de políticas públicas deficientes se revela no custo Brasil, que expõe nossa baixa competitividade em relação à média dos parceiros comerciais. Os produtos manufaturados brasileiros são 25% mais caros do que poderiam ser não por ineficiência empresarial – nas condições dadas, há eficiência -, mas por causa das carências de infraestrutura, das despesas financeiras e de uma tributação aloprada. Para arremate dos males, subsistiu durante boa parte dessas três décadas a sobrevalorização cambial.

Há um custo que tem sido subestimado pelos analistas que é a conversão reacionária do PT. O que quer dizer? Explico: associado ao declínio econômico e aos fatores que o provocaram, assistimos, com a ascensão do partido ao poder, ao fortalecimento e ao infeliz aggiornamento do patrimonialismo, que tanto infelicitou a História brasileira. Ele se expressa de dois modos principais: 1) Com a formação de uma espécie de burguesia do capital estatal; e 2) com a submissão da máquina do Estado a instrumentos que servem à manipulação eleitoral e aos desvios de recursos públicos para partidos e indivíduos. Vejam o calvário da Petrobrás.

A crise de representatividade da democracia brasileira, cujo primeiro sinal foram as manifestações populares de meados de 2013, chegou ao seu ponto máximo neste semestre. Tudo de ruim veio junto, começando pela percepção generalizada do estelionato eleitoral.

Reeleita, Dilma não conta com um fator que costuma beneficiar um novo governante: o crédito de confiança. Como dispor dele, depois de quatro anos de tropeços que só agravaram a herança recebida do governo Lula-Dilma? Herança que, diga-se, já não era leve no início de 2011: real supervalorizado, déficit externo crescente, rigidez fiscal, investimentos industriais em declínio e subinvestimento na infraestrutura. E isso tudo se dava apesar da notável bonança externa, derivada do boom de preços de nossas commodities. Paradoxalmente, esses preços elevados serviram para desequilibrar ainda mais a economia brasileira.

O panorama hoje é especialmente perverso: queda da produção; inflação renitente, com viés para cima; déficit público em ascensão, caminhando para 8% do PIB; déficit externo idem, rumo aos 4,5% do PIB; juros siderais e desemprego como drama anunciado. A cereja amarga desse bolo maligno fica por conta do monitoramento feito pelas agências internacionais de risco. Os petistas já devem andar com saudades do FMI…

A má notícia é que atravessaremos, sim, dias difíceis. A boa notícia é que os críticos relevantes dessa governança capenga entendem que não há saída fora das regras da democracia, essa respeitável senhora de 30 anos.

Eventuais tentações autoritárias revelam-se, isso sim, é no discurso dos poderosos de turno. Mas, como diria o poeta Mário Quintana, também eles “passarão” e o regime democrático “passarinho”. E ele canta bons amanhãs.

José Serra é senador (PSDB-SP). Artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo, em 09/04/2015

A presidente Dilma não governa mais o Brasil, diz Aécio após a presidente da República transferir para seu vice a condução política do governo

GHG_1624Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (8/04) que a presidente Dilma Rousseff não governa mais o Brasil. Ao falar com jornalistas sobre a troca de comando na articulação política do governo com o Congresso, o senador afirmou que a presidente introduziu algo novo na vida política do Brasil: a renúncia branca.

Para Aécio, a decisão de transferir a responsabilidade da articulação política do governo para o vice-presidente Michel Temer (PMDB) é mais uma prova da falta de autoridade da presidente da República, que já transferiu a condução da economia para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e, também perdeu a capacidade de diálogo com os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

“Há hoje um interventor na economia, que pratica tudo aquilo que a presidente combateu ao longo de todo o seu primeiro mandato. Agora, ela delega a coordenação política ao vice-presidente da República a quem ela desprezou durante todo o seu primeiro mandato. Já é hoje refém das presidências da Câmara e do Senado na condução da agenda legislativa. E a grande pergunta que resta é: que papel desempenha hoje a presidente da República? Acredito que praticamente nenhum mais. O que assistimos a partir desta decisão da presidente é uma renúncia branca. Hoje quem governa o Brasil não é mais a presidente Dilma”, disse o senador Aécio Neves.

Fraude política

Ele avaliou que a fragilização da presidente da República é resultado, entre outros fatores, das promessas feitas à população e que não foram cumpridas, dos desvios e da corrupção ocorridos na esfera federal e dos repetidos erros cometidos na condução da política econômica.

“O PT se transformou na maior fraude da história política recente do Brasil. Nada do que se disse durante a campanha eleitoral se sustenta agora. Aquilo que traz a meu ver maior indignação à sociedade brasileira, além da corrupção deslavada, casada com esta gravíssima crise econômica, é a sensação de engodo. Os brasileiros têm a sensação de que foram enganados pela presidente da República e esta é a razão maior da sua fragilização permanente”, afirmou Aécio.

O presidente do PSDB classificou o resultado do IPCA divulgado como o pior em 20 anos e disse que os mais pobres são hoje os principais atingidos pela alta dos preços e pelo crescimento do desemprego. No acumulado de 12 meses, o índice de inflação chegou a 8,13%, bem acima do teto da meta do governo.

“É o pior março de toda essa série, o que demonstra que aquilo que nós dizíamos durante a campanha eleitoral se confirma a cada dia. A inflação está sem controle. A inflação de alimentos já está acima de dois dígitos há muito tempo. Na verdade, os governos que têm esse viés populista, que se utilizam das massas ou da divisão de classes para se manterem no poder, acabam por prejudicar em primeiro lugar aqueles mesmos que eles dizem defender, porque os que sofrem de forma mais imediata os efeitos dessa crise que se agrava a cada dia são exatamente os que menos têm, que veem sua renda corroída pela inflação, que veem o desemprego aumentando no Brasil com perspectiva de crescimento negativo neste ano”, disse.

Protestos do dia 12

O senador também falou sobre os protestos contra o governo que estão sendo organizados por movimentos sociais para o próximo domingo. Aécio afirmou que o PSDB apoia as manifestações e incentiva a presença nas ruas de suas lideranças e militantes, mas que o partido não tem intenção de se apropriar dos protestos.

“Não importa o tamanho do movimento porque a indignação da população brasileira é cada vez maior. O PSDB, que não é dono desse movimento e nem deve ser, é absolutamente solidário a todas essas manifestações. E o que eu vejo é uma presença cada vez maior da nossa militância, dos nossos companheiros, dos nossos líderes, dos nossos dirigentes nesse movimento. Eu vou avaliar domingo se estarei presente”, afirmou.

A presidente Dilma não governa mais o Brasil, diz Aécio após a presidente da República transferir para seu vice a condução política do governo

GHG_1624O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (8/04) que a presidente Dilma Rousseff não governa mais o Brasil. Ao falar com jornalistas sobre a troca de comando na articulação política do governo com o Congresso, o senador afirmou que a presidente introduziu algo novo na vida política do Brasil: a renúncia branca.

Para Aécio, a decisão de transferir a responsabilidade da articulação política do governo para o vice-presidente Michel Temer (PMDB) é mais uma prova da falta de autoridade da presidente da República, que já transferiu a condução da economia para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e, também perdeu a capacidade de diálogo com os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

“Há hoje um interventor na economia, que pratica tudo aquilo que a presidente combateu ao longo de todo o seu primeiro mandato. Agora, ela delega a coordenação política ao vice-presidente da República a quem ela desprezou durante todo o seu primeiro mandato. Já é hoje refém das presidências da Câmara e do Senado na condução da agenda legislativa. E a grande pergunta que resta é: que papel desempenha hoje a presidente da República? Acredito que praticamente nenhum mais. O que assistimos a partir desta decisão da presidente é uma renúncia branca. Hoje quem governa o Brasil não é mais a presidente Dilma”, disse o senador Aécio Neves.

Fraude política

Ele avaliou que a fragilização da presidente da República é resultado, entre outros fatores, das promessas feitas à população e que não foram cumpridas, dos desvios e da corrupção ocorridos na esfera federal e dos repetidos erros cometidos na condução da política econômica.

“O PT se transformou na maior fraude da história política recente do Brasil. Nada do que se disse durante a campanha eleitoral se sustenta agora. Aquilo que traz a meu ver maior indignação à sociedade brasileira, além da corrupção deslavada, casada com esta gravíssima crise econômica, é a sensação de engodo. Os brasileiros têm a sensação de que foram enganados pela presidente da República e esta é a razão maior da sua fragilização permanente”, afirmou Aécio.
O presidente do PSDB classificou o resultado do IPCA divulgado como o pior em 20 anos e disse que os mais pobres são hoje os principais atingidos pela alta dos preços e pelo crescimento do desemprego. No acumulado de 12 meses, o índice de inflação chegou a 8,13%, bem acima do teto da meta do governo.

“É o pior março de toda essa série, o que demonstra que aquilo que nós dizíamos durante a campanha eleitoral se confirma a cada dia. A inflação está sem controle. A inflação de alimentos já está acima de dois dígitos há muito tempo. Na verdade, os governos que têm esse viés populista, que se utilizam das massas ou da divisão de classes para se manterem no poder, acabam por prejudicar em primeiro lugar aqueles mesmos que eles dizem defender, porque os que sofrem de forma mais imediata os efeitos dessa crise que se agrava a cada dia são exatamente os que menos têm, que veem sua renda corroída pela inflação, que veem o desemprego aumentando no Brasil com perspectiva de crescimento negativo neste ano”, disse.

Protestos do dia 12

O senador também falou sobre os protestos contra o governo que estão sendo organizados por movimentos sociais para o próximo domingo. Aécio afirmou que o PSDB apoia as manifestações e incentiva a presença nas ruas de suas lideranças e militantes, mas que o partido não tem intenção de se apropriar dos protestos.

“Não importa o tamanho do movimento porque a indignação da população brasileira é cada vez maior. O PSDB, que não é dono desse movimento e nem deve ser, é absolutamente solidário a todas essas manifestações. E o que eu vejo é uma presença cada vez maior da nossa militância, dos nossos companheiros, dos nossos líderes, dos nossos dirigentes nesse movimento. Eu vou avaliar domingo se estarei presente”, afirmou.

Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

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Assuntos: reunião da Executiva, campanha de filiação do partido, IPCA, manifestações do dia 12, abertura do capital da CEF, concessões na Petrobras.

Sobre reunião da Executiva do PSDB

Fizemos uma reunião da Executiva com uma pauta pré-definida e tomamos aqui algumas decisões. No dia 5 de maio o PSDB estará lançando nas redes, também de forma presencial, em cada um dos estados uma ampla campanha de filiação, para que em um sentimento crescente que percebemos hoje e a aproximação de setores importantes da sociedade com o PSDB possa ter como consequência a militância dessas pessoas no PSDB. Compreendemos que esse é um momento importante para o partido de reafirmação das suas propostas, de contraponto ao governo que aí está, cada vez mais fragilizado.

Então, vamos fazer uma campanha com uma linguagem visual única focada principalmente em dois segmentos da sociedade: os jovens, e as últimas pesquisas nacionais já mostram que o PSDB é o partido preferido pelos jovens entre 16 e 24 anos, algo que não acontecia anteriormente, e nas mulheres. Há também uma movimentação grande do segmento feminino do PSDB e uma presença, quase que uma demanda muito grande de mulheres de todas as regiões do Brasil para participarem da vida partidária. O que temos é que mostrar que essa insatisfação, essa indignação precisa ser canalizada para uma agenda positiva para o país. E isso se faz, em parte, através da atuação dos partidos políticos.

Portanto, vamos fazer uma ampla campanha que permita que novos filiados tenham uma relação ativa com o partido, trazendo informações, demandas, sugestões e obviamente recebendo do partido também sobre os nossos vários posicionamentos. Estou muito otimista de que com isso vamos fazer uma grande renovada no partido, vamos ter um foco especial já nas universidades, já há uma presença crescente de lideranças com afinidade com o PSDB, disputando diretórios acadêmicos, diretórios estudantis de inúmeras faculdades públicas e privadas do país e queremos canalizar esse sentimento, esse despertar de uma parcela grande da sociedade brasileira para a militância partidária.

Tomamos uma decisão por unanimidade da Executiva Nacional do partido que vai possibilitar uma renovação também das nossas bases. Todos os diretórios ou comissões provisórias que nas últimas eleições parlamentares não obtiveram ou para deputado federal ou para deputado estadual a marca de 6% dos votos, que é a metade da média do desempenho do partido em todo o Brasil, não estarão autorizados a fazer as convenções municipais. E os estados em que não se alcançou o número mínimo de municípios com diretórios que estatutariamente define aqueles que estarão aptos a fazer essas convenções também não farão as convenções estaduais.

O sr. tem um mapa disso?

Vamos divulgar esse mapa hoje ainda. Queremos com isso estimular que haja um vínculo cada vez maior das bases partidárias com as lideranças do partido. O que percebemos é que em determinados diretórios não houve qualquer empenho, qualquer vínculo maior com as candidaturas colocadas pelo partido.

Não fiz esse casamento com as eleições majoritárias porque elas têm uma dinâmica própria, mas eu acho que é fundamental que os diretórios municipais do partido, se nós queremos ter um partido cada vez mais nacional, cada vez mais fortalecido, é preciso que haja um compromisso das bases do partido, das lideranças municipais, com as candidaturas do partido.

É algo absolutamente novo, mas eu ressalto que foi aprovado por unanimidade. Isso significa que cerca de 30% dos diretórios e comissões provisórias do PSDB não realizarão as convenções marcadas para maio. Poderemos ter uma segunda chamada, vamos chamar assim, em setembro, prazo final para a filiação daqueles que vão disputar as eleições municipais, onde esses municípios eventualmente estarão realizando as suas convenções, ou com o mesmo grupo, ou com outras filiações que poderão vir.

Por isso nosso empenho em antecipar esse processo de filiação porque muitos desses municípios e em outros onde o PSDB sequer estava organizado nós achamos que poderemos reorganizá-lo com novas lideranças. O partido vai se oxigenar, vai rejuvenescer, tanto na sua militância, quanto nos seus dirigentes municipais.

Nesses locais, como vai funcionar?

Simplesmente a comissão provisória. O diretório vai ser extinto a partir do cumprimento do prazo de validade daquela direção, que é agora o mês de maio porque foram prorrogados até maio. Em junho, assumirão novas direções estaduais, e caberá a essas novas direções estaduais reativar que essa comissão provisória onde ela se justifique, haja expectativa de que ela possa crescer, ou no lugar daquela que foi extinta atrair outros grupos políticos. O que nós queremos é acabar com os cartórios que existem hoje no PSDB. Diretórios que não demonstraram ao longo do tempo qualquer compromisso com o partido. Então, nesses municípios, haverá uma estratégia nova de atração de novas lideranças. E, a partir das eleições municipais, ou das eleições desses diretórios, serão estabelecidos também critérios de desempenho para as eleições municipais, que vão ser ainda estabelecidos e para as próximas eleições parlamentares. O que nós queremos é conectar as nossas bases com os nossos representantes, seja na Câmara de Vereadores, no caso das municipais, seja no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas.

O que o sr. diz sobre a auditoria do governo Pimentel em Minas?

Acho que é um atestado de fracasso de um governo que não começou. Eu costumo dizer que quem dirige olhando pelo retrovisor, corre o risco de bater, bater forte. E no caso do PT de ter perda total. Então acho que é uma grande encenação.

O sr. contesta os números?

Isso será contestado em Minas Gerais por quem está avaliando. Uma encenação de um governo que ainda não começou. Desejo que o governador eleito de Minas Gerais esteja à altura do cargo de governador e possa atender a todas as promessas e compromissos que assumiu com a população.

Quero fazer apenas um comentário em relação a essas últimas movimentações do governo, e acho que a presidente Dilma Rousseff introduziu algo novo na vida política do Brasil: a renúncia branca. Há, hoje um interventor na economia, que pratica tudo aquilo que ela combateu ao longo de todo o seu primeiro mandato, e agora ela delega a coordenação política ao vice-presidente da República a quem ela desprezou durante todo o seu primeiro mandato. Já é hoje refém das presidências da Câmara e do Senado na condução da agenda legislativa. E a grande pergunta que resta é: que papel desempenha hoje a presidente da República? Acredito que praticamente nenhum mais.

O sr. vai às ruas dia 12?

Estou avaliando. Hoje houve aqui uma discussão muito amistosa em relação a isso e vou avaliar até o último momento, mas eu quero aqui dizer que esse movimento é absolutamente legítimo. Os nossos companheiros devem estar nas ruas e estarão nas ruas demonstrando mais uma vez a sua indignação.

Há hoje apostas de reação ao governo de que o movimento será menor. Não importa o tamanho do movimento, porque a indignação da população brasileira é cada vez maior. O PSDB, que não é dono desse movimento e nem deve ser, é absolutamente solidário a todas essas manifestações. E o que eu vejo é uma presença cada vez maior da nossa militância, dos nossos companheiros, dos nossos líderes, dos nossos dirigentes nesse movimento. Eu vou avaliar domingo se estarei presente.

E o que o sr. achou do IPCA divulgado hoje? Em 12 meses está acima de 8%, bem acima do teto da meta.

É o pior março de toda essa série, o que demonstra que aquilo que nós dizíamos durante a campanha eleitoral se confirma a cada dia. Inflação está sem controle, a inflação de alimentos já está acima de dois dígitos há muito tempo. Então, na verdade, os governos que têm esse viés populista, que se utilizam das massas ou da divisão de classes para se manter no poder acabam por prejudicar em primeiro lugar aqueles mesmos que eles dizem defender, porque os que sofrem de forma mais imediata os efeitos dessa crise que se agrava a cada dia são exatamente os que menos têm, que veem sua renda corroída pela inflação, que veem o desemprego aumentando no Brasil com perspectiva de crescimento negativo neste ano.

Aquilo que traz a meu ver maior indignação à sociedade brasileira, além da corrupção deslavada, casada com esta gravíssima crise econômica, é a sensação de engodo. Os brasileiros têm a sensação de que foram enganados pela presidente da República e esta é a razão maior da sua fragilização permanente. Repito, o que assistimos a partir desta decisão da presidente de ontem é uma renúncia branca. Hoje, quem governa o Brasil não é mais a presidente Dilma.

Dois dogmas do PT estão caindo num dia só: o sistema de partilha e a abertura do capital da caixa.

O PT se transforma na maior fraude da história política recente do Brasil. Nada que se disse durante a campanha eleitoral se sustenta agora. Em relação à questão das concessões ou o de partilha eu alertei durante a campanha por inúmeras vezes. As perdas que o Brasil vinha tendo. Ficamos cinco anos sem leiloar nenhuma área no Brasil no momento em que mais de US$ 300 bilhões da indústria petroleira foram investidos no mundo. Exatamente porque prevaleceu a visão ideológica. Hoje, a Petrobras, sucateada e assaltada, não tem condições de manter a sua participação de 30% em cada um dos blocos que deveria estar sendo explorado. Isso significa os prejuízos que a inoperância deste governo, a irresponsabilidade deste governo causou ao país, ela não se limita apenas aos prejuízos da Petrobras, de Pasadena, de outros maus negócios ou da corrupção, se estende por toda a cadeia econômica. Nós, infelizmente, tivemos uma extraordinária descoberta que foi o Pré-sal, mas o atual governo inviabilizou a Petrobras para ser a principal exploradora desse tesouro encontrado.

Acho que a discussão do retorno do modelo de concessões é uma discussão que já propúnhamos lá atrás. Mais uma vez o que se percebe que o governo do PT é um na campanha eleitoral e outro contra o governo. No meu governo, por exemplo, não haveria a privatização da Caixa Econômica Federal. Não haveria partidarização do Banco do Brasil e não haveria a ocupação criminosa da Petrobras. Esta é a grande diferença entre nós e o governo que está aí. Repito, temos hoje no Brasil um governo refém de setores da sua base, com uma agenda econômica que não é a sua. Realmente não sei até onde isso vai.

O pessoal do Movimento Brasil Livre está chamando a oposição de molenga que não está participando das manifestações.

Acho que a oposição está fazendo o seu papel com absoluta responsabilidade. É obviamente a opinião de alguém que não acompanha o embate diário no Parlamento.

Eles querem que o sr. vá à marcha.

É um convite? Estou avaliando a minha presença com muita serenidade. Tenho dito sempre que este movimento não é o movimento do PSDB. É um movimento dos brasileiros. E quanto mais da sociedade ele for, mas legítimo ele será. Isso não impede que eu resolva ir. Não vou fazer nenhum anúncio prévio, nem tomar nenhuma decisão agora, porque aí sim, daria margem a todo tipo de especulação, de um certo aproveitamento do movimento que, repito, quanto mais da sociedade for, quanto mais espontâneo for, como está sendo, mais legítimo e maiores consequências ele terá. Quem sabe como cidadão eu resolva aparecer?

“Civilização e barbárie”, por Marcus Pestana

Marcus Pestana 1 Foto George Gianni PSDBFreud disse, certa vez, que “o primeiro humano que insultou seu inimigo, em vez de atirar-lhe uma pedra, inaugurou a civilização”. Em seu “O Mal Estar na Civilização”, ele comenta: “A questão fática para a espécie humana parece-me ser saber se, e até que ponto, seu desenvolvimento cultural conseguirá dominar a perturbação de sua vida comunal causada pelo instinto humano da agressão e autodestruição. Talvez, precisamente com relação a isso, a época atual mereça um interesse especial. Os homens adquiriram sobre as forças da natureza tal controle que, com sua ajuda, não teriam dificuldades em se exterminarem uns aos outros, até o último homem”. Como quis Ortega y Gasset, “civilização é, antes de mais nada, vontade de convivência”. O nosso Euclides da Cunha foi enfático: “estamos condenados à civilização. Ou progredimos ou desaparecemos”.

As instituições, as normas e as leis surgiram para mediar a convivência humana. As raízes do poder sempre foram a riqueza, a religião, a sabedoria ou a força. Na transição para as sociedades modernas, operou-se a separação entre Estado e religião. A democracia funda-se na tolerância e respeito às diferenças e à diversidade cultural, política, racial e religiosa. E transfere a fonte de poder para a sociedade.

Mas o mundo contemporâneo assiste a uma escalada de violência no Oriente Médio que desafia os fundamentos da democracia e da tolerância. O diálogo entre Ocidente e Oriente nunca foi fácil. Mas a ação radicalizada do chamado Estado Islâmico tem horrorizado a opinião pública internacional.

Max Weber, em seu “A Psicologia Social das Religiões Mundiais”, observa: “não pode haver dúvida de que os profetas e sacerdotes, através da propaganda, intencional ou não, colocaram o ressentimento das massas a seu serviço. Mas isso nem sempre ocorreu”. O fundamentalismo leva essa possibilidade a seu extremo. Como falou Diderot: “do fanatismo à barbárie não há mais que um passo”.

Não é à toa que as cenas recentes nos assustam e nos deixam perplexos. Como assimilar a imagem de uma criança de 12 anos executando com um tiro um refém a sangue frio? Como ficar indiferente às bárbaras cenas de decapitação coletiva veiculadas por TVs de todo o mundo? Como ficar insensível aos ataques que matam dezenas de civis, adultos e crianças, na Síria, na Líbia, na Tunísia ou no Iêmen? Como conter o espanto ao ver o EI destruir o sítio arqueológico de Hatra, na região de Nimrod, patrimônio histórico da humanidade, antiga capital do império assírio, um dos berços da civilização? Como assimilar friamente a destruição de estátuas milenares no museu em Mosul?

A liberdade e a civilização correm risco. A resposta à barbárie tem que ser firme. À intolerância do fanatismo temos que responder com a reafirmação dos valores da tolerância cultural e religiosa.

A vida é sempre uma obra em construção. “Uma civilização é um movimento, não uma condição; uma viagem, não um porto” (Arnold Toynbee).

Deputado federal pelo PSDB-MG. Artigo publicado no jornal “O Tempo” em 6 de abril de 2015.

Do PSDB na Câmara

Irregularidades podem ter ocorrido em obras da Odebrecht na Venezuela

HugoChavezReportagem publicada na edição da Época neste fim de semana revela que documentos do Tribunal de Contas da União (TCU), obtidos com exclusividade pela revista, sinalizam a existência de irregularidades na execução de obras pela empresa Odebrecht, na Venezuela.Intitulada “Relatório do TCU aponta irregularidades em obras da Odebrecht na Venezuela”, a matéria trata de um encontro que teria ocorrido em 2009, entre o então presidente venezuelano, Hugo Chávez, e Luiz Inácio Lula da Silva.Segundo a reportagem “O BNDES desembolsaria US$ 747 milhões para financiar a construção de linhas do metrô de Caracas. Combinou-se que a obra seria tocada pela construtora baiana Odebrecht. Seis anos depois (e dois anos após a morte de Chávez), surgem indícios de irregularidades na operação, escondidas na quase impenetrável opacidade dos financiamentos do BNDES no exterior.”

Para o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), “na prática, o que acontece com a Venezuela, e outros países, como a África do Sul, são mecanismos encontrados por meio da realização de palestras nesses países, por exemplo, para se desviar recursos, pois são as mesmas empreiteiras que tocam as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).”

Ele ressalta: “É uma forma que se encontrou para se desviar dinheiro público e se ter uma aparência legal.”
Na opinião do deputado tucano, esse é apenas um entre tantos casos que ainda vão surgir:
E lamenta: “É triste. O Brasil não tem credibilidade. A cada dia aparece uma história nova. No dia 12, as pessoas vão para as ruas mostrar essa indignação com o que está acontecendo com o país.”

Petrobras – A estreita relação do governo brasileiro, na gestão do PT, com o governo venezuelano, do falecido Hugo Chávez e de seu sucessor, Nicolás Maduro, não é novidade.

Em fevereiro do ano passado, a imprensa noticiou que a Petrobras abriu mão de penalidades que exigiriam da Venezuela o pagamento de uma dívida feita pelo Brasil para o projeto e o começo das obras na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco.O acordo, firmado entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, deixou o Brasil com a missão de garantir, sozinho, investimentos de quase US$ 20 bilhões, informou, na ocasião, o jornal O Estado de S.Paulo.

Estava previsto que a Petrobras teria 60% da Abreu e Lima e a Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), 40%.

Os aportes de recursos seriam feitos aos poucos e, caso a Venezuela não pagasse a sua parte, a estatal poderia fazer o investimento e cobrar a dívida com juros, ou receber em ações da empresa venezuelana, a preços de mercado.

A notícia gerou protestos na oposição.

O senador tucano Alvaro Dias (PSDB-PR) ficou preocupado com a posição da presidente Dilma Rousseff em relação a governos autoritários, como os de Cuba e Venezuela.Ocupou a tribuna para listar os empréstimos das gestões do PT (do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Dilma) via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para esses países.Para ele, a instituição deveria se preocupar em gerar empregos, renda, receita pública e alavancar o desenvolvimento econômico com justiça social no nosso país.

“Diante da perspectiva inevitável de haver novamente um apagão logístico no escoamento de nossa safra recorde, do apagão de infraestrutura no nosso país, do apagão de energia, não há como admitir que o governo brasileiro priorize investimentos na Venezuela”, reagiu.

Em seguida, Alvaro acrescentou: “Afinal, o BNDES foi instituído exatamente para obras de infraestrutura para a promoção do desenvolvimento econômico e social do nosso país, não de outros países no exterior”.

Lista – Ao mencionar os empréstimos do BNDES para a Venezuela, o senador citou: o metrô de Caracas – Linhas 3 e 4 – um dos últimos empréstimos foi no valor de US$ 732 milhões, concedido para ampliação do metrô; a Hidrelétrica de La Vueltosa, a segunda ponte sobre o rio Orinoco, há 20 quilômetros de Ciudad Guayana, máquinas agrícolas e colheitadeiras e mais US$ 4,3 bilhões negociados para projetos de infraestrutura e de indústrias de base do país.

OEA –  O apoio à gestão do sucessor de Chávez também se manifestou em março do mesmo ano: O Brasil votou contra o envio de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao país e se opôs a uma reunião de chanceleres para analisar a situação.

“Impedir que uma reunião da OEA aconteça com chanceleres para a análise da situação da Venezuela é uma demonstração clara do desejo de fragilizá-la, típico de quem não tolera debater com posições contrárias”, avaliou o então presidente da comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

“A falta de confiança”, por Aécio Neves

18-03-15 Aecio Neves_3Muita gente tem se perguntado qual é a crise mais grave, a econômica ou a política?

Do meu ponto de vista, a que agrava todas as demais é a crise de confiança que se instalou entre a população e o governo. Ela é tão perceptível que não é preciso sequer esperar pelos resultados das pesquisas para constatá-la.

Ao contrário do que muitos pensam, confiança não é apenas um valor simbólico. É elemento concreto, matéria prima essencial aos governos, especialmente em época de crise. Quando a população confia em um governo, acredita nos seus diagnósticos e compromissos. Quando confiam em um governo, setores produtivos investem sem medo.

Leia a íntegra AQUI

Presidente nacional do PSDB. Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, edição do dia 06/04/2015.