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“Em queda livre”, análise do ITV

Dilma foto ABrA economia brasileira vai de mal a pior. Em plena recessão, a atividade parou, os investimentos desapareceram e o desemprego decolou de vez, enquanto o governo assiste à crise se agravar. As medidas tomadas até agora em Brasília ou aprofundaram o arrocho ou ressuscitaram políticas fracassadas. Este buraco parece não ter fundo.

A crise econômica atual tem dimensões que a caracterizam como a mais grave das últimas décadas. O desempenho do Brasil com Dilma Rousseff só encontra paralelo na história recente na desastrosa gestão de Fernando Collor, eleito em 1989 e afastado da presidência da República em 1992. Ou seja, a petista é a pior mandatária em mais de 20 anos.

Mas a atual situação tem traços ainda mais ruinosos. Desde a semana passada, tornou-se consenso entre os analistas econômicos que a economia brasileira não irá recuar apenas neste ano. O PIB deve cair também em 2016. Caso se confirme, será a primeira vez que isso acontece desde a chamada Grande Depressão, a crise econômica mundial da década de 1930.

Semana após semana, os prognósticos ficam cada vez mais sombrios. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, desta semana, a aposta majoritária é de que a economia afundará 2,06% neste ano e 0,24% em 2016. Há quem preveja cenário bem pior: a FGV, por exemplo, já cogita uma queda de até 3% no PIB brasileiro até dezembro.

Na próxima sexta-feira (28), será conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre do ano. Embora não se saiba que número sairá da contabilidade do IBGE, uma coisa é certa: a queda da produção de bens e serviços terá sido bastante feia, superando com folga a baixa de 0,2% registrada no país nos primeiros três meses de 2015.

Na semana passada, o BC divulgou seu levantamento mensal, que funciona como espécie de prévia do índice oficial. O resultado foi uma queda de 1,9% no trimestre, que se seguiu ao tombo verificado nos três primeiros meses do ano (0,9%, segundo o IBC-Br). Resultado: tecnicamente falando, o Brasil já está, de novo, em recessão.

Se o quadro em voga é ruim, piores ainda são as perspectivas. Desde a reeleição, Dilma e sua equipe econômica só conseguiram aprofundar a recessão por meio das medidas tomadas para corrigir a montanha de erros do primeiro mandato. Na semana passada, quando resolveu variar o cardápio, ressuscitou iniciativas que aumentam a intervenção do Estado na economia. Sem chance de dar certo.

O problema é que a presidente da República não tem para entregar o principal ingrediente de uma economia que precisa sair da crise: credibilidade. Sem confiança no futuro, sem crença nas regras e sem esperança de que o governo comece a acertar, ninguém se arrisca. Enquanto estivermos neste buraco, os investimentos não acontecerão, a atividade ficará parada e os empregos minguarão ainda mais. O país continuará em queda livre.

“E agora, José?”, por Aécio Neves

aecio neves foto george gianni 2Publicado na Folha de S. Paulo – 24/08/15

O que fazer com tantos sonhos desfeitos? José, João, Maria, Paulo, Ana, são milhares os brasileiros que vivem hoje o pesadelo do desemprego.

O país cortou 158 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, o pior resultado para julho desde 1992. Nos últimos 12 meses, o total de desempregados subiu 56% nas seis maiores regiões metropolitanas do país. O resultado da gestão desastrosa do PT não poderia ser outro: PIB em declínio, inflação, arrocho fiscal.

É o típico quadro de um país em desgoverno, sem rumo. Mas o que entristece de fato é a realidade que se esconde na frieza das estatísticas. Cada pequeno ponto a mais na taxa de desemprego significa milhares de pessoas à margem da sociedade e vidas em risco. Uma só vida em desalinho já deveria bastar para nos tirar o sono, o que dizer de tanta gente?

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“O exército do desemprego”, análise do ITV

05072012carteiradetrabalho018Virou uma triste rotina: a cada mês, a taxa de desemprego fica ainda mais alta no Brasil. No país da recessão, da inflação e da crise generalizada, que se estende também à política e à ética, o maior desafio do brasileiro tem sido conseguir continuar trabalhando. Durou pouco, se é que um dia existiu, o sonho do pleno emprego por aqui.

No mês passado, a taxa de desemprego medida pelo IBGE alcançou 7,5% da população ativa. Deu um salto e tanto, subindo bem mais rápido do que qualquer um poderia prever: em dezembro, o índice estava em 4,3% e um ano atrás, em julho de 2014, em 4,9%.

O desemprego no país encontra-se agora no nível mais alto em cinco anos. Há sete meses sobe sem cessar, o que não ocorria desde 2002. E ninguém acredita que vá parar por aí – em cidades como Salvador, por exemplo, a taxa já chega a 12,3%.

Em números absolutos, o total de desocupados cresceu assustadores 56% na comparação com o contingente de julho de 2014, ganhou mais 662 mil pessoas em um ano e agora soma 1,8 milhão. No ritmo atual, todo santo dia mais 7 mil pessoas se juntam ao exército dos sem emprego no país.

Serviços e indústria, cujo nível de emprego cai há 44 meses consecutivos, lideram a derrocada. Para complicar, quem consegue manter-se empregado vê seus rendimentos diminuírem: a queda chega a 2,4% em um ano. Desde 2004, a renda não caía no país.

Em muitos aspectos, a situação do mercado de trabalho brasileiro já é pior que a de países que enfrentaram crises bem mais brabas no passado recente – EUA e Inglaterra, por exemplo, têm taxas ao redor de 5,5%. Entre mais os jovens, o desemprego já atinge obscenos 18,5%, ou seja, um de cada cinco brasileiros com idade entre 18 e 24 anos – em dezembro passado, a proporção era de um a cada dez.

Cada vez mais gente – principalmente jovens – procura uma vaga de emprego e cada vez menos conseguem encontrar. A saída, quando há, tem sido abrir mão da carteira de trabalho e correr para a informalidade ou para um negócio próprio. É a precariedade.

Num retrato mais amplo, o quadro revela-se ainda mais desalentador. Por meio de outra pesquisa, a Pnad Contínua, o IBGE afere a situação do desemprego em cerca de 3.500 municípios brasileiros e não apenas nas seis regiões metropolitanas alcançadas pela PME. Segundo esta metodologia, no trimestre encerrado em maio o desemprego já estava em 8,1%. O país abriga agora 8,2 milhões de desocupados.

O retrato do desemprego deverá ganhar mais um pincelada dramática hoje, quando o Ministério do Trabalho divulgar os resultados do mercado formal em julho. Já se sabe que, mais uma vez, as demissões superaram as contratações. Desde as eleições presidenciais, será o oitavo mês com saldo no vermelho, resultando em mais de 1 milhão de empregos eliminados desde a vitória de Dilma. É a face mais terrível da crise que ora vivemos e da qual, tudo indica, ainda vamos demorar a sair.

Economistas preveem dois anos seguidos de recessão para brasileiros

caderneta_de_poupanca_1009Brasília (DF) – Projeções de economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus apontaram para dois anos seguidos de retração econômica no Brasil, algo que não acontece desde o pós-crise de 1929. A desaceleração nos gastos do governo e do setor privado deve contribuir para uma queda de 2,01% neste ano e 0,15% em 2016.

Reportagem da Folha de S. Paulo desta terça-feira (18) relatou que a única vez em que foi registrada duas quedas consecutivas no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi nos anos de 1930 e 1931, de acordo com a série histórica iniciada em 1901 e organizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com as projeções, indústria e serviços estão entre os setores que mais devem reduzir investimento. A perspectiva é de retração para a indústria nestes dois anos. O setor de serviços, por sua vez, deve apresentar queda neste ano seguida por uma estagnação no próximo.

Todos os economistas consultados foram unânimes em relação à projeção de retração entre 0,9% e 3% para 2015.

Ainda segundo a Folha, os pagamentos feitos pela União em contratos para realização de obras e compra de equipamentos caíram 37% nos sete primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2014. O valor total desembolsado chegou a R$ 20,8 bilhões entre janeiro e julho. No ano passado, a União havia gasto R$ 33,1 bilhões com esse tipo de aquisição.

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“O Brasil sabe o que quer”, análise do ITV

ghg_2079Quase 1 milhão de pessoas voltaram às ruas ontem para manifestar seu repúdio ao rumo que os governos petistas vêm dando ao país nos últimos anos. Dilma, Lula e o PT foram os alvos prediletos dos brasileiros indignados com a corrupção, os descaminhos da economia e as mentiras do marketing oficial.

As manifestações não repetiram os números de março, mas superaram os de abril. Não é possível desprezar um movimento cívico que, em cinco meses, levou alguns milhões de brasileiros de volta a ruas, praças e avenidas pelo país afora, como há muito tempo não se via por aqui. Por quaisquer ângulos que se observe, é um sucesso.

Os cálculos sobre o número de manifestantes e cidades envolvidas divergem de acordo com as fontes. Segundo O Globo e o Valor Econômico, 879 mil brasileiros ocuparam as ruas de 205 cidades. O Estado de S. Paulo computou 790 mil em 168 municípios e a Folha de S.Paulo fala em 612 mil pessoas espalhadas por 169 localidades. Em alguns casos, havia mais gente nas ruas agora do que nos protestos de junho de 2013.

Discutir a quantidade de presentes é o que menos importa em relação às manifestações de ontem, assim como às anteriores. O que prevalece é o sentimento de cidadania que os brasileiros externam. “Impeachment já”, “Fora Dilma”, “Fora PT” e “Lula nunca mais” foram as palavras de ordem dominantes. O povo sabe bem o que quer.

A indignação verdadeira dos brasileiros de norte a sul do país também serve como contraponto às estéreis respostas que o governo tenta ensaiar em Brasília, acreditando que pode enganar a população com a fumaça de agendas pré-fabricadas. As dificuldades do Brasil não se resolvem com passes de mágica, tampouco com oportunismo.

Os cidadãos continuam cobrando soluções para problemas que são reais, em especial os assaltos aos recursos públicos perpetrados pelo grupo que se sustenta no poder nos últimos 13 anos. Os mesmos governos e governantes que se ocuparam unicamente de garantir a sobrevivência de seu projeto político descuidaram da carestia, do emprego, dos serviços públicos. O povo percebe.

As manifestações deste domingo reforçam o ímpeto das forças políticas de oposição para manter a pressão sobre o governo, cobrar da presidente da República respostas às agruras que a população sente na pele, defender a atuação rigorosa das instituições e exigir que se cumpra regiamente o que a Constituição determina.

A cidadania provou, mais uma vez, estar vivíssima no país. É vívida uma democracia que consegue levar, periodicamente, cidadãos às ruas para exigirem seus direitos, manifestarem suas opiniões, buscarem um país mais justo e defenderem os interesses legítimos da nação, em oposição àqueles que só a querem predar. Restou claro, mais uma vez, que não há golpismo algum no ar; apenas a luta verdadeira em favor de um Brasil melhor.

“A legitimidade das ruas”, por Aécio Neves

aecio neves foto George Gianni 1*Publicado na Folha de S. Paulo – 17/08/15

As ruas voltaram a vibrar com energia e indignação neste domingo.

Tratadas com ironia e quase desprezo no último programa partidário do PT, as manifestações da sociedade são expressão legítima da cidadania e traduzem o mal-estar generalizado que tomou conta do país, como reação ao fracasso e aos desmandos do atual ciclo de poder.

Ainda sobrevive no campo do governismo uma drástica dificuldade em entender que protestos como o de ontem fazem parte da vida democrática e revelam uma dinâmica social ativa e madura. É impressionante como os brasileiros permanecem mobilizados, nas ruas ou fora delas. Em apenas oito meses, milhões de pessoas, de forma pacífica, ocuparam várias vezes as ruas do país. Uns chamando os outros. Uns se reconhecendo nos outros.

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Para Líder do PSDB, presidente da CUT tenta intimidar e diminuir impacto das manifestações de domingo

Gov Geraldo Alckmin e Dep Carlos Sampaio no CongressoO líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), classificou como absurda e inaceitável a declaração do presidente da CUT, Vagner Freitas, no Palácio do Planalto, onde defendeu “ir para as ruas entrincheirados com arma na mão se tentarem derrubar a presidenta Dilma Rousseff”.

Sampaio anunciou que irá protocolar, no início da semana, representação junto ao Ministério Público Federal para que o fato seja apurado.

“A declaração do presidente da CUT, na sede do governo, num evento oficial, e na presença da presidente Dilma tem um objetivo bastante claro: intimidar as pessoas e tentar diminuir o impacto das manifestações de domingo. Isso é absolutamente inaceitável numa democracia”, afirmou Sampaio.

Para o Líder do PSDB, a presidente Dilma não foi suficientemente enfática diante da gravidade da declaração. “A presidente Dilma não o desautorizou. E, não sendo clara o suficiente diante de tamanho disparate, ela tem a obrigação de dizer à Nação que ela, de fato, não é conivente e não concorda com o posicionamento do presidente da CUT”, afirmou Sampaio.

Ainda de acordo com o Líder do PSDB, a declaração, vinda do líder de uma entidade aliada do governo, que recebe recursos públicos, num evento dentro do Palácio do Planalto, faz parte da estratégia montada pelo PT.

“É evidente que há uma movimentação do PT e do governo para adiar o resultado das investigações contra a presidente Dilma e que podem culminar com a perda do seu mandato. O tom do presidente da CUT é mais um elemento dessa estratégia. Eles querem intimidar a grande maioria dos brasileiros que estão indignados e não querem mais esse governo incompetente e marcado pela corrupção. É um jogo contra os interesses do país e dos brasileiros. Isso é inadmissível”, afirmou.

*Da assessoria da Liderança

“Participação Popular”, por Aécio Neves

aecio neves foto george gianni 2Publicado no jornal O Globo em 14-08-15

As ruas e as redes sociais têm sido eloquentes. A população não se sente representada e quer ampliar seus canais de participação na política. A insatisfação com o governo de Dilma Rousseff se aproxima da unanimidade, mas as queixas atingem outras instituições.

Pesquisa do Ibope mostrou uma queda significativa na confiança de tudo ligado à política. A Presidência, os partidos, o Congresso e os governos perderam credibilidade. Números fáceis de compreender, mas que não deixam de ser preocupantes.

Todos sabemos das incongruências do sistema político- partidário, carente de reformas profundas. Mas é preciso que tenhamos clareza da importância da credibilidade e da legitimidade dos canais de representação partidária para o fortalecimento da democracia. E credibilidade e legitimidade são conquistadas em uma atuação política que respeite, antes de tudo, a população.

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“Um inferno lotado de intenções”, análise do ITV

Palacio do Planalto Foto George GianniDilma Rousseff parece estar ensaiando um discurso para reagir à crise. Pena que ele contradiga tudo o que a presidente e seu partido fizeram nos últimos anos para chegar e se manter no poder.

O governo parece ter achado uma agenda para suplantar o ajuste fiscal e repor o país nalguma rota de crescimento. Pena que ela colida com tudo o que o PT pratica à frente do país e contenha medidas contra as quais o partido de Lula, Dilma e José Dirceu sempre se bateu.

Este talvez seja o maior problema da narrativa petista: entre a intenção e a prática vai longa distância, numa estrada esburacada por contradições, subterfúgios e mentiras. Torna-se, portanto, difícil crer que haja boa-fé nos propósitos patrocinados pelo Planalto e seus aliados.

Aboletada em palanques país afora, Dilma agora repete que não se pode admitir “vale-tudo”, nem torcer pelo “quanto pior, melhor”. Será que ela se lembra do que seu partido adotou como modus operandi durante toda sua existência até chegar ao poder? Será que se recorda de como ela mesma obteve seu segundo mandato, na mais suja eleição da história?

Se Lula se dizia a “metamorfose ambulante”, Dilma se revela a contradição em carne e osso. Um dia acena com diálogo, no outro arrosta com ameaças e enfrentamentos. Afirma a plateias que se deve pensar primeiro no país, mas age sempre privilegiando o projeto político de seu partido. Em suma: diz uma coisa, mas faz outra.

Distância parecida separa a prática de governo da agenda de medidas que o Planalto ensaia patrocinar a partir de sugestões feitas por senadores liderados por Renan Calheiros. Não é que sejam erradas; é que colidem com a atitude e a visão de mundo que o PT professa. Difícil crer que transponham o campo das boas intenções.

Como esperar que o governo que promoveu, por meio de uma embolorada matriz econômica, uma intervenção tão exagerada quanto desastrada na economia seja capaz agora de garantir segurança jurídica, regras estáveis e ágeis para o investimento privado?

Como crer que o governo do partido que promoveu a maior pilhagem dos cofres públicos da história comungue da aprovação de uma lei de responsabilidade para estatais? (Sem falar que, no passado, este mesmo partido foi às raias dos tribunais tentar impedir que regras de responsabilidade no trato do dinheiro público fossem adotadas no país?) Ou aprove mudanças na Previdência que rejeitou quando era a oposição do “quanto pior, melhor”?

O governo está se esforçando para encontrar uma narrativa, mas carrega um déficit de credibilidade de tal ordem que será preciso muito mais para alterar os humores dos brasileiros e ressuscitar a confiança numa mudança do país para melhor. Por enquanto, não passa de conversa fiada.

Aécio Neves: Quem não pensou no Brasil foi a presidente da República e seu partido

GHG_9834O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cobrou hoje da presidente da República, Dilma Rousseff, assumir a responsabilidade do governo e do PT pela crise política e econômica que paralisa o país, com consequências sociais para a população. Em entrevista nesta terça-feira (11/08), em Brasília, Aécio destacou que o Brasil assistiu ao vale tudo promovido pelo governo e pelo PT para vencer as eleições ano passado, e, em resposta a declarações da presidente Dilma, disse que ela deve assumir os erros cometidos e que trouxeram de volta ao país a inflação e o desemprego.

“O Brasil assistiu em 2014 ao maior vale tudo da nossa história. Empresas públicas se subordinando ao interesse da candidatura presidencial. A mentira, o engodo, o falseamento de números e o adiamento da tomada de medidas de interesse da população, única e exclusivamente para vencer as eleições. Quem não pensou no Brasil foi a presidente da República e o seu partido que pensaram exclusivamente nas eleições”, afirmou Aécio Neves.

Após reunião com os novos presidentes do PSDB nos estados, Aécio disse que lideranças e filiados do partido estarão nas ruas nas manifestações marcadas para o dia 16, em protesto contra a corrupção e a falência do governo Dilma Rousseff. Ressaltou, no entanto, que as manifestações não são partidárias, e sim da sociedade.

“Vamos participar como cidadãos, mostrando a nossa indignação com tanta mentira, com tanta corrupção e com tanto desgoverno que vem atingindo os brasileiros. A palavra de ordem do PSDB é de apoio a essas manifestações, respeitando o protagonismo que é dos movimentos da sociedade. O PSDB é parcela da sociedade indignada”, afirmou.

Crise de governabilidade

Aécio voltou a afirmar que a solução para a crise de governabilidade é tarefa da presidente e do PT, e não dos partidos de oposição, porque ela foi gerada pelos erros e pela incapacidade do governo.

“A presidente da República quer responsabilizar a oposição pelo agravamento da crise. Essa crise é obra deste governo, é obra consciente da presidente da República porque não tomou, no ano passado, mesmo tendo consciência do seu agravamento, as medidas que poderiam minimizar os seus efeitos para a população. Se tem alguém que não priorizou os interesses do Brasil foi a presidente da República e o seu partido”, criticou.

O presidente do PSDB voltou a defender a importância das instituições responsáveis pelas investigações de corrupção no país e de fiscalização do governo. Aécio Neves destacou que caberá aos tribunais de Contas e Eleitoral julgar se ocorreram crimes fiscais na gestão das contas federais e/ou crimes eleitorais na disputa presidencial. Ele destacou que a punição para ambos os casos, se comprovados, estão previstos na Constituição brasileira.

“O PSDB continuará agindo com absoluta responsabilidade, sendo guardião das nossas instituições, porque não cabe ao PSDB definir o desfecho para esse processo. Cabe a nós garantirmos que o Ministério Público, que a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e o Tribunal Superior Eleitoral, continuem trabalhando, como vêm fazendo até aqui, com altivez e com independência. Não cabe ao PSDB decidir se essa ou aquela é a melhor saída.
Existem as saídas via Parlamento, a partir da decisão dos tribunais. Todas dentro da ordem constitucional”, afirmou.