PSDB – MS

Fabricio Zago

Declarações do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, durante manifestação em Belo Horizonte neste domingo

Belo Horizonte_MG, 16 de agosto de 2015.Manifestacao na praça da liberdadepsdbFotos: Hugo Cordeiro / Nitro
Senador Aécio Neves na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte

Praça da Liberdade, Belo Horizonte, 16/08/15

“Vim hoje à Praça da Liberdade, na minha cidade, como cidadão brasileiro participar desse momento extraordinário da vida brasileira. O Brasil despertou. Vivemos hoje em um país cidadão onde as pessoas têm o direito e se julgam até mesmo no dever de participar da construção do seu próprio destino. Venho como cidadão indignado com a corrupção, com a mentira, com a incompetência desse governo, que vem fazendo tão mal aos brasileiros com a inflação saindo de controle, desemprego crescendo em todo país, juros na estratosfera. Essa é a obra de um governo que não priorizou os interesses do país, priorizou os seus próprios interesses e a sua manutenção no poder.

Estou muito feliz de estar aqui hoje, repito, porque hoje temos um Brasil cidadão. As pessoas despertaram, e qualquer que seja o governante vai ter que conviver com esse tipo de cobrança. Não importa o tamanho da manifestação porque a indignação hoje dos brasileiros é enorme, é até mesmo maior do que depois das eleições. Mas o Brasil é mais forte que tudo isso, vamos superar essas dificuldades.”

Senador Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB

Imbassahy condena declaração do ministro da Justiça

antonio imbassahy foto Alexssandro LoyolaO deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) disse não saber se interpreta como deboche ou negligência a declaração do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que “as pessoas têm total direito de dizer o que pensam”. O ministro se referia à fala do presidente da CUT, Vagner Freitas, sobre “pegar em armas” para defender o mandato da presidente Dilma Rousseff. No entendimento do deputado, um ministro de estado, ao se pronunciar, está se posicionando em nome do governo que representa. “Não é possível que o ministro da Justiça considere banal o fato de uma liderança sindical conclamar, de dentro do Palácio do Planalto, os seus liderados para pegar em armas e sair às ruas, entrincheirados. Foi um ato vergonhoso, que merece todo o nosso repúdio”, afirmou Imbassahy, acrescentando que vai cobrar do ministro uma explicação sobre a posição real do governo no tocante a tal declaração, digna de processo.

Declaração do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, sobre discurso de Dilma no Maranhão

GHG_8868“A presidente da República em visita ao Maranhão tenta mais uma vez eximir-se da sua responsabilidade pela grave crise em que seu governo mergulhou o Brasil.

Faltaram mais uma vez humildade e sinceridade à Sra. Presidente para reconhecer que o vale tudo ao qual se referiu foi praticado, não pelas oposições, mas por ela própria e por seu governo para vencer as eleições.

Mais uma vez, não foram as oposições, e sim o governo e os seus companheiros que colocaram os interesses pessoais e partidários, como atesta a Operação Lava Jato, acima dos interesses do país.

As consequências disso são sentidas hoje por grande parte dos brasileiros com o desemprego crescendo, inflação de 10% ao ano, juros na estratosfera e a maior queda das últimas duas décadas na renda do trabalhador.

As oposições, e o PSDB de forma especial, continuarão agindo com absoluta responsabilidade para minimizar, principalmente para os mais pobres, os efeitos perversos dos equívocos e das irresponsabilidades do governo petista.

A presidente Dilma viaja pelo país tendo que ficar distante do povo e cercada por claques encomendadas. Leva na bagagem a mesma arrogância e indiferença com a realidade, quando deveria levar a humildade e o compromisso com a verdade.”

Senador Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB

“Ajuste sem reforma é arrocho”, critica Aécio Neves

18822400003_92cdb43b7e_kBrasília – O senador Aécio Neves, reeleito presidente nacional do PSDB neste domingo (5), criticou o governo da presidente Dilma Rousseff por fazer um ajuste fiscal precário, às custas do trabalhadores.

“O que temos em marcha é um ajuste sem reformas. E ajuste sem reformas não pode ter outro nome senão arrocho. É isso que nós estamos vivendo. Neste cenário é nosso dever lutar pela garantia dos direitos dos cidadãos, pela preservação da nossa democracia, pela defesa das nossas instituições e pelo muito que foi conquistado até agora”, afirmou Aécio Neves em discurso na convenção nacional da legenda.

Aécio ressaltou que as medidas tomadas pelo governo federal são baseadas no aumento de impostos, corte de investimentos e restrições nos benefícios sociais.  “O ajuste fiscal de péssima qualidade não resolverá a crise e tampouco as contradições do modelo. Para um país que precisa crescer, é inaceitável que os investimentos públicos tenham caído quase 40% desde janeiro e que os gastos permaneçam intocados”, apontou.

O presidente nacional do PSDB também afirmou que o governo petista age com “requintes de crueldade” ao restringir o acesso ao seguro-desemprego em um momento em que milhares de brasileiros estão sendo demitidos por causa da crise econômica.

“Em época de crise e de alta do desemprego, quando os brasileiros mais precisam do apoio do poder público, o governo dos nossos adversários limita os direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e faz, agora, o impensável. Com requintes de crueldade, transfere para os trabalhadores mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, cerca de R$ 9 bilhões da conta do ajuste, adiando para o ano que vem o pagamento do abono salarial”.

O senador questionou o slogan “Pátria Educadora” do governo Dilma. “A tesoura do governo também não poupa programas sociais, a começar pela “pátria educadora” que a cada dia impõe mais cortes a programas voltados ao ensino. Vitrines das propagandas partidárias do PT, iniciativas como o Fies e o Pronatec foram severamente reduzidas, frustrando os planos de milhões de brasileiros que buscam uma vida melhor. Sucatearam também as nossas universidades”, lamentou o presidente tucano.

Aécio Neves é reeleito presidente do PSDB em convenção com fortes críticas ao governo Dilma

Aecio_ConvençãoPSDB_GeorgeGiani_45Brasília – O senador Aécio Neves foi reeleito presidente nacional do PSDB, neste domingo (5), responsabilizando o governo federal pela grave crise política e econômica vivida pelo País. Em um duro discurso, Aécio afirmou que os escândalos de corrupção colocam sob gravíssima suspeição a campanha que elegeu a atual presidente e seu vice.

“Convivemos hoje com o dramático aparelhamento da administração federal, tomada de assalto por ativistas e amigos do poder. Convivemos com a corrupção endêmica, com escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, como os revelados quase diariamente pela Operação Lava-Jato. Convivemos com o uso de truques contábeis, as chamadas “pedaladas fiscais”, para fechar as contas do governo. Uma prática que pode levar a presidente da República a ter suas contas rejeitadas, algo inédito em quase 100 anos de história republicana”, criticou Aécio Neves.

Reeleito por mais dois anos na presidência do partido, com 99,34% dos votos dos convencionais, Aécio Neves ressaltou que o PSDB seguirá lutando no Congresso contra os desmandos do atual governo.

“Somos minoria no Congresso, mas somos majoritários na esperança e no coração dos brasileiros. A oposição não se omitiu. A oposição não hesitou nem esmoreceu. A oposição lutou e continua lutando. Hoje grande parte do Brasil espera a posição do PSDB. Ela será responsável e corajosa”, ressaltou.

Leia a íntegra do discurso:

Brasileiros e brasileiras, tucanos e amigos de todo o país.

Governadores e vice-governadores do nosso partido, que hoje, aqui, emprestam grande peso político e prestígio à nossa convenção.

Companheiros de bancada e dos partidos aliados no Congresso Nacional, bravos combatentes diários em defesa das causas do Brasil do nosso tempo.

Prefeitos, vereadores e lideranças políticas que vieram de todos os cantos do país, para confirmar o nosso sonho comum: a construção coletiva de um novo projeto de Brasil.

O projeto da social democracia brasileira.

A todos cumprimento, homenageando o nosso grande líder nacional: Fernando Henrique Cardoso, o presidente mais transformador da nossa história contemporânea e que nos inspira hoje nas obrigações e tarefas do maior partido de oposição do país.

Amigas e Amigos,

Peço licença, aproveitando este grande ato que nos reúne, para reiterar a enorme gratidão que carrego comigo pela intensa e inestimável solidariedade que recebi na campanha de 2014.

Quero dizer-lhes, mais uma vez: Foi – e continua sendo também agora – uma honra caminhar, ombro a ombro, lado a lado, com cada um de vocês.

Tenho certeza: no curso deste difícil, mas recompensador caminho, fortalecemos nossas convicções.

E nada pôde se igualar ao encontro que tivemos com milhões de brasileiros no mesmo sonho de um mesmo país.

Enfrentamos, com a cabeça erguida e o espírito alto, a mais sórdida e covarde campanha eleitoral da nossa história.

Respondemos aos ataques com nossas ideias e nossas melhores esperanças.

Ofereci o que tenho de melhor, e confesso: vivi dias inesquecíveis.

Por isso e por tudo, neste momento falo a vocês tomado pela emoção e pelo sentimento de enorme agradecimento.

Muito obrigado a cada um de vocês.

Amigos, também estou sinceramente honrado pela demonstração de confiança e de unidade em torno de valores, princípios e ideais que já há longos 27 anos estamos construindo juntos, e aqui hoje renovamos.

Penso que retomamos uma preciosa vocação original.

Lembro que, desde que foi fundado, o PSDB tem sido o abrigo preferencial de alguns dos mais qualificados quadros da vida pública nacional.

Essa condição natural nos impôs, desde sempre, a necessidade de modelar um partido aberto, diverso, democrático.

Entre nós, jamais houve espaço para a prevalência de um pensamento monolítico.

Ou para a hegemonia de um único líder, por mais importante que ele fosse.

Ao contrário do que dizem, orgulha-nos ser um partido em que a democracia não é só uma palavra.

Onde há espaço para o livre debate, respeito ao contraditório e – por que não? – posições diferentes sobre as grandes questões e causas brasileiras.

Foi justamente esta condição que nos elevou ao alto grau de maturidade política, responsabilidade propositiva e unidade que agora vivenciamos.

Por isso, é com grande orgulho que recebo hoje o voto de confiança dos correligionários do PSDB para continuar esta caminhada pelos próximos anos.

Estou pronto para cumprir o meu dever.

E saibam: tudo farei para estar à altura dos sonhos e das expectativas de cada um de vocês.

Companheiros,

O outro saldo que conquistamos diz respeito a um outro reencontro: o reencontro com a nossa história.

Lembro-me bem: há dois anos, exatamente em uma hora como essa, eu os conclamei a caminharmos juntos nesta direção.

E assim o fiz porque tenho convicção de que não pode haver futuro sem passado.

Para nós, as lições e os aprendizados que generosamente recebemos de gigantes como Mario Covas e outros tantos bravos companheiros que já não estão entre nós são verdadeiros legados que nos guiam e apontam a direção.

Que abrem as portas para o futuro.

Com justiça e legitimidade, nos reapropriamos da herança bendita que a gestão tucana deixou para o Brasil.

Assim, o PSDB passou a se orgulhar ainda mais de ser o PSDB, de suas convicções democráticas, das práticas de um partido modernizante e, especialmente, reformador.

E também soubemos aprender a nossa própria lição: a história não se reescreve, muito menos é refém de circunstâncias e de conjunturas.

A história não engana. A história é guardiã da verdade.

Por isso, o Brasil aplaude e reconhece hoje o grande legado do presidente Fernando Henrique.

Reconciliados com nós mesmos, estamos onde sempre estivemos: ao lado do Brasil, ao lado dos brasileiros.

Somos o partido que lançou as bases fundamentais de uma inovadora e até então inédita rede de proteção social.

O partido que derrotou a hiperinflação, estabilizou a economia e abriu as portas do mercado de consumo para milhões de brasileiros.

Somos o partido que iniciou uma efetiva política de valorização do salário mínimo.

Somos o partido que organizou as contas públicas e impôs a responsabilidade fiscal como norma inapelável.

Que modernizou o país com as privatizações, abriu o Brasil ao mundo e o colocou em um novo patamar no concerto global das nações.

Somos também o partido que universalizou a educação fundamental e fortaleceu o SUS.

Ao final dos anos em que estivemos à frente do destino do país, caro presidente Fernando Henrique, as inovações e os avanços estruturais estavam distribuídos por todos os campos da vida nacional.

O Brasil legado aos brasileiros foi um país real, muito melhor e mais avançado do que aquele que recebemos – e, em tudo, desafiador.

E essa é a principal beleza da política e da vida pública: fazer a transformação há tanto tempo acalentada por tantos.

Nós fizemos!

Tudo isso, infelizmente, é muito diferente do Brasil dos nossos dias.

O Brasil que nos é apresentado diariamente não supera os limites estreitos da propaganda enganosa, movida pela fragilidade de resultados, pelo descrédito dos governantes, mas também, e especialmente, pela má-fé.

A oposição se orgulha de ser cada vez mais oposição e de nos contrapormos a tudo de errado que assistimos, perplexos, todos os dias: hoje assistimos o resultado da pior equação que o Brasil experimentou no curso de sua história recente.

Convivemos hoje com o dramático aparelhamento da administração federal, tomada de assalto por ativistas e amigos do poder.

Com o compadrio que se estabeleceu como norma básica de conduta e funcionamento da máquina pública.

Com a corrupção endêmica, que grassa no serviço público, gerando escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, como os revelados quase diariamente pela Operação Lava-Jato.

Convivemos com o uso de truques contábeis, as chamadas “pedaladas fiscais”, para fechar as contas do governo.

Uma prática que pode levar a presidente da República a ter suas contas rejeitadas, algo inédito em quase 100 anos de história republicana.

E temos, como resultado de tudo isso, um autêntico desgoverno, que abriga caprichosamente uma crônica ineficiência e premia a má gestão.

Diante disso, não seria possível esperar qualquer outro resultado, senão as múltiplas crises que se instalaram no corpo do Estado brasileiro.

A crise, que inicialmente era econômica, apenas uma “marolinha”, parou o país e varreu nossas esperanças.

Depois virou também séria crise política, tomada pelo descrédito total dos que estão no poder e de seus padrinhos.

Agora, passo a passo, vai se transformando em aguda crise social.

Na raiz de todas estas crises há uma grave distorção: a crise moral de um governo afundado em contradições, desvios e crimes de toda ordem.

O que está acontecendo tomou tal dimensão e gravidade, que a impressão dos brasileiros é de que, há muito tempo, o governo e seu partido já não governam, tomados pela arrogância, pela ganância e pelas conveniências do seu projeto de poder.

Mas, como diz um antigo ditado, nada é tão ruim que não possa piorar.

O cenário adiante sinaliza que estão comprometidos e em risco os principais avanços que os brasileiros duramente conquistaram nas últimas duas décadas.

Peço, aqui, licença para, mais uma vez, reiterar: a agenda brasileira retrocedeu 20 anos. Isto mesmo: 20 anos!

Estamos, hoje, tendo que lidar com o que acreditávamos estar totalmente superado desde o Plano Real.

O desafio nacional é, de novo, controlar a inflação, retomar o crescimento, garantir os empregos e evitar o agravamento da crise social na qual já estamos mergulhados.

Fato é que a irresponsabilidade e a incompetência nos levaram à pior equação econômica entre as nações emergentes:

Recessão com inflação alta. Descrédito aliado à desconfiança. Essa é a nossa realidade hoje.

Pelas estimativas hoje disponíveis, neste ano o mundo irá crescer em torno de 3,5%, os países emergentes vão avançar mais de 4% e a economia do Brasil vai retroceder 2%.

Isso mesmo: praticamente todo o resto do mundo cresce enquanto nós andamos para trás, em pleno processo de estagnação.

Uma das heranças da presidente Dilma nós já conhecemos: meia década perdida.

Ao final de seu governo, os brasileiros terão ficado mais pobres!

A realidade aí está: voltamos a ser um país desorganizado. Sem projeto. Sem segurança jurídica. Sem confiança no futuro.

Entre os principais componentes desta mistura indigesta, estão a maior recessão econômica em mais de 20 anos, uma inflação altíssima e o desemprego em forte escalada.

Para os mais jovens, o quadro é ainda mais dramático, com o desemprego nesta faixa etária podendo superar 20% neste ano.

Como consequência da condução desastrosa da economia por nossos adversários, aqueles que ainda conseguem manter o emprego e recebem salário mínimo terão aumento real de 0% nos próximos dois anos.

Além disso, os juros do Brasil são os mais altos do mundo.

A produção atual da indústria brasileira está no mesmo nível de 2008, com sete anos de competitividade perdidos.

Tarifas como as de energia vêm tendo aumentos que, apenas neste ano, chegam a ultrapassar 70% em alguns casos.

É insuportável!

No campo social, a realidade não é diferente.

Hoje o Fundo Nacional da Assistência Social não consegue sequer repassar recursos para municípios manterem seus serviços assistenciais funcionando.

Os recursos para acompanhamento do Bolsa Família estão atrasados há seis meses.

Faz um ano que o programa não recebe reajuste, mesmo com a inflação em disparada.

Quem paga a conta do descontrole são áreas vitais como a saúde, a educação e a segurança, cujos investimentos neste ano foram cortados pela metade.

O que temos hoje, amigas e amigos, é um governo afogado em denúncias, paralisado pela incompetência e desacreditado pela falta de confiança.

Um governo que não consegue apresentar saídas para as crises que ele próprio criou e continua criando. Crises que agora se agravam e punem principalmente aqueles que menos têm.

Se tudo isso não é a falência de um governo e seu projeto de poder, o que mais pode ser?

Os sucessivos escândalos consolidam a ideia de que instalou-se no Brasil um modus operandi organizado e sistematizado em que vale tudo para se manter no poder.

Escândalos que agora colocam sob grave suspeição a campanha que elegeu a atual presidente e a campanha do presidente que a antecedeu, além de outras, do mesmo partido, espalhadas pelo país afora.

A predação a que nossos adversários se lançaram com o único intuito de se preservarem no poder destruiu nossas estatais, em especial a Petrobras e a Eletrobrás.

Não bastasse isso, também pôs sob risco algumas das nossas melhores possibilidades de desenvolvimento.

A incompetência dos nossos adversários comprometeu riquezas como as do pré-sal e atingiu conquistas de várias gerações, como a indústria nacional e o etanol.

Aqueles que sempre nos acusaram de privatistas agora, sem qualquer constrangimento, colocam importantes ativos da Petrobras à venda, entregando o patrimônio dos brasileiros na bacia das almas.

É a política da terra arrasada.

O ajuste fiscal de péssima qualidade, baseado no aumento de impostos, corte de investimentos e restrições nos benefícios sociais, não resolverá a crise e tampouco as contradições do modelo.

Para um país que precisa crescer, é inaceitável que os investimentos públicos tenham caído quase 40% desde janeiro e que os gastos permaneçam intocados.

Em época de crise e de alta do desemprego, quando os brasileiros mais precisam do apoio do poder público, o governo dos nossos adversários limita os direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e faz, agora, o impensável:

Com requintes de crueldade, transfere para os trabalhadores mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, cerca de R$ 9 bilhões da conta do ajuste, adiando para o ano que vem o pagamento do abono salarial.

A tesoura do governo também não poupa programas sociais, a começar pela “pátria educadora” que a cada dia impõe mais cortes a programas voltados ao ensino.

Vitrines das propagandas partidárias do PT, iniciativas como o Fies e o Pronatec foram severamente reduzidas, frustrando os planos de milhões de brasileiros que buscam uma vida melhor.

Sucatearam também as nossas universidades.

O que temos em marcha é um ajuste sem reformas. E ajuste sem reformas não pode ter outro nome senão arrocho. É isso que nós estamos vivendo.

Neste cenário, é nosso dever lutar pela garantia dos direitos dos cidadãos, pela preservação da nossa democracia, pela defesa das nossas instituições e pelo muito que foi conquistado até agora.

Não tenho dúvida em afirmar que graças à atuação decidida – no Congresso e na sociedade – do PSDB, dos partidos que são nossos aliados, como o DEM, o PPS e o Solidariedade, e das forças comprometidas com a democracia, como o PSC, o PV e o PSB, o país não sucumbiu a um projeto de poder que sempre buscou ser hegemônico, que sempre conviveu mal com o contraditório, que sempre tentou silenciar as críticas e que reiteradamente aviltou as instituições e o Estado democrático de direito.

A oposição não se omitiu.

A oposição não hesitou nem esmoreceu.

A oposição não capitulou.

A oposição lutou e continua lutando.

Apesar de minoritária nas disputas congressuais, ouso dizer, sem qualquer sombra de dúvida, que somos hoje amplamente majoritários no conjunto da sociedade brasileira.

O país respira hoje, como eu disse, uma combinação tóxica que sufoca o ambiente econômico, contamina a arena política, afronta princípios caros aos brasileiros e torna a vida da nossa população ainda mais difícil.

Devido a seus erros crassos e frequentes, a presidente não governa mais.

Ela vê, a cada dia, o seu poder se esvair.

A presidente perdeu o controle da máquina administrativa e da agenda do Brasil.

Foi obrigada a terceirizar a condução do país, tanto na política quanto na economia.

O Brasil de hoje não inspira confiança em quem trabalha, em quem investe, em quem produz.

O Brasil de hoje, com suas revelações diárias de corrupção, de desrespeito ao bem público, de descompromisso com o interesse da população, é incapaz de alimentar esperanças.

Este não é o Brasil que queremos.

Este não é o Brasil com o qual sonha a imensa maioria que acorda cedo todo dia para estudar, para trabalhar e lutar por uma vida melhor.

Mantemos, amigos e amigas, a nossa profissão de fé a favor do Brasil e contra o descalabro monumental que nos espreita.

Por isso, aproveito este momento para reiterar alguns princípios que, cada vez mais, deverão nortear a atuação do PSDB.

Valores com os quais comungamos. Valores que professamos.

Sentimentos que nos irmanam aos que ocupam ruas e protestam contra a destruição que nossos adversários promovem no país.

Destruição que não deixaremos prosperar.

Lembro, primeiro, o que está escrito no nosso registro de nascimento: o PSDB surgiu 27 anos atrás “longe das benesses oficiais, próximo ao pulsar das ruas”.

E este continua sendo o nosso lugar.

Nesse momento em que realizamos a nossa convenção, encontro maior de nossos companheiros de cada canto deste extraordinário Brasil, reafirmo a cada um dos brasileiros a base do nosso ideário:

– E começo pela defesa intransigente das liberdades e da democracia, traduzida pela força da lei e a vigência de um pleno Estado de direito.

– O respeito às diferenças, à independência e autonomia das instituições e ao interesse público.

– O compromisso com a ética e com um Estado transformador e, sobretudo, reformista.

– O compromisso com uma sociedade justa que priorize a atenção aos que mais precisam.

– A busca incessante e obstinada pela retomada do crescimento econômico com justa distribuição do nosso desenvolvimento por todo o país e por todas as classes, instrumento da verdadeira ascensão e mobilidade social.

– A restauração da confiança no país, alicerce imprescindível para que o Brasil e os brasileiros voltem a sonhar com um futuro melhor e com um presente digno.

– O fortalecimento da cidadania como alavanca de uma sociedade que se moderniza, que exige mais, que participa ativamente e não aceita ser ludibriada, enganada, passada para trás.

– A lei é para todos e deve ser implacavelmente aplicada. Não admitimos que a afronta às normas legais se constitua, como aconteceu nos últimos anos, em conduta aceitável por parte dos comandantes do país.

– Órgãos de fiscalização e controle devem ser crescentemente fortalecidos, sob o abrigo dos princípios republicanos. Sobretudo quando atacados por quem deveria defendê-los.

– A classe política não pode estar voltada para si mesma na busca de cargos ou poder. É preciso sempre ouvir as ruas, as famílias, os indivíduos, pois servi-los é a razão de ser da política. É preciso superar o divórcio hoje existente entre representantes e representados.

Reiteramos também como nossos princípios:

– O apreço pelo Estado transparente, eficiente e mais próximo do cidadão.

– Pela responsabilidade no trato do dinheiro público.

– Pelo equilíbrio nas contas públicas.

– É preciso, também, que o Brasil volte a se abrir aos demais países.

– Precisamos tornar o Brasil mais produtivo e competitivo. Temos que voltar a investir em pesquisa, tecnologia, inovação, educação básica, educação de ponta, e também em maior qualificação profissional.

– Precisamos valorizar o empreendedorismo e ampliar o apoio a jovens empreendedores.

– E, ainda, buscar transformar o Brasil num dos líderes mundiais das políticas relacionadas às mudanças climáticas, com uma nova matriz de produção baseada na sustentabilidade. Precisamos, e podemos, ser imbatíveis em energias limpas e renováveis e também em práticas industriais, comerciais e agrícolas sustentáveis.

– Para nós, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social são irmãos gêmeos, indissociáveis. O país precisa voltar a crescer e as políticas sociais precisam ser ampliadas. Elas não devem significar apenas mais renda, mas sim o acesso a um conjunto de serviços de qualidade, como saúde, segurança, educação, justiça, moradia, saneamento e transporte.

– Nossa vergonhosa desigualdade social exige, para ser superada, menos marketing, mais planejamento, mais seriedade e muito mais perseverança.

Amigas e amigos do PSDB,

Neste encontro de hoje, renovamos nossas forças e nossas esperanças em uma mudança que, cedo ou tarde, chegará.

Quero abraçar aqueles que nos acompanharam na nossa jornada até agora e, com certeza, continuarão a nos acompanhar.

Já éramos muitos, mas vocês sabem: à nossa luta se juntaram muitos outros milhões. De todas as regiões deste imenso país. De todas as classes sociais. De todas as idades.

Continuemos juntos na nossa causa comum.

Lembrando o grande mineiro Milton Campos, digo: aqui sempre haverá um palmo de chão limpo onde homens e mulheres de bem possam se encontrar.

Mais do que nunca, é fundamental a união de todos para recuperar o país e os sonhos dos brasileiros.

Se eu pudesse agora, ao final deste encontro, fazer a cada um de vocês um pedido, seria para que hoje – ao retornar a suas casas – levem na alma e no coração dois sentimentos que deverão nos acompanhar daqui por diante até o reencontro do Brasil com seu destino de dignidade e prosperidade.

Resumo estes dois sentimentos em duas palavras: unidade e coragem.

Unidade para fortalecer a nossa caminhada e coragem para enfrentarmos e vencermos os desafios que nos aguardam.

Porque esta é – agora mais do que nunca – a atitude que os brasileiros esperam de nós do PSDB: sermos, como sempre fomos, a oposição a favor do Brasil.

Vamos juntos pelo Brasil e pelos brasileiros.

Zona Franca de Manaus sofre com o abandono do governo Dilma, critica Aécio Neves

Aecio em Manaus 2015Em viagem ao Amazonas nesta sexta-feira (26), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, responsabilizou o governo federal pela crise enfrentada pelas empresas da Zona Franca de Manaus, principal pólo econômico no Estado. Apenas nos três primeiros meses do ano, o faturamento das indústrias da região caiu 20%, e, até abril, 20 mil trabalhadores foram demitidos. Outros 35 mil serão colocados em férias coletivas nos próximos dias. O setor de eletroeletrônicos, que lidera o polo industrial, teve queda de 25% na produção. Apenas no mês de abril, a produção no polo de duas rodas (motos, bicicletas etc) caiu 31% e as exportações despencaram 60%. As perdas chegam a US$ 2 bilhões, segundo o Centro da Indústria do Amazonas.

“Tenho dito sempre que a Zona Franca de Manaus é um patrimônio dos brasileiros. Precisa ser fortalecida, precisa crescer, precisa se transformar numa grande plataforma de exportação. E eu lamento profundamente que nesse Brasil de hoje os compromissos assumidos pela então candidata a presidente da República não se transformaram em realidade. Porque, mais do que a extensão dos benefícios fiscais da Zona Franca, era preciso os investimentos em rodovias, em hidrovias. Os investimentos em infraestrutura que possibilitem realmente o desenvolvimento sustentável dessa região”, afirmou Aécio Neves, em entrevista à imprensa ao lado do prefeito Arthur Virgílio Neto.

A viagem ao Amazonas faz parte das comemorações aos 27 anos do PSDB e é a primeira de uma série que o presidente tucano fará pelo país para debater com os brasileiros os graves problemas que atingem a economia e o dia-a-dia da população. No próximo dia 5, em Brasília, o partido fará sua convenção nacional.

“Acho que esse pós-eleição está levando muitos brasileiros, e certamente aqui não é diferente, a uma reflexão. Será que vale a pena mentir tanto para vencer uma eleição? Acho que não. O Brasil tem hoje uma presidente da República sitiada, que não pode sair do Palácio, não pode olhar nos olhos das pessoas porque enganou os brasileiros. E, lamentavelmente, quem vem pagando a parcela maior dessa conta são os trabalhadores, com o desemprego crescendo, com os direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego e abono salarial, sendo tirados. E o que temos pela frente? Um governo que não sabe para onde ir”, criticou Aécio Neves.

Falta de recursos federais para Amazônia

O presidente nacional do PSDB lamentou ainda a baixa transferência de recursos federais para Manaus. Em abril, por exemplo, a cidade recebeu apenas R$ 1,5 milhão em repasses voluntários do governo federal. No mesmo mês, Dilma repassou R$ 271 milhões para a prefeitura de São Paulo, comandada pelo PT.

Para Aécio, a cidade sofre discriminação do governo federal por ser administrada pelo PSDB. “O que eu vejo, hoje, é, lamentavelmente, uma ação do governo federal excludente. Uma ação do governo federal que, eventualmente, para de alguma forma penalizar um prefeito forte, honrado, preparado, de oposição, acaba por punir a população de Manaus. Nós estaremos sempre denunciando a ausência de atenção do governo federal, que, a meu ver, se encerrou no momento da eleição. Mesmo com todas as dificuldades, Arthur Virgílio é hoje um dos prefeitos de capitais mais bem avaliados do Brasil”, ressaltou.

O senador também criticou a falta de investimento federal no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), criado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.  Para Aécio, a instituição deveria ser usada como catalisador do desenvolvimento regional.

“Durante a campanha, falei muito em transformar esse centro de biotecnologia em uma grande plataforma que pudesse reunir universidades, investimentos em pesquisa, em desenvolvimento, para que o potencial raríssimo, único dessa região, pudesse se transformar em benefícios para as pessoas. Em mais empregos, em mais qualidade de vida. O abandono desse centro por parte do governo do PT mostra uma visão pequena de um governo que não tem a dimensão, não tem a compreensão de quais os caminhos que deve percorrer para fazer o Brasil crescer”, defendeu.

Agenda em Manaus

Durante a visita a Manaus, o presidente nacional do PSDB participou, ao lado do prefeito Arthur Virgílio Neto, do lançamento de dois projetos considerados fundamentais para a recuperação do centro histórico da capital amazonense. O primeiro é a revitalização da Avenida Eduardo Ribeiro, recuperando o calçamento de pedras portuguesas e paralelepípedos.  O segundo projeto é a ampliação do Paço Municipal, importante centro cultural da capital. Um novo auditório, restaurante e obras de acessibilidade estão previstos. A cerimônia de lançamento dos projetos ocorreu no Paço Municipal. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) acompanhou a viagem do senador.

“Eu acho que nessas últimas eleições o PSDB se recoloca como um partido da esperança de um governo diferente desse que está aí. Essa campanha foi uma campanha que acordou o Brasil, que despertou os jovens brasileiros para que eles possam exercer um protagonismo na construção de seu próprio destino. Uma certa passividade que existia foi substituída por uma pró-atividade. E é isso que o PSDB vem estimulando. Novas filiações, novos quadros, porque nós teremos  a responsabilidade, dentro de muito pouco tempo, de governar  o Brasil e encerrar esse ciclo perverso de governo do PT”, afirmou o presidente tucano.

A agenda do presidente do PSDB no Amazonas inclui ainda uma visita ao 50º Festival Folclórico de Parintins, na noite desta sexta-feira (26).

Aécio anuncia decisão do TCU que considera crime de responsabilidade manobra fiscal do governo

aecio neves foto Jefferson Rudy Agencia Senado Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou no plenário do Senado Federal na noite dessa quarta-feira (15) decisão unânime do Tribunal de Contas da União (TCU) que considerou crime de responsabilidade do governo federal as manobras fiscais realizadas no ano passado. Para mascarar o déficit das contas públicas, o governo adiou repasses a bancos, o que na prática significa um empréstimo, proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Autoridades do governo terão agora que prestar esclarecimentos ao TCU.

Leia a declaração do senador Aécio Neves no plenário do Senado:

“Há poucos minutos atrás, o Tribunal de Contas toma a decisão de apontar crime nas manobras fiscais do atual governo. Neste instante, o plenário do TCU aprovou por unanimidade o relatório que considera as manobras fiscais realizadas pelo Tesouro com o dinheiro dos bancos públicos federais como crime de responsabilidade. Vejam bem, não é decisão da oposição. Na verdade corroborando, vindo na direção daquilo que nós já apontávamos desde o ano passado. E obviamente isso terá consequências.”

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