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Olavo.Soares

Tucanos defenderão na reforma política fixar limite para financiamento privado de campanhas eleitorais e o fim das doações a candidatos

aecio neves foto George Gianni 3Na primeira reunião da nova Executiva Nacional do PSDB, eleita no início de julho, o presidente do partido, senador Aécio Neves, defendeu, nesta terça-feira (14/07), mudanças no financiamento das campanhas eleitorais. De acordo com o senador, o partido vai propor no Congresso a aprovação do financiamento misto das campanhas, com a fixação de um limite por empresa, e a restrição de doações apenas a partidos políticos, e não mais a candidatos em separado.

“Defenderemos o financiamento misto das campanhas eleitorais. Me preocupa um caminho que se aventa e que pode restabelecer o caixa dois no Brasil, no momento em que se impede o financiamento privado. Vamos estabelecer limites e maior transparência para esse financiamento privado, que poderá ser dado apenas a partidos políticos até 2% do faturamento de cada empresa e no máximo 1/4 desse valor para determinado partido. Não há como uma empresa financiar apenas um partido político. De todas as propostas em discussão, essa nos pareceu até aqui a mais equilibrada, e é essa que estaremos defendendo a partir de agora”, afirmou o senador Aécio Neves em entrevista à imprensa.

Na reunião, os novos integrantes da Executiva fizeram uma avaliação da atual conjuntura política do país. Segundo o senador, o partido seguirá defendendo o papel das instituições na investigação de escândalos de corrupção.

“Se há algo hoje no Brasil que funciona de forma efetiva são as nossas instituições, que devem, obviamente, com serenidade e equilíbrio, fazer o seu trabalho. Sempre seremos guardiões das instituições, seja em relação a esses episódios que ocorrem hoje e em relação a todos os outros que estão por vir”, ressaltou o presidente tucano.

Aécio Neves rebateu ainda a estratégia política do PT de acusar a oposição de golpista.

“Vejo em setores do PT uma preocupação exagerada com a ação do PSDB, e quero reiterar aqui: não se preocupem com o PSDB, preocupem-se em defender-se, em dar explicações ao TCU, ao TSE em relação a eventuais delitos que a partir das denúncias podem ter ocorrido. Repito que vamos nos manter sempre absolutamente nos limites da Constituição”, reiterou o senador Aécio Neves.

Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

aecio neves foto George Gianni 5Entrevista do presidente nacional do PSDB,

senador Aécio Neves

 

Brasília – 14-07-15

 


Assuntos: reunião da Executiva, operação Lava Jato, financiamento de partidos, Joaquim Levy, Petrobras.

 


Alguma decisão da Executiva hoje?

 

Fizemos hoje a primeira reunião da nova Executiva Nacional. Dentre várias questões que foram tratadas, a primeira delas obviamente diz respeito ao momento que passa o país e a política brasileira, e reafirmamos conjuntamente o nosso respeito e nosso apoio às instituições. Se há algo hoje no Brasil que funciona de forma efetiva são as nossas instituições, que devem obviamente, com serenidade e equilíbrio, fazer o seu trabalho. Sempre seremos guardiões das instituições, seja em relação a esses episódios que ocorrem hoje e em relação a todos os outros que estão por vir. Vejo em setores do PT uma preocupação exagerada com a ação do PSDB, e quero reiterar aqui: não se preocupem com o PSDB, preocupem-se em defender-se, em dar explicações ao TCU, ao TSE em relação a eventuais delitos que a partir das denúncias podem ter ocorrido. Repito que vamos nos manter sempre absolutamente nos limites da Constituição.

 

E discutimos questões relativas à reforma política, e do nosso ponto de vista no que diz respeito ao financiamento das campanhas eleitorais, que é um tema que vai ser votado hoje na Câmara dos Deputados. Defenderemos o financiamento misto das campanhas eleitorais. Me preocupa um caminho que se aventa que pode restabelecer o caixa dois no Brasil, no momento em que se impede o financiamento privado. Vamos estabelecer limites e transparências para esse financiamento privado, que poderá ser dado apenas a partidos político até 2% do faturamento de cada empresa e no máximo 1/4 desse valor para determinado partido. Não há como uma empresa financiar apenas um partido político. De todas as propostas em discussão, essa nos pareceu até aqui a mais equilibrada, e é essa que estaremos defendendo a partir de agora.

Sobre a Operação Lava Jato. Isso preocupa o PSDB?

 

O PSDB respeita as instituições e vai sempre preservá-las. Há realmente um clima de perplexidade por parte de setores da vida pública nacional, mas acho que a partir desse momento nada pode obstacular, nada pode impedir que as investigações avancem. Sempre é recomendado prudência, mas o que estamos vendo são desdobramentos de investigações que já vinham ocorrendo lá atrás. Sempre que as instituições estiverem de alguma forma atacadas, cabe ao PSDB agir para defendê-las. E vamos com muita cautela aguardar os desdobramentos dessas buscas e apreensões. Não ocorreram, segundo estamos informados, prisões ainda hoje, mas vamos acompanhar muito de perto o que ocorre em relação a elas.

 

Sobre repatriação de recursos

 

Uma outra questão relevante para essa semana diz respeito à proposta do governo que busca repatriar recursos que estão no exterior hoje, que por alguma razão não foram aqui taxados, não pagaram seus impostos. Recebi ontem à noite um telefonema do ministro Joaquim Levy e conversei com ele sobre esse tema. Acho que não há condições de que essa proposta, assinada pelo senador Randolfe e relatada pelo senador Delcídio, seja votada essa semana, como gostaria o governo. É algo complexo. Temos que examinar de forma clara o que ocorreu em outros países que tomaram essa decisão. E o que me parece mais relevante: como temos mecanismos que possam permitir diferenciação entre recursos de alguma forma lícitos e aqueles que são fruto por exemplo, de tráfico de droga ou de corrupção? Portanto, é uma proposta complexa e não estamos açodados para votá-la.

 

O governo pede pressa em razão da necessidade de constituição de fundos que possam possibilitar a aprovação do projeto de unificação do ICMS, mas eu quero aqui afirmar, depois da nossa reunião da Executiva de que da nossa parte nós não permitiremos a quebra do interstício. E mesmo que a maioria aprove a urgência para esse projeto, nós não permitiremos que ele seja votado essa semana, para que possa ser discutido em profundidade. Seus efeitos eventualmente positivos, que são aqueles que o governo alega e argumenta porque serão a única forma de constituir esses fundos, mas também temos que analisar os eventuais efeitos nocivos, ao misturar-se tudo, inclusive que seja repatriado dinheiro fruto do crime, o que não é obviamente aceitável.

O sr. perguntou isso ao ministro?

 

O que ele diz é que os próprios bancos têm mecanismos para essa identificação. Eu tenho dúvida se tem efetivamente esse mecanismo.

 

Não estamos fechando as portas de forma definitiva. Mas não é plausível, e eu disse isso a ele, que via muitas dificuldades que essa matéria pudesse ser votada essa semana com todo esse açodamento.

 

Na verdade, é de novo o governo do improviso. As dificuldades em que esse governo mergulhou em razão dos seus equívocos fazem com que a todo momento surja aí uma novidade, ou uma solução maravilhosa e criativa para resolver todos os problemas fiscais do governo. Não é assim. Essas questões dizem respeito a tratados internacionais e é precioso que sejam discutidas em profundidade, seus eventuais benefícios, mas também os danos que possam causar. Portanto, a posição do PSDB hoje é de cautela, de não dar urgência para que essa matéria seja votada.

 

Sobre decisões do governo, Gaspetro e Petrobras.

 

São decisões absolutamente questionáveis, precisa ser discutida em profundidade. Esses anúncios sucessivos, por exemplo, de vendas de ativos da Petrobras, aqueles que eram tratados como intocáveis até pouquíssimo tempo atrás pelo PT são hoje aceitáveis. Fala-se em vender 49% da Gaspetro sem qualquer estudo sobre o que isso impacta no futuro no fornecimento de gás para o desenvolvimento do país, na venda por exemplo, de uma parcela, ou até mesmo na totalidade da BR distribuidora, agora fala-se na Transpetro, então são soluções absolutamente afoitas, sem qualquer tipo de planejamento. Um governo que quer dispor do patrimônio da população brasileira na bacia das almas. Essa é a grande verdade.

A incompetência foi tamanha que para diminuir o endividamento da Petrobras, que é o maior entre todas as empresas financeiras do mundo, começa a entregar a parcela desse patrimônio na bacia das almas. Não vamos permitir que isso ocorra dessa forma. Cada uma dessas discussões tem que ser feitas à luz do dia e não na calada da noite. A cada dia estamos assistindo dirigentes da Petrobras anunciarem comitês para estabelecer ou para definir algumas vendas de determinados ativos sem a necessária e adequada discussão. Portanto, nós vamos estar muito atentos para que isso não ocorra nessa e em outras áreas, como por exemplo, a área de energia.

Estatuto da Criança e do Adolescente é o que garante matrícula a crianças de todo o país, diz Rita Camata

rita-camata-george-gianni-0409O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 25 anos no próximo dia 13. A lei, que estabelece direitos e obrigações aos jovens, mudou a relação entre o país e sua população com menos de 18 anos. A ex-deputada federal Rita Camata (PSDB-ES) foi a relatora do Estatuto e destaca as conquistas que o texto trouxe à sociedade. Para a tucana, a norma é responsável por avanços que vão além do que se costuma pensar em relação para o ECA.

“A lei trouxe a todas as mulheres brasileiras o direito ao acompanhamento pré-natal, a vacinação gratuita às crianças, por exemplo. E também regras claras para adoção e o combate à violência e abuso sexual”, diz.

A tucana destaca também que outros benefícios, como acesso à profissionalização e à alimentação, são previstos pela lei. “Se hoje já se garante matrícula a todas as crianças no país é graças ao ECA”, aponta.

Segurança
A ex-deputada ressalta que nenhum artigo do ECA faz referência à “proteção a infratores”, contestando assim uma visão comum sobre a norma.

“Existe uma grande confusão sobre idade de inimputabilidade penal”, diz a tucana. Camata explica que o ECA tem normas gerais para a infância e a adolescência – incluídas, aí, as questões sociais e legais.

A tucana enfatiza que o poder público, ao longo dos últimos anos, não conseguiu garantir aos jovens brasileiros as oportunidades de desenvolvimento necessárias.

Rita Camata foi deputada federal por cinco mandatos. Atualmente, é integrante da Executiva Nacional do PSDB.

Pronunciamento do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

“Não fazemos aqui pré-julgamentos, mas eu quero dizer a Vossa Excelência, presidente Dilma, que ninguém, absolutamente ninguém neste país, inclusive a senhora presidente da República, está acima das instituições. E é por isso que nós cumpriremos o nosso papel, dentro dos preceitos constitucionais, para garantir que, apesar do desastre que tem sido o seu governo, o Brasil possa encontrar um futuro de reconciliação com a esperança, com o desenvolvimento, e principalmente com a verdade”, diz Aécio Neves, em pronunciamento hoje (09) no Senado Federal.

Segue íntegra:

aecio neves foto george gianni 1Não gostaria de ter a necessidade de fazê-lo, mas sou obrigado pelas funções que tenho hoje – a vir a esta tribuna para responder diretamente à senhora presidente da República, que, há pouco, na Rússia, me brinda com considerações mais uma vez absolutamente distantes da realidade. É curioso vermos a presidente da República em um momento grave como este por que passa a economia brasileira, – e todos torcemos para que haja uma integração maior dos Brics e isso possa de alguma forma favorecer a recuperação da economia brasileira – mas o que ouvimos é algo absolutamente fora do sentido. Aliás, me perdoem, como têm sido algumas das últimas declarações da presidente da República. Diz a presidente da República, na Rússia, em um momento em que deveria estar defendendo os interesses do Brasil. Diz ela: “Quem é golpista mostra na prática as tentativas”.

Vou tentar traduzir porque nem sempre é fácil fazê-lo. Abro aspas para a senhora presidente da República: “Quem coloca como já tendo tido uma decisão – e ela se refere aos tribunais – está cometendo um desserviço para a instituição, para o TCU e o TSE porque não há nenhuma garantia que qualquer senador da República, diz ela, muito menos o senhor Aécio Neves possa prejulgar quem quer que seja ou definir o que uma instituição vai fazer ou não”.

Eu tive oportunidade de vir a esta tribuna no dia de ontem, dizer aquilo que disse na Convenção, que tenho dito em todos os instantes, em todos estes últimos meses: Devemos ser guardiões da Constituição e defensores das nossas instituições. Em momento algum, houve qualquer prejulgamento e, na verdade, não sei se por não ter lido – e aí eu dou a ela o direito da dúvida, e mal informada, a presidente busca criar um factoide a partir de algo que não é real, que não é verdadeiro.

E leio exatamente a partir das notas taquigráficas da sessão de ontem algo que se coloca na direção oposta àquilo que a presidente da República acaba de dizer. Quem coloca como já tendo tido uma decisão dos tribunais está cometendo um desserviço para o Tribunal de Contas e o TSE, porque não há nenhuma garantia – repito o que disse a presidente – que qualquer senador da República, muito menos o senhor Aécio Neves possa prejulgar quem quer que seja ou definir o que uma instituição deve fazer ou não. Passo a ler aqui o que disse ontem, senhor presidente. Disse eu: “Vamos permitir – acho até que a senhora presidente da República é capaz de compreender o que eu disse, se eu disser aqui de forma clara e devagar – que o Tribunal de Contas – repito o que disse na sessão de ontem – cumpra com sua função constitucional. Ele pode tanto aprovar quanto reprovar as contas da presidente da República, disse eu. Não há um julgamento feito ainda, até porque houve abertura de um tempo maior para que a presidente possa se defender, disse eu ainda.

Por outro lado, os tribunais, como o Tribunal Superior Eleitoral, estão ali também cumprindo com o seu papel, e cabe à oposição ser a guardiã das nossas instituições, para que não aconteça aquilo que querem alguns membros do Partido dos Trabalhadores, que é submeter essas instituições, pilares fundamentais da democracia, à conveniência do governo de plantão, como fizeram alguns deputados essa semana, dizendo que a Polícia Federal tem que se subordinar ao governo federal, porque o governo federal foi eleito.

Senhoras e senhores senadores, é absolutamente inacreditável a desconexão da presidente da República com a realidade, e o que eu percebo é uma presidente que, mesmo saindo do Brasil, se sente acuada, perseguida pelos fatos, pela incerteza em relação ao seu próprio futuro. Não somos nós da oposição que vamos definir o que vai acontecer com o futuro da presidente da República, depende muito mais dela, e depende em especial do povo brasileiro. O que não permitiremos é que as nossas instituições, instituições de Estado, e não de governo, como o Tribunal de Contas, como o Tribunal Superior Eleitoral e a própria Polícia Federal, sejam de alguma forma constrangidas pela ação do seu governo.

Não desejo mal à presidente da República. De forma alguma. Talvez o cumprimento do seu mandato constitucional fosse para o Brasil uma saída mais tranquila, mais adequada, mas os fatos que se sucedem é que geram essa grande incerteza – não apenas nos agentes políticos – mas na sociedade brasileira como um todo. A presidente, mais uma vez, perdeu uma belíssima oportunidade para talvez responder aquilo que está hoje nos jornais, e é algo extremamente grave: as declarações e depoimento de um ex-diretor do Ipea, o senhor Herton Araujo, que disse de forma muito clara: “recebi a notícia de que eu não podia falar com a imprensa por causa da lei eleitoral”.

Ele se refere à demissão que pediu às vésperas do 2. turno da eleição porque, como diretor do IPEA, como servidor do IPEA, foi impedido de divulgar os números que o IPEA havia levantado. E diz ele que recebeu o e-mail de um diretor do órgão dizendo o seguinte: “Herton. Acho que nesse período de eleição o que é terra vira mar, e o que é mar vira terra”. Talvez, aludindo àquela expressão que se tornou famosa no Brasil, de que numa eleição se faz o diabo, inclusive esconder, escamotear dados oficiais.

Isso aconteceu com o IPEA; isso aconteceu com o IBGE, e vamos nos lembrar da grave crise que levou ao pedido de demissão de dois dos seus diretores, que depois reviram a posição exatamente porque também o IBGE era, ali, impedido de mostrar números que interessavam à sociedade brasileira. Os do IPEA, mostravam que a pobreza tinha aumentado. Mas os brasileiros não puderam saber disso porque o servidor foi impedido de dividir com a sociedade brasileira os dados oficiais do próprio governo.

Perdeu a oportunidade, a presidente, de dizer, por exemplo, o que acha do bloqueio feito pelo Ministério Público dos bens dos executivos do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, nomeados por ela, e acusados de irregularidades que levaram a perdas substantivas deste fundo, e infelizmente não apenas dele.

Perdeu a oportunidade, a presidente da República, de comentar os dados de hoje do IBGE, que, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( PNAD), mostra que a taxa de desemprego chegou a 8,1% neste trimestre. A taxa de desocupação atingiu o maior patamar da série de toda a PNAD contínua. Essa mesma que foi, também na campanha, houve sobre ela tentativa de que não fosse divulgada. O número de desocupados no Brasil atingiu 8 milhões e 157 mil pessoas, o maior valor de toda a história da PNAD contínua. Perdeu também a oportunidade, a presidente da República, de comentar os dados da Confederação Nacional da Indústria que mostram, vejam bem senhoras e senhores senadores, que 50% das indústrias brasileiras demitiram nos últimos seis meses. Mostram que a redução da produção das indústrias atingiu 60% dos trabalhadores, e o maior percentual no setor automotivo, onde 73% das empresas demitiram. E boa parte deles dizem que continuarão a demitir.

Portanto, perdeu a oportunidade a presidente da República de comentar qual a sua parcela de responsabilidade para que o índice de inflação alcançasse uma meta ou um patamar jamais alcançado nos últimos 20 anos para esse período.

O índice oficial atingiu 0,79% nesse mês de junho; a alta acumulada nos últimos 12 meses chega a 8,89%.

É disso que a presidente da República deveria falar. Olhar para os brasileiros e dizer que errou. Que fracassou. Que falhou. E hoje nós temos desemprego recorde, inflação saindo de controle, desaquecimento de toda a economia, juros na estratosfera. Não, senhoras e senhores, isso não é obra da oposição. A oposição não é golpista. E eu desafio a presidente da República a demonstrar em qual momento, em que instante, eu, como presidente do PSDB, dei qualquer declaração que não fosse de respeito à Constituição, que não fosse de respeito à soberania e independência das nossas instituições.

Presidente Dilma, Vossa Excelência terá a oportunidade de se defender, de apresentar as suas razões pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, como aponta o relatório do ministro Nardes, ou em relação à utilização de dinheiro de propina na campanha eleitoral, como afirma o delator Ricardo Pessoa. Não fazemos aqui pré-julgamentos; mas eu quero dizer a Vossa Excelência: ninguém, absolutamente ninguém neste país, inclusive a senhora presidente da República, está acima das instituições. E é por isso que nós cumpriremos o nosso papel, dentro dos preceitos constitucionais, para garantir que, apesar do desastre que tem sido o seu governo, o Brasil possa encontrar um futuro de reconciliação com a esperança, com o desenvolvimento, e principalmente com a verdade dita por seus governantes. Muito obrigado.

Pronunciamento após aparte do senador Cássio Cunha Lima.

O que me preocupa efetivamente é a instabilidade por que passa a presidente da República, talvez acostumada com o que acontece na campanha eleitoral, falta mais uma vez com a verdade para acusar a oposição. Não há nenhuma tentativa da oposição de fazer qualquer prejulgamento. Isso está claro em todas as nossas declarações.

É triste ver a presidente da República sair do Brasil e, perante outros chefes de Estado, faltar com a verdade. Quero tranquilizá-la. O PSDB estará atento vigilante, mas sempre em todos os instantes, respeitando as regras da democracia. A democracia que aí está foi uma conquista de todos nós. E ela pressupõe instituições sólidas, instituições fortes, instituições independentes que devem fazer o seu trabalho sem qualquer tipo de pressão.

Portanto, mais uma vez, quero repelir de forma mais veemente possível, as insinuações da presidente da República com base em informações falsas, e sugiro a ela que economize as suas energias com a oposição. Não a levará a absolutamente nada. Concentre suas forças e suas energias para defender-se das inúmeras acusações que sobre ela recaem em razão daquilo que ela e seu partido fizeram, e não que a oposição efetivamente tenha denunciado. Desejo a ela, como brasileiro, que ela possa enfrentar essas dificuldades, mas sugiro que as enfrente com serenidade e, em especial, com respeito ao contraditório.

Para Líder da Oposição, Dilma desrespeita o bom senso em entrevista à Folha de S. Paulo

bruno araujo foto Agencia CamaraAcossada por inúmeras denúncias contra seu governo e sua conduta, a presidente Dilma Rousseff demonstra mais uma vez que se encontra sem argumentos de defesa. Tenta transformar ações institucionais em simples vontade de uma minoria. Consegue, no máximo, autoritariamente, afirmar que a aplicação rigorosa das leis é ato de sua vontade pessoal. Mais uma vez, portanto, atrapalha-se com as palavras e desrespeita o bom senso.

A presidente Dilma não se defende apenas de investidas da oposição, mas de órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral, o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a Polícia Federal. É por causa de suspeitas de crimes como extorsão para obter verbas de campanha, abuso do poder econômico e manipulação das contas do governo que a presidente deve respostas a essas instituições e à sociedade. Se alguém feriu a democracia, foi a própria presidente.

Ao invés de se agarrar com unhas e dentes ao mandato, a presidente deveria ter se agarrado às promessas de campanha como a preservação dos direitos dos trabalhadores, o crescimento sustentável da economia, e em evitar a profunda crise que o Brasil enfrenta por erros do próprio governo. É por tudo isso que a presidente é aprovada por apenas 9% dos brasileiros.

Deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE)
Líder da Oposição na Câmara

Nota do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

aecio-coletiva-780X340O discurso do golpe

O discurso do golpe que vemos hoje assumido pela presidente da República, e repetido pelos seus ministros e pelos petistas, nada mais é do que parte de uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras no momento em que pesam sobre a presidente da República e sobre seu partido denúncias da maior gravidade.

Para o PT, se o TCU identifica ilegalidades e crime de responsabilidade nas manobras fiscais autorizadas pela presidente da República, trata-se de golpe.

Para o PT, se o TSE investiga ilegalidades na prestação de contas das campanhas eleitorais da presidente da República, trata-se de golpe.

Se a Polícia Federal e o Ministério Público investigam crimes de corrupção praticados por petistas, para o PT trata-se de golpe.

Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe!

Na verdade o discurso golpista é o do PT, que não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia.

O discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e inibir  instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel.

Os partidos de oposição continuarão atentos e trabalhando para impedir as reiteradas tentativas do PT para constranger e inibir a autonomia e independência das instituições brasileiras.

Senador Aécio Neves
Presidente do PSDB.

Fim do governo Dilma é a melhor maneira de resolver crises que atingem Brasil, defende líder

carlos sampaio foto PSDB na CamaraO líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP), subiu ao palco da 12ª Convenção Nacional do partido, realizada neste domingo (5), em Brasília, e destacou os malfeitos do governo petista para o Brasil. O tucano disse que a solução para as crises na saúde, segurança e educação é uma só: o fim da gestão Dilma.

“Não existe melhor proposta à nação que o compromisso da bancada nacional de não se quedar inerte diante das atrocidades que este governo faz ao país, de se manter firme combatendo até afastarmos legalmente este governo que tanto mal fez e faz ao nosso país”, destacou

“O PT deixou nosso país doente e a melhor coisa para retomar a saúde é o TSE cassar a presidente e afastar esse governo corrupto e mentiroso”, afirmou. Não tem como falar em segurança sem lembrar o saque aos cofres da Petrobras promovido pelos petistas no petrolão, destacou o líder. “O PSDB quer ver na cadeira esses petistas corruptos que desviaram dinheiro do povo para seus próprios bolsos”, completou. As mentiras de Dilma impedem o Brasil de ser de fato a “pátria educadora”, lamentou o líder.

Sampaio ressaltou o orgulho de dividir o palco com lideranças importantes do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra e o governador Geraldo Alckmin. Ele lembrou que, na última convenção do PT, vários líderes não compareceram porque estavam presos.

O parlamentar integra a nova Executiva tanto por ser líder da bancada como também por responder pela vice-presidência Jurídica da legenda.

Do Portal do PSDB na Câmara

“Desafio”, por Aécio Neves

AecioNeves_ConvencaoPSDB_OrlandoBrito_4A retórica desconexa e o raciocínio enviesado da presidente Dilma brindaram os brasileiros recentemente com o uso inapropriado de duas palavras duras – delação e traição. Sobre a primeira nem há o que falar – o instrumento da delação premiada é legal e está inserido nas normas democráticas.

Quanto à traição, ainda que não se discuta a legitimidade da presidente para tocar no assunto, afinal não se tem memória de um governante que tenha traído tão profundamente os que nele acreditaram, é preciso anotar a infelicidade da fala. Basta dizer que ao comparar o senhor Ricardo Pessoa a Joaquim Silvério dos Reis, a presidente terminou por comparar o ex-tesoureiro do PT João Vaccari a Tiradentes, o que demonstra no mínimo o absurdo do pensamento.

Estamos vivendo um dos piores períodos de nossa história republicana. As contas públicas, a inflação, a produção industrial, o mercado de trabalho, as obras do PAC, nada resistiu ao monumental conjunto de erros protagonizados pelo governo petista. À incompetência gerencial se soma o oportunismo político, a miopia ideológica e o desapreço pela transparência, para temos pronta a receita do caos. Eis o Brasil do PT.

Presidente nacional do PSDB. Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 06/07/2015

Clique AQUI para ler o artigo na íntegra.

Confira a composição da nova Executiva Nacional do PSDB

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL

Presidente de HonraFernando Henrique Cardoso
PresidenteSenador Aécio Neves
Vice-Presidentes 

 

 

 

 

 

Deputado Giuseppe Vecci
Senador Aloysio Nunes Ferreira
Senador Tasso Jereissati
Senador Flexa Ribeiro
Alberto Goldman
Deputado Bruno Araújo
Deputada Mariana Carvalho de Moraes
Vice-Presidente JurídicoDeputado Carlos Sampaio
Secretário-GeralDeputado Silvio Torres
1º SecretárioDeputado Antonio Imbassahy
2º SecretárioDeputado Nilson Leitão
TesoureiroDeputado Rodrigo de Castro
Tesoureira-AdjuntaThelma de Oliveira
Vogais 

 

 

 

 

 

 

 

 

Senador Paulo Bauer
Deputado Jutahy Junior
Deputado Eduardo Cury
Deputado Daniel Coelho
Deputado Arthur Bisneto
Rita Camata
Yeda  Crusius
Prefeito Firmino Filho
Vereador Andrea Matarazzo
Eduardo Jorge Caldas Pereira
Suplentes 

 

 

 

 

 

 

Deputado Alfredo Kaefer
Deputada Geovania de Sá
Moema Santiago
Terezinha Nunes
Nancy Thame
Marcos Antonio Fernandes
Luislinda Valois
Líderes da Bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal
Líderes da Minoria/Oposição na Câmara dos Deputados e no Senado Federal