
Campo Grande (MS) – “A renegociação da dívida com a União foi um avanço e possibilita ao estado uma alternativa para fazer os ajustes nas contas públicas sem precisar tomar medidas drásticas”. A afirmação é do secretário de Fazenda do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Marcio Monteiro, que avalia como benéfico o resultado da negociação entre Estados e União.
O novo prazo é de 24 meses. Os seis primeiro meses são de carência, ou seja, não será pago nada. Em 2017 os Estados voltam a pagar a dívida, mas de forma escalonada. Em janeiro os estados retornam a pagar a divida escalonada.
“Em janeiro será 5,5% do valor da parcela chegando aos 24 meses já com parcela cheia. Assim, em julho de 2018 estaremos pagando 100%. Vale lembrar que esse 100% é um valor menor dos atuais R$ 100 milhões, uma vez que houve alongamento da dívida em 20 anos. Então um financiamento que iríamos pagar em 12 anos foi prorrogado por mais 20, ou seja 32 anos. Com esse alongamento o valor da parcela deve cair 2/3 e ficar R$ 35 a R$ 40 milhões”, declarou Monteiro.
Economia
O Secretário frisa que essa folga no pagamento não significa economia, mas que dará um fôlego para o Estado que a duras penas vem mantendo o equilíbrio fiscal. “Esse recurso vai ajudar, por exemplo a cobrir a déficit na previdência. O governador Reinaldo tem colocado áreas como saúde, segurança pública e educação como prioritárias. Mas o mais importante é que nesse tempo de dois anos o Estado deve fazer seu dever de casa para que possamos no futuro, quando essa dívida tiver que voltar a ser paga em sua integralidade, estar em uma situação muito melhor”, explicou.