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Reinaldo quer mudar critério de aplicação do Fundersul

Em reunião com setor produtivo, candidato firma compromisso de alterar regras do fundo

reunião_profissionais_agrários_foto_jessica_barbosa (2)O candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou que, se for eleito, irá alterar os critérios de aplicação do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul). A declaração foi feita na noite dessa quarta-feira (9), em reunião com pessoas ligadas ao setor agropecuário, como veterinários, zootecnistas e pequenos produtores, no comitê de campanha, no Jardim Leblon, em Campo Grande.

Reinaldo explicou que não pretende acabar com o fundo, em um primeiro momento, mas quer mudar a forma de divisão dessa receita entre os municípios, que hoje é feita com base na arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O candidato quer que o repasse seja de acordo com a extensão da malha viária.

Ele disse ainda que irá revogar a lei que modificou as regras do fundo destinando parte do montante arrecadado para investimento em vias urbanas. Na avaliação dele, essa lei vai contra o objetivo do fundo, cobrado sobre a produção agrícola, pecuária e combustíveis para construção, manutenção, recuperação e melhoramento de rodovias estaduais, pontes e obras complementares.

reunião_profissionais_agrários_foto_jessica_barbosa (1)“O governo tem que ter as suas prioridades para atacarmos as demandas. Temos o Fundersul que precisa ser rediscutido com o setor produtivo do Estado: agropecuária, indústria e comércio. Por quê? Porque tem obras do Fundersul que eu não entendo. Tem pavimentações de rodovias que são questionáveis. Eu acho que nós precisamos discutir isso. Se é um fundo que é rateado e pago por todos nós, todos os setores, vamos discutir qual é o eixo prioritário do Estado”, afirmou.

A reunião contou com a presença da candidata a vice, Professora Rose (PSDB), do candidato a senador Antonio João (PSD), do senador Ruben Figueiró (PSDB) e do presidente estadual do PSDB e candidato a deputado federal Marcio Monteiro.

Plano de Governo

reunião_profissionais_agrários_foto_jessica_barbosa (3)Após a reunião com o setor produtivo, Reinaldo seguiu para agenda com a equipe do Plano de Governo. Ele elogiou o trabalho e explicou que o Plano de Governo do PSDB não é uma peça fechada, mas dinâmica, que continuará a receber sugestões.

Coordenador da equipe, o advogado e professor Ben-Hur Ferreira contou que a equipe fez um pente-fino em todas as áreas como saúde, educação, segurança, infraestrutura e geração de emprego e renda.

Para levantar as necessidades do Estado, o PSDB, por meio do projeto Pensando MS, ouviu 220 mil pessoas de todo o Estado ao longo de mais de um ano.

O documento com os eixos principais está disponível para consulta no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Figueiró lamenta derrota do Brasil

rubenfigueiroO senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou estar constrangido pelo resultado do jogo Brasil X Alemanha e lamentou o sofrimento do torcedor brasileiro neste momento. “Essa derrota ficará marcada na história do nosso futebol por décadas. É uma pena, mas também um aprendizado”.

Ele sempre pregou cautela e respeito às seleções adversárias, todas de grande potencial técnico e se disse indignado com a postura dos jogadores e do técnico. Reconheceu, no entanto, a enorme pressão sofrida pela equipe. “A imensa pressão psicológica sobre nossos jogadores pela vitória levou-os ao medo e ao ‘choro’. Esqueceram a fortaleza e a técnica dos adversários. Deu no que deu”.

Para Figueiró, forçaram a Copa para cá como instrumento eleitoral. “Bem feito ao Lula, que num gesto de megalomania assumiu milhões de gastos e submeteu o Brasil aos caprichos da FIFA. Bem feito à Dilma que transformou a Copa em instrumento eleitoral”, afirmou.

 

 

(Da assessoria de imprensa do senador)

“O debate agora será entre continuidade e mudança”, prevê Marcus Pestana

Marcus-Pestana-Foto-George-Gianni-PSDB2-300x200Recife (PE) – Em entrevista a uma rádio do Recife nesta quarta-feira (9), o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, comentou a derrota do Brasil por 7 a 1 contra a Alemanha e ressaltou que, passada a Copa do Mundo, “a discussão eleitoral será entre continuidade e mudança”.

Para o parlamentar, as recentes pesquisas de intenção de voto comprovam que há na opinião pública a “intuição de que o Brasil não está no rumo certo, que o país não aguenta mais quatro anos de Dilma”.

Pestana acredita que, com a campanha eleitoral propriamente dita, a lei democratizará as oportunidades entre os candidatos à Presidência da República e dará um basta no “monólogo da Dilma”.

Leia abaixo, a íntegra da entrevista de Marcus Pestana:

Fim da Copa do Mundo
Vamos ter que administrar essa ressaca da derrota do Brasil na Copa do Mundo. Foi algo inimaginável e acho que esse time deve ao povo brasileiro um terceiro lugar. É importante ter concentração e resgatar a dignidade do povo brasileiro. Sou daqueles que sempre achei que não há relação entre a política e o resultado esportivo. Isso parte de uma visão equivocada que infantiliza o povo brasileiro.

O debate da eleição
O superfaturamento de algumas obras, o atraso das obras de mobilidade urbana, etc, estarão agora na mesa de discussão do ponto de vista da natureza da qualidade de gestão e da capacidade de governo. Todos os aspectos da vida brasileira serão debatidos: inflação, baixo crescimento, a desindustrialização. Mas a derrota da seleção não terá dimensão eleitoral. Muito antes do resultado da Copa eu já dizia que nem a Dilma se beneficiaria de uma vitória do Brasil, nem a oposição de uma derrota. A população sabe separar e vai discutir os temas que afetam seu dia a dia.

Mudança x Continuidade
As pesquisas já vêm demonstrando que a maioria da população quer mudança profunda. Há uma intuição na opinião pública de que o Brasil não está no rumo certo e isso unifica Aécio Neves e Eduardo Campos, a sensação de que o Brasil não suporta mais quatro anos de Dilma. Essa será a discussão entre continuidade e mudança, é nisso que apostamos.

De igual para igual
As eleições presidenciais são decididas nos meios de comunicação de massa, particularmente a TV. Com a entrada da campanha propriamente dita e o fim da pré-campanha, onde atingimos todos nossos objetivos que eram os de unificar o PSDB, fazer uma aliança sólida que nos garantisse capilaridade, plantar dissidências na base da Dilma e colocar o Aécio em segundo lugar com cheiro de alternativa de poder, tudo isso foi atendido plenamente. Agora, com tempo igual na mídia, evita-se o monólogo da Dilma.

Acabamos de obter uma decisão judicial no sentido de suspender a propaganda oficial que só falta pedir votos. Num recente evento do programa Minha Casa, Minha Vida foram mobilizados doze ministros e a máquina do governo para fazer um evento que quase tinha palanque eleitoral. Agora, com a entrada da campanha a lei democratiza as oportunidades. O que minimiza essas circunstâncias que levam ao domínio de quem está no poder.

* Da assessoria de comunicação do PSDB de Pernambuco

“Pelo fim dos testes científicos em animais”, por Ricardo Tripoli

tripoli10-300x200Há uma clara falta de sintonia entre a classe científica e a população brasileira em termos de proteção animal. E essa dissociação não se reflete nas propostas que tramitam no Congresso Nacional.Nas duas casas legislativas, há projetos de lei no sentido de acabar e punir os maus tratos cometidos em animais. A aprovação de matérias que aprimoram a legislação representa um ótimo começo nessa enxurrada de demandas, e cobranças, que presenciamos no dia a dia.

A busca por métodos alternativos em substituição ao uso de animais em experimentos científicos é uma demanda urgente e crescente. Inclusive, o tema foi debatido pela primeira vez na história do Parlamento. No último dia 03, houve audiência pública na Câmara Federal com a presença de especialistas e acadêmicos. Na ocasião, cientistas de áreas e linhas de atuação distintas, por mais tempo que tiveram, não conseguiram convencer sobre a real eficácia das pesquisas envolvendo animais. Muito embora eles entendam que os métodos substitutivos podem representar uma alternativa, imperam divergências anacrônicas.

Alguns participantes até divergiram quanto à substituição de animais por outras soluções alternativas. Mas houve consenso quando o assunto foi a total falta de investimentos que ampliem as pesquisas com métodos substitutivos nas áreas de ciência e tecnologia. E com razão. Infelizmente, não há políticas públicas efetivas e adequadas por parte do governo federal para o financiamento de pesquisa neste sentido. Políticas de investimentos são cruciais e determinam o caminho da inovação científica e tecnológica de um país.

Quem utiliza animais em testes científicos é quem acredita que depende deles em suas pesquisas. E para tentar compreender essa esquizofrenia, é necessária uma avaliação imparcial dos modelos de pesquisa existentes. Levando em consideração, inclusive, as novas tecnologias.

Inúmeros artigos científicos assinados por acadêmicos atentam para a revisão crítica desse modelo arcaico. Todos são unânimes em afirmar que animais não podem ser utilizados como meros tubos de ensaio.

O uso de animais em pesquisas é uma tradição démodé que insiste em se perpetuar nos ideais de alguns representantes da comunidade científica. Sua manutenção é um prejuízo enorme no desenvolvimento de novas alternativas.

Dados sobre pesquisas com animais realizadas hoje no país ainda são escassos, desconhecidos pelo próprio governo ou mantidos sob sigilo. Só um terço das instituições autorizadas têm suas pesquisas divulgadas oficialmente, e apenas 4% buscam alternativas a esses métodos.

Até mesmo dentro do governo essa prática retrógrada é questionada. No mês passado, por exemplo, um membro do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (CONCEA) declarou publicamente que 75% das pesquisas realizadas com animais no Brasil deveriam ir para a “lata do lixo”.

Diante disso, é leviano afirmar que animais foram responsáveis pelos avanços no campo da medicina humana. Não há evidências históricas claras e óbvias na relação de avanços nas condições de saúde humana e a experimentação animal.

Doponto de vista prático, é sabido que os animais são cobaias ineficientes. Cerca de 92% dos “trabalhos” com vivissecção (dissecar o animal vivo) são irrelevantes. Após serem submetidos aos testes e os efeitos em seres humanos serem revelados, os resultados são selecionados e divulgados de maneira conveniente e parcial. Algo tendencioso e preocupante.

Os brasileiros também desaprovam os testes e são favoráveis às leis de proteção animal. Cerca de 95% da população concorda com medidas para punir quem maltrata animais. Outros 66% apoiam uma possível proibição nacional dos testes em animais.

Proteção animal e ciência devem andar juntas. O que se faz hoje no Brasil, em certos lugares, é crime. Verdadeiro holocausto contra os animais! É possível, sim, eliminar as pesquisas que sacrificam animais sem prejuízo à ciência.

*Ricardo Tripoli, deputado federal por São Paulo, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados.

**Artigo publicado no site do PSDB na Câmara

Aécio Neves se reúne com Fernando Henrique e lideranças políticas de Santa Catarina

aecio-neves-comite-de-campanha-rj-igo-estrela-6-300x200Rio de Janeiro (RJ) – O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, conversou, no Rio de Janeiro, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; senador Paulo Bauer (PSDB-SC), candidato a governador de Santa Catarina; o deputado estadual Joares Ponticelli (PP), candidato a vice-governador na chapa de Bauer; deputado Paulo Bornhausen (PSB-SC), candidato ao Senado, sobre as eleições e os palanques no Sul do país.

PSDB representa contra Dilma por antecipar propaganda usando Minha Casa, Minha Vida

minhacasaminhavidaebc2-300x199Brasília (DF) – A Coligação Muda Brasil, do candidato à Presidência Aécio Neves, ingressou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com representação contra a presidente Dilma Rousseff por propaganda eleitoral antecipada. Na ação, os advogados pedem a aplicação de multa à Dilma. A representação se refere ao discurso da presidente, no último dia 2, em que ela entregou 426 unidades do Programa Minha Casa Minha Vida, no Espírito Santo.

O discurso da presidente configura propaganda eleitoral antecipada. A multa varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

“O que você sinalizar agora, em 2014, vai ser previsto para 2015, 16, 17 e assim sucessivamente. Por isso, nós estamos pensando na terceira etapa”, afirmou a presidente na ocasião.

Para a Coligação Muda Brasil, no seu discurso, Dilma usou um “tom claro e com teor eleitoral”.

Na representação, o PSDB diz ainda que a natureza eleitoral do discurso proferido pela presidente está presente em razão da mensagem de continuidade e ampliação do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, a comparação com gestões anteriores e a personificação do discurso com o uso da primeira pessoa.

De acordo com a ação, a presidente Dilma, durante todo o período da pré-campanha, fez uso “abusivo” da estrutura do governo federal para se promover, em um “jogo desigual na disputa eleitoral”.

“O que se percebe, porém, é que a população brasileira soube separar a verdade da ilusão publicitária, quando as pesquisas revelam a alta desaprovação de seu governo”, diz trecho da representação.

“A derrota do jeitinho”, análise do ITV

torcedores2-300x199Jogos de futebol deveriam se limitar ao que se passa dentro de campo, entre as quatro linhas. Mas a exaustiva exploração que envolveu e envolve a realização da Copa do Mundo no Brasil autoriza analisar o que aconteceu ontem no Mineirão sob o aspecto das vinculações que cercam esporte e política. Na alegria e na tristeza.

A histórica derrota sofrida pela seleção pode servir como lição para que o Brasil se torne um país melhor. A vitória alemã representa o triunfo da técnica, da disciplina, do método e do rigor sobre o improviso, o descompromisso e a fé em que, no fim, tudo vai dar certo, porque, afinal de contas, Deus é brasileiro e conosco ninguém pode.

A Copa começou para o Brasil com um gol contra e terminou com a maior – em vários e diferentes aspectos – goleada da história do futebol mundial. Um vexame de proporções homéricas. Será que isso não nos diz algo sobre o que acontece quando abdicamos de fazer o que é certo apostando que, ainda assim, no fim nada vai dar errado?

Diz-se que a derrota de 1950 para o Uruguai foi uma tragédia que marcou a alma brasileira e impingiu-nos certo complexo de vira-latas. Quem sabe a humilhação de 2014, com o êxito da racionalidade germânica, não nos faça acordar para a premente necessidade de levarmos as coisas mais a sério e nos tornarmos, enfim, a grande nação que podemos chegar a ser?

O pior que pode acontecer agora é ignorar que o fiasco da seleção deve muito à forma com que os problemas são enfrentados no país. Improvisa-se um Bernard em campo, sem sequer testá-lo antes no time em um treino tático, achando-se que, assim, engana-se o técnico adversário e logra-se a vitória. Sem maiores esforços, sem sacrifícios. É o cúmulo da cultura da esperteza, que só nos afunda, mas não está presente apenas no esporte. Pelo contrário.

O marketing político tornou-se expert em apropriar-se de sentimentos desta natureza e insuflá-los. No caso específico da Copa, quantas vezes, ao longo de sete anos, não ouvimos autoridades federais dizendo que o “jeito brasileiro” de fazer as coisas seria um sucesso, como se organização, planejamento e método fossem atributos indesejáveis para uma nação tão criativa quanto a nossa?

Nos últimos dias, com oportunismo, cresceu o ímpeto do governo federal em associar-se aos belos espetáculos vistos dentro de campo por seleções tão improváveis quanto a da Costa Rica. A gestão petista sentiu-se autorizada a surfar na onda da satisfação do público com o que via nos gramados, como se, a cada lance genial de

Robben ou Müller, correspondesse uma obra de mobilidade urbana ou de infraestrutura realizada.
Ao longo de sete anos, a gestão petista tentou transformar a Copa num ativo político. Fez isso com mais ou menor ímpeto ao sabor dos humores que captava do público.

Tentou desvincular-se do torneio depois dos protestos de junho de 2013 da mesma forma que tenta agora dizer que não tem nada a ver com o fracasso de ontem. Aproximou seus palanques dos gramados enquanto o futebol encantava.

De fato, evidentemente, o governo não pode ser responsabilizado pelo futebolzinho que a seleção jogou no Mineirão. Mas precisa, sim, responder por tudo o mais que a Copa do Mundo deixou de entregar: desde as promessas frustradas até o desperdício de recursos públicos que certamente teriam sido melhor empregados em algo mais premente para a população do que elefantes brancos apelidados de arenas.

Houve, sim, bons resultados durante a Copa, a partir de esforço gigantesco e compartilhado de diversas instâncias de poder, assim como de empenho privado, compromissos coletivos e participações individuais. O brilho que cerca o torneio é obra coletiva, mas daí a dizer que, no fim das contas, foi tudo uma “belezura” vai imensa distância.

Na retórica oficial, criticar a má preparação, o desperdício de dinheiro público, os compromissos não honrados, as promessas negligenciadas foi sempre considerado crime de lesa-pátria, como torcida contra, como coisa de “urubus” e “pessimistas”. Jamais se encarou a crítica como legítima colaboração a fim de se produzir mais e melhores benefícios para a população.

O sucesso ocasional visto em vários aspectos da Copa – mas, repita-se, longe de ser um triunfo geral – só ressalta a constatação de que o país pode ir muito mais longe. Se fez bem durante 30 dias para não fazer feio para o mundo, por que não faz sempre assim para fazer bonito para os brasileiros?

Que a derrota das derrotas sofrida para a Alemanha seja um aprendizado. O país que precisamos construir não cabe em slogans bobocas como o que tenta nos convencer de uma “Copa das Copas” que, assim como o Brasil da propaganda oficial, nunca existiu.

Pompilho, cientista político

*Ruben Figueiró

ruben_figueiróEle foi adentrando na sala de reuniões com aquele seu jeitão espalhafatoso de seus bons tempos na domação de pingos e burros chucros. Parodiando o capitão Rodrigo Cambara (personagem em o Tempo e o Vento de Erico Verissimo) foi logo alardeando: “Buenas muchachos! Dos que são do contra e magros eu dou de prancha e aos gordos dou de talho!”, levantando o rebenque que trazia às mãos, tão companheiro quando seus cusco “ brioso”. E soltou uma gargalhada galhofeira. Era o velho Pompilho dos Santos Reis, o qual aforante eu, poucos o conheciam, sendo então recebido com olhares atônitos pelos demais presentes.

Considerando-o abelhudo e atrevido de início, logo o ambiente desanuviou-se pela simpatia e espontaneidade do taura gaúcho. Tomando da palavra, apresentou-se: “sou gaúcho de Tupanciretã, dos pampas do Rio Grande, gaudério e torado no grosso, não tive escola, na realidade sou ‘guasca’, uma cruza de estancieiro gaúcho com uma índia kaigangue, buenacho, curtido pelas peleias entre chimangos e maragatos – fui um destes”.

“Encagaçado pelo medo de morrer (os chimangos ameaçaram-me cortar a cabeça, como era corrente para os derrotados) e assim, fugi para as bandas de Mato Grosso, quereciando-me nos campos sem fim da Vacaria (entre Rios, hoje Rio Brilhante), nas veredas do rio Santa Maria (em Ponta Porã) e depois nos campos serrotes das nascentes do rio Brilhante, na região de Maracaju. O ar daqui me fez feliz, são sessenta anos e pico ou mais neste pagos benditos. Considero-me ‘matucho’, entonces: meio gaúcho, meio sul-mato-grossense – egaletê, chiru velho!”

“Apresentei-me bugrada! Agora, falo de política, ‘com permizo’ de vocês! Gosto dela tanto quando das lembranças das chinocas de antigas andanças boêmias, como do chimarrão, este amigo constante nos momentos de prazer e de nostalgia”.

E lá se foi o Pompilho campo afora em sua análise de cronista calejado pelas refregas em vitórias e derrotas de antanho.

“A temporada das carreiradas eleitorais começaram desde domingo. Desde o Rio Grande, me apego à elas, seja nas canchas de duas quadras e meia para governo do Estado, ou para presidência nas de tiros mais longo para os pareleirós de folego largo.”

Para mim, disse Pompilho, “da potrancada bem fornida e de pelo fino e liso, três se destacam em cada cancha. Na de tiro longo, estão no partidor, mascando freio, indóceis, o da presidente, do Aécio, e do Eduardo. Páreo duro para os enfrenados. Ganhará o de melhor ‘guaiano’ creio, porque mais robusto nas ideias, firmeza de compromissos comprovados pelo passado sempre exitoso na gestão do que lhe compete dirigir, outro senão o Aécio terá ampla vantagem no corpo a corpo com os demais, mais músculo tem mais folego.”

“Na cancha de duas quadras, nada obstante as reconhecidas qualidades, tão naturais nos outros dois ‘guairos’, é nítido o perfil do Reinaldo, porque descompromissado com as ‘reinações’ do presente, pois representa a pureza do desejo de mudanças, de um tempo novo que se antepõe ao que aí está ‘já pesteado’. É o que se ouve desde o Apa, no oeste ao Aporé, no leste; do Paranazão, no sul ao Piquiri/Correntes ao norte de nosso Estado!”

Continuou o Pompilho, “mas bah, tchê! Te cala chirú velho! Perdoem-me, nesta vida já peleei, carchuei por veredas, serras e campos, carreguei tranqueiras, corquilhei à beira de olhos-da-água como sapo, enfrentei barras macanudas, como estas que nosso País está enfrentando, dei rédeas ao pingo rosilho, gastei mesmo com a guaica vazia, vi assombração na cruz solita dos ermos, usei laço curto para chinchar touro bagual, venci  ventos araganos e com esta ‘otoridade’ de couro curtido, posso dizer-lhes: apontem suas garruchas (o voto) para impedir que o crinudo gambá não engorde mais no galinheiro da República.”

Depois dessa exortação, o Pompilho, convidou-nos para um “amargo” em sua querência, declamou uma trova que se recorda lá do Rio Grande, para reflexão nossa:

“Oh! Governo esculhanbado

Foi logo o que pensei

Quando do susto sarei

No rancho do meu amigo Saracura,

A coisa está cabeluda…

Já nem bombacha se muda.

A crise é tão macanuda.

Só com o Aécio e Reinaldo terá cura.”

Saudando com o seu largo sombreiro, com rebenque em punho, o “cusco” companheiro, lá se foi o Pompilho, “o santo guasca.”

 

 

*Ruben Figueiró é senador e presidente de honra do PSDB/MS

Nota à Imprensa – IPCA

facebook-logo-psdb-300x300O IPCA divulgado hoje confirma aquilo que temos alertado ao longo de todo último ano: o governo da Presidenta Dilma Rousseff não tem conseguido reduzir a inflação e permanece leniente no seu combate.

O índice de junho foi de 0,40% e, no acumulado de 12 meses, a inflação está no teto da meta de 6,5%.

A se confirmar a expectativa do mercado de que a inflação este ano será de 6,5%, em quatro anos de governo Dilma a inflação será de 27%, o que dá uma média anual de 6,2% ao ano. É uma taxa de inflação absurdamente elevada com sérios agravantes.

1 ) O Brasil está com a inflação elevada apesar do baixo crescimento da economia. O ritmo de crescimento da economia este ano é de apenas 1% e o crescimento médio do PIB ao longo do governo Dilma será inferior a 2% ao ano. Esse é o pior dos mundos.

2) A inflação já passou de 7% ao ano em várias grandes cidades do Brasil – Recife, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. E a inflação de serviços está em um ritmo de 9% ao ano nos últimos anos. Ou seja, em alguns locais, e dependendo da cesta de consumo de uma família, a inflação já está muito acima do teto da meta.

3) O governo prejudicou não só o passado, mas prejudicou também o futuro. Ao tentar segurar artificialmente reajustes de preços,  aumentou a expectativa de uma inflação corretiva no futuro, tendo o país agora pressionadas as expectativas de reajustes de preços.

4) Além da inflação muito elevada e no teto da meta, os índices de confiança dos empresários da indústria, comércio e serviços estão em queda nos últimos quatro meses e atingiram os níveis baixo de 2009 no auge da crise financeira.

Os empresários perderam a confiança no governo e estão postergando as decisões de investimento, o que agrava a inflação futura.

O Brasil precisa de um governo sério, comprometido em trabalhar para o controle do crescimento do gasto público,  capaz de criar novas perspectivas  e um novo ambiente de confiança e de crescimento para os brasileiros.

Aécio Neves