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Entrevista coletiva do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, após reunião em Brasília

reuniao-da-executiva-14-foto-igo-estrela-obritonews-300x200Entrevista coletiva – presidente do PSDB, senador Aécio Neves

Data: 22-04-14

Local: Brasília – DF

 

Assuntos: Manifestação de apoio dos presidentes estaduais do partido e CPI da Petrobras

 

Sobre carta assinada pelos 27 presidentes estaduais do PSDB e aprovada pela Executiva do partido em apoio à pré-candidatura do senador Aécio Neves.

 

Uma manifestação da unanimidade dos dirigentes do PSDB dos 27 estados, indicando meu nome como candidato do partido à convenção que será realizada em junho, candidato do partido à Presidência da República. Obviamente, isso só será oficializado em junho, no momento da convenção. Mas recebo essa manifestação unânime do meu partido com a humildade de quem sabe que essa é uma construção coletiva e uma construção que deve atender à totalidade do país, e não a um grupo de aliados. Por isso, devemos reforçar essa aliança daqui até o dia da eleição. Principalmente a aliança com a sociedade brasileira. Mas recebo também com a determinação de quem se julga preparado para iniciar um novo ciclo no Brasil, de eficiência, de ética na política, de coragem para tomar as decisões que, infelizmente, não vêm sendo tomadas. É um momento de unidade do PSDB, sacramentada por essa manifestação unânime dos meus companheiros de todo o país.

 

Sobre o candidato a vice.

 

Temos tempo e vamos utilizar esse tempo. Até o início de junho essa questão estará definida. Temos nomes altamente qualificados que poderão acrescentar muito à chapa. Tenho recebido de todos os nossos companheiros uma demonstração de desprendimento muito grande, ninguém aqui quer impor absolutamente nada, todos querem ganhar as eleições. E aqui assistimos a um relato dos nossos companheiros que mostra que nenhum partido político, nenhuma aliança política hoje no Brasil, tem a solidez, a consistência, a musculatura dos palanques que temos em todas as regiões e em todos, praticamente, estados brasileiros. Isso nos anima muito, porque acho que esse sentimento de cansaço que estamos vendo hoje presente na sociedade brasileira poderá se transformar em um sentimento de esperança por um novo tempo na política e na vida dos brasileiros. E o PSDB é quem tem as melhores condições de representar esse tempo novo, Pelo que nós já fizemos lá atrás e pelo que temos condições de fazer no futuro.

 

Onde o PSDB tem dificuldades ?

 

Prefiro falar das facilidades. Em todos os grandes colégios eleitorais, os candidatos do PSDB hoje largam na frente. São os mais competitivos. Então isso nos dá muita segurança que, no momento da campanha, vamos estar não apenas com o número enorme de candidatos ao Parlamento estadual e federal, a governadores, mas vamos estar com a nossa proposta, com as nossas ideias, com o nosso projeto na boca das pessoas e espero, também, na cabeça, na esperança dos brasileiros. Porque a gente precisa resgatar a esperança, a confiança dos brasileiros na boa política. E nós praticamos a boa política. Estou extremamente animado não apenas com as perspectivas de vitória, mas, mais do que isso, com as perspectivas de fazer com que o Brasil volte a crescer com inflação controlada, com distribuição de renda mais adequada e mais justa para todos os brasileiros.

 

Sobre a CPI da Petrobras.

 

A nossa expectativa é que ela seja instalada, cumprindo aquilo que dispõe a constituição e o regimento do Senado Federal. Não instalar a CPI da Petrobras é impedir daqui para frente que qualquer investigação ocorra sobre qualquer fato e sobre qualquer denúncia em relação ao Poder Executivo. A CPI da Petrobras não é uma demanda das oposições, como os governistas gostam de dizer. É uma demanda da sociedade brasileira que está indignada, aviltada, com todos esses desmandos, com todos esses desvios. Espero que a decisão da ministra Rosa Weber seja pelo respeito à Constituição e, portanto, permitindo que se investigue a Petrobras. Se querem investigar outros temas que façam isso. Eles têm maioria para isso. E se faltar alguma assinatura, já anuncio que a minha está à disposição.

 

Sobre matéria publicada hoje revelando que a Petrobras se recusou a vender 50% da refinaria de Pasadena para a Astra Oil.

 

É mais uma notícia extremamente grave. O que nos preocupa é a governança. De que forma é governada uma empresa da dimensão da Petrobras, a maior empresa brasileira?  Já foi a 12ª maior empresa do mundo, hoje é apenas a 120ª maior empresa. Que discussão? Quais são os fóruns? Quais são os comitês por que passam decisões como essa? O que estamos percebendo é que, como disse certo dia o senador Pedro Taques, a Petrobras era administrada quase como uma quitanda.  Com excesso de poder a diretores, que tomavam ali as suas decisões, não se sabe se em benefício da companhia ou em benefício dos parceiros da companhia. Todas essas últimas declarações do presidente Gabrielli, dizendo que a presidente da República tem também que assumir a sua responsabilidade, todas essas novas denúncias que surgem a cada dia demonstram a necessidade urgente de termos uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o que vem sendo feito com a maior empresa brasileira que perdeu, apenas no governo da presidente Dilma, metade do seu valor de mercado.

 

A oposição indicará membros para uma possível CPI ampla?

 

Se depender da minha posição, sim.  Não temos que ter receios de quaisquer tipos de investigação. Agora, tem que ser uma comissão que investigue. Se for uma comissão simplesmente para adiar as investigações, para fazer ali um teatro, obviamente o nosso protesto é também uma decisão política. Mas se for essa a decisão que, a meu ver,  não atende aquilo que prevê a constituição e o regimento do Senado, eu advogarei internamente  que participemos sim e possamos fazer as oitivas sobre aquilo que efetivamente interessa à sociedade brasileira, esclarecer as gravíssimas denúncias sobre a Petrobras.

PSDB define data de Convenção e reforça nome de Aécio Neves

reuniao-da-executiva-15-foto-igo-estrela-obritonews-300x200Brasília – A convenção nacional do PSDB, que indicará o candidato do partido à Presidência da República, está marcada para 14 de junho, em São Paulo. A data e o local foram confirmados nesta terça-feira (22), em reunião que contou com a presença da Executiva Nacional do partido e de presidentes de diretórios estaduais da legenda.

No encontro, os tucanos também anunciaram o apoio da bancada do partido no Congresso, dos presidentes de todos os diretórios estaduais e dos líderes de segmentos como a Juventude e o Tucanafro ao nome de Aécio Neves como condutor de um projeto alternativo para o país.

Clique AQUI para ver a carta “Um novo tempo para o Brasil, um novo tempo para os brasileiros”, que foi lida pelo deputado federal Bruno Araújo (PE), vice-presidente da legenda, durante a reunião ocorrida na manhã desta terça-feira.

A reunião serviu também para a apresentação do panorama eleitoral dos 26 estados do Brasil e do Distrito Federal. Uma das decisões citadas no encontro foi a pré-candidatura ao Senado do ex-governador do Ceará Tasso Jereissati.

A decisão de Jereissati foi saudada pelos tucanos presentes, e definida pelo ex-governador como um ato de apoio ao projeto nacional do PSDB. “Não estou mais na busca por cargos e nem tenho ambições individuais. Quero auxiliar o projeto encabeçado por Aécio Neves”, disse.

Convenção

A convenção que o PSDB promoverá no dia 14 de junho confirmará o nome do partido para a candidatura à Presidência da República. No encontro, também será definida a coligação do partido para a disputa presidencial.

O senador Aécio explicou que a escolha de São Paulo para receber o encontro ocorreu pela importância da maior cidade do país e pela possibilidade de mobilização que a capital paulista proporciona.

As convenções estaduais, nas quais serão escolhidos os candidatos a governador, senador e deputado, terão suas datas definidas de maneira independente por cada diretório estadual – dentro do intervalo limitado pelo Tribunal Superior Eleitoral, que é de 10 a 30 de junho.

Projeções

Os representantes dos diretórios estaduais do PSDB destacaram o engajamento dos estados ao projeto do partido e apontaram perspectivas otimistas para a eleição de 2014 – segundo muitos dos participantes do encontro desta terça, o sentimento de mudança e de descontentamento em relação ao governo do PT se reflete em diferentes camadas da sociedade.

Haverá estados em que o PSDB lançará candidatura própria ao governo, como São Paulo, Acre e Paraíba, por exemplo. Há regiões que o partido participará de coligações que reúnem forças da oposição – a Bahia, em que o tucano Joacy Góes será pré-candidato a vice-governador na chapa liderada por Paulo Souto (DEM), é um dos exemplos. Tocantins, Roraima e Piauí também fazem parte deste quadro.

Representantes de estados como Rondônia, Mato Grosso e Acre destacaram que o PSDB costuma ter vitórias locais na disputa presidencial. O deputado federal Márcio Bittar (PSDB-AC) lembrou que, em 2010, o Acre registrou a maior diferença favorável ao PSDB na disputa com a candidata do PT na ocasião, Dilma Rousseff. O tucano reforçou que espera manter a mesma marca em 2014 e expandir a condição também para a busca pelo governo estadual: “estamos construindo uma grande aliança e queremos também chegar ao governo”.

Presidente do PSDB-MS subscreve manifesto de apoio a Aécio

selfie_monteiro_aécioO presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, subscreveu nesta manhã (22) em Brasília o manifesto de apoio ao senador Aécio Neves (MG) como alternativa de mudança para o Brasil. O senador é pré-candidato à Presidência da República. Durante reunião da Comissão Executiva Nacional, todos os presidentes de diretórios estaduais assinaram o documento intitulado “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”.

Além da assinatura do manifesto, a Executiva definiu local e data da Convenção Nacional do PSDB, que será em São Paulo (SP), no dia 14 de junho.

Para o deputado Monteiro, “a reunião serviu para dar uníssono ao discurso tucano para o pleito deste ano. Demonstrou ainda que o PSDB, através de seus líderes de todo o País, está pronto para esse grande desafio que é conduzir o nosso presidente nacional do partido, Aécio Neves, à Presidência do Brasil”.

O manifesto foi lido pelo deputado federal Bruno Araújo (PE), vice-presidente nacional do PSDB. Aécio recebeu apoio ainda dos representantes dos segmentos tucanos como o Tucanafro e Juventude Nacional.

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A seguir íntegra da carta:

Um novo tempo para o Brasil

Um novo Brasil para os brasileiros

Senador Aécio Neves,

A grande maioria dos brasileiros vem manifestando um claro desejo de ver mudanças importantes acontecerem no país. Para onde quer que se olhe, percebe-se que os anos de um regime de improviso, compadrio e ineficiência têm custado muito caro ao Brasil. Nós, brasileiros, queremos ter o país que merecemos ter. Queremos um Brasil solidário: Que não se conforme com a administração diária da pobreza do seu povo, mas busque de forma concreta as condições para a sua superação; que tire das sombras as escolas esquecidas e os hospitais precários e trate com respeito nossos jovens e idosos. Queremos um Brasil corajoso.

Um Brasil em que o governo central articule e assuma com coragem a liderança do enfrentamento da grave situação de violência e criminalidade que, de forma covarde, rouba vidas de milhares de brasileiros.

Queremos um governo que assuma suas responsabilidades.

Que não permita que sua participação no financiamento da saúde dos brasileiros continue caindo ano a ano. Que apoie, de verdade – e não apenas na propaganda -, quem mais precisa e menos tem.

Queremos um país que saiba que a educação é a porta de libertação e emancipação de um povo.

Que não aceite conviver com o analfabetismo; que faça da melhoria da qualidade do ensino público brasileiro verdadeira causa nacional.

Queremos um país responsável.

Que não tolere a presença da inflação, que respeite contratos e busque a valorização dos salários.

Um país que garanta a autonomia de suas instituições e preserve a todo custo as liberdades – que rechace todo tipo de censura e qualquer que seja o nome em que venha disfarçada.

Queremos um país em que estados e municípios não sejam vistos como inimigos a quem se transfere responsabilidades e se negam as condições necessárias para assumi-las.

Que busque no desenvolvimento sustentável um paradigma coletivo e ele seja a moldura para o nosso futuro.

O Brasil está cansado de desvios e mazelas que se repetem indefinidamente, dos escândalos de corrupção em série.

Queremos sentir confiança e orgulho do nosso país!

E para que esse sonho de Brasil possa um dia ser realidade, nós, representantes de todas as direções estaduais do nosso partido, manifestamos, unanimemente, a nossa confiança na sua liderança e o nosso apoio ao seu nome e propomos que a Comissão Executiva Nacional o submeta à convenção nacional, como nosso candidato à Presidência da República.

As bases do PSDB reafirmam sua unidade política, seu entusiasmo e sua disposição à luta.

Estamos prontos para, ao lado de milhões de brasileiros, dar nossa contribuição na travessia para um novo Brasil.

“Na guerra de versões, sucumbe o país”, análise do ITV

Petrobras-Foto-Petrobras-2-300x190A guerra de versões que cerca a compra da refinaria de Pasadena por um valor faraônico conduz a uma constatação imediata: a Petrobras vem sendo gerida de maneira descuidada, caótica e irresponsável pelos petistas. Numa gestão séria não se ouviria o bater de cabeças que ora protagonizam a presidente Dilma Rousseff e os executivos da companhia.

Chega a ser patético ver pessoas que estiveram ou estão à frente da maior estatal brasileira, dona de um patrimônio de cerca de R$ 350 bilhões, onde trabalham mais de 80 mil pessoas, se digladiando para jogar a culpa pela ruína da companhia umas nas outras. Seria patético se não fosse trágico e deplorável.

Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, Graça Foster, José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa: são todos responsáveis por uma gestão que só pode ser classificada como temerária e devem responder pelo que fizeram. Se a Petrobras vive hoje as dificuldades que enfrenta, se fez negócios ruinosos como vem se tornando a sua tônica, a responsabilidade é de todos eles.

A entrevista de Gabrielli a’O Estado de S.Paulo, publicada no domingo, é apenas mais um capítulo de uma história de desacertos e desvios que está acabando com a Petrobras. A cada nova declaração, a cada nova versão resta mais evidente a irresponsabilidade com que a companhia veio sendo conduzida pelos petistas nestes últimos 12 anos.

Nas explicações dadas por Gabrielli e pelos demais gestores, a Petrobras parece surgir às vezes como mero brinquedinho. A empresa vale hoje apenas uma fração do que chegou a valer? É apenas uma contingência de mercado – que, aliás, no setor de petróleo em todo o mundo só a companhia brasileira experimenta, como explica Miriam Leitão em sua coluna de hoje n’O Globo.

O compromisso dos petistas com a saúde e o vigor da Petrobras é nenhum. A empresa é vista por eles apenas como objeto de desejo e alvo de cobiça por cargos, contratos e verbas quase sempre bilionárias. O que mais explicaria a companhia ter hoje um de seus ex-diretores na cadeia, algo inédito nos seus 60 anos de história? Com o PT, a maior empresa pública do país virou caso de polícia.

Toda esta guerra de versões apenas reforça a necessidade de investigar a fundo o que tem se passado na Petrobras nos últimos anos. Se os petistas, a presidente da República, os gestores e ex-gestores da empresa querem mesmo esclarecer os fatos, uma comissão parlamentar de inquérito no Congresso é o melhor caminho.

Se tem mesmo interesse no bem da Petrobras e na sua recuperação, o governo petista deveria deixar de se opor à CPI proposta pelo Congresso e reclamada pela sociedade. Quem é a favor do Brasil e da Petrobras deve ser favorável a saneá-la e a livrá-la de quem só lhe vê como butim. Nada melhor do que a CPI para apurar as responsabilidades que eles tanto atribuem uns aos outros.

A Petrobras é símbolo daquilo que o país, se bem governado, pode vir a ser. É símbolo do que o país, quando mal gerido, está se tornando. Por isso, sua importância simbólica neste momento crucial em que os brasileiros estão prestes a começar a escolher os novos destinos para nossa nação.

Tem que acabar o tempo em que um patrimônio dos brasileiros como é a Petrobras é tratado como propriedade de uma casta política. Tem que acabar o triste interregno de ocupação desmesurada do aparato estatal para servir a fins partidários. Tem que chegar ao fim a nefasta experiência do PT no comando do Brasil.

PSDB apoia nome de Aécio Neves como alternativa de mudança para o Brasil

executivanacionalpsdbgeral4Brasília (DF) – A Executiva Nacional do PSDB, reunida nesta terça-feira (22), aprovou uma carta em apoio ao presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves. No texto, intitulado “Um novo tempo para o Brasil. Um novo Brasil para os brasileiros”, o partido diz que Aécio Neves é a alternativa para as mudanças que a sociedade deseja.

A carta foi lida pelo deputado federal Bruno Araújo (PE), vice-presidente nacional do PSDB, durante a reunião da executiva e contou com as assinaturas dos 27 presidentes regionais da legenda e representantes dos segmentos tucanos, como o Tucanafro a Juventude Nacional.

A seguir, a íntegra da carta.

Um novo tempo para o Brasil

Um novo Brasil para os brasileiros

 

Senador Aécio Neves,A grande maioria dos brasileiros vem manifestando um claro desejo de ver mudanças importantes acontecerem no país.Para onde quer que se olhe, percebe-se que os anos de um regime de improviso, compadrio e ineficiência têm custado muito caro ao Brasil.Nós, brasileiros, queremos ter o país que merecemos ter.Queremos um Brasil solidário:Que não se conforme com a administração diária da pobreza do seu povo, mas busque de forma concreta as condições para a sua superação; que tire das sombras as escolas esquecidas e os hospitais precários e trate com respeito nossos jovens e idosos. 

Queremos um Brasil corajoso:

Um Brasil em que o governo central articule e assuma com coragem a liderança do enfrentamento da grave situação de violência e criminalidade que, de forma covarde, rouba vidas de milhares de brasileiros.

Queremos um governo que assuma suas responsabilidades:

Que não permita que sua participação no financiamento da saúde dos brasileiros continue caindo ano a ano. Que apoie, de verdade – e não apenas na propaganda -, quem mais precisa e menos tem.

Queremos um país que saiba que a educação é a porta de libertação e emancipação de um povo:

Que não aceite conviver com o analfabetismo; que faça da melhoria da qualidade do ensino público brasileiro verdadeira causa nacional.

Queremos um país responsável:

Que não tolere a presença da inflação, que respeite contratos e busque a valorização dos salários.

Um país que garanta a autonomia de suas instituições e preserve a todo custo as liberdades – que rechace todo tipo de censura e qualquer que seja o nome em que venha disfarçada.

Queremos um país em que estados e municípios não sejam vistos como inimigos a quem se transfere responsabilidades e se negam as condições necessárias para assumi-las.

Que busque no desenvolvimento sustentável um paradigma coletiva e ele seja a moldura para o nosso futuro.

O Brasil está cansado de desvios e mazelas que se repetem indefinidamente, dos escândalos de corrupção em série.

Queremos sentir confiança e orgulho do nosso país!

E para que esse sonho de Brasil possa um dia ser realidade, nós, representantes de todas as direções estaduais do nosso partido, manifestamos, unanimemente, a nossa confiança na sua liderança e o nosso apoio ao seu nome e propomos que a Comissão Executiva Nacional o submeta à convenção nacional, como nosso candidato à Presidência da República.

As bases do PSDB reafirmam sua unidade política, seu entusiasmo e sua disposição à luta.

Estamos prontos para, ao lado de milhões de brasileiros, dar nossa contribuição na travessia para um novo Brasil.

Discurso de Aécio Neves na cerimônia da Inconfidência Mineira

aecioouropreto6Ouro Preto (MG) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, foi o orador da cerimônia da entrega da Medalha da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto (MG), nesta segunda-feira (21).

A seguir a íntegra do discurso de Aécio Neves.

Mineiros e Mineiras,
Brasileiros e Brasileiras,
por inúmeras vezes pisei o chão sagrado desta praça para compartilhar com os nossos a sempre inspiradora celebração da Inconfidência Mineira. Vim inúmeras vezes como estudante, depois como parlamentar, outras tantas como agraciado, e depois por vários anos como governador de Minas Gerais e anfitrião dos homenageados com a nossa insígnia maior.

Mas esta é a primeira vez que sou convidado à posição orador oficial,grande deferência que agradeço, honrado, ao governador de Minas, Alberto Pinto Coelho.

Minhas primeiras palavras, neste 21 de abril carregado de emoção, renovam nosso reconhecimento a todos os que nos legaram o sentimento de pátria e o compromisso com a nação.

A todos os que nos ensinaram que não foram fortuitos os sonhos de liberdade em que fomos forjados e onde foi moldado o nosso amor intenso pelo Brasil.

Volto a essa praça, chão permanente da nossa história, mais uma vez tomado pelo sentimento de Minas, este sentimento que habita, generoso, a alma da nossa gente.

Neste momento em que vos falo, fala o coração de um mineiro que, como cada um de vocês, olha com respeito e reverência para o passado e com enormes esperanças para o futuro.

Porque essa é a mágica de Minas. Aqui, o tempo se funde e somos, ao mesmo tempo, passado, presente e
Porque Minas é pátria. E pátria é sempre.

Nas lições de coragem que herdamos dos inconfidentes celebramos a rebeldia e o compromisso com a liberdade, que se manifestam de diferentes formas ao longo da nossa história.

Este ano, fazemos especial homenagem aos homens e mulheres que escreveram a mais importante página da nossa história contemporânea.

Que foram às ruas, há 30 anos, abraçados à bandeira brasileira, exigir o fim da ditadura e as eleições diretas para presidente.

Rendemos nossa gratidão a cada um dos perseguidos, humilhados e E saudamos todos os que não se curvaram, venceram o tempo e encheram as ruas conduzindo o Brasil ao reencontro com a democracia.

Falo dos amigos – tantos; Dos companheiros de jornada – todos; Celebramos hoje, aqui, emoldurados pelos valores mais altos dos inconfidentes, a memorável campanha pela redemocratização do Brasil.
Campanha que foi passo inicial e crucial para a ressurreição da Nação de homens e mulheres livres que felizmente somos hoje.

Nenhuma outra ocasião serve tanto de inspiração à causa da democracia brasileira, quanto a comemoração da Inconfidência.

A celebramos todos os anos, professando de forma renovada seus princípios, como hinos que ecoam, indefinidamente, por todo o canto onde há Minas.

A cultuamos como um relicário precioso, portador dos valores fundamentais que advogamos durante todo o curso da formação da nacionalidade.

E guardamos a sua memória, dentro de cada um de nós, como um porto seguro para nossas causas coletivas de hoje.

Aqui, nesta Vila Rica de Minas, não por acaso, foi onde tudo começou.

Aqui, ficaram as marcas da luta renhida e determinada em defesa de uma

única e preciosa causa: a liberdade.

A liberdade que é, sempre foi e continuará sendo o primeiro nome de O compromisso com a justiça e o amor pelo Brasil são pontes que unem os mineiros e atravessam os tempos.

Foram esses valores que forjaram nossa coragem e alimentaram nosso ânimo para perseverar em defesa da democracia ultrajada e superar a longa e obscura noite da ditadura.

Foram esses mesmos valores que iluminaram o coração de tantos homens e mulheres ao logo da nossa historia.

E que agigantaram homens como Ulysses, Tancredo, Montoro, Teotônio, Brizola, Arraes e tantos outros brasileiros. E todos pisaram no chão desta praça.

A memória afetiva não me permite esquecer…

Ainda muito jovem, fui testemunha do verdadeiro mar de autêntica cidadania que transbordava pelas ruas e em cada praça do Brasil.

Posso voltar no tempo e ouvir a voz rouca de Ulysses dizendo: ‘Eu tenho ódio e nojo à ditadura’.

Posso ver Teotônio com as suas mãos frágeis, já doentes, erguidas pelo espírito altivo, a nos ensinar: ‘O sonho é próprio de todos nós. Não há nenhuma realidade sem que antes se tenha sonhado com ela’.

Foi esse sonho que marejava e fazia brilhar os olhos miúdos do nosso primeiro presidente civil após a ditadura, Tancredo Neves, olhando o horizonte da pátria amada Brasil.

Nada, para eles, no entanto, foi mais importante do que caminhar pelas ruas, de braços dados com a nossa gente.

Por isso, é preciso que também nos lembremos daqueles tantos brasileiros, tomados pela esperança, que souberam fazer a hora e não esperaram acontecer.

De todos os grandes personagens daquele emblemático trecho de história, nenhum superou a grandeza e a força do povo brasileiro.

O povo brasileiro representado em sua irreverência e coragem, pelos jovens e pelos estudantes.

O povo brasileiro e a consciência maiúscula sobre os nossos deveres, iluminados pelas universidades e seus mestres.

O povo brasileiro sedento de justiça e igualdade, mobilizado nas fábricas de trabalhadores e operários.

O povo brasileiro na expressão de seus artistas, músicos, poetas, escritores……

O povo brasileiro reunido em suas casas simples, onde moravam a indignação e também o sonho.

O povo brasileiro em toda a sua integridade.

Há 30 anos, fomos nós, o povo brasileiro quem vencemos o arbítrio.

Brasileiros de Minas Gerais.

A tragédia que se abateu sobre o país, naquele fatídico, mas também emblemático 21 de abril de 1985, ficará para sempre em nossa memória.

Perdemos o Presidente Tancredo e com ele se foi o sonho de uma república nova que se inaugurava.

O país seguiu em frente, como precisava seguir, cuidando de suas tarefas mais básicas e essenciais:

– Primeiro reconquistamos o pleno estado de direito, com a Constituinte Cidadã de 88.

– Restauramos o compromisso fundamental do país com as eleições diretas para presidente, que mais uma vez se avizinham.

– As instituições brasileiras deram uma inequívoca demonstração de maturidade, garantindo a ordem constitucional, quando houve o afastamento do primeiro mandatário eleito de forma direta.

– E continuamos nossa caminhada, em uma outra difícil trincheira: a luta contra a carestia e o caos econômico que reinava no país.

Mais uma vez vencemos.

E mais uma vez esteve à frente desta grandiosa tarefa outro coração mineiro: o ex-presidente Itamar Franco, a quem devemos também render nossas justas homenagens e nosso reconhecimento.

Mineiros. Brasileiros.

A República Nova de que nos falava Tancredo e seus companheiros de jornada em boa parte restou intocada.

Apesar dos avanços das ultimas três décadas, resultado da contribuição de diferentes líderes e gerações de brasileiros, permanecemos portadores de uma das maiores desigualdades do planeta.

Novas crises se acumulam e nos exigem vigilância atenta e disposição.

O país assiste, passivamente, um forte recrudescimento da violência em cada um dos estados federados.

São mais vidas perdidas do que nas guerras ao redor do mundo. Uma geração inteira de brasileiros se esvai vitimada pela brutalidade ou aliciada pelo crime.

Da mesma forma, o país não aceita o regime de insuficiências elevado à enésima irresponsabilidade, que tanto precariza o sistema nacional de atendimento à saúde pública – as filas intermináveis, a espera humilhante, a falta de médicos, leitos, remédios e respeito a quem mais precisa e o país sonha ainda hoje verem cumpridas as promessas que se repetem em vão para ser redimido em suas fragilidades estruturais por uma educação de verdade.

Que ofereça qualidade e prepare para o trabalho, mas especialmente forme cidadãos conscientes dos seus diretos e o país quer garantias que preservem os avanços e a estabilidade, que foram duramente conquistados, depois de anos e anos de sacrifícios e inúmeros esforços frustrados.

É crucial e imperativo o controle da inflação.

É imprescindível a retomada do crescimento e a justa distribuição de oportunidades e renda.

É fundamental que o Brasil recupere sua importância e seu lugar. O país anseia por justiça tributária e por um novo pacto federativo, capazes de nos fazer convergir em torno das grandes causas nacionais e
realizar as vocações do Brasil do Sul e do Sudeste; do Brasil central; do Brasil do Norte e do Nordeste, onde permanecem intocados verdadeiros enclaves do esquecimento.

E aqui não posso deixar de registrar especialmente a solidariedade de Minas com os municípios brasileiros. Que veem suas portas sendo paulatinamente fechadas pela insolvência e a insuficiência financeira para cumprir suas obrigações mais básicas.

Esperamos a hora em que finalmente a solidariedade política e o espírito público os libertarão do ferrolho da crônica dependência e das humilhantes obrigações de reverência ao poder central. A hora em que serão reconhecidos, como devem ser, como parceiros fundamentais do nosso processo de desenvolvimento.

O país também nos exige rigor, responsabilidade e austeridade na condução do estado.

Rechaça, e rechaça de forma vigorosa, os escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, que nos humilham como povo e reduzem nossa dimensão perante a comunidade internacional.

Não é esse o Brasil que queremos.

O país nos cobra, exausto e indignado, a necessidade de uma reforma política, onde não haja mais qualquer espaço para a conivência, o aparelhamento, o compadrio, os desvios de conduta e a corrupção
endêmica que tomou de assalto o estado nacional.

Esta é a mais importante tribuna de Minas.

21 de Abril é o dia em que Minas fala ao Brasil.

Ao falar ao país com a alma dos inconfidentes, Minas se inspira no passado e agrega novos e amplos significados à bandeira da liberdade – marca e identidade da nossa história.

Da liberdade representada por uma autêntica e verdadeira democratização do processo de desenvolvimento, que precisa alcançar o Brasil como um todo, sem distinções e fronteiras.

Da liberdade de acesso às oportunidades de ascensão social, baseadas na educação, no emprego e na habilitação plena da cidadania.

E em serviços públicos de qualidade, em áreas vitais como saúde, saneamento, habitação e transporte público, sem os quais a redução da pobreza resume-se apenas a um slogan sem efetividade e realismo.

Minas nos fala da liberdade de ir e vir, garantida por um serviço de segurança pública que combata o império da criminalidade violenta, mas respeite as manifestações da cidadania.

É a liberdade lastreada na transparência, na responsabilidade e na ética pública que Minas defende e pratica, com o necessário respeito às diferenças e ao contraditório.

Na defesa da independência das instituições. Liberdade que, em sua plenitude, se traduz em confiança e respeito;

Em democracia…

Vasta e exuberante como a força e a história de Minas.

Minas Gerais está onde sempre esteve no longo e emblemático curso de Sempre ao lado do Brasil e dos brasileiros.

Sempre pelo Brasil e pelos brasileiros. Esta posição original e atávica tem nos exigido um alto senso de responsabilidade e ânimo entusiasmado para cumprir os nossos deveres.

Eles se resumem em uma só frase de Tancredo: ‘A Pátria, para nós, é tarefa de todos os dias’.

Uma tarefa que nos engrandece, comove e mobiliza como nenhuma Porque vem das profundezas de Minas, da alma de Minas, da coragem de Minas, a origem do sonho deste país.

Por ele, começamos, todos os dias, nas grandes lutas do presente, a busca incessante e determinada por um novo futuro.

E mais do que nunca guardamos as palavras do grande poeta Carlos

‘O presente é tão grande…

Não nos afastemos. Não nos afastemos muito.

Vamos de mãos dadas. É assim, de mãos dadas; Cabeça erguida; Coração altivo…que, em nome do nosso passado, entraremos, juntos, no futuro’. Ao futuro, mineiros!

Muito obrigado!

Que as razões da nacionalidade nos fortaleçam para que juntos possamos construir o país sonhado por tantos brasileiros.

“Vamos fazer uma análise, estado por estado”, definiu o senador sobre a reunião da executiva desta terça-feira (22)

reuniao-executiva-11-09-14-foto-george-gianni-1-1Ouro Preto (MG) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, ressaltou nesta segunda-feira (21) a importância da reunião da Executiva Nacional da legenda marcada para esta terça-feira (22), em Brasília, às 11 horas, na sede do partido. Ele coordenará o debate sobre a convenção nacional da sigla e as alianças estabelecidas pelo PSDB nos estados.

A reunião é com seus integrantes e todos os presidentes de todos os diretórios estaduais da legenda. Aécio anunciou que participarão os 27 presidentes dos diretórios estaduais para avaliar o cenário de alianças para a eleição de 2014.

O senador afirmou que o partido já conta com alianças consolidadas em 80% dos estados brasileiros. “Nenhum partido político conseguiu até agora uma construção tão sólida em todos os principais estados brasileiros”, adiantou Aécio.

Análise

“Vamos fazer uma análise, estado por estado, da situação já muito avançada das alianças. Eu diria que 80% dos estados brasileiros as alianças estão encaminhadas de forma extremamente positiva. Além das nossas melhores expectativas, nenhum partido político conseguiu até este momento uma construção tão sólida em todos os principais estados brasileiros”, destacou o tucano.

As convenções nacionais, dos estados e do Distrito Federal ocorrerão entre 10 e 30 de junho, de acordo com determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os encontros servem para a formalização das candidaturas.

Em 2014, estarão em disputas os cargos de presidente, vice-presidente, governadores, vice-governadores, senadores, deputados federais, deputados estaduais e deputados distritais (no DF).

Números

Nas últimas eleições com esse formato, as de 2010, o PSDB elegeu seis senadores, 53 deputados federais, mais de 100 deputados estaduais e oito governadores – o que fez com que o partido governasse mais de 50% da população brasileira. O partido também obteve mais de 43 milhões de votos nas eleições presidenciais, com José Serra.

A Executiva Nacional do PSDB é composta por 39 membros. O senador Aécio Neves é o presidente da legenda desde maio de 2013, quando foi eleito durante a 11ª convenção nacional do partido.

Nomes

O deputado federal Mendes Thame (SP) é o secretário-geral e são seis os vice-presidentes: os ex-governadores Alberto Goldman (SP) e Tasso Jereissati (CE), os senadores Alvaro Dias (PR), Cássio Cunha Lima (PB) e Cyro Miranda (GO) e o deputado federal Bruno Araújo (PE).

A reunião será em Brasília, na sede da Executiva Nacional do PSDB (Avenida L2 Sul, Quadra 607, Edifício Metrópolis, Asa Sul).

Serviço:
Data: 22/04/2014
Horário: 11 h
Local: Avenida L2 Sul, Quadra 607, Edifício Metrópolis, Asa Sul

“O ataque das hienas petistas”, por Ademar Traiano

Ademar-traiano-Foto-AL2-300x199A Petrobras está parecendo com um velho elefante atacado por uma alcateia de hienas famintas que arrancam nacos do animal, ainda vivo indefeso.

Mesmo com a boca cheia de pedaços sangrentos do animal agonizante, as hienas petistas não sossegam. Elas viram raivosas para quem assiste horrorizado à cena e rosnam: “Estão tentando privatizar esse elefante! Ele é do povo!”.

Uma hiena loira de nariz arrebitado, casada com uma gran-hiena, um dos líderes do ataque ao paquiderme público, assegura: “Está tudo normal! Não há motivo algum para uma CPI! Estão tentando fazer política eleitoral com uma situação absolutamente normal”.

Quando se vê a maior estatal brasileira sendo saqueada, mergulhada num poço sem fundo de incompetência, corrupção e roubalheira pura e simples todos os brasileiros de boa fé ficam assustados.

Mas o quadro pode ser ainda mais grave que parece. Os petistas, que se lambuzaram nos escândalos da Petrobras, também estão destruindo a matriz energética brasileira a golpes de corrupção e incompetência.

O PT, sob Lula e Dilma (que comanda o setor energético desde 2003, primeiro como ministra de Minas e Energia, depois como presidente do Conselho da Petrobras, agora como presidente que se mete em tudo), produziu estragos que levarão décadas para ser remediados.

Os estragos, que atingem toda a matriz energética brasileira, são mais profundos que o pré-sal e só serão conhecidos em sua totalidade quando o PT for varrido do poder.

Em 2013, Dilma teve um surto de populismo e desorganizou todo o setor elétrico brasileiro. Derrubou o valor de mercado das companhias elétricas, espantou investidores e colocou o país a beira de um apagão.

O circo de horrores, provocado por uma combinação letal de incompetência e rapina, não termina nunca. Em junho de 2013 descobriu-se que os caríssimos parques eólicos instalados no Nordeste, bancados com dinheiro público, não iluminavam uma única casa.

 

Tudo porque o governo financiou a construção de geradores movidos a vento, mas esqueceu de construir as linhas de transmissão. Juntos os parques teriam capacidade de produzir 1.286 megawatts de energia, o suficiente para abastecer 2,3 milhões de residências. Atualmente não iluminam nada, exceto a incompetência do PT.

O PT, que além de quebrar a Petrobras, desorganizou as hidrelétricas e devolveu ao vento a energia gerada pelos parques eólicos, está também destruindo a estratégica indústria do etanol.

O etanol é uma fonte de energia que o Brasil dominava e mantinha liderança mundial. Foi abandonado à própria sorte pela miragem do pré-sal.

Nas últimas cinco safras, 44 das 384 usinas do país fecharam. Das sobreviventes, 33 estão em recuperação judicial e 12 não vão moer cana este ano. Oitenta mil pessoas foram demitidas. O setor não consegue conviver com a incompetência e combustível fóssil subsidiado e com preços congelados.

E o brasileiro ainda é obrigado a ouvir do PT aquela velha lenga-lenga em defesa das estatais, como se quem criticasse o aparelhamento político, a incompetência gerencial, e o roubo das empresas públicas brasileiras fosse “neoliberal” ou “privatista”.

Esse discurso sem-vergonha já está em curso. Começou na reunião da Executiva do PT no último dia 10 em que se aprovou uma “resolução em defesa da Petrobras”, como se as maiores ameaças à empresa não viessem justamente do PT.

O cinismo em “defesa da Petrobras” de um partido que comprou por US$ 1,3 bilhão uma refinaria que valia US$ 42 milhões, que levou um trambique de US$ 20 bilhões de Hugo Chávez na Abreu de Lima, que tem diretores presos por roubo transparece nesse trecho particularmente repulsivo da nota do PT: “O PT assume a defesa incondicional da Petrobrás e adverte: quem agride a Petrobrás, agride o Brasil”.

Diretor da Petrobras nomeado pelo governo do PT, “o defensor incondicional da Petrobras”, está preso em Curitiba por roubar a empresa. O homem que conduziu a negociação, que deu um prejuízo de US$ 1,2 bilhão foi premiado com uma diretoria na BR Distribuidora. Só foi demitido quando o megaprejuízo virou notícia na imprensa.

Quem agride o Brasil, a Petrobras, e as nossas empresas públicas é o PT. A questão é saber até quando o brasileiro vai tolerar calado todo esse cinismo, todas essas agressões e todo esse roubo.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa

“Dilma eletrocuta os brasileiros”, análise do Instituto Teotonio Vilela (ITV)

palacio-do-planalto-foto-george-gianni--300x199Prepare o bolso: as contas de luz que chegarão nas próximas semanas a residências, comércio e indústrias contêm reajustes de tirar o fôlego. São, na realidade, quase um choque de alta voltagem. Melhor seria dizer que são um choque de realidade: a quimera das tarifas baratinhas forjada pela presidente Dilma Rousseff como bandeira eleitoral virou fumaça.

Nos últimos dias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem anunciando percentuais de reajustes a serem aplicados às tarifas das concessionárias para os próximos 12 meses. Há casos de aumentos que superam 30% e quase invariavelmente os índices autorizados chegam a dois dígitos.

Ontem, saíram os reajustes de nove distribuidoras, que atendem 24 milhões de unidades consumidoras em vários estados do país. Os aumentos autorizados variam de 11,16% a 35,7% (estes válidos para consumidores industriais de nove municípios gaúchos). Apenas para aquilatar o tamanho do tarifaço, vale lembrar que a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 6,15%, quando medida pelo IPCA.

O caso mais emblemático entre os divulgados ontem é o da AES Sul, que atende 1,3 milhão de unidades consumidoras no Rio Grande do Sul. Com o reajuste médio de 29,54% autorizado pela Aneel, as novas tarifas cobradas dos gaúchos já anularam completamente a redução feita na marra pelo governo federal no ano passado: desde então, a alta real acumulada é de 1,96%, calcula o Estado de S. Paulo.

Ou seja, durou quase nada o malabarismo para diminuir as contas de luz a fórceps, tentado pela presidente Dilma e seu séquito de xamãs e dançarinos da chuva. Não sem antes, contudo, dizimar o setor de energia no país e deixar um rastro de desmonte que levará anos para ser revertido.

Até agora, cerca de 37 milhões de unidades consumidoras já tiveram aumentos autorizados pela Aneel neste ano. Nos próximos dias virão, ainda, reajustes de Light, Copel, Celpe, Eletropaulo e Celesc, para citar apenas os mercados mais relevantes, atingindo metade dos brasileiros. O tarifaço adicionará pelo menos 0,28 ponto percentual à inflação deste ano.

Não pense o consumidor que o choque elétrico irá parar por aqui. Para os próximos anos, estima-se que haja aumentos represados que ultrapassam 20%, porque custos bilionários de empréstimos e socorro às empresas serão repassados para os consumidores a partir de 2015. A energia que Dilma prometeu baratinha vai sair bem carinha.

As tarifas sobem no ritmo de um foguete porque as distribuidoras estão tendo que pagar preços altos para dispor de uma energia cada vez mais escassa, gerada por usinas térmicas altamente poluentes. Estão tendo que pagar caro porque só as concessionárias forçadas pelo governo se aventuraram a fornecer energia nas condições que Brasília impôs – e estão quebrando, como é o caso da Eletrobrás.

A realidade, esta malvada, move-se na contramão das decisões voluntaristas dos petistas de gabinete: conta de luz barata só é viável quando há sobra e não falta de energia, como está ocorrendo no país agora. Os sinais estão, portanto, trocados e as ideias do pessoal de Brasília, para variar, estão embaralhadas.

As empresas de energia elétrica foram fragilizadas e hoje não encontram segurança para investir. Sequer conseguem gerar caixa suficiente para fazê-lo. Ir a mercado para captar recursos é uma temeridade, já que nenhuma delas consegue vislumbrar horizonte longo o suficiente para seus negócios após a intervenção da mão peluda do Estado no setor.

O desarranjo no setor de energia também golpeia a competitividade da economia brasileira. O país mantém-se como um dos que pratica as mais caras tarifas em todo o mundo, conforme levantamento da Firjan. Para a indústria, o custo do megawatt-hora é o décimo mais alto em todo o mundo, superando com sobra concorrentes como China e Rússia.

O choque de alta voltagem ainda vem acompanhado de gastos estratosféricos incorridos até agora pelo Tesouro – ou seja, bancados por todos os contribuintes – para maquiar as tarifas e transformá-las em bandeira eleitoral. Cerca de R$ 32 bilhões já foram torrados, parte a fundo perdido, parte ainda a ser cobrada dos consumidores.

Não é difícil perceber que Dilma Rousseff, que desenhou todo o modelo elétrico em vigor, tratou a questão de maneira irresponsável e conduziu o setor a um túnel sem luz e sem saída. Na realidade, o que a presidente da República fez foi eletrocutar os brasileiros, lesados em sua boa-fé pela esperteza petista.

“Ninguém vai dizer para nós o que vamos fazer”, diz Reinaldo Azambuja

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Foto: Jéssica Barbosa

O deputado federal Reinaldo Azambuja disse que o PSDB vai pelo melhor caminho para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano. “Muitas pessoas dizem: o PSDB vai para lá, o PSDB vai para cá. Ninguém vai dizer para nós o que nós vamos fazer”, disse Reinaldo.

O parlamentar, que é coordenador do Projeto Pensando Mato Grosso do Sul, esclareceu que o partido trabalha em cima de uma proposta para o Estado, como resultado do Pensando. “Política se faz construindo e não destruindo. Se faz com projeto e nós estamos apresentando um projeto para o Estado de Mato Grosso do Sul”, completou, referindo-se ao resultado dos nove encontros previstos do Pensando MS.

No dia 26 de abril, o 7° Encontro Regional do projeto será em Dourados, abrangendo os municípios da região da Grande Dourados. Posteriormente restarão ainda os encontros de Três Lagoas e o último, em Campo Grande.

A partir daí, o PSDB apresentará uma proposta de governo por ocasião das eleições deste ano. Em Mato Grosso do Sul, o PSDB terá candidato na eleição majoritária: ou para o Senado, em composição com aliados, ou até mesmo para governo do Estado, se for o caso.

Em qualquer dos dois cenários, o partido apresentará uma proposta de governo pautada pelo que a população apresentou como prioridades e que contemple a busca de soluções regionalizadas para os problemas também regionais.

O deputado Reinaldo também reforçou a importância das alianças. Ele citou como exemplo o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que participou dos seis encontros regionais do PSDB, mesmo sendo de outro partido. Mencionou ainda o presidente estadual do PPS, Athayde Nery.

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Foto: Jéssica Barbosa

“Está aqui o Zé Teixeira, do DEM, que disse que vai caminhar conosco. O Athayde, do PPS, que também disse que vai caminhar conosco. Política é uma construção, a construção de uma proposta do que nós queremos para o Estado. Será que vamos tirar uma proposta da nossa cabeça, dentro de quatro paredes, ou vamos tirar uma proposta em cima do que o cidadão, a cidadã, tem elencado do que eles querem para desenvolver MS?”, questionou Reinaldo.

Eleições nacionais – Quanto ao pleito nacional, Reinaldo acredita que em 2014 será uma das eleições mais disputadas dos últimos tempos. “Nós temos um candidato que é o Aécio [Neves], que tem um potencial enorme para se tornar o presidente do Brasil. Ele está fazendo uma política com grandeza, mostrando realmente os descaminhos percorridos por quem está no poder e apresentando o melhor caminho a ser seguido”, avaliou o tucano.

Independente do cenário local, Reinaldo já havia dito e reiterou que o palanque para o senador Aécio Neves (MG) na disputa pela Presidência da República está garantido em Mato Grosso do Sul.