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“As ligações perigosas de Gleisi Hoffmann”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185Se o caso do doleiro Alberto Youssef tiver desdobramentos políticos mais graves para o deputado André Vargas (PT), quem sofrerá as maiores consequências será a senadora Gleisi Hoffmann. Vargas seria uma grande baixa na campanha da senadora ao governo do Paraná. Sem o deputado, Gleisi perderá seu operador mais importante.

O grupo político de Gleisi Hoffmann é conhecido, no Paraná, como a “República de Londrina”. É integrado por políticos que nasceram em Londrina ou fizeram carreira política naquela cidade. É um grupo de petistas com grande poder de fogo. Entre eles o ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, o ministro Gilberto Carvalho, secretário da Presidência, e André Vargas, vice-presidente da Câmara Federal.

Auxiliares e aliados complicados não são novidade para Gleisi. O blogueiro da Veja, Augusto Nunes, chama atenção para esse detalhe. Comentando que a senadora vem tentando melar a CPI da Petrobras, introduzindo na pauta temas estranhos ao inquérito, uma tentativa tosca de amedrontar adversários políticos do PT, fez uma contraproposta fulminante: “Já que pretende investigar tudo na CPI da Petrobras, Gleisi Hoffmann deveria começar pelo ex-assessor acusado de pedofilia, que levou para a Casa Civil e encarregou de cuidar das políticas federais para menores.”

As ligações de Gleisi e André Vargas são antigas e profundas. Numa operação de financiamento de campanha para deputado federal do marido de Gleisi, Paulo Bernardo, na década de 90, Vargas, que era coordenador da campanha de Bernardo – segundo revela reportagem da Globo-RPC/TV -, teve de enfrentar desdobramentos judiciais por suposta prática de caixa dois.

Quando Gleisi deixou a Casa Civil para voltar ao Senado, André Vargas comemorou com empolgação o reforço às fileiras do PT no Congresso. ”Agora, ela ficará mais livre para fazer o contraponto ao governador na questão dos empréstimos”.

O deputado tinha lá suas razões para estar feliz. No Senado Gleisi exerceu o papel que Vargas esperava dela e até deve ter superado suas expectativas. Defendeu com ferocidade os interesses do PT e insistiu na estratégia de prejudicar ao máximo o Paraná para tentar facilitar o projeto petista de tentar ganhar as eleições em outubro.

O jogo baixo, típico do PT, aliás, sempre foi a marca de Gleisi no Senado e na Casa Civil. Embora ela tenha sido eleita em 2012, vendida por marqueteiros como uma figurinha doce, logo se viu que essa imagem não passava de um disfarce para vencer a resistência histórica do paranaense ao PT.

A máscara caiu quando Gleisi foi nomeada para a Casa Civil e começou a agir abertamente contra o Paraná na expectativa de criar dificuldades para o governador Beto Richa e assim viabilizar seu projeto político pessoal e do PT de tomar o governo do estado.

Gleisi jogou pesado contra o Paraná na Casa Civil e prosseguiu jogo bruto no Senado. Na Casa Civil perseguiu o Paraná, bloqueou empréstimos, vetou investimentos e se intrometeu até para impedir audiências entre o governador Beto Richa com a presidente Dilma Rousseff. Na volta ao Senado, uma surpresa. Gleisi está conseguindo ser pior senadora do que foi ministra. No Senado, Gleisi articulou, por exemplo, contra o projeto que reduz a dívida dos estados, fundamental para as finanças do Paraná.

No Senado não se limita a jogar contra o Paraná. Sua ação é também contra o que querem e o que pensam os brasileiros. Gleisi foi peça chave para derrubar a PEC que reduzia a maioridade penal para crimes hediondos. Fez isso apesar de saber que 93% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade. Graças a Gleisi – que seguiu a cartilha do PT – os menores que cometem atrocidades têm certeza que continuarão a pegar, no máximo, três anos de recolhimento e que, tão logo sejam soltos, terão suas fichas criminais apagadas para que suas futuras vítimas não tenham a menor chance de defesa.

A afinidade de Gleisi com André Vargas foi demonstrada em outro episódio constrangedor. Enquanto o deputado fazia um gesto desaforado com o punho cerrado para afrontar o ministro Joaquim Barbosa na Câmara, Gleisi atacava Joaquim Barbosa no Senado, questionando a legitimidade de suas decisões.

Ao fim e ao cabo, a ação dos dois petistas tem o mesmo objetivo e idêntico sentido. Defendem e demonstram solidariedade aos mensaleiros condenados por corrupção e aos métodos do PT de fazer política.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa

Aloysio Nunes estuda recorrer ao Supremo para garantir CPI da Petrobras

aloysio-nunes-coletiva-senado-300x169Brasília (DF) –  Após julgar questões de ordem do líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e a petista Gleisi Hoffmann (PR), o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para a próxima semana a decisão relativa à aprovação da CPI da Petrobras. Renan decidiu que precisará do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para dar a última palavra.  No que depender da oposição, o assunto será encaminhado até o Supremo Tribunal Federal (STF) para assegurar a instauração das investigações.

Segundo o líder, há precedentes no Supremo relativos a tentativas de impedir a instauração de comissões parlamentares de inquérito (CPIs).  Aloysio Nunes disse que o PSDB quer garantir garantir a legitimidade de a oposição instalar comissão de inquérito. “O senhor não tem a prerrogativa de escolher esta ou aquela CPI. Nós temos o direito líquido e cristalino de realizar a nossa investigação. Nós vamos ao Supremo Tribunal Federal”, ressaltou o líder.

Histórico

Renan recebeu dois requerimentos de CPI na Mesa Diretora. O primeiro elencava quatro investigações no âmbito da Petrobras. O segundo, enviado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), adicionava aos mesmos pontos investigações de suspeitas de esquemas de corrupção em empreendimentos como os metrôs de São Paulo e Brasília. Ambos foram criticados e defendidos em discursos.

Calheiros pediu 24 horas para analisar a questão e, por fim, decidiu rejeitar ambas as questões de ordem. Assim, revelou opção por uma CPI acrescida de fatos determinantes. Ou seja, beneficia o governo federal. Pois abrigará investigações de denúncias relacionadas à Petrobras e aos metrôs de São Paulo e de Brasília.

Mesmo assim, o presidente pediu o parecer da CCJ, que terá dois dias para se pronunciar. Caso o pedido não seja analisado pela comissão, ele voltará automaticamente para o plenário e deverá sofrer apreciação.

Da assessoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)

“O legado de Minas para o Brasil”, por Antonio Anastasia

Antonio-Anastasia-Foto-Gov-MG1-300x199Despedida não é coisa fácil. Mas essa hora é gratificante quando deixamos um legado, fruto do dever cumprido com ética e probidade. É assim que me sinto ao entregar o governo de Minas ao meu sucessor. Trabalharei agora a fim de que a rica experiência que desenvolvemos nos últimos anos no estado – hoje referência nacional e internacional em boa governança- contribua para a construção de um país mais eficiente e mais próspero.

Durante estes quatro anos – três anos e três meses do segundo mandato e nove meses do primeiro -, tive 20 milhões de parceiros. É ao povo de Minas, pela confiança traduzida, até o final, em altos índices de aprovação, que devo primeiramente agradecer. Quem acompanha minha trajetória sabe que sou, antes de tudo, um servidor público – professor de direito administrativo dedicado à gestão pública.Não sou político de origem tradicional, mas técnico que apostou no poder transformador da política. Sempre acreditei que a máquina pública deveria se modernizar para oferecer às pessoas o máximo retorno social pelos tributos pagos.

Há mais de 20 anos, quando iniciava minha vida profissional, tive a sorte de encontrar um ambiente político – o PSDB – convergente com minhas ideias. Em 2003, com a vitória de Aécio Neves em Minas, começamos então a implantar o choque de gestão. Nosso legado, em uma década ininterrupta de inovações no gerenciamento do estado de Minas Gerais, conjuga eficiência de serviços públicos com modernização econômica e prioridade para a educação.

Fomos, por exemplo, o primeiro estado a colocar crianças com 6 anos de idade na escola e hoje colhemos os frutos desse pioneirismo, como a liderança nos rankings do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. É essa visão, já testada no presente, que levaremos para o programa de governo do senador Aécio, futuro candidato à Presidência da República.

Choque de gestão nada mais é do que um processo de aprimoramento da máquina pública para enfrentar os gargalos que entravam o desenvolvimento. Graças a esse inovador modelo de administração pública, saímos de um deficit de R$ 2,4 bilhões para o deficit zero em 2004. Recuperamos a capacidade de investimento do estado e, com a profissionalização da máquina pública, passamos a cumprir metas socioeconômicas prioritárias para o bem-estar dos cidadãos – que opinam sobre essas escolhas.

Os bons resultados – medidos pelo governo federal, por instituições reconhecidas e organismos internacionais – logo se consolidariam. Na última década, Minas conquistou um patamar de IDH alto, a melhor educação básica, a mais alta expectativa de vida e o melhor desempenho do SUS no Sudeste, taxa de desemprego inferior à nacional, maior participação no PIB e melhor renda. Como já atingimos sete dos oito Objetivos do Milênio, repactuamos com a ONU, de forma inédita, metas sociais mais elevadas para 2015.

A criminalidade ainda nos desafia – como ocorre nos demais estados -, mas não esmorecemos: inauguramos, em parceria com a iniciativa privada, o complexo prisional mais moderno do país. E seguimos campeões em investimentos em segurança pública, incremento que se deu também em saúde, educação e infraestrutura.

Adotando o inovador Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) da ONU – que mede privações além da renda -, criamos o Programa Travessia e diminuímos fortemente a pobreza. Nenhum dos 853 municípios mineiros ostenta mais IDH muito baixo – eram 213 em 2000. Os com IDH baixo são 73, contra 425 anteriormente. Os demais 92% têm IDH médio, alto e muito alto.

Nossa capacidade de planejar tornou-se fator de estabilidade e segurança para o mercado. Conquistamos o “grau de investimento” concedido por agências internacionais de risco, fruto da boa gestão das contas públicas e de uma economia ativa e cada vez mais diversificada. Nada disso ocorreria, entretanto, sem um duro e contínuo trabalho coletivo – da minha equipe e de todo o funcionalismo, aos quais sou muito grato. Uma jornada que já vai além das montanhas de Minas e renova a esperança no futuro do país.

*Antonio Anastasia é governador de Minas Gerais pelo PSDB
**Artigo publicado no Correio Braziliense – 03-04-2014

Aécio Neves protesta contra manobra para impedir investigações da Petrobras

2-4-14-foto2-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, protestou contra manobra da base do governo e defendeu, nesta quarta-feira (2), o direito das oposições investigarem denúncias relativas à Petrobras. Na noite de hoje, o presidente do Senado, Renan Calheiros, indicou que pretende instalar CPI na Casa para investigar múltiplas denúncias não relacionadas à Petrobras.

Essas denúncias foram incluídas em pedido de criação de CPI pela bancada do governo com objetivo de dificultar as investigações sobre os prejuízos sofridos pela Petrobras.Na tarde desta quarta-feira, as oposições conseguiram as assinaturas necessárias para criar a CPI Mista da Petrobras, ou seja, uma investigação conjunta entre o Senado e a Câmara dos Deputados.

O anúncio de instalação da CPI Mista deve ser feito no próximo dia 15.Aécio Neves protestou contra a nova tentativa da base governista de impedir as investigações sobre graves denúncias relativas à Petrobras e anunciou que, se mantida a decisão, o PSDB recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir as prerrogativas das oposições de fiscalizar atos indevidos do governo.

Abaixo, trechos do discurso do senador Aécio Neves em plenário:

Seriedade nas investigações
“A oposição quer investigações sérias sobre a Petrobras e os desvios apontados sucessivamente pela imprensa. Que a base do governo possa montar suas CPIs e investiguem o que quiserem investigar. Não temos absolutamente nada a temer. Mas não coloquem sobre o Congresso Nacional essa pecha de que aqui a minoria não pode atuar porque a base do governo, a maioria circunstancial do governo, não aceita conviver na democracia”.

STF
“Tínhamos, os senadores da oposição, uma interpretação diversa dessa que vossa excelência externa agora sobre a decisão que havia tomado. O senador Aloysio fala, em nosso nome, que se for essa a interpretação, de desprezar a CPI apresentada pelas oposições, nos restará judicializar essa questão e correr ao Supremo Tribunal Federal”.

Manobra
“A manobra da senadora Gleisi Hoffman, ou por ela comandada, serve exclusivamente aos interesses do Palácio do Planalto. Submete essa Casa a uma sessão vergonhosa. Impedir pela maioria governista a oposição de exercer sua prerrogativa de fiscalizar as ações do governo? Nunca se viu isso nessa Casa”.

Presidência do Senado
“Vossa Excelência, eleito pela maioria do Senado Federal – não teve meu voto, sabe, mas teve meu respeito – não pode servir a essas manobras. O que está em jogo é algo extremamente grave.”

Constrangimento
“Vejo o constrangimento das lideranças da base. Muitas sequer têm vindo ao microfone. O constrangimento do líder Humberto Costa, por quem tenho enorme respeito. Quando há duas semanas estive na tribuna para denunciar os malfeitos – para usar uma palavra muito afeita à presidente – ele tinha uma grande dúvida se a compra de Pasadena tinha sido uma compra vantajosa ou não. Esse argumento não temos ouvido. Ele e outros líderes foram foram levados pelo governo ao constrangimento de ler aqui relatórios. ‘Não, essa decisão foi tomada com base em relatórios de auditorias reconhecidas internacionalmente pela sua capacidade técnica’. Nada disso. A cada dia fica mais claro que essa foi uma decisão temerária da direção da Petrobras”.

Apuração
O senhor [Nestor] Cerveró está querendo depor, querendo apresentar as suas investigações. Por que não ouvi-lo?”

CPI Mista
“As oposições, com apoio de senadores da base governista, e agora com 232 apoios de parlamentares – e a oposição na Câmara não alcança mais que 120 parlamentares –, com mais de 30 assinaturas no Senado Federal, alcançaram isso porque as denúncias debatidas hoje na sociedade brasileira são de extrema gravidade. Aviltam a dignidade dos brasileiros, envergonham a todos nós. E o fato é que a base do governo não quer que se apure absolutamente coisa alguma. Vamos deixar de hipocrisia”.

Demais investigações
“A base do governo tem maioria de sobra para investigar o que quiser investigar. Cartéis, setor elétrico, BNDES, portos do Brasil, portos cubanos, investiguem o que quiserem. Apresentem uma, duas, dez CPIs, e elas serão obviamente compostas também por nós. Mas não impeçam com essa manobra baixa que as investigações sobre a Petrobras sejam varridas, mais uma vez, para debaixo do tapete”.

Governador Tarso Genro
“Lia ontem à noite uma declaração do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Ele dizia literalmente: esse pedido de CPI capitaneado (é é uma injustiça com tantos senadores que o capitanearam, mas segundo ele) por esse senador que usa a tribuna e pelo governador Eduardo Campos, isso é um crime que estão cometendo para destruir a Petrobras. Ora, estão cometendo um crime e destruindo a Petrobras aqueles que fizeram em que apenas quatro anos ela tivesse metade do seu valor ido para o espaço. Aqueles que fizeram com que ela se transformasse na empresa não financeira mais endividada do mundo, e hoje motivo de chacota no mundo pela perda de sua credibilidade”.

“Remédio amargo”, análise do ITV

agencia-brasil301012mcsp32112-780x340Os preços no país estão pela hora da morte e o único remédio que o governo consegue ministrar para tentar contê-los é a alta dos juros. Trata-se de profilaxia danosa, reflexo de uma gestão que deixou a situação fugir do controle, desperdiçou oportunidades e hipotecou o futuro da nossa gente. Dilma Rousseff tem mais razões para chorar do que imagina.

Ontem o Banco Central elevou novamente a taxa básica de juros, agora para 11% ao ano. Foi a nona alta consecutiva, sempre motivada por uma inflação renitente. O processo foi iniciado em abril do ano passado e resultou, até agora, numa alta de 3,75 pontos percentuais. Ou seja, em apenas um ano a taxa brasileira aumentou mais de 50%, caso único no mundo.

Os preços, entretanto, não cederam. Quando o BC iniciou o atual ciclo de elevação da Selic, em abril de 2013, as previsões de mercado indicavam inflação de 5,7% neste ano. Agora, a despeito da expressiva escalada dos juros, os prognósticos são de uma inflação de 6,3% em 2014, conforme a mais recente edição do Boletim Focus. Cada vez mais amargo, o remédio não está, portanto, surtindo efeito.

Desde 2010, a média anual da inflação brasileira é de 6,04%. Quando se olha por subgrupos, a média dos aumentos de preços é bem mais alta: no caso dos alimentos, por exemplo, chega a 9% ao ano. Isso mostra que o índice oficial só não está mais elevado por causa do represamento dos preços administrados, como os de combustíveis e os das tarifas de energia e transporte público.

Pode-se afirmar, com segurança, que a inflação real do país está hoje em torno de 7,5%. Isso só não se reflete nos índices gerais porque há uma manipulação de preços importantes por parte do governo. Significa dizer, ainda, que este é o nível para onde a inflação média deve convergir quando preços administrados tiverem que ser corrigidos – sob pena de, se isso não ocorrer, a Petrobras e todo o setor elétrico irem para o vinagre, deixando o país sem gasolina e sem luz.

Quem mais sofre com a carestia são os mais pobres. Até porque o atual movimento altista é liderado pelos alimentos, que pesam mais na cesta de consumo da população de baixa renda. Em resultado divulgado ontem, a Fipe constatou que os preços do grupo alimentação subiram 2% na cidade de São Paulo em março. É simplesmente a maior alta para o mês desde o Plano Real, ou seja, em 20 anos, anotou o Valor Econômico.

Com a alta anunciada ontem pelo BC, a Selic já voltou a percentual mais alto do que os 10,75% em que estava quando Dilma Rousseff assumiu a presidência da República. Uma de suas mais contundentes promessas era o corte na taxa de juros. Feito de maneira voluntarista, resultou em desastre: mostrou-se insustentável e deu asas à inflação.

“Começamos a ver a possibilidade de redução dos juros no Brasil”, disse Dilma em agosto de 2011. “Estamos modificando algumas condições no Brasil que geram entraves para o crescimento. A primeira mudança tem sido a redução de juros”, locupletou-se a presidente em julho de 2012. Mas o laboratório da gerentona falhou redondamente.

A realidade é que, nos últimos meses, o Brasil voltou a ser o país que pratica as mais altas taxas de juros reais do mundo. Segundo levantamento da consultoria Moneyou, o juro brasileiro chegou a 4,42% acima da inflação projetada para os próximos 12 meses. É mais que o dobro do que Dilma prometera aos brasileiros. É também uma excrescência: entre as 40 principais economias, apenas 15 praticam taxas positivas hoje no mundo e, mesmo entre estas, a média é de apenas 1,34%.

A tendência é a taxa de juros brasileira ter novos aumentos ainda neste ano. Se já na próxima reunião do Copom, a ocorrer em fins de maio, ou mais adiante, não se sabe ainda. Mas uma coisa já é dada como certa: Dilma será a primeira presidente desde a adoção do regime de metas no país, em 1999, a legar a seu sucessor juros maiores do que recebeu.

Também entregará a seu sucessor inflação mais alta do que a que herdou, conforme registra O Estado de S. Paulo. Segundo o próprio BC, a taxa de 2014 será de 6,1%, enquanto a de 2010 foi de 5,91%. Dilma fechará seu mandato sem cumprir uma vezinha sequer a meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional. E em alta pelo terceiro ano consecutivo. Difícil imaginar quem pudesse fazer tanto estrago em tão pouco tempo. Chora, presidente!

Aprovado orçamento do Fundo Estadual de Terras Indígenas

monteiro_foto_fernanda_maraOs deputados estaduais aprovaram nessa quarta-feira (3) na Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê orçamento do Fundo Estadual de Terras Indígenas (Fepati). A proposição de autoria do Executivo estadual foi relatada na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) pelo deputado estadual Marcio Monteiro, presidente do PSDB-MS, que apôs parecer favorável. Quando da apreciação na CCJ, Monteiro presidiu a sessão.

A proposta de orçamento conta com a parceria e o compromisso do governo federal em destinar recursos para aquisição de terras em torno da área indígena Buriti, em Sidrolândia, como forma de solucionar conflito envolvendo produtores rurais e indígenas. O projeto de lei estabelece um crédito de até R$ 200 milhões.

Para Marcio Monteiro, o projeto é extremamente necessário após a ocorrência de graves conflitos agrários indígenas na região afetada. “Inclusive já tivemos conflitos que levaram à fatalidade tanto de policiais quanto de indígena. É necessário compensar os proprietários de boa-fé, aqueles que foram proprietários legalmente titulados pelos governos anteriores e hoje, em virtude da necessidade das aldeias, o Estado se manifesta pela aquisição dessas áreas”, disse o deputado.

Após aprovado, agora a proposição aguarda sanção do governador Andre Puccinelli. A lei passará a vigorar assim que publicada.
(Da assessoria de imprensa do deputado, com assessoria de imprensa do PSDB-MS)

Para Reinaldo, projeto que suspende a pesca no Pantanal precisa ser debatido com moradores

reinaldo_azambuja_na_alms_foto_jéssica_barbosaEm debate sobre o projeto de lei que cria “moratória” de cinco anos para a pesca no Pantanal, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu a conciliação da preservação ambiental com o desenvolvimento econômico sustentável da região. Reinaldo participou esta semana da audiência pública “Políticas de Gestão e Proteção do Bioma Pantanal”, realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

O evento debateu o projeto de lei 750/2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), que suspende por cinco anos a pesca esportiva e amadora no bioma Pantanal.

“Dá para conciliar sim desenvolvimento e preservação. Dá para implantar avanços tecnológicos, trazer pesquisas científicas e conhecimento e preservar o meio ambiente”, defendeu o parlamentar.

Reinaldo pediu para que a proposta de lei apresentada por Blairo Maggi seja discutida com os moradores do Pantanal e que a opinião dos moradores seja levada em consideração para a elaboração de uma proposta. “Nós sabemos que muitas vezes uma lei aprovada lá em Brasília prejudica muitas pessoas aqui”, disse. “Precisamos de uma lei que traga equilíbrio, que preserve o meio ambiente, mas que não tire dos moradores locais o sustento”, afirmou, referindo-se ao impacto que a medida traria à pesca profissional e ao turismo.

“Não podemos aceitar um projeto de lei goela abaixo, porque dois terços do Pantanal está aqui em Mato Grosso do Sul. Respeito muito o senador Blairo Maggi, mas nós sul-mato-grossenses junto com as instituições, com a Embrapa, com o SOS Pantanal, temos que debater o assunto e não podemos deixar de ouvir quem mora no Pantanal. Tem gente aqui que nasceu no Pantanal e mais do que todos nós que não somos de lá conhece a realidade do lugar. Se o Pantanal é esse bioma maravilhoso é porque quem mora lá ajudou a preservar”, concluiu.

 
(Da assessoria de imprensa do deputado)