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“20 anos do Plano Real”, análise do ITV

fhcsenado1-300x199Nesta semana, completam-se 20 anos de uma verdadeira revolução. Em 27 de fevereiro de 1994 foi editada a medida provisória que criou a URV (Unidade Real de Valor) e deu o primeiro passo para que o Brasil voltasse efetivamente a ter uma moeda forte. Começava ali uma
história de sucesso: o Plano Real. A data será comemorada hoje no Congresso em sessão solene com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Quando o Plano Real veio à luz, o Brasil vivia um ambiente de desesperança, desilusão e preocupação. Há anos sucediam-se tentativas de debelar um processo de corrosão do poder de compra dos salários que, àquela altura, já descambara para uma hiperinflação. Visto de
hoje, parece inacreditável que o país tenha conseguido suportar e sobreviver àquela situação.

Em 1993, a inflação brasileira chegara a 2.477%. No início de 1994, já girava em torno de 43% mensais. Trocando em miúdos, isso significa que o Brasil tinha uma inflação diária de 1,2%. Se fossemos anualizar o percentual, resultaria numa inflação de 7.260% em 12 meses. Tudo isso deve parecer impensável para quem não viveu aquele processo…

O dinheiro derretia na mão das pessoas, que tinham que correr para gastar seus salários antes que já não conseguissem comprar quase nada. Os mais prejudicados eram os mais pobres, uma vez que não contavam com as alternativas de indexação de que as classes mais ricas,
que tinham conta em banco e aplicações financeiras, dispunham. Estabilizar a moeda era, portanto, também ação de larguíssimo alcance social.

O processo rumo à estabilização foi conduzido pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Ele fora escalado pelo presidente Itamar Franco, em maio de 1993, com a meta de acabar com a hiperinflação, que simplesmente dizimava todas as chances de sucesso do país, e organizar a vida econômica do país. Algo que, àquela altura, soava simplesmente impossível.

O Plano Real foi concebido sob a premissa da transparência e do diálogo franco com a sociedade. Nada de congelamento de preços, pacotaços ou medidas tomadas de surpresa.

Tudo bem distinto das seis tentativas anteriores de estabilização vividas pelo país desde a redemocratização; todas fragorosamente fracassadas, levando a população a se frustrar, mas nunca a perder a esperança.

O plano seguiu adiante até que, em 1° de julho daquele ano, o país passou a contar com uma nova moeda. Nascia ali o real, nosso oitavo padrão monetário em 50 anos. Para se ter ideia da fúria da inflação e seu poder destrutivo, durante estas cinco décadas 18 zeros foram cortados de nossa moeda. Superar este histórico de decepção era um desafio e tanto.

Nestes últimos 20 anos, o país registrou inflação média anual de 8%. Uma vitória e tanto se comparada ao caos que assolava o Brasil até 1994. Mas, ainda assim, um nível elevado, que demanda atenção e cuidado de governantes comprometidos com o bem-estar dos brasileiros.

Para êxito completo, nosso nível de preços precisaria baixar mais, garantindo a tranquilidade que a população precisa e melhores condições para a retomada do desenvolvimento sustentável.

É preocupante que, duas décadas depois, a inflação ainda esteja em pauta e ainda assuste os brasileiros. Ano após ano, os preços têm subido bem acima da meta fixada pela política monetária. Hoje, ao invés de perseguir os 4,5% fixados pelo Conselho Monetário Nacional,
o governo parece ter se satisfeito em conviver com algo na faixa de 6% anuais. Mais preocupante é que instrumentos artificiais e estratégias que já se revelaram fracassadas no passado são agora usadas para evitar um descontrole maior de preços.

Os 20 anos de início da estratégia vitoriosa do real permitem celebrar uma verdadeira revolução institucional que reconfigurou o Brasil, e que suplantou em muito a mera mudança de moeda. A estabilidade monetária restituiu às pessoas referências de valor que a inflação
corroera. Mais que isso, descortinou a possibilidade de o brasileiro voltar a sonhar com o futuro – e de planejar como chegar lá.

Este mesmo espírito pode mover e entusiasmar os brasileiros que hoje querem voltar a ter esperança num país melhor. O Plano Real demonstrou ser possível triunfar nas piores condições, sob condições que alguns julgavam insuperáveis – vale recordar que, na ocasião,
o próprio PT apostou nisso. A estabilização tornou-se, assim, a maior conquista da sociedade brasileira na história recente.

Hoje, o Brasil tem desafios tão ou mais dramáticos que os de duas décadas atrás. Mas o sucesso da nova moeda, alcançado por uma brilhante equipe liderada por Fernando Henrique, comprova que o país tem plenas condições de superar a desesperança, a falta de credibilidade e de confiança que hoje acometem pessoas e desestimulam empresas. Basta dispor de um governo que alie ética, competência e vontade de fazer, como tivemos 20 anos atrás.

“Diplomacia à deriva”, por Aécio Neves

aecio-neves-280813-george-gianni-300x200O Brasil perdeu mais uma oportunidade histórica de se colocar à altura de seu papel de liderança no continente.  Com a crise política, econômica e social na Venezuela e a escalada crescente da violência e a ameaça real à estabilidade institucional do país, esperava-se  do governo brasileiro uma ação diplomática pró-ativa e firme, coerente com a tradição centenária do Itamaraty, pautada no respeito aos direitos humanos, à defesa da liberdade e da democracia.

Ao assinar as notas do Mercosul e do Unasul que emprestam respaldo ao presidente Nicolás Maduro, o Brasil ignora as respostas que o governo venezuelano tem dado às manifestações de protesto, com flagrante repressão contra toda e qualquer oposição ao regime e o cerceamento ostensivo à liberdade de expressão. Soma-se à vocação autoritária do chavismo uma grave instabilidade econômica, com a maior inflação da América Latina (57%) e a menor taxa de crescimento (1,1%). Arruinado pela má gestão, o país expõe seus cidadãos a uma rotina de escassez de alimentos e de energia.

No lugar de oferecer colaboração institucional para a promoção do diálogo entre as forças políticas em conflito, o Brasil submete sua política externa às conveniências ideológicas, deixando de representar os interesses permanentes do Estado brasileiro para defender o ideário do governo de plantão.

Longe de ser um fato isolado, a posição se inscreve no rol de desacertos desde que o governo impôs à atuação da Chancelaria o viés partidário.

Nunca é demais lembrar episódios como a aceitação dócil da expropriação das refinarias da Petrobras em Santa Cruz, em 2006; a deportação dos boxeadores cubanos nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e o tratamento dado ao senador boliviano exilado na Embaixada em La Paz. Onde está a coerência com a atitude adotada na crise paraguaia, em que foi invocada a cláusula democrática do Mercosul? Por afinidades ideológicas, o Brasil está deixando de assumir suas responsabilidades internacionais também na questão dos direitos humanos.

A partidarização da política externa tem consequências também na política de comércio exterior. As crises na Venezuela e na Argentina, pela passividade da reação do Itamaraty, estão trazendo prejuízos à credibilidade do governo brasileiro e às empresas nacionais que encontram barreiras para exportar e grandes dificuldades para receber seus pagamentos.

O mundo desconfia do Brasil, e não é à toa. Pouco adianta a presidente da República reafirmar no concerto internacional a posição do Brasil como país aberto, democrático, que respeita as regras internacionais, se, na prática, damos guarida a governos autoritários que desprezam a democracia e o Estado de Direito.

*Aécio Neves é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB

**O artigo foi publicado na Folha de S. Paulo – 24-02-2014

“O Brasil quer mudança”, análise do ITV

protestosPesquisas de opinião divulgadas neste fim de semana revelam qual o humor atual da população brasileira em relação ao governo. Em síntese, continua muito forte o sentimento de mudança, a aprovação da gestão Dilma Rousseff está, na melhor das hipóteses, estacionada e as esperanças dos cidadãos quanto ao futuro não são nada positivas.

No sábado, em pesquisa publicada por O Estado de S. Paulo, o Ibope mostrou que a aprovação ao governo Dilma – ou seja, o percentual de quem considera sua gestão ótima ou boa – caiu quatro pontos e encontra-se hoje em 39%. Está, portanto, bem abaixo do recorde de 63%, verificado em março de 2013.

Na outra ponta, ainda segundo o Ibope, hoje o percentual dos que avaliam o governo Dilma como ruim ou péssimo subiu também quatro pontos, para 24%. A máxima neste indicador também ocorreu em julho do ano passado, com 31%.

No rescaldo das movimentações de rua, a popularidade da presidente caiu à metade e desceu a 31% em julho de 2013. Resumo da ópera: passados sete meses desde os protestos, Dilma recuperou apenas oito dos 32 pontos que chegou a perder.

O Datafolha, em pesquisa publicada ontem pela Folha de S.Paulo, também captou a mesma alta na taxa dos que consideram o governo Dilma ruim ou péssimo: a desaprovação passou de 17% em novembro para 21% agora. Ótimo e bom ficaram estacionados em 41%.

Os movimentos ao longo dos meses são muito parecidos com os do Ibope. No Datafolha, Dilma desceu dos 65% de aprovação recorde em março para 30% no finzinho de junho do ano passado. Ou seja, nestes últimos sete meses recuperou somente 11 dos 35 pontos que perdeu desde as manifestações de rua.

Cotejadas, as duas pesquisas parecem indicar que Dilma encontra-se hoje estacionada no que pode ser o seu teto, na casa em torno dos 40% de aprovação. Interessante notar que os pontos recuperados pela presidente o foram logo após as manifestações. Desde então, houve apenas um soluço positivo – que alguns analistas chamam de “efeito Papai Noel”, em razão do clima favorável que marca as festas de fim de ano – em dezembro do ano passado e, agora, nova queda ou estagnação na aprovação.

Um primeiro aspecto a considerar é que se frustrou a previsão feita pelos gurus do marketing presidencial que disseram que, em quatro meses, Dilma estaria de volta ao patamar recorde que exibira antes das manifestações. “Ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo”, disse João Santana em outubro passado.

A opinião dos brasileiros também revela quão desesperançada a população está com o governo atual. O Datafolha esmiuçou o humor dos entrevistados quanto ao futuro e captou desejo de mudança em 67% deles. Apenas 26% afirmam que querem que as ações do governo continuem como estão – nem Lula as suporta mais, como mostra a Folha hoje…

A perspectiva econômica é a que inspira mais pessimismo na população. Os que não creem em melhora na sua própria situação nos próximos meses já são maioria (49% acham que continuarão como estão ou piorarão). Em relação à condição da economia brasileira como um todo, 27% acham que vai piorar e 34% apostam que vai melhorar; para 35% permanecerá tudo como está.

Nada menos que 59% dos entrevistados pelo Datafolha acreditam que a inflação vai aumentar, com reflexos diretos no poder de compra dos salários, que tende a diminuir para 31% dos entrevistados. Já 39% dos 2.614 ouvidos pelo Datafolha também creem que o desemprego no país vai aumentar.

Tais números indicam que o desalento também já vai se espraiando pela população. É o contrário do propagandeado pelo marketing oficial, segundo o qual “a economia vai mal, mas o povo vai bem”. Não surpreende que esta insatisfação ainda não se reflita nas pesquisas de intenção de voto para presidente. Afinal, o que temos hoje é apenas uma presidente candidata em campanha explícita que seus concorrentes só poderão fazer a partir de junho.

Em vigor há 20 anos, o Real transformou a vida dos brasileiros

c8129a80649b4d71e3afc6fcb97fbf4953116a9e69fc194d5fd693e47c4d76a1cfa8dBrasília – No dia 1º de julho de 1994, o Real passou a ser a moeda oficial brasileira. A adoção do modelo foi o mais importante passo de um plano que acabou com a hiperinflação no Brasil e criou bases que, até hoje, garantem a estabilidade da economia do país. Na próxima terça-feira (25), a partir das 11 horas, haverá uma sessão solene, no plenário do Senado, comemorativa pelas duas décadas do Real, que contará com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves.

Antes do Real, os brasileiros tinham a inflação galopante como parte de seu cotidiano. Em 1992, a desvalorização foi superior a 1000%, o que colocou o Brasil como um dos únicos países a alcançar a marca, ao lado de Zaire, Ucrânia e Rússia.

Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, e tratou a redução da inflação como uma de suas maiores prioridades. Em agosto daquele ano, lançou o cruzeiro real, resultante do “corte de três zeros” do cruzeiro, a moeda corrente até então, e que acabou sendo a base para o Plano Real.

Histórico

O passo seguinte foi dado em maio de 1994, com o lançamento da Unidade Real de Valor. A URV, com patamar variável a cada dia, caiu no gosto dos brasileiros e tornou-se uma referência para diversos tipos de gastos – desde contratos grandes até despesas do dia a dia.

Na ocasião, FHC não estava mais no Ministério da Fazenda. Ele havia deixado a pasta para candidatar-se pelo PSDB à Presidência da República, nas eleições que aconteceriam no segundo semestre daquele ano.

No dia 1º de julho, veio o real. A moeda transformou os hábitos dos brasileiros, que de uma hora para outra deixaram de fazer contas cotidianas com números milionários (o salário mínimo em julho de 1993 foi de 4.639.800,00 cruzeiros, que representava menos de 65 dólares).

A qualidade de vida e a possibilidade da realização de planejamentos aumentaram, enquanto a inflação despencou – fechou 1994 em 50%, muito distante dos três ou quatro dígitos tão comuns nos anos anteriores.

Enquanto isso, durante os meses de implantação do Plano Real, o país assistiu a uma forte oposição do PT à iniciativa. Militantes e figuras de destaque do partido consideraram o plano “eleitoreiro”.  Em 1994, Aloizio Mercadante, o candidato de Lula a vice-presidente, declarou que o Real tinha como objetivo “evitar a vitória de Lula” e que “a inflação só será mantida sob controle até a eleição”.

Não foi o que se verificou. Passada a eleição presidencial – vencida por FHC no primeiro turno – a inflação seguiu em patamares baixos. Durante toda a gestão do tucano, entre 1995 e 2002, não foi um problema que fez parte da rotina dos brasileiros. Em julho de 1995, quando o real completava um ano de vigência, a inflação foi de 1,7%.

Tripé

A partir de 1999, FHC lançou outra inovação para o setor: o chamado “tripé macroeconômico”, composto por metas para a inflação, metas para o superávit primário e câmbio flutuante. A ação fez com que o Brasil superasse sem maiores problemas a crise que se instalou em todo o mundo a partir daquele ano, iniciada na Ásia.

Em 2002, quando Lula era o favorito para vencer as eleições presidenciais daquele ano, o PT divulgou a “Carta ao Povo Brasileiro” – documento em que, entre outros planos, era citado o de manter parte das políticas implantadas pelo PSDB e que ajudaram a estabilizar a economia nacional.

As gestões petistas, tanto as de Lula quanto a de Dilma Rousseff, não romperam com as regras para a estabilidade criadas pelo PSDB, mas não as souberam administrar. Como resultado, o panorama da economia nacional piora a cada ano – inflação em alta (foi de 5,91% em 2013) e crescimento baixo se tornaram fatos frequentes.

Sessão solene marca os 20 anos do Real

FHC-apresenta-Real--300x198Brasília (DF) – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco, que comandou o Banco Central (1997-1999), e Elena Landau, do Instituto Teotonio Vilela (ITV), participam nesta terça-feira (25), da sessão solene no Senado, em homenagem aos 20 anos do Real.  No dia 1º de julho de 1994, o Real passou a ser a moeda oficial brasileira. O presidente do PSDB, o senador Aécio Neves, também estará na sessão solene.

A adoção do modelo foi o mais importante passo de um plano que acabou com a hiperinflação no Brasil e criou bases que, até hoje, garantem a estabilidade da economia do país.

Antes do Real, os brasileiros tinham a inflação galopante como parte de seu cotidiano. Em 1992, a desvalorização foi superior a 1000%, o que colocou o Brasil como um dos únicos países a alcançar a marca, ao lado de Zaire, Ucrânia e Rússia.

Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, e tratou a redução da inflação como uma de suas maiores prioridades. Em agosto daquele ano, lançou o cruzeiro real, resultante do “corte de três zeros” do cruzeiro, a moeda corrente até então, e que acabou sendo a base para o Plano Real.

História

O passo seguinte foi dado em maio de 1994, com o lançamento da Unidade Real de Valor. A URV, com patamar variável a cada dia, caiu no gosto dos brasileiros e tornou-se uma referência para diversos tipos de gastos – desde contratos grandes até despesas do dia a dia.

Na ocasião, FHC não estava mais no Ministério da Fazenda. Ele havia deixado a pasta para candidatar-se pelo PSDB à Presidência da República, nas eleições que aconteceriam no segundo semestre daquele ano.

No dia 1º de julho, veio o real. A moeda transformou os hábitos dos brasileiros, que de uma hora para outra deixaram de fazer contas cotidianas com números milionários (o salário mínimo em julho de 1993 foi de 4.639.800,00 cruzeiros, que representava menos de 65 dólares).

Vida

A qualidade de vida e a possibilidade da realização de planejamentos aumentaram, enquanto a inflação despencou – fechou 1994 em 50%, muito distante dos três ou quatro dígitos tão comuns nos anos anteriores.

Enquanto isso, durante os meses de implantação do Plano Real, o país assistiu a uma forte oposição do PT à iniciativa. Militantes e figuras de destaque do partido consideraram o plano “eleitoreiro”.  Em 1994, Aloizio Mercadante, o candidato de Lula a vice-presidente, declarou que o Real tinha como objetivo “evitar a vitória de Lula” e que “a inflação só será mantida sob controle até a eleição”.

Não foi o que se verificou. Passada a eleição presidencial – vencida por FHC no primeiro turno – a inflação seguiu em patamares baixos. Durante toda a gestão do tucano, entre 1995 e 2002, não foi um problema que fez parte da rotina dos brasileiros. Em julho de 1995, quando o real completava um ano de vigência, a inflação foi de 1,7%.

Princípios

A partir de 1999, FHC lançou outra inovação para o setor: o chamado “tripé macroeconômico”, composto por metas para a inflação, metas para o superávit primário e câmbio flutuante. A ação fez com que o Brasil superasse sem maiores problemas a crise que se instalou em todo o mundo a partir daquele ano, iniciada na Ásia.

Em 2002, quando Lula era o favorito para vencer as eleições presidenciais daquele ano, o PT divulgou a “Carta ao Povo Brasileiro” – documento em que, entre outros planos, era citado o de manter parte das políticas implantadas pelo PSDB e que ajudaram a estabilizar a economia nacional.

As gestões petistas, tanto as de Lula quanto a de Dilma Rousseff, não romperam com as regras para a estabilidade criadas pelo PSDB, mas não as souberam administrar. Como resultado, o panorama da economia nacional piora a cada ano – inflação em alta (foi de 5,91% em 2013) e crescimento baixo se tornaram fatos frequentes.

Em visita a Campo Grande, governador de Minas pede consciência ao eleitor de MS

Anastasia foi recepcionado por lideranças tucanas, dentre os quais Azambuja e Monteiro

Capital Anastasia 24-02-2014 (13)
Foto: Marycleide Vasques

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), está em Campo Grande nesta segunda-feira (14), onde profere palestra no período da tarde em evento da FIEMS (Federação das Indústrias de MS). Antes disso, ao desembarcar, Anastasia se reuniu com tucanos de Mato Grosso do Sul, dentre os quais o presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, e o deputado federal Reinaldo Azambuja.

Questionado sobre o cenário eleitoral, Anastasia foi comedido, sobretudo por argumentar que está em agenda oficial. O governador mineiro apenas pediu aos eleitores sul-mato-grossenses consciência na hora de votar.

Durante reunião, Marcio Monteiro informou ao correligionário que em Mato Grosso do Sul o PSDB sempre levou vantagem nas eleições presidenciais, já que o candidato do PSDB de modo geral obtém mais votos que os concorrentes. “Aqui no Estado o PSDB sempre teve êxito nas eleições presidenciais”, disse Monteiro, algo que serve de estímulo ao projeto tucano para 2014.

No pleito deste ano, Reinaldo Azambuja deverá se candidatar a cargo majoritário: ou para governo do Estado ou para o Senado, algo a se definir futuramente, visto que depende de alianças partidárias.

Nesse aspecto, o próprio Reinaldo citou alguns partidos com quem vem conversando em busca de aliança. Ele citou o PSB, do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, e o DEM, que tem como lideranças expressivas o deputado federal Luiz Henrique Mandetta e o deputado estadual Zé Teixeira. O PSDB também tem conversado com o PT, do senador Delcídio do Amaral, que é pré-candidato ao governo.

Reinaldo também disse ao governador Anastasia que em Mato Grosso do Sul tem havido algo raro em política, um partido crescer mesmo sendo da oposição tanto no plano nacional quanto no estadual. Quanto ao Estado, ele disse que houve um “distanciamento” do PMDB no pleito de 2012, quando o PSDB deixou a base do governo para concorrer com candidatura própria à Prefeitura da Capital.

Naquela eleição, o PSDB praticamente dobrou a votação referente ao pleito municipal anterior, de 2008, disse ainda Reinaldo. O deputado federal tucano reforçou ainda que tem tratado das possíveis alianças com o próprio presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. “Temos conversado muito com Aécio, o palanque dele está garantido em Mato Grosso do Sul”, acrescentou Reinaldo.

Da recepção do governador de Minas no aeroporto, participaram ainda os deputados estaduais Onevan de Matos e Rinaldo Modesto (ambos do PSDB), os prefeitos tucanos Luiz Antônio Milhorança (Angélica), Pedro Caravina (Bataguassu), Júnior Vasconcelos (Fátima do Sul), Juvenal Neto (Nova Alvorada do Sul), Zé Cabelo (Ribas do Rio Pardo) e Ari Basso (Sidrolândia). Presentes também o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, e a vereadora de Campo Grande, Rose Modesto (PSDB).

Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

aecio-neves-senado-bolsa-familia-george-gianni-140x140O mundo desconfia do Brasil, e não é à toa. Pouco adianta a presidente da República reafirmar no concerto internacional a posição do Brasil como país aberto, democrático, que respeita as regras internacionais, se, na prática, damos guarida a governos autoritários que desprezam a democracia e o Estado de Direito.

Vice-prefeita de Brasilândia agradece a Reinaldo por emenda parlamentar

reinaldo_e_márcia_schioO deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) recebeu nesta manhã (24) no diretório estadual do partido a vice-prefeita de Brasilândia, Márcia Schio (PSDB), que veio agradecer pela destinação de recursos para a saúde. O deputado apresentou emenda parlamentar no orçamento deste ano para o município.

“Temos sido parceiros da administração da Márcia, que nos pediu e destinamos os recursos”, comentou Reinaldo. Márcia, por sua vez, aproveitou a ocasião para solicitar mais recursos para Brasilândia, mas reforçou que hoje o gesto era de gratidão.

PSDB e 20 partidos aliados reforçam unidade em defesa de Minas Gerais

evento-bh1-300x200Brasília – O PSDB de Minas Gerais e mais 20 partidos aliados (PP, DEM, Solidariedade, PSB, PPS, PDT, PTB, PSD, PR, PV, PTdoB, PHS, PRP, PSC, PSDC, PEN, PMN, PSL, PTC e PTN) reforçaram a unidade em defesa do desenvolvimento do Estado. Nesta quinta-feira, lançaram, em Belo Horizonte, o “Movimento Todos por Minas – Continuar crescendo só depende da gente”, demonstrando que caminharão juntos neste ano.

O encontro reuniu o senador Aécio Neves, o governador Antonio Anastasia, presidentes e lideranças políticas, 370 prefeitos, vereadores e militantes de diversos partidos, inclusive do PMDB. Cerca de 6 mil pessoas lotaram o Clube Mackenzie com muito entusiasmo. Balões, bandeiras e até a bateria de uma escola de samba de São João Del Rey saudaram os partidos que iniciam esta grande caminhada em favor de Minas.

O senador Aécio Neves afirmou que a aliança responsável pelos bons resultados alcançados em Minas será ainda mais fortalecida.

“A grande aliança que vem governando o Estado com extraordinários resultados há onze anos tem responsabilidade com Minas. Não vamos permitir que em Minas Gerais o desgoverno, o aparelhamento da máquina pública que ocorre hoje no governo federal venha para o nosso estado”, disse Aécio.

Em seu discurso, o governador Antonio Anastasia afirmou que a união dos partidos mostra o vigor da parceria que vem garantindo o desenvolvimento do Estado.

“Aqui ao lado de tantas lideranças, ao lado de 20 partidos e centenas de prefeitos, temos o apoio vigoroso da nossa base política. Essa é a energia e a força de Minas Gerais. Este ano é fundamental para o Brasil. É daqui de Minas que vai sair a esperança para um Brasil melhor”, disse o governador.

Ao lado do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), além de parlamentares de todas as legendas, o presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, ressaltou que os partidos estão juntos na defesa de mais investimentos federais para Minas.

“O Brasil não vai bem e está na hora de mudar isso. Estamos em defesa do projeto de Minas. O governo federal não está fazendo nada por Minas. O metrô não recebeu investimento, a duplicação da BR-381 é ainda uma promessa, assim como o Rodoanel. Minas agora se une para mudar o Brasil”, afirmou Pestana.

Protagonismo de Minas
O presidente do ITV-MG, Pimenta da Veiga, indicado pré-candidato do PSDB ao Governo do Estado, afirmou que os mineiros terão um papel importante na decisão do que é mais importante para Minas. Segundo Pimenta, defender os interesses de Minas é defender os interesses do Brasil.

“O movimento de hoje foi edificante. Não havia forma de começar melhor do que esta grande festa democrática que vocês viram aqui hoje. Qualquer mineiro que for chamado para o serviço de Minas não pode recusá-lo. Quando esse convite vem na frente de tantas lideranças, esse chamamento é ainda mais forte. Não tenho dúvidas que os mineiros que sempre foram protagonistas da história nacional vão ter neste ano papel decisivo. Por isso estamos criando um novo tempo”, disse.

Pimenta da Veiga criticou as inúmeras promessas não cumpridas do governo federal para Minas Gerais e afirmou que os mineiros, no momento certo, saberão discernir e dar a resposta certa.

“Sabemos que o governo federal, maldosamente, virou as costas para Minas. Muitos foram os discursos, muitas foram as promessas. Gastaram muito papel, mas não fizeram nada. Esse deboche com Minas Gerais precisa acabar. Não consigo acreditar como ainda têm coragem de vir ao sagrado solo mineiro prometer novamente a duplicação da BR-381. Há dez anos estão prometendo construí-la, há dez anos as promessas se repetem. Promessas vãs que não serão cumpridas, mas não enganam mais os mineiros”, afirmou.