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Figueiró alerta para ensino superficial e defende federalização da educação

foto 5O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) citou frase do líder sul-africano Nelson Mandela, que diz: “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”, em discurso proferido nessa segunda-feira (9). Figueiró reverenciou a memória de Mandela, morto na última quinta-feira (5), e destacou este pensamento de um dos maiores líderes do século XX sobre a importância da educação, para abordar o tema em seu pronunciamento.

Para o senador tucano do Mato Grosso do Sul, o Brasil deve adotar a ideia do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) de federalização do ensino público, destacando que no resultado do ENEM 2012, percebe-se que as escolas públicas federais apresentaram a maior média, ficando acima das escolas particulares em todas as disciplinas e bem acima das da rede pública estadual e municipal.

Figueiró citou também o artigo “reflexões sobre o ensino no Brasil”, contido no livro “Recoluta”, de crônicas e ensaios do escritor sul-mato-grossense, Abílio Leite de Barros, irmão do poeta Manoel de Barros, para fazer uma crítica ao ensino extremamente abrangente e, por isso, superficial oferecido em nossas escolas. Abílio Leite de Barros foi secretário municipal da educação de Campo Grande, na década de 60.

Segundo o autor, “o nosso ensino é muito puxado em extensão ou abrangência e muito raso em profundidade”. Ele relata no artigo que alunos brasileiros que cursam o ensino médio em Londres ou Estados Unidos, acham o ensino de lá “mole”, pois tem de cursar cinco disciplinas obrigatórias e duas facultativas, enquanto no Brasil, o número de disciplinas chega a 13.

Figueiró afirmou que é preciso atualizar o ensino brasileiro e valorizar o professor. “Jamais será possível uma educação básica de escol sem que haja a valorização salarial do professor, única em todo o país para o ensino público, e este é o imã que a federalização traria”, defendeu.
(Da assessoria de imprensa do senador)

Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG)

aecio-neves-florianopolis-boneco1-140x140A população quer boas escolas, bons hospitais, quer eficiência na administração do SUS, quer melhores empregos. Nosso desafio é mostramos que somos capazes de fazer essas mudanças. Queremos construir uma agenda para o Brasil dos próximos dez anos.

Alvaro Dias quer que ex-secretário de Justiça preste esclarecimentos no Senado

alvaro-dias-2-foto-george-gianni-psdb-300x200Brasília – O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) vai propor nesta segunda-feira (9) que o ex-secretário nacional de Justiça (2007-2010) Romeu Tuma Junior preste esclarecimentos, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, sobre suas revelações no livro Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado. Em entrevista à revista Veja, Tuma Junior confirmou as informações que estão na publicação.

No livro, Tuma Junior conta as ordens que recebeu de autoridades do governo Luiz Inácio Lula da Silva para divulgar os dossiês elaborados por integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) contra os adversários políticos. O parlamentar deve ocupar a tribuna do Senado para tratar sobre o assunto.

“Devemos propor um requerimento para convidar o ex-secretário para prestar esclarecimentos à comissão, verificar a existência de provas e adotar providências”, afirmou Alvaro Dias. “De qualquer maneira é gravíssimo tudo o que ele disse, na revista Veja.”

No fim de semana, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), adiantou que a Casa vai ouvir Tuma Junior sobre as denúncias apresentadas por ele no livro que ainda será lançado.

Segundo o senador, as revelações do ex-secretário se referem a aspectos da história recente do Brasil que devem ser apurados. “O ex-secretário tira esqueletos do armário, o que nos leva a reagir e não apenas a assistir tudo isso”, disse Alvaro Dias. “Há capítulos dessa história, como os relativos ao mensalão, que não foram escritos e que são citados por ele.”

No livro, Tuma Junior diz que há uma conta do mensalão nas Ilhas Cayman, mas o governo federal e a Polícia Federal na época não quiseram investigar. Segundo ele, estava “engavetado um pedido de cooperação internacional do governo brasileiro às Ilhas Cayman para apurar a existência de uma conta do José Dirceu no Caribe”.

“Mandela”, por Aécio Neves

aecio-neves-foto-george-gianni-psdb-11-300x199Nestes dias, milhares de textos estão sendo escritos, em diversas partes do mun- do, celebrando Nelson Mandela. O amplo reconhecimento e a reverência a ele não ocorrem sem razão.

Mandela tornou-se um dos mais expressivos líderes do nosso tempo, um símbolo à democracia e à igualdade de direitos, ao se dedicar à construção de uma obra política excepcional, que colocou fim ao “nós e eles” que caracterizava a violenta e injusta organização social da África do Sul.

Assim como alguns outros líderes da história, ele teve a consciência de que o ódio e a hostilidade, transformados em instrumento de luta política, aprofundam a intolerância e a perpetuam, impedindo que a nação floresça e se realize em sua integridade e significado.

O impressionante na obra de Mandela não é apenas o que ele foi capaz de fazer, mas como o fez. Foi surpreendente e exemplar a sua posição pacificadora, superando ressentimentos naturalmente existentes sobre um regime que roubou parte importante da sua vida, encarcerando-o injustamente por quase três décadas, e dominou o seu país, dividindo-o em privilégios e castas, opressores e oprimidos, brancos e negros, ricos e pobres, mantendo milhares subjugados pelo execrável apartheid.

Em sua saga, ele ultrapassou os limites do seu país e ensinou ao mundo. Ninguém pôde ficar indiferente à sua incomparável generosidade. Diante dela tombaram adversários incrédulos e aliados de toda vida, movidos, naquele primeiro momento de ascensão, por um estéril –embora compreensível– revanchismo.

Por isso, o significado de Mandela é ainda maior.

É absolutamente admirável o sentido que ele soube dar ao exercício da política, libertando-a da conflagração tradicional que alimenta o dissenso e também das suas obviedades e mesquinharias.

Seu amplo olhar ultrapassava o curto horizonte das circunstâncias. Cerziu, pacientemente, naquele cubículo sob grades, durante anos a fio, uma consciência clara acerca do futuro. Ele sabia que o seu país só seria capaz de abrigar igualmente todos os seus concidadãos se fossem rompidas poderosas amarras e superadas divisões abismais que fraturaram durante tanto tempo a alma sul-africana. Ele conseguiu. E nos deixou o mais importante legado: a política a serviço do bem comum, a que o mundo inteiro se curva agora.

São especialmente comoventes as celebrações que ocorrem nas ruas da África do Sul. Elas reavivam em cada um de nós uma rara confiança na política, como instrumento transformador da sociedade e habilitador da plena cidadania.

Num mundo em que ainda há espaço para a tirania, onde rotineiramente a conveniência se sobrepõe a valores, o exemplo de Mandela é a exceção que enobrece a humanidade.

 

Artigo publicado no Jornal Folha de S.Paulo (09.12)

Mais comércio, mais progresso, análise do ITV

itv-300x200À primeira vista, o tema não parece ser dos mais palpitantes. Mas comércio internacional é fundamental para o progresso das nações. Daí a relevância do acordo fechado neste fim de semana em Bali, na Indonésia, e suas implicações para as opções equivocadas que o Brasil vem adotando nos últimos anos nesta seara, isolando-se do mundo.

Fazia 12 anos que a Organização Mundial do Comércio (OMC) tentava fechar um acordo multilateral de liberalização dos negócios entre países. Ocorre que, num grupo formado por 159 nações, as regras da instituição só admitem decisões por consenso. Quase impossível, mas saiu alguma coisa.

Pelo que foi costurado, com o brasileiro Roberto Azevêdo à frente, haverá menos burocracia e mais eficiência nas alfândegas (algo chamado de “facilitação de comércio”, por buscar melhorar as práticas aduaneiras), compromissos para eliminar subsídios que distorcem as exportações agrícolas e alguns benefícios para países mais pobres, de forma a possibilitar seu maior desenvolvimento.

Estima-se que o consenso global acordado neste fim de semana na Indonésia representa apenas 10% das pretensões iniciais da OMC à época em que as negociações começaram, em 2001. Mesmo assim, será capaz de injetar US$ 1 trilhão no comércio global e criar 21 milhões de empregos, o que demonstra a força que os negócios entre nações têm.

Se o acordo da OMC tivesse naufragado, o Brasil estaria num mato sem cachorro, ou, sendo mais preciso, num oceano sem bote de salva-vidas. Isto porque, na era petista, nossa diplomacia jogou todas as suas fichas em negociações multilaterais de comércio – estas que envolvem plenárias globais e em que Cuba ou Venezuela valem tanto quanto EUA, Alemanha ou Japão – e praticamente se eximiu de buscar acordos bilaterais com países e blocos.

“O governo [brasileiro] não disfarçava o medo de que, com um colapso, a OMC fosse abandonada pelas grandes potências, que passariam a fechar acordos comerciais entre elas. O temor era de que essas iniciativas reformulassem as regras do comércio mundial, desta vez sem a influência ou participação do Brasil ou de outros emergentes”, resumiu O Estado de S.Paulo em sua edição de ontem.

Enquanto o Brasil aguardava a OMC acertar o passo, o mundo girou e a Lusitana rodou. Multiplicaram-se as negociações bilaterais entre países e blocos. Há, hoje, 543 acordos desta natureza sendo negociados ao redor do mundo. Na última década, o Brasil só fechou três deles: com Egito, Israel e Palestina. Não parece muita coisa. E não é mesmo.

Ao mesmo tempo em que o Brasil ficava a ver navios, vizinhos como Chile, Colômbia, México e Peru firmaram a Aliança do Pacífico, liberalizando 90% dos produtos comercializados entre si num mercado de US$ 2 trilhões que concentra 49% dos investimentos diretos estrangeiros na América do Sul. Mas não foi só.

Os Estados Unidos lançaram tratativas para firmar, com a União Europeia, o Acordo Transatlântico, que, se bem sucedido, envolverá mercado equivalente à metade da produção e a um terço do fluxo de comércio no mundo. E ainda mantêm em negociação uma parceria com as poderosas economias do Pacífico. São, como se vê, movimentos capazes de alterar a dinâmica da economia global e reconcentrá-la nos seus polos mais robustos.

Enquanto as movimentações ao redor do mundo seguiam frenéticas, o Brasil manteve-se atado ao abraço de afogados do Mercosul. Pior ainda, fez opção por se associar a governos ainda mais refratários à abertura e ao livre comércio, como a Venezuela, admitida no ano passado, e a Bolívia, que chegou há mais tempo no bloco.

O Brasil continua sendo um dos países mais fechados do mundo. Somos a sétima economia global, mas apenas o 25° maior exportador. Nossas exportações equivalem a 1,3% do total mundial e a 12,5% do nosso PIB, enquanto a participação das importações na economia brasileira é de apenas 13%, menor percentual entre 176 países analisados pelo Banco Mundial.

Por isso, é urgente uma reversão da orientação dada pelo PT a nossas estratégias de integração com o mundo. O Brasil precisa voltar a liderar as negociações regionais no continente e reorientar o Mercosul, aproximando-o dos objetivos de quando o bloco foi concebido, ou seja, mais comércio e mais abertura de mercados. Também deve jogar todos os esforços necessários para fechar um acordo com a União Europeia, deixando de ficar a reboque, por exemplo, da Argentina, que continua se recusando a aprofundar negociações.

Não é difícil perceber que as melhores perspectivas de desenvolvimento e progresso econômico estão na ampliação do comércio internacional, e não no contrário, como gostam de fazer crer os especialistas petistas e seus colegas bolivarianos. Basta constatar que a visão míope que esta turma tem sobre o lugar que o Brasil deve ocupar no mundo deve nos levar a ter neste ano o primeiro déficit comercial desde 2000. Com eles, andamos para trás, enquanto todo o resto do mundo avança.

PSDB chamará Tuma Jr à Câmara e cobra agilidade do ministro Cardozo na investigação de denúncias

carlos-sampaio-foto-george-gianni-psdb-41-300x199O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chamou a entrevista do ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., de “esclarecedora e estarrecedora”.
Sampaio vai requerer no início desta semana à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara a realização de audiência pública com a presença de Tuma Jr. O objetivo é esclarecer as graves denúncias feitas à revista Veja e que fazem parte de um livro que está sendo lançado.“O ex-secretário Tuma Jr, que fez parte do alto escalão do governo Lula por três anos, confirmou tudo aquilo que sempre denunciamos: a fábrica de dossiês petista, o até hoje obscuro assassinato político do prefeito Celso Daniel e a existência de uma conta no exterior para onde foram enviados os recursos do Mensalão, entre outras afirmações graves ”, disse Carlos Sampaio.

“Até mesmo a investigação sobre o cartel do metrô em São Paulo, que o ministro Eduardo Cardozo negou ter sido fruto de exploração político-partidária, obedeceu ao modus operandi usual. Surge um dossiê apócrifo e em seguida é encomendada à Polícia Federal uma investigação sigilosa que não permite sequer ao denunciado qualquer chance de defesa. Ao fim, quando provadas a improcedência da ação e a inocência do acusado, já é tarde demais – ele já foi vítima do que Tuma Jr chamou de ‘assassinato de reputações’”, completou o líder tucano.

Sampaio espera agora que o ministro Eduardo Cardozo tenha a mesma agilidade e disposição para investigar o conteúdo do livro que demonstrou em relação ao dossiê apócrifo vazado à imprensa, apesar do que chamou de “predileção do ministro por documentos sem autor”.

“Ao contrário do dossiê anterior, esse tem conteúdo facilmente comprovável, além de ser assinado por alguém que carrega uma reputação pessoal e familiar histórica e que esteve dentro do próprio governo. Vamos ver qual será o procedimento do ministro da Justiça”, concluiu.

 

Da assessoria da liderança

“Ética na internet”, por Danilo de Castro

Danilo-de-Castro-Divulgação-Segov2-300x200O debate de ideias é anseio de todos durante as discussões políticas. A população sempre repudia ataques pessoais, ofensas, calúnias e baixarias. Aliás, a ética na política, em todos os níveis, foi o grito que ecoou das ruas durante as manifestações. Mas o que estamos vendo, principalmente nas redes sociais, ultrapassa todos os limites da moral e do respeito ao cidadão.

Grupos organizados, ligados ao PT, disseminam mentiras e calúnias contra adversários políticos. São ataques truculentos que partem de batalhões defakes, páginas na internet e blogs, esses últimos com patrocínio de estatais do governo federal. Não importa se o que é dito seja mentira. O que vale é rodar com o factoide pelas redes sociais.

A liberdade de expressão, de ideias e de informação é um direito de todos. Mentiras e calúnias são crimes. Mais do que nunca torna-se urgente a aprovação de propostas de reforma política que não apenas preveem o direito à livre informação, como também propõem a diminuição do abuso do poder econômico na internet, com a punição para quem organiza guerrilhas pagas para caluniar adversários políticos.

É uma forma de garantir a proteção de candidatos de baixo poder aquisitivo, que não tem como responder a essa organização paga, mas também protege o cidadão comum das mentiras, calúnias e difamações. O que se ganha com isso? O cidadão ganha liberdade de opinião, o livre acesso à informação verdadeira e o direito ao debate.

E sabem o que o PT pensa sobre a reforma política? O partido governista fala que a reforma é censura a internet. Mais outra mentira. O que o PT não conta é que ele quer a livre atuação da sua guerrilha digital, pronta para atacar e denegrir imagens. O PT quer mesmo é fugir dos debates de ideias e de propostas para o país. Como escreveu o senador Aécio Neves, em seu artigo para o jornal Folha de S.Paulo, “os maiores desserviços que o PT presta ao país é a insistente tentativa de legitimar a mentira como instrumento do debate e da luta política”.

 

Secretário de Estado de Governo de Minas Gerais

“O desafio da educação”, análise do ITV

itv-300x200Tem sido dito, quase diariamente, que a situação da educação brasileira é sofrível. Trata-se de percepção generalizada. Nos últimos dias, porém, o que apenas se intui foi constatado em números. O Brasil apareceu pessimamente classificado nos principais rankings educacionais globais. Se há um desafio que precisa ser, urgentemente, enfrentado no país é este.

Na terça-feira, saíram os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (o Pisa, coordenado pela OCDE). Como foi divulgado no mesmo dia em que ficamos conhecendo mais um pibinho produzido pela linha de desmontagem da gestão da presidente Dilma, o desempenho lastimável dos alunos brasileiros no teste acabou merecendo menos atenção do que deveria.

Comecemos pelo que aconteceu com a média geral dos estudantes brasileiros. O Brasil figura em 58º lugar numa lista formada por 65 países. Se isso serve de consolo, ganhamos de nações como Albânia, Colômbia, Peru, Jordânia e Tunísia. Mas estamos bem atrás de países como Cazaquistão, Vietnã, Malásia e Costa Rica, para ficar apenas nos exemplos mais aberrantes.
A prova, aplicada pela OCDE a alunos de 15 a 16 anos, mede conhecimentos e habilidades em três dimensões do conhecimento: matemática, leitura e ciências. Nos três casos, continuamos nas rabeiras do ranking: o Brasil ocupou a 55ª posição em leitura, a 58ª em matemática e a 59ª em ciências. Nas três áreas avaliadas, nenhum dos nossos estudantes atingiu o nível 6, o mais avançado de aprendizado.

Apesar de o Brasil ter sido apontado como o país onde os alunos mais avançaram em matemática nos últimos nove anos, 67% dos nossos estudantes estão no menor degrau de notas na matéria em todo o mundo e somente 0,8% conseguem alcançar os níveis mais altos, sem, contudo, chegar às notas máximas.
Para se ter ideia do abismo que nos separa do resto do mundo, em Xangai, primeiro país no ranking geral do Pisa, 3,8% e 55% dos alunos ocupam cada um destes patamares de conhecimento matemático, respectivamente. Na média da OCDE, são 23% e 12,6%.

O ritmo de melhoria em matemática caiu bastante nos últimos três anos. De 2006 para 2009, o avanço foi de 16 pontos e nos três anos seguintes – esta é a periodicidade da prova – caiu para 5. É uma característica da estatística: quando menor o patamar, mais fácil é acelerar. O problema é que, mesmo ainda lá em baixo, nosso motor já dá sinais de ratear.
“Como comemorar os pontos ganhos no Pisa se o aumento na nota brasileira se deu com maior força entre os piores alunos, cuja nota média na edição de 2003 equivalia a zerar na prova, e hoje, quase dez anos depois, esse mesmo grupo ainda não é capaz de ler uma única informação em um gráfico de barras?”, resume Paula Louzano, pesquisadora da USP na Folha de S.Paulo.

O que o Pisa revela em relação ao ensino fundamental, o Enem demonstra para a educação de nível médio. A avaliação, que o governo do PT transformou num sucedâneo do vestibular, comprova a distância que ainda a separa a qualidade oferecida pelos estabelecimentos privados das escolas públicas e o fosso que aparta o ensino nas regiões Sul e, principalmente, Sudeste do restante do país.

Completando o quadro, recentemente também foram divulgadas avaliações de em âmbito global referentes ao ensino superior. No ranking que considera todas as instituições do mundo, o Brasil não tem nenhuma entre as 200 melhores, de acordo com a consultoria britânica Times Higher Education. Entre os emergentes, temos apenas quatro entre as 100 melhores e somente a 11ª de uma lista encabeçada por chineses e asiáticos.

Sobram diagnósticos para comprovar o que se percebe a olhos vistos: a educação brasileira está reprovada! No caminho atual, não capacitamos nossos jovens para o exercício da cidadania, nem para competir no mercado de trabalho. Minamos o seu futuro. Quem sabe o Plano Nacional de Educação, que deverá ser aprovado nos próximos dias no Senado, ajude a desbravar novos rumos e a descortinar dias melhores.