PSDB – MS

PSDB-MS

“Prioridade para o Município Já!”, por Pimenta da Veiga

Foto-Pimenta-da-Veiga-300x199Onde vive o cidadão? Sua família? Onde estão suas referências de vida, sua história? Com certeza todas estas respostas estão situadas num mesmo ponto, na terra onde ele nasceu. Onde ele vive, trabalha, cria os filhos e é pleno em direitos e deveres. É no município, na base do federalismo.

Desde que assumi o ITV em Minas Gerais, a questão municipalista está nos centro das nossas preocupações, análises e estudos. Não haverá desenvolvimento se o município não for respeitado e tratado como a unidade nuclear da gestão pública. Deve ser o caminho natural para os investimentos que visam a melhoria de vida da população, do cidadão e da comunidade.

Tancredo com sua sabedoria e sensibilidade já nos alertava para esta questão desde os anos 80 quando declarou: “não nos adianta a nação rica, a União com suas arcas abarrotadas de recursos, enquanto estados e municípios cada vez mais empobrecem.”

A situação dos municípios brasileiros é de calamidade. A concentração de recursos no governo federal é absurda, para não dizer criminosa. A União amplia retenção de recursos em seus cofres e reduz a participação no financiamento de serviços fundamentais para a população, principalmente dos pequenos municípios. Tira de quem mais precisa.

É a política da insensibilidade social, da burocracia e do distanciamento da realidade objetiva do país, do povo. A retenção do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) aplicada recentemente pela União, sem aviso prévio e de forma arbitrária, agride a autonomia municipal. Enfraquece a relação interpoderes. Prejudica, penaliza os mais pobres. Saúde, educação, transportes, segurança pública, assistência social e obras de infraestrutura são os setores mais atingidos pela “gestão fria” do Planalto.

O governo federal hoje prioriza gráficos, números e imagens em detrimento de vidas, serviço e desenvolvimento. O uso de dados nem sempre confiáveis, usados exclusivamente para impressionar o exterior, massacra o nosso interior, o município.

Não há dúvidas. Está no federalismo, nas associações regionais de municípios a solução para o crescimento e o desenvolvimento.

Ninguém está mais próximo do problema que o gestor municipal, logo ninguém tem mais condições de resolvê-lo que o prefeito.

Negar-lhe recursos, ferramentas e mecanismos para o cumprimento destas obrigações é sonegar ao cidadão, pagador de impostos, o direito à cidadania.

O governo federal tem praticado, na relação com as prefeituras, a simetria da injustiça. Tem prejudicado sistematicamente os municípios brasileiros. Minas é, pelo expressivo número de municípios, quem mais sofre esta política concentracionista.

Por isso, unidos em um movimento suprapartidário vamos levantar nossa voz, para dar um grito contra esta situação e exigir direitos, justiça e igualdade a todos os municípios. Federação Já.

Artigo do presidente do ITV-MG, Pimenta da Veiga

 

Publicado em 29-11-13

“É hora de mudança”, análise do ITV

itv-300x200Neste fim de semana, saiu mais uma fornada de pesquisas de opinião. Seus resultados sobre intenção de votos, faltando ainda 11 meses para a disputa, importam menos do que as constatações a respeito dos anseios da população quanto a seu futuro. O recado é claro: o brasileiro quer mudança.

De acordo com pesquisa feita pelo Datafolha, publicada na edição de ontem da Folha de S.Paulo, 66% dos entrevistados querem que a “maior parte das ações do próximo presidente seja diferente” do que faz Dilma Rousseff. Apenas 28% querem um governo igual ao atual. Este sentimento já havia sido captado pelo Ibope há duas semanas. Que fatores levam a clamor tão forte?

O primeiro deles parece ser o temor quanto ao futuro. O brasileiro vê incertezas – principalmente econômicas – se apresentando no horizonte e quer para o país alguém que o conduza ao largo de tempestades, muitas delas produzidas pela própria inépcia dos atuais condutores.

Mais especificamente, o cidadão teme pela volta da inflação e pela perda do emprego. Ainda de acordo com a recente pesquisa do Datafolha, o receio quanto ao aumento dos preços e o medo da falta de trabalho cresceram muito nos últimos meses.

Entre os entrevistados, 59% acreditam que a inflação vai aumentar nos próximos meses – esse percentual era de 54% em outubro, 53% em agosto e quase metade (33%) quando Dilma assumiu. O medo do desemprego acomete 43% dos brasileiros, alta considerável em relação aos 38% anotados no levantamento de outubro e aos menos de 30% do início do governo atual.

No seu dia a dia, o brasileiro percebe que seu salário compra cada vez menos e custa a chegar ao fim do mês. Nossa inflação oficial (em torno de 6%) é alta, mas a carestia real é ainda mais aguda: preços de itens não controlados pelo governo e de serviços sobem muito mais do que a média, penalizando o assalariado.

O mercado de trabalho ainda é praticamente de pleno emprego, mas as vagas abertas são de baixa remuneração e pouca qualidade. A cada mês, as estatísticas voltam a registrar que os postos criados pagam sempre salários abaixo de dois salários mínimos. Na era Dilma, mais de um milhão de empregos acima desta faixa salarial foram extintos.

Mas o desejo de mudança não se restringe a aspectos materiais – embora saibamos que estes determinam bastante a avaliação que as pessoas fazem de sua vida. Há, sobretudo, um cansaço com o estado atual das coisas. O brasileiro parece clamar por alguém que ponha fim ao ciclo de degradação de valores que o governo do PT pôs em marcha e tenta nos convencer diuturnamente que é legítimo.

O que se sonha é, também e principalmente, com uma mudança de padrões éticos. De respeito ao interesse público, de compromisso com a superação das dificuldades do cidadão, de valorização da verdade, em lugar do culto à mentira, com tão bem resumiu o presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo publicado ontem.

Há, portanto, um cenário econômico pouco animador e uma crise ética que há muito passou do aceitável. O PT está completando 11 anos no poder; seu ciclo chegou ao fim, exauriu-se. A hora é de iniciar uma nova etapa, uma era de mudanças, para que as conquistas obtidas até aqui não se percam; uma era em que eficiência e compromisso com os direitos dos cidadãos caminhem juntos.

“Ministro Cardozo se complica a cada noticiário”, afirma líder do PSDB na Câmara

Carlos-Sampaio-Foto-George-Gianni-1-300x200Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a cada elemento novo trazido pelo noticiário dos últimos dias, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se complica ainda mais. Sampaio destaca o fato de que Cardozo teria tido encontros com sócios de consultoria investigada na ação sobre formação de cartel.

“Esses encontros com os consultores são mais um elemento complicador da situação do ministro, ainda mais se levarmos em conta que foi o próprio Simão Pedro, deputado do PT e amigo de Cardozo, quem os acusou de terem pago propina para agentes políticos do governo estadual. Será que Simão Pedro não alertou seu amigo, que à época era deputado federal, sobre o ‘proceder ilegal’ desses consultores? Por outro lado, o que justifica o encontro do então deputado federal José Eduardo Cardoso com consultores que atuam na área do Executivo e não no Legislativo?”, questiona Sampaio.

“A verdade é que, se o encontro ocorre com membros do PSDB, são fortes indícios de conluio e irregularidades. Agora, quando inexplicavelmente o então parlamentar e hoje ministro da Justiça se encontra com os mesmos consultores, tudo não passou de uma conversa normal e republicana”, ironiza Sampaio.

Para o líder, “está evidente que o ministro Cardozo, que fez parte de uma armação para tentar desgastar e prejudicar adversários, atacando os consultores, agora não consegue explicar a razão pela qual os convidou para um bate papo!”.

Segundo Sampaio, “o ministro prestaria um grande serviço à nação afastando-se do cargo e deixando as investigações acontecerem sem o direcionamento que ocorre hoje”, afirma.

“Politicamente expostas” – Sampaio destaca ainda outro elemento que reforça a tese que defende de que o ministro Cardoso usa o seu cargo e a estrutura do ministério para controlar as informações contra adversários. É que por decisão do Ministro Cardoso, segundo notícia da revista Veja, a Polícia Federal passou a inserir, nos relatórios das operações que realiza, a informação sobre a existência de pessoas “politicamente expostas” nas investigações em curso.

Para Sampaio, “procedimentos como esses, que não existiam nem mesmo na era Lula, são preocupantes em virtude do histórico do PT em fabricar dossiês falsos e do que temos visto, mais recentemente no caso Siemens: vazamento seletivo de informações, incluindo documentos adulterados com o claro objetivo de prejudicar adversários”.

O líder afirmou ainda que esse procedimento assemelha-se à censura. “A tirar pelo comportamento do PT, essas informações poderão ser utilizadas de forma bem pragmática – se os envolvidos nas operações forem do PT, esconde-se ou abafa-se o caso. Se forem adversários, aí o tratamento poderá se outro, bem diferente. É uma espécie de censura ao trabalho da Polícia Federal, que sempre foi independente”, afirmou Sampaio.

Aécio Neves defende maior integração do Brasil com o resto do mundo

aecio-neves-palestra-sao-paulo-ggianni-300x202O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu, nesta sexta-feira (29), em São Paulo, uma nova agenda internacional para o Brasil, focada em novos acordos bilaterais e maior integração.

“Estamos nos isolando. O Brasil é a sétima economia do mundo e o 25º país exportador. Isso não é razoável. O que propomos: uma abertura maior da economia. Temos que acabar com essa bobagem dos campeões nacionais financiados pelo BNDES. Temos é que incluir as empresas brasileiras nas cadeias globais de competição, onde tenhamos competitividade. E fazer alinhamentos pragmáticos e não ideológicos”, disse Aécio em entrevista antes de proferir palestra para cerca de 200 representantes de empresas e trabalhadores do setor imobiliário em São Paulo.

Durante a palestra, Aécio Neves lembrou que nos últimos dez anos o Brasil fez apenas três acordos bilaterais, enquanto Estados Unidos, União Européia e países como México e Chile vêm ampliando o leque de opções comerciais. “O mundo está andando, fazendo acordos e o Brasil está ficando para trás”, criticou.

O presidente do PSDB também propôs uma abertura maior da economia e a inclusão de empresas brasileiras em cadeias globais de produção, de acordo com alinhamentos pragmáticos e não ideológicos, ao contrário do que faz o PT.

“A prioridade deve ser o Mercosul, mas, quando não houver interesse, como restrição na Argentina ou Venezuela, esses países não podem amarrar o desenvolvimento do Brasil”.

Durante a palestra, Aécio Neves criticou ainda o governo petista por ter colocado em risco as conquistas do Plano Real e da estabilização da economia, citando o descontrole da inflação e o não cumprimento de metas fiscais. Para ele, a agenda que deveria estar em discussão hoje é a da inovação, da eficiência e da produtividade.

“Estamos numa encruzilhada. A agenda de 20 anos atrás voltou a ser a agenda de hoje. Em vez de estarmos falando em competitividade e inovação, estamos falando em risco de inflação e do controle de metas fiscais”, observou Aécio.

O senador concluiu a palestra afirmando que o grande desafio a ser superado hoje pelo Brasil é voltar a fazer com que o Estado seja eficiente.

“A marolinha de 2009 está virando uma ressaca para muita gente. O Brasil precisa iniciar um novo ciclo. Precisamos resgatar a credibilidade do país com uma forma transparente, que permita um ambiente favorável aos negócios”, afirmou Aécio Neves.

Núcleos de Base do PSDB já estão presentes em 80 bairros de Campo Grande

Núcleo_de_Base_foto_Jéssica_Barbosa (2)O PSDB de Campo Grande reuniu na sexta-feira (30) os coordenadores dos mais de 100 Núcleos de Base (NB) implantados na Capital. Segundo o presidente do diretório municipal, Carlos Alberto de Assis, os NB já estão presentes em 80 bairros, visto que alguns bairros comportam mais de um núcleo.

Participaram do evento o presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, e o deputado federal Reinaldo Azambuja, além de aproximadamente 250 outras pessoas.

Segundo Carlos Alberto, os NB são as ferramentas pelas quais o PSDB trabalha a formação política com lideranças nos bairros. Os NB são também uma metodologia prevista no Estatuto do PSDB e se constitui na célula fundamental da ação partidária no âmbito municipal. Noutras palavras, é o trabalho de base tucano.

Um dos coordenadores dos NB é Ari Sandim. Recentemente, durante uma das reuniões do NB no Jardim Futurista, Sandim havia dito que nos encontros são debatidos temas como saúde, educação, políticas públicas, dentre outros temas. Os demais coordenadores são Glauce Melo, Osvaldo Ramos e Roberto Coelho.

Núcleo_de_Base_foto_Jéssica_Barbosa (1)“O PSDB está buscando ouvir as pessoas nas ruas, nos bairros, para desmistificar que o PSDB é um partido elitizado. Estamos muito forte nos bairros de Campo Grande, isso se deve à credibilidade de Reinaldo Azambuja na campanha de 2012”, disse Carlos Alberto.

PSDB de Campo Grande forma grupo de apoio ao partido

Grupo_de_apoio_foto_Jéssica_Barbosa (2)O diretório campo-grandense do PSDB formou na última sexta-feira um grupo de apoio ao partido, conforme definiu o presidente municipal tucano, Carlos Alberto de Assis. O evento, que aconteceu no Buffet Lá & Ká, reuniu mais de 200 pessoas e contou com a participação do presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, e do deputado federal Reinaldo Azambuja.

O grupo reúne lideranças de diversos segmentos da sociedade de Campo Grande. Durante o evento também houve cerca de 50 filiações ao partido. Carlos Alberto comemorou ainda o retorno às atividades partidárias de pessoal já filiado.

Segundo o dirigente municipal, a formação do grupo é parte do “trabalho que o diretório de Campo Grande faz de ouvir todos os segmentos da sociedade e trazê-los para dentro do partido e dizer que aqui eles têm voz e voto”.

Grupo_de_apoio_foto_Jéssica_Barbosa (1)Além do trabalho que será realizado a partir do grupo de apoio, Carlos Alberto também reforçou que o partido valoriza atender a todos os setores da população através dos diversos secretariados: Juventude do PSDB, Tucanidade (idosos), PSDB Empresarial, PSDB Sindical, PSDB Mulher, PSDB Esporte, dentre outros.

Novos tucanos – Dentre os novos filiados ao PSDB estão: Márcio Andrade, Tarcísio Francisco da Costa, Paulo César Amario, Sérgio Aparecido de Freitas (lutador de MMA), Raimundo Jorge da Silva (líder comunitário do Coopharádio), José Aparecido de Souza (o tecladista Cidinho), Paulo Roberto de Oliveira, Creusa do Nascimento, Dhymitri Pelzl, Carolina Moraes Lino e Joilson de Moraes.

Presidente do PSDB-MS destaca participação da comunidade em encontro do Pensando MS

Rio Verde sediou hoje o 3º Encontro Regional; próximo evento será no dia 14 de dezembro em Naviraí

Encontro_PensandoMS_foto_Marycleide_VasquesO presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, enfatizou a intensa participação da comunidade no 3° Encontro Regional do Pensando MS, em Rio Verde, neste sábado (30). Ele mencionou o deslocamento de caravanas dos municípios da região que foram ao evento para participar da apresentação dos dados preliminares do projeto.

“Isso demonstra que a população está sentindo a necessidade de se promover uma política diferenciada, que é a proposta do Pensando Mato Grosso do Sul”, disse Marcio Monteiro. O Pensando MS visa, dentre outros objetivos, diagnosticar os problemas regionais assim como identificar os potenciais que servirão para subsidiar a elaboração de um programa estratégico para corrigir distorções e potencializar vocações.

Ao longo de dez encontros regionais, o coordenador do projeto, deputado federal Reinaldo Azambuja, vai apresentar os dados por região, finalizando a série de encontros em Campo Grande, em 2014.

Monteiro também destacou a importância de se haver um plano regionalizado de desenvolvimento. Segundo ele, sem um plano, a pavimentação de rodovias, a duplicação da BR-163, a melhoria apenas de estradas só servirá para “vermos o desenvolvimento passar na nossa frente. O desenvolvimento de Rondonópolis, de Sonora, passando na nossa frente e batendo lá no Paraná, lá em São Paulo, em outros continentes e nós ficarmos aqui na mesmice que nós estamos hoje”.

“É isso que nós precisamos mudar no Mato Grosso do Sul, é isso que o PSDB está fazendo”, disse ainda Monteiro.

Encontro_PensandoMS_foto_Jéssica_BarbosaO deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) também se impressionou com a participação popular. Ele lembrou que alguns dos presentes precisaram se deslocar mais de 400 km para participar do 3º Encontro Regional.

Do DEM, o deputado estadual Zé Teixeira tem acompanhado desde o primeiro encontro a caminhada do Pensando MS. “O DEM está participando do projeto do PSDB, o Pensando Mato Grosso do Sul. É importante ouvir as pessoas, quando ouvimos sugestões e críticas, temos condições de fazer um governo melhor”, disse o democrata.

Teixeira também aludiu ao coordenador do Pensando MS, Reinaldo. “Vou estar ao lado de Azambuja em qualquer circunstância, para qualquer cargo que ele se candidatar em 2014”, disse também Zé Teixeira, que iniciou o discurso esclarecendo representar o presidente estadual do DEM, deputado federal Luiz Henrique Mandetta, que não pôde comparecer.

Próxima parada

Naviraí vai sediar no dia 14 de dezembro o 4º Encontro Regional do projeto, encerrando os eventos de 2013. Em fevereiro, o PSDB retoma o calendário para a realização de outros seis eventos regionais ao longo daquele semestre.

Rio Verde: Pensando MS aponta extrema disparidade entre norte de MS e sul de MT

Rondonópolis (MT) deslancha enquanto municípios do norte sul-mato-grossense “pedalam”

encontro_regional_pensandoMS_foto_jéssica_barbosaExtrema disparidade de desenvolvimento entre as regiões norte de Mato Grosso do Sul e sul do estado vizinho, Mato Grosso. Essa foi uma das constatações dos dados preliminares dos levantamentos do Pensando MS, apresentados hoje (30) pelo deputado federal Reinaldo Azambuja, em Rio Verde, no 3º Encontro Regional do projeto.

Um exemplo cabal é ilustrado no comparativo da região norte sul-mato-grossense com Rondonópolis (MT). Este município tem 58 anos e fica a apenas 291 km de Rio Verde. Enquanto no MS quase todos os municípios do norte sofrem com problemas infraestruturais tanto das estradas rurais/vicinais quanto das rodovias para escoar a produção, que depende quase que exclusivamente da via rodoviária, Rondonópolis, além de ser beneficiada com a Ferronorte, é a segunda maior economia mato-grossense, bem como o segundo maior parque industrial daquele Estado.

Não para por aí: Rondonópolis acumula ainda os recordes de maior polo misturador de fertilizante do interior brasileiro, maior polo de esmagamento, refino e envaze de óleo de soja do Brasil, maior produtor de MT de ração e suplementos animais. Atualmente está sendo montado no município um polo têxtil e um centro metalúrgico.

Reinaldo Azambuja não só apresentou os dados, mas também conjeturou e questionou os participantes sobre as razões para tamanha diferença de desenvolvimento. “Por que Rondonópolis foi e essa região nossa ficou pra trás? Será que foi incompetência política? Eles souberam aproveitar melhor as oportunidades? Fizeram um planejamento estratégico? Será que aqui teve a questão tributária que hoje é um dos grandes problemas do Mato Grosso do Sul?”, indagou Reinaldo, que mencionou ainda não haver um ramal da Ferronorte até a região sul-mato-grossense em questão.

Outras constatações dos levantamentos do Pensando MS apontam alguns indícios para explicar o atraso do norte sul-mato-grossense: acessos ruins, ICMS elevado, cadeias produtivas desorganizadas, enumerou Reinaldo.

O diagnóstico de problemas assim como a identificação dos potenciais de cada região, no contexto do Pensando MS, visam servir de subsídios para elaboração de um programa estratégico para corrigir distorções e potencializar vocações.

Saúde: calcanhar de Aquiles – Rio Verde sediou o terceiro encontro regional do projeto e pela terceira vez a população apontou a saúde como maior problema a ser debelado. Para o Pensando MS, a região norte compreende os municípios de Alcinópolis, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Sonora e Rio Verde.

Para 97,13% das 3,6 mil pessoas entrevistadas, a saúde é o maior problema. Emprego e renda, educação e segurança pública surgem em seguida, nessa ordem. Detalhando o problema maior, a população reclama a falta de médicos especialistas, falta de medicamentos e equipamentos, aponta ainda que de modo geral a estrutura hospitalar é ineficiente.

Potenciais – Quanto à produção de milho, a região conta com o terceiro e o quinto maiores produtores do Estado, respectivamente, Costa Rica e São Gabriel. Quanto ao soja, São Gabriel é também o quarto maior produtor de MS e o maior produtor de sorgo. Outro ponto destacado é a fruticultura: a região conta com o maior produtor de banana (Pedro Gomes), o segundo maior de coco (Rio Verde), o terceiro de Maracujá (Rio Verde) e melancia (Sonora).

Se somarmos soja e milho, a região Norte perde apenas para a região da Grande Dourados como maior produtora de Mato Grosso do Sul.

Para Reinaldo, um dos maiores entraves ao desenvolvimento da região e exploração do pleno potencial é referente aos incentivos tributários. O coordenador do Pensando MS defende a criação de lei de incentivos diferenciados por região. Se não houver a regionalização dos incentivos, segundo Reinaldo, a tendência é enriquecer cada vez mais algumas regiões, como é o caso de Três Lagoas, e empobrecer as demais.

O 3º Encontro Regional contou com a presença do presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro; dos deputados Rinaldo Modesto (PSDB), Dione Hashioka (PSDB) e Zé Teixeira (DEM); dos prefeitos Zé Cabelo (Ribas do Rio Pardo), Yuri Valeis (Sonora), Mário Kruger (Rio Verde) e Douglas Figueiredo (Anastácio), além do presidente do PSDB de Rio Verde, Jorginho Oliveira.

“Juros altos derrubam mais uma promessa de Dilma”, análise do ITV

itv-300x200Os juros brasileiros continuam sua escalada, forçada por uma inflação que o governo petista insiste em tratar como se fosse problema menor e alimenta com seus gastos em disparada. Voltamos a ter, com folga, a mais alta taxa real do planeta, jogando por terra mais uma promessa fajuta da presidente Dilma Rousseff.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem subir a taxa básica de juros do país para 10% ao ano. Foi a sexta alta seguida. Desde março último, a Selic aumentou 2,75 pontos percentuais, uma pancada e tanto.

O Brasil está na contramão do mundo, num momento em que a maioria das economias tem reduzido os juros – como ocorreu recentemente, por exemplo, em Chile, México e Peru. Na média, as 40 principais economias do mundo praticam juro real negativo de 0,6% – apenas 17 países têm taxas positivas.

Analistas de mercado preveem que a alta da Selic não irá parar aí. Os que mais acertam seus prognósticos estimam que a taxa possa chegar a 11% no ano que vem. Se isso acontecer, Dilma impingirá ao país um juro básico ainda maior do que o herdado do ex-presidente Lula (10,75%).

No início de seu governo, a presidente prometeu que faria a taxa real brasileira baixar a 2% ao ano. Em alguns momentos, até conseguiu: em dezembro do ano passado, chegou a atingir a mínima de 1,39%. Mas, como juro não cai na marra, a retomada das altas da Selic para conter a inflação acabou empurrando o juro real brasileiro novamente para cima. Muito para cima.

Agora, a taxa real está em 4,1% anuais, no topo do ranking mundial, segundo levantamento feito sistematicamente pela consultoriaMoneyou. A China, que por um tempo liderou a lista, já aparece bem distante no segundo lugar, com 3,1%, seguida pelo Chile, com 2,8%. Ou seja, Dilma perdeu mais uma guerra.

Recorda O Estado de S.Paulo que “a presidente chegou a dizer que os juros haviam alcançado patamar ‘mais civilizado’ e que, graças ao ‘compromisso com a solidez das contas públicas’, havia criado um ‘ambiente para que a taxa de juros caísse’”. Onde mesmo isso teria acontecido, presidente? Só se for na lua…

O BC está tendo que aumentar os juros para combater uma inflação que se mostra renitente, mas, por causa do constante aumento dos gastos públicos, tem sua missão ainda mais dificultada. Mesmo a alta forte da Selic nos últimos meses não tem conseguido segurar os preços, como mostra hoje o Valor Econômico.

“Quando o Copom começou a subir os juros em abril, o IPCA estimado para o ano estava em 5,68% e para o fim de 2014 em 5,70%, com juro de 8,5% nos dois anos. Na última pesquisa Focus, com o mercado antevendo Selic de 10% neste ano e de 10,50% em 2014, os prognósticos inflacionários eram de 5,82% e 5,92% respectivamente.”

Trocando em miúdos: com taxa de juros quase três pontos percentuais mais baixa, a expectativa de inflação era menor do que a atual. Isso significa, por um lado, que a alta da Selic não tem sido suficiente para acalmar a escalada de preços e, por outro, que a gasolina que o governo joga na inflação com o aumento das despesas públicas tem sido muito mais potente.

Além disso, mesmo com as idas e vindas da Selic, o governo petista continuou gastando como poucos países com o pagamento de juros. Na verdade, em todo o mundo, apenas Grécia e Líbano gastam mais do que nós, segundo levantamento feito pelo FMI.

Os juros hoje consomem 4,8% do PIB brasileiro, o que dá algo em torno de R$ 160 bilhões ou o equivalente a seis vezes o orçamento do Bolsa Família. Caíram pouco em relação aos 5,2% do último ano do governo Lula, porque “a administração petista criou novos custos financeiros ao se endividar no mercado para injetar dinheiro nos bancos públicos e elevar a oferta de crédito”, conforme analisa hoje a Folha de S.Paulo.

A volta dos juros de dois dígitos é mais uma manifestação dos desequilíbrios em série que a gestão petista produz na economia. É o atestado do fracasso de uma política econômica baseada na experimentação e no voluntarismo. É a comprovação de que promessas e compromissos assumidos pela presidente Dilma Rousseff não passam de palavras ao vento, mas nos custam caro, muito caro.