Brasília (DF) – Por autorização da presidente Dilma Rousseff, foi aprovada a compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos). A autorização ocorreu ainda quando Dilma ocupava os cargos de ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, em 2006, segundo o jornal Estado de S. Paulo que obteve documentos inéditos da estatal.
A negociação finalizada em 2012 é alvo de investigação da Polícia Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas da União e de uma comissão externa da Câmara dos Deputados por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas.
Os documentos informam que: “não houve nenhum voto em sentido contrário” na reunião do conselho em favor da operação de compra de metade da refinaria. Os documentos esclarecem a posição da então ministra de Luiz Inácio Lula da Silva na origem do negócio que viria a se tornar um problema para o governo, obrigado, mais tarde, a comprar os outros 50% da refinaria.
A ata 1.268, de 3 de fevereiro de 2006, no item cinco, mostra a posição unânime do conselho mesmo já havendo, à época, questionamentos sobre a refinaria, considerada obsoleta. A estatal acabou desembolsando US$ 1,2 bilhão na compra – o polêmico negócio acabou revelado no ano seguinte pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.