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Decisão do governo de perdoar dívida de países africanos acusados de corrupção “causa estranheza”, diz Figueiró

Senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) comemora crescimento da indústria no Mato Grosso do SulO senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) achou estranha a posição do governo brasileiro de perdoar 80% da dívida acumulada por 12 países africanos com o Brasil, alguns dos quais acusados de corrupção. “O pior é que se tem notícia, conforme reportagem recente de O Globo, que aqueles recursos que o Brasil destinou possivelmente foram desviados para engordar as burras de dirigentes, alguns até ditadores”, lamentou o tucano.

Para Figueiró, não se pode tapar o sol com a peneira. Ele avalia que a situação econômica e financeira do Brasil não comporta hoje “os gestos de generosidade, sobretudo, quando eles se destinam a governos acusados de corrupção”, disse o parlamentar sul-mato-grossense, reforçando que os problemas orçamentários do Brasil são tão preocupantes que será “um gesto temerário do Executivo perdoar créditos que possui junto aos países devedores”.

O senador Ruben Figueiró classificou ainda a decisão como uma “clara ação de pragmatismo eleitoral”. “É sabido que empreiteiras, mineradoras e produtores rurais querem atuar nesses países com financiamento do BNDES. No entanto, a legislação impede a concessão de benefícios para nações com dívidas atrasadas junto ao Brasil”, disse o tucano.

Figueiró recordou-se de editorial do jornal O Estado de São Paulo publicado no início da primeira gestão do ex-presidente Lula advertindo o governo do perigo financeiro que poderia advir da política então conhecida como sul-sul, em especial com países da África, consubstanciada na intensificação de tratativas comerciais e de abertura de oportunidades a empresas brasileiras para investirem naquele continente.

“Milhões e milhões de dólares, ora de empréstimos por meio do BNDES, ora de apoios financeiros a governos, elevaram as dívidas a cifras astronômicas, considerando a capacidade de endividamento daqueles países. O resultado é que se tornaram impagáveis nos dias atuais“.
Da assessoria de imprensa do senador

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