Enquanto Reinaldo, Evander, Sidney, Monje e Nelsinho debatem propostas em Dourados, candidato petista desmerece evento
No exato momento em que pesquisas confirmam a realização de segundo turno na eleição para governador de MS, o candidato Delcídio do PT não comparece a debate realizado em Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. O evento estava agendado há mais de um mês pela Grande FM, em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e com a Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced). Os demais opositores não pouparam criticas ao petista. Professor Monje, candidato do PSTU, chegou a chamar Delcídio do PT de “senador fujão”.
O candidato a governador pelo PSDB, Reinaldo Azambuja, optou por usar o debate para detalhar seu Plano de Governo Regionalizado para a Grande Dourados. Entre as suas propostas está a criação da Governadoria Regional, a construção do hospital regional e a ampliação das equipes de Polícia Comunitária nos bairros da cidade.
Escândalo do PT
Após debater suas propostas com os demais candidatos presentes, Reinaldo disse que a ausência de Delcídio do Amaral demonstra o “desprezo do candidato do PT com a região de Dourados”. O tucano voltou a cobrar explicações sobre o envolvimento do petista no escândalo de corrupção na Petrobras e sobre o inquérito 3778 do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual Delcídio do PT é investigado pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral da República por “crimes contra a administração”, como o recebimento de propina em liberação de emendas parlamentares.
“O Delcídio do PT deveria estar aqui para debater propostas e esclarecer aquilo que ele não tem explicado à sociedade sul-mato-grossense. Queríamos saber sobre as explicações que ele não tem dado sobre corrupção e o processo que tramita na Polícia Federal e no Ministério Público Federal contra ele”, afirmou.
“Não é sobre Petrobras”
Durante mais de três horas de debate, a bancada reservada ao petista permaneceu vazia. O momento de maior constrangimento foi quando a Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) entregou carta de propostas aos cinco candidatos presentes. O documento para Delcídio do PT ficou exposto no púlpito.
“Poderia entregar a carta para o candidato do PT, mas o Delcídio só vai a Corumbá de oito em oito anos para pedir votos”, alfinetou Professor Monje, que assim como o petista é natural da cidade da região do Pantanal.
O candidato do PMDB, Nelsinho Trad, também falou do “desrespeito e da falta de educação” de Delcídio do PT com o segundo maior colégio eleitoral do Estado. Em determinado momento, Trad chegou a ser irônico e arrancou aplausos do público ao tentar fazer uma pergunta ao petista, olhando a bancada vazia.
“Talvez ele tenha achado que iríamos ficar perguntando de Petrobras, mas não era isso”, disse o peemedebista.
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Foto: Alexandre C. Mota
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