Campo Grande (MS) – No momento em que a sociedade civil e política tem abordado o tema do empoderamento das Mulheres acompanhamos as declarações agressivas proferidas pelo presidente da Câmara água-clarense, vereador Vicente Amaro de Souza Neto (PDT), as quais repercutiram na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul por meio de uma moção de repúdio, apresentada pela deputada tucana Mara Caseiro (PSDB).
Na sessão plenária desta terça-feira (03/10) a parlamentar apresentou a moção repudiando a atitude do vereador do PDT contra a colega tucana, vereadora Gerolina da Silva Alves. A agressão teria ocorrido em virtude da vereadora ter feito requerimento solicitando informações a respeito das diligências efetuadas pelo Ministério Público Estadual na sede do legislativo em busca de supostos funcionários fantasmas que teriam sido contratados pelo atual presidente.
Ao tomar conhecimento, o presidente mandou a vereadora “calar a boca” dizendo ainda que ela “teria soltado a franga”, além de tê-la caluniado de “corrupta e ladrona”.
De acordo com a deputada, o vereador agiu de forma machista e misógina ao desacatar a colega em virtude do gênero. Misoginia é a repulsa, desprezo ou ódio contra as mulheres. Esta forma de aversão mórbida e patológica ao sexo feminino está diretamente relacionada com a violência que é praticada contra a mulher.
“Sou defensora da democracia, da igualdade e do respeito a todos. Repudio veementemente a qualquer atitude machista e misógina”, afirmou.
A deputada avaliou que o meio político brasileiro ainda é um ambiente masculino, onde a mulher é vista como figura frágil sem muita representatividade, ocupando apenas 10% dos cargos eletivos no Brasil.
“Não é a primeira e infelizmente não será a última vez que uma parlamentar sofre com a discriminação em virtude de gênero, sendo ridicularizada, menosprezada e chacoteada com a finalidade de desqualificar o trabalho parlamentar. Esse tipo de comportamento não pode ficar impune. Estamos com a Gerolina e vamos fazer o que for preciso pelo empoderamento das mulheres em todo Brasil”, concluiu a deputada.
Informações com assessoria