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Detentas ampliam variedades da grife D´Cela

Campo Grande (MS) – A parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e o Conselho da Comunidade de São Gabriel do Oeste está possibilitando a capacitação de internas do presídio local na utilização das técnicas de cartonagem para produzir peças artesanais.

No total, 20 reeducandas foram capacitadas no curso, que possui carga horária de 20 horas/aula. Além de conferir conhecimento às detentas participantes, que pode representar uma forma lícita de adquirir renda, a qualificação também ampliará as possibilidades de produtos da grife D´Cela, criada no Estabelecimento Penal Feminino de São Gabriel do Oeste também por meio da Parceria entre a Agepen e o Conselho da Comunidade,  em conjunto com o Tribunal de Justiça.

“Quem faz peças com cartonagem tem um mercado amplo e rentável a explorar, garantem artesãos especializados na área. É possível produzir para presentear, trabalhar por encomenda, com venda de peças a pronta entrega e também se tornar fornecedor para lojistas e empresas”, comenta o diretor do presídio, Albino Lima. “E os produtos feitos com a cartonagem irão ampliar o leque de variedades que apresentamos da grife D’Cela”.

Usando como base materiais simples como o papel cartão cinza, de gramaturas variadas, e cola branca, a cartonagem é uma técnica que possibilita a confecção vários objetos utilitários e decorativos, entre caixas, maletas, carteiras de mão, entre outros.

Caixas fabricadas por detentas em S. Gabriel

 A Grife

Criada em meados do ano passado, a Grife D’Cela traz produtos simples, acessíveis e úteis, mas que primam pela beleza e qualidade das peças. Com o slogan “Costurando a liberdade com dignidade”, o projeto foi idealizado pela juíza da Execução Penal da Comarca, Samantha Ferreira Barione, que também preside o Novo Conselho da Comunidade, e pela secretária executiva da instituição, Liliane Portioli.

Segundo a magistrada, a ideia surgiu da necessidade de abrir novas oportunidades de trabalho às reeducandas. “Em princípio, montamos a oficina de artesanato, mas vimos a necessidade de agregar valor às peças, ter uma identidade, um diferencial, daí surgiu a grife “D’Cela”, como uma forma de valorizar e identificar o trabalho delas, deixando claro a origem do produto”, conta. “A intenção é, quem sabe, que sejam comercializados até por outras empresas para fabricar em larga escala”, anseia a juíza.

Informações com assessoria

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