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Diretrizes do Plano de Governo para mulheres são debatidas com representantes da coligação

Uma conversa democrática para unir forças por um só objetivo. Assim foi a reunião desta segunda-feira com aproximadamente 70 representantes da coligação Avançar com Responsabilidade que discutiu sobre as diretrizes das mulheres no Plano de Governo do governador, candidato à reeleição, Reinaldo Azambuja.

A ex-senadora Marisa Serrano, uma das precursoras na participação da mulher na política sul-mato-grossense falou da felicidade e da importância de momentos como esse.

“Quando a gente pode ter voz e ela pode ser ouvida a gente não pode perder essa oportunidade. É hora de colocar as demandas, o que seja importante pra as mulheres. Não aguento mais ouvir que as mulheres não tem espaço na politica, a gente faz, temos que abrir espaço com competência, com confiabilidade. E confiar não só no nosso conhecimento, mas no que a gente é capaz de fazer as coisas. Fico muito feliz em saber que as mulheres do meu estado, independente de partido, estão reunidas para debater aquilo que nos interessa, para colocarmos no Plano de Governo aquilo que realmente nos interessa”.

O coordenador do plano de governo, o secretário Ricardo Sena, falou que o objetivo é conversar com outros segmentos também, além dos partidos aliados. “Vamos conversar com todos. Por exemplo, 60% do PIB de Mato Grosso do Sul vem do comércio. Temos a saúde, a educação, o meio ambiente. Vamos colocar a mesa e alinhar os discursos porque é isso que nosso governador acredita, numa conversa democrática. Este plano está sendo debatido, conversamos com cada secretário para ver o que é possível fazer, dialogando com os partidos e é a força que cada um que teremos as diretrizes deste projeto”.

Para apresentar as diretrizes do Plano de Governo para as mulheres, a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Luciana Azambuja, que Azambuja foi o único dos seis candidatos que registrou um capítulo específico para as mulheres.

“Somos a maioria do eleitorado e também da população, e queremos ocupar o espaço que é nosso por direito. Nós mulheres fomos reconhecidas pelo Reinaldo. Em 2014, havia apenas uma coordenação, hoje temos uma subsecretaria, e agora temos mais autonomia e força para lutar”.

Representando hoje a única mulher na bancada federal do Estado, a deputada Tereza Cristina falou sobre a importância de não ter medo e a necessidade de empoderar a mulher.

“Nós não podemos ter medo de participar da política. Precisamos ser fortes e nós somos e por isso temos que mostrar o nosso lugar. Eu era discriminada na hora da composição chapa e agora temos os 30% da cota do fundo eleitoral. Não podemos perder essa conquista. Nós podemos fazer a diferença. Não se intidem, vamos pra cima pra ter mais mulheres na política. A Marisa desbravou isso e agora temos que continuar lutando. Tenho certeza que faremos um número maior de mulheres nesta eleição”.

A vice-governadora Rose Modesto falou sobre a importância de reunir as mulheres de todos os partidos coligados, relembrou algumas conquistas no governo do Reinaldo Azambuja e a necessidade de se acreditar.

“Nesses poucos mais de três anos ao lado do Reinaldo tivemos o primeiro governo que trouxe delegacia 24 horas, a primeira delegacia da mulher no país foi aqui,  o treinamento dos policiais para atender e receber as mulheres que são vítimas. Tivemos conquistas, mas ainda falta mais. Agora sobre acreditar na gente, na força que a mulher tem, lembro da minha história. Quando fui candidata a vereadora em 2008, todo mundo acreditava que aquela professorinha não ia ter voto, que estava ali só pra preencher espaço. Eu conversei com a Marisa e ela me fez ver o meu potencial. Então eu lutei e naquela época fui a mais votada do PSDB. Não é fácil pra ninguém, mas não perdi meu sonho de continuar trabalhando.  Precisamos de time e cobrem do seu partido o fundo partidários para as mulheres que é lei”.

Presidente estadual do Avante Mulher, cabo Anita, falou sobre ser a mulher pioneira na polícia do Estado. “Sou policial militar, e por 30 anos fiquei dentro de uma viatura. Por tudo que vocês imaginarem eu já passei. Sofri por ser negra, por ser mulher, por comandar uma viatura, e fui a primeira a escoltar preso. A mulher é capaz de fazer tudo que um homem faz. O machismo está em nós que deixarmos eles acharem que são melhores que nós. Não, nós não somos melhores que nós. Por isso eu defendo que precisamos falar sobre o combate e abuso da exploração de crianças e adolescentes. Elas precisam entender como se defender, e elas só saberão isso quando entenderem como fazer.

Abordando a questão da violência doméstica, Tete Trad relatou sua história e enfatizou a importância das mulheres entenderem o que é essa violência e que elas podem e devem denunciar.

“Eu sou sobrevivente também do feminicídio. Quando meu ex-parceiro entrou na minha casa ele tentou me matou na frente do meu filho de 3 anos e minha filha de 16 aos. Eu tive tem medo, vergonha, culpa,  porque  recebemos uma educação machista. Lembro que todos falavam surpresos da minha história por causa do meu nome, mas muitas mulheres da classe alta também, e elas sofrem caladas. Quando falei a minha história, me senti mais forte, vi que haviam outras mulheres como eu e por isso temos que empoderá-las, mostrar que somos mais”.

Representando o PSDB-Mulher estadual, a presidente interina Eliana Rodrigues, falou sobre a importância de seguir as diretrizes gerais da administração tucana. Ela pede que os 30% dos cargos públicos sejam ocupados pelas mulheres, que elas assumam o que é de direito, já que são  a maioria no eleitorado, mas que ainda há pouca representatividade política.

“Fizemos as nossas propostas com as mulheres do interior e da capital. Estamos brigando pela cota das mulheres, o combate sexual, a exploração infantil  e o tráfico das mulheres. Precisamos empoderar nossas meninas e adolescentes para termos mulheres que entendam a sua força e que se candidatem”.

A subsecretaria de Políticas Públicas para a População Indígena,  Silvana Dias de Souza de Albuquerque, contou sua história e falou da questão da mulher indígena.

“Sempre defendi que a nós mulheres precisamos ter o nosso espaço e quando isso é ensinado desde sempre, vira referência. Minha filha estuda direito porque também quer ajudar na inclusão de mais mulheres indígenas empoderadas. A violência doméstica é um dos problemas graves que enfrentamos e precisa ser falado”.

No fim da reunião, foram reunidas as solicitações de todos os partidos e uma próxima reunião já está agendada para debaterem quais serão as diretrizes e como será incluído os pontos no Plano de Governo do governador Reinaldo Azambuja.

 

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