Brasília – Em entrevista à Folha de S. Paulo, o economista José Alexandre Scheinkman, da Universidade de Princeton (EUA), afirma que a economia brasileira deixa de avançar, entre outros fatores, por causa da incompetência e da ideologia do governo federal. De viagem marcada para participar de um evento no País esta semana, Scheinkman cita como entraves ao desenvolvimento o excesso de intervencionismo, a ausência de reformas estruturantes e baixos investimentos em educação e saúde.
A opinião é compartilhada pelo deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO). O parlamentar, integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, disse que a gestão do PT para a economia reduz a confiança do empresariado no setor. Como resultado, os investimentos caem.
“O empresariado não se sente à vontade para investir. Muitas coisas que o PT trata como tabu são elementos fundamentais para o desenvolvimento econômico”, ressaltou Valdivino.
O deputado endossou também a crítica do economista à falta de reformas estruturantes no Brasil. Na entrevista, Scheinkman disse que o País viveu um momento de renovação com o Plano Real, mas as reformas foram interrompidas a partir do segundo mandato do ex-presidente Lula.
Valdivino citou que as reformas tributária, política e administrativa deixaram de evoluir durante as gestões do PT. “Houve muita evolução durante o governo Fernando Henrique e estagnação a partir daí, principalmente em aspectos que considerávamos vitais, como a rediscussão do pacto federativo”, criticou o parlamentar.
O parlamentar destacou ainda que o crescimento do intervencionismo na economia brasileira – destacado por Scheinkman como um dos gargalos que impedem o desenvolvimento – é resultado também do aparelhamento do estado promovido pelo PT. Na avaliação do deputado, as agências reguladoras, criadas no governo Fernando Henrique como elementos de controle da economia e defesa do consumidor, transformaram-se em ferramentas para “viabilizar arrecadações” durante a gestão petista.
Leia AQUI a entrevista de José Alexandre Scheinkman à Folha.