
Candidata disse ter orgulho da família e do sobrenome; Marquinhos pediu para não ser comparado ao irmão
Campo Grande (MS) – Enquanto o adversário Marquinhos Trad voltou a negar a relação com o irmão e com o primo que respondem à Justiça por corrupção, a candidata da coligação Juntos por Campo Grande (PSDB-PR-PDT-PSB-PRB-PSL-SD), Rose Modesto, faz questão de falar que não tem nada para esconder, que tem orgulho da família e do sobrenome e de fazer parte do governo Reinaldo Azambuja.
No debate do site Midiamax, realizado na noite desta sexta-feira (21), no Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul), ela reforçou seus compromissos para transformar Campo Grande e respondeu os ataques do adversário.
Em relação ao Governo do Estado, Rose destacou que muito foi feito – o Governo de Mato Grosso do Sul é o que mais cumpriu promessas de campanha, segundo levantamento do site G1 – mas que ainda tem várias coisas que precisam ser realizadas, lembrando que os compromissos assumidos foram para quatro anos de gestão. “Eu tenho orgulho de falar que sou do governo do Reinaldo. O senhor que parece ter vergonha de falar do seu irmão”, disse. Já Trad, repetiu que “Nelsinho é Nelsinho e Marquinhos é Marquinhos”.
O candidato do PSD é irmão do ex-prefeito Nelsinho Trad, que responde a inúmeros processos, e primo do ex-secretário de saúde Luiz Henrique Mandetta. Ambos respondem à Justiça por fraudes na implantação da Gestão de Informação em Saúde (Gisa) e o ex-prefeito chegou a ter os bens bloqueados por conta do caso. O Gisa é um sistema para agendar consultas médicas nos postos de saúde que foi contratado pela Prefeitura de Campo Grande em 2008, ao custo de R$ 10 milhões, mas nunca funcionou. Já Reinaldo Azambuja é o segundo governador mais bem avaliado do Brasil, conforme o Ibope, com 50% de ótimo e bom.
Propostas
Rose Modesto respondeu aos ataques e as insinuações de Marquinhos Trad e reafirmou os compromissos assumidos ao longo da campanha, como pagamento do piso salarial nacional para os professores e a não terceirização da saúde. “Em lugar nenhum, nunca falei ou escrevi que vamos terceirizar a saúde, embora o senhor insista em insinuar isso em seu programa eleitoral na TV”.
Já o candidato Marquinhos Trad fugiu das perguntas, não conseguiu explicar se foi “funcionário fantasma” ou “aluno fantasma” quando recebeu do pai um emprego comissionado (sem concurso) na Assembleia Legislativa, na década de 80, ao mesmo tempo em que ainda estudava Direito, no Rio de Janeiro.
Transmitido ao vivo pelo site Midiamax, Facebook, TV Educativa, TV Interativa e TV Imaculada Conceição e rádio Difusora Pantanal, o debate colocou frente a frente os dois candidatos que disputam o comando da Prefeitura de Campo Grande.
Foram três blocos. No primeiro deles, os candidatos fizeram perguntas entre si com temas determinados, nas áreas de Saúde, Habitação, Transparência, Concursos Públicos, Impostos e Planejamento Urbano. No segundo bloco, os candidatos também fizeram perguntam entre si, mas com tema livre, e no último bloco, Rose e Marquinhos Trad tiveram três minutos cada para as considerações finais.