
Campo Grande (MS) – A crise na área de Oncologia do Hospital de Câncer no município de Dourados que vem se arrastando há anos devido um imbróglio entre o Hospital Evangélico (HE) e o Centro de Tratamento de Câncer de Dourados (CTCD) precisa chegar ao fim. A afirmação é do deputado federal tucano, Geraldo Resende, que acionou o Ministério da Saúde e os Ministérios Públicos Federal e Estadual para por um ponto final na questão.
Além de usar a tribuna para fazer um pronunciamento na Câmara Federal sobre a situação caótica, Geraldo esteve em audiência no Ministério da Saúde com a diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática, Maria Inês Gadelha; com a diretora do Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas (DRAC), Cleusa Bernardo; a diretora do Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social e Saúde (DCEBAS), Maria Vitória Paiva; e a consultora técnica da Coordenação Geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas (CGAPDC), Rejane Soares.
Na reunião, o parlamentar expôs a crise na área de oncologia. “A queda de braço por recursos intensificou ainda mais a situação. De um lado, o CTCD alega atraso de repasses feitos pelo Hospital Evangélico (unidade que detém do Ministério da Saúde a prestação de serviço na área de oncologia). O HE recebe os recursos do governo federal e depois encaminha ao setor da oncologia, localizado no próprio hospital, mas numa ala separada e administrado pela empresa CTCD”, explicou o deputado.
Geraldo pediu a intervenção do Ministério da Saúde junto à Secretaria de Saúde de Dourados e à Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul, para que medidas sejam tomadas o mais rápido possível e os pacientes não deixem de ser atendidos.
“Essa crise resulta em prejuízo ao tratamento de câncer, já que a empresa está se negando a prestar atendimento aos pacientes. Ela está expondo-os a risco e a deterioração do estado de saúde de cada um deles. A população não pode pagar o pato. Os pacientes estão frágeis e debilitados, precisam de um tratamento adequado e não podem ficar sem medicamentos por causa dessa situação. Estou indignado! “, enfatizou.
O parlamentar acionou também os Ministérios Públicos para fiscalizar a destinação de verbas ao Hospital Evangélico. Ao final da reunião, ficou garantido que o Ministério da Saúde convocará os secretários de Saúde de Dourados Sebastião Nogueira e do Estado Nelson Tavares, para cobrar providências com a maior brevidade possível, uma vez que os dois são responsáveis pela gestão plena da Saúde do município e Estado. (Com assessoria)