Abandonada há mais de 10 anos, a Estrada da Caroba, em Nioaque, está sendo recuperada e cascalhada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), por determinação do governador Reinaldo Azambuja em atendimento ao pedido formulado pelo prefeito Valdir Couto Júnior. Trata-se de uma das principais vias de escoamento da produção que corta a zona rural do município e o transporte escolar.
Com mais de 60% da população residindo no campo, Nioaque tem uma das maiores malhas de estradas municipais, sendo interligado a apenas uma rodovia estadual (MS-347) por apenas 25 km. A manutenção das estradas vicinais é primordial para atender a produção agropecuária e acesso aos 12 assentamentos rurais, quatro aldeias indígenas e cinco comunidades quilombolas. A Estrada da Caroba atende ao Assentamento Palmeiras, com 200 famílias.
“A área rural do nosso município é extensa, sem parcerias não é possível recuperar, a falta de recursos e pouco maquinário impede a prefeitura de trabalhar em regiões distintas ao mesmo tempo”, afirmou o prefeito Valdir Junior, ao agradecer o apoio do governador Reinaldo Azambuja. “Esse serviço tem sido feito de forma paliativo, mas com a parceria do Estado a Estrada da Caroba está sendo levantada e cascalhada, dando uma sobrevida maior”, disse ele.
Uma nova estrada
Sem manutenção por uma década, com a prefeitura realizando serviço emergencial com a ajuda de alguns produtores, esta via de escoamento encontrava-se em estado precário de conservação. Cortada por minadouros, a estrada apresentava erosões, buracos e alagamentos, impedindo o tráfego em época de chuvas. “A maior dificuldade agora é a falta de apoio de alguns fazendeiros para que a Agesul implante bacias de contenção”, explicou o prefeito.
Ao realizar inspeção esta semana à obra em execução há um mês, o chefe da regional de Jardim, Edmílson Nogueira Escobar informou que mais de 120 km da estrada já receberam serviço de raspagem e levantamento do leito, com 40 km de revestimento primário implantado. O acúmulo de areia ao lado das cercas das propriedades rurais e o solo úmido são as principais dificuldades para acelerar o serviço e garantir um tráfego normal e seguro.
“O aspecto e a trafegabilidade da estrada já melhoraram de forma significativa e os produtores e assentados estão muito contentes”, afirmou o regional da Agesul, estimando que o serviço seguirá por mais 20 dias. A estrada, segundo Edmílson, corta uma importante região de produção pecuária de Nioaque, além de atender aos pequenos produtores que comercializam seus produtores na cidade e municípios vizinhos, como Guia Lopes da Laguna e Jardim.
Texto: Sílvio de Andrade – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)