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Governo usa mais recursos do Tesouro para bancar redução da conta de luz

Dilma-Rousseff-Foto-Wilson-Dias-ABr-300x200Brasília – O governo federal voltou a usar recursos do Tesouro Nacional para bancar a redução de 20% das tarifas de energia elétrica, prometida pela presidente Dilma Rousseff no final do ano passado. Dessa vez, o governo emitiu R$ 800 milhões em títulos públicos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que vem sendo usado para financiar a desoneração das contas de luz. Em julho, o Tesouro já havia injetado recursos de R$ 518 milhões. As informações são do jornal O Globo.

Para o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB-PB), a presidente Dilma Rousseff usa dinheiro do próprio contribuinte para bancar uma promessa. “O governo federal vende para a população que ela agora está pagando menos pela conta de luz, quando na verdade, de forma indireta, o próprio consumidor está bancando essa conta, através de recursos do Tesouro”, afirmou o deputado.

Segundo a publicação, os aportes do Tesouro na CDE geram uma despesa que entrará na conta do superávit primário, a economia para o pagamento de juros da dívida pública. Esses gastos contribuem para o aumento do endividamento público, que chegou a 35,2% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2012. O governo tem sido obrigado a reforçar o caixa da CDE porque, além do custo da redução das tarifas, o fundo também arca com utilização das usinas termoelétricas, mais caras que as hidrelétricas.

O deputado tucano avalia que um simples planejamento poderia ter impedido que recursos dos cofres públicos fossem desviados de seu verdadeiro destino para bancar promessas do governo petista.

“Esses recursos poderiam estar sendo gastos em saúde e educação, que são dois pontos mais do que críticos para o cidadão brasileiro. No Nordeste, por exemplo, em relação à transposição do rio São Francisco, e por aí vai”, considera.

Para Ruy Carneiro, a desoneração propagandeada por Dilma é uma medida demagógica e eleitoreira: “É importante, inclusive, que haja uma explicação do que é que aconteceu, relacionada à fórmula inicial que foi vendida ao cidadão brasileiro de forma enganosa”, completa.

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