Brasília (DF) – As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2014 subiram, no geral, de 6,46% para 6,48%, quase que atingindo o teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC) – 6,5%. O limite, porém, voltou a ser superado nas projeções do grupo de analistas “Top 5”, que mais acertam as estimativas. Segundo eles, a mediana de médio prazo para o IPCA deste ano aumentou de 6,41% para 6,51%.
Os dados são do boletim Focus, que mostrou, mais uma vez, a queda das expectativas dos analistas de mercado sobre a inflação e a atividade econômica.
Ainda de acordo com os “Top 5”, a Taxa Selic, por sua vez, deve terminar este ano no nível atual de 11%. O juro, no entanto, continuará subindo mais 0,50 ponto até o fim de 2015.
As informações são da reportagem desta terça-feira (15) do jornal Valor Econômico.
Segundo informações divulgadas na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após subir 0,40% em junho, o IPCA acumulou alta de 6,52% em 12 meses. No Focus, a previsão da inflação no mesmo período subiu de 5,89% para 5,92%. Já em 2015, o índice seguiria para 6,10%.
Retração
Em relação à atividade econômica, a estimativa dos analistas é que, pela sétima vez consecutiva, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passe de 1,07% para 1,05%. A queda atingiu também a projeção para a produção industrial, que terá retração de 0,90%.
Para 2015, as projeções continuam em baixa. A estimativa do PIB ficou em 1,50%, enquanto a projeção de crescimento da produção industrial agora é de 1,80% ante 2,10%.
Déficit
A mediana das estimativas para o saldo da balança comercial também diminuiu, passando de US$ 2,7 bilhões para US$ 2,01 bilhões. Até a primeira semana de julho, a balança continua com déficit de US$ 1,2 bilhão.
Ainda de acordo com a reportagem, os analistas do Focus estimam que o déficit em conta corrente também diminuirá. Segundo eles, a projeção é de um resultado negativo em US$ 80,75 bilhões neste ano.