O teste da Linguinha é um procedimento importante para o diagnóstico precoce de problemas de sucção na amamentação, mastigação e fala obtido por meio de alterações do frênulo lingual, que provoca a chamada “língua presa”.
No Mato Grosso do Sul o exame é obrigatório há cinco anos nas unidades de saúde que realizam partos. A medida foi proposta pelo deputado estadual Maurício Picarelli e hoje é um protocolo adotado antes da alta de recém-nascidos. O teste da Linguinha verifica as limitações de movimentos da língua essenciais para a amamentação e que posteriormente interfere na mastigação e dificuldades de falar corretamente. Na Medicina é comum o registro de casos em que os recém-nascidos com problemas na língua abandonaram a amamentação.
Para o deputado Maurício Picarelli a Lei cumpre o papel de reduzir os riscos de problemas de saúde ligados à falta de alimentação com leite materno na primeira fase da vida, incluindo a desnutrição, infecções, alergias, baixa imunidade e, até mesmo, a dificuldade de vínculo entre a mãe e o bebê.
“É uma lei simples de se aplicar e que promove para as famílias um bem-estar incalculável ao se descobrir um problema que pode ser tratado muito cedo. A iniciativa garante diagnóstico que vai permitir ao bebê um tratamento com os cuidados necessários para alimentação adequada e um desenvolvimento pleno e com todos os cuidados dedicados à alimentação, à fala e à relação entre o bebê e a mãe”, afirma Picarelli.
A realização do teste da Linguinha no bebê não dói. É realizado observando a língua do recém-nascido e as reações ao sugar o seio da mãe ou chorar. Existem graus variados de língua presa, por isso a importância de haver um teste que leva em consideração os aspectos anatômicos e funcionais para fazer um diagnóstico preciso e indicar o tratamento com fonoaudiólogo, dentista, pediatra ou outro profissional da saúde.
Com a Lei proposta por Picarelli, Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado brasileiro a implantar a Lei e adotar como política de saúde voltada para recém-nascidos.