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“Lula, o santo do pau oco. A lição do fim de uma era”, por Alberto Goldman

Alberto-Goldman-Foto-George-Gianni-PSDB-2-300x199O ex-presidente Lula, ao discursar no Encontro Nacional do PT, apesar de se mostrar incapaz de fazer uma auto-crítica e avaliar a sua responsabilidade  na história do país nos últimos 12 anos  em que ele e Dilma presidiram, reconhece ter o seu partido se afastado dos ideais que levaram à sua criação, não ter conseguido “provar que é possível fazer política de forma mais digna” e de ter se transformado em um “partido convencional”, em que “tudo é uma máquina de fazer dinheiro”, nas suas próprias palavras. Mas, busca na mídia, na oposição e em “uma parte da elite brasileira” os culpados pelo quadro de crise por que passa o governo e pelo estado de decomposição por que passa  o partido.

Lula se lamuria dizendo “uma parte da elite brasileira não nos suporta.  Gente mal agradecida que cospe no prato que comeu…”.  Mas não tem o que reclamar.  Ele deu, de fato, a essa elite os privilégios que ela demandou, através de generosos contratos e financiamentos, além do apoio incondicional.  Mas não foi apenas uma parte da elite brasileira que se apropriou dos resultados desses 12 anos de comando petista.  Foram os próprios líderes do partido, seja por dinheiro ou simplesmente por poder político, que apodreceram moralmente.  É dessa forma que ele pretendia cumprir aqueles ideais que foram a razão da criação do PT?

Lula é um santo do pau oco.  Dissimulado como ele só, permitiu e contribuiu para que muitos enriquecessem às custas do povo brasileiro.  Ele próprio é um exemplo da gratidão dessa elite que agora acusa, que lhe enseja andar pelo país e pelo exterior dando palestras muito bem remuneradas.

O desespero bate às portas do PT.  Não faz a auto crítica necessária e, mesmo que a fizesse, já é tarde para reconstruir a imagem arrasada.

É o fim de uma era, infelizmente com a destruição de um partido do qual se esperava uma enorme contribuição para uma nova forma de fazer política.  Que os próximos dirigentes do país aprendam a lição e se preparem para governar não para um ou mais partidos, mas para o conjunto da sociedade.

*Alberto Goldman é um dos vice-presidentes do PSDB Nacional.

**Publicado no Blog do Goldman – 04-05-2014

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