O prefeito tucano de Batayporã, Beto Sãovesso, dá exemplo de boa economia e conta como tem driblado a crise econômica que assola o país. Segundo o gestor, prevendo a crise, há 60 dias atrás, sua gestão parou tudo o que não era essencial no município.
“Estamos mantendo a folha de pagamento em dia e atendendo o essencial à população. Só o que está funcionando são os ônibus escolares, ambulâncias, pagando combustível, merenda e funcionários. Com muito custo. Se não tivesse feito isso os funcionários estariam com salários atrasados. Já pagamos a folha do mês de agosto e, se Deus quiser vamos pagar setembro, cada centavo que entra é contabilizado com muito cuidado”, afirmou.
Apesar do aperto no cinto das contas do município, a cidade está com três obras paradas, as quais dependem do repasse federal. Conforme Sãovesso, a prefeitura cumpriu com a parte na contrapartida, mas mesmo assim o governo federal não fez os repasses.
“Estamos aguardando, cuidando, limpando a cidade e pedindo ao nosso Deus que amenize logo essa crise. temos uma quadra coberta que estava em execução e parou por falta de repasse. Foram investidos mais de 40 milhões em recurso próprio para fazer uma tubulação e, infelizmente, parou. A mesma coisa na praça da prefeitura: fizemos nossa parte e não foi feito nem o primeiro repasse da medição da obra”, revelou.
Na avaliação do prefeito, a crise teve início em anos anteriores, com tudo sendo empurrado para debaixo do tapete. Sãovesso conta que para atravessar a crise sem grandes estragos a receita é de ‘dona de casa’.
“A receita é de uma dona de casa: tem que gastar o que você tem e não pode gastar mais do que arrecada. Mas muitos gestores não observaram esse raciocínio simples e lógico. Agora chegou a conta. Se isso tivesse sido feito no dia a dia ao invés de promoverem gastos desnecessários, essa crise poderia ter sido evitada”, finalizou.