PSDB – MS

Entrevistas

Foi essa indignação que me motivou a querer representar as famílias que vivem aqui, de legislar e fiscalizar com seriedade na Câmara Municipal”. Confira a entrevista com o vereador e presidente do PSDB de Campo Grande, João Cesar Mattogrosso

João Cesar teve seu primeiro contato com a política ainda universitário.  Ao participar de campanhas e movimentos, se apaixonou pela política, e resolveu se candidatar a vereador da Capital. Honrado por começar a sua história pelas mãos do governador Reinaldo Azambuja, João cumpre seu primeiro mandato e é o atual presidente do PSDB de Campo Grande.

 

João, nos conte sua trajetória política.

Tudo começou quando ainda universitário, fiz parte do Diretório Central de Estudantes (DCE) e desde 2000, participo de campanhas e movimentos políticos. Tenho a honra de ter começado a minha história pelas mãos do governador Reinaldo Azambuja, um político que representou e ainda representa a mudança que Campo Grande e Mato Grosso do Sul merecem. Assim em 2016 me candidatei nas eleições municipais e fui eleito vereador pelo PSDB para o mandato 2017/2020, com 3.729 votos.

 

Você foi eleito em sua primeira candidatura com um número expressivo de votos, a que você define esta vitória?

Fazer política sempre foi uma grande paixão e acredito que, assim como eu, muitos estavam indignados com a situação política da nossa cidade. Foi essa indignação que me motivou a querer representar as famílias que vivem aqui, de legislar e fiscalizar com seriedade na Câmara Municipal, onde acredito que foi essa a identificação com os campo-grandenses que me elegeram.

 

Você foi reconduzido à presidência do PSDB de Campo Grande, qual é o desafio que vê pela frente?

Estamos a planejar estratégias para as eleições municipais que ocorrerão o ano que vem. Mesmo com o fim das coligações em proporcionais, queremos manter o PSDB fortalecido na Câmara dos Vereadores, já que atualmente, o partido conta com a maior bancada da Casa, com seis representantes.  O PSDB vai buscar nomes que estejam à disposição dentre os tucanos, e posteriormente abrirá  convites para colegas políticos de outros partidos e até mesmo mantendo diálogo para novas lideranças que queiram fazer parte e filiar-se.

 

Nesses três anos e meio de mandato como vereador, quais foram os trabalhos realizados para a população campo-grandense?

São vários projetos de leis que já foram sancionados pelo executivo municipal. Somente nesse primeiro semestre de 2019 foram quatro, relacionados à transparência das contas públicas, garantia de direitos a estágio para pessoas com 60 anos ou mais que estão na universidade, proibição de uso particular das milhas de viagens adquiridas na compra de passagens com dinheiro público e agora por último, foi aprovado pela Câmara, a lei que institui a presença de psicólogos nas escolas municipais. Sugiro que também busquem o conhecimento das leis “Mais Leite”, “Motorista Premiado” e o “Fácil Eventos”, também de minha autoria. Nesses três anos e meio de mandato, também apresentei milhares de indicações, a maioria foi atendida, com pedidos de melhorias para todas as regiões de Campo Grande como patrolamento, tapa-buracos, iluminação pública e sinalização de trânsito, e por essa, fiquei conhecido como o vereador das rotatórias, por seu autor das indicações que resultaram na instalação dos semáforos na Avenida Mato Grosso com a Via Parque e também da Coca-Cola, saída para São Paulo.

 

Tem mais alguma coisa que gostaria de falar que não foi perguntado ou deixar alguma mensagem?

Gostaria de agradecer a todos que acompanham o nosso mandato e ainda participam por meio de nossas redes sociais e pelo aplicativo CHAMAOJOAO. Essa foi minha promessa de campanha, que recebe inúmeros pedidos de moradores da Capital e que nos aproxima das pessoas. Quem acessa a ferramenta, consegue solicitar tapa-buraco, iluminação pública, poda de árvore, academia ao ar livre, cascalhamento, limpeza de via pública, além de melhorias para o trânsito, saúde, transporte público e educação de Campo Grande. Também estamos abertos para receber convites e ir até os bairros, nas casas, ouvir as pessoas e conhecer sempre a realidade da nossa cidade. Chama o João!

“Estou muito motivada para trabalhar e fazer política com seriedade, atuando de forma honesta e transparente para MS e todo o Brasil”. Leia a entrevista da semana com a deputada federal Rose Modesto

Com mais de 121 mil votos, a marca de mulher eleita deputada mais bem votada proporcionalmente em todo Brasil, tem nome e sobrenome. Rose Modesto,é sul-mato-grossense, nascida em Culturama, distrito de Fátima do Sul. Professora de História, ela conta que política entrou em sua vida quando lecionava, em Campo Grande, na Escola Municipal Padre Tomaz Girardelli. Rose foi vereadora por dois mandatos e vice-governadora do Estado. Como deputada federal, a educação e o combate ao feminicídio tem sido suas bandeiras. Conheça um pouco mais da trajetória a  de Rose Modesto,  a nossa entrevistada da semana.

 

  1. Rose me fala um pouco sobre a sua trajetória política. Como ela começou?

Tudo começou com um trabalho social desenvolvido em Campo Grande, na Escola Municipal Padre Tomaz Girardelli. Ali, com apoio da direção e a vontade dos alunos  criei o projeto “Aprendendo com Música”. A proposta se ampliou e começamos o projeto “Tocando em Frente”, que atualmente disponibilizam aulas de artes, esportes e reforço escolar.

A partir deste momento fui participando cada vez mais das questões sociais e políticas até tomar a decisão de sair candidata à vereadora. Fui eleita vereadora em 2008 com 7.536 votos (1,87%). Sai à reeleição, em 2012, obtive 10.813 votos (2,50%), sendo a segunda mais votada da Capital. Pelo trabalho desenvolvido na Capital aceitei o desafio de disputar o executivo estadual como vice-governadora. Eu e o governador Reinaldo Azambuja saímos vitoriosos. Foram quatro anos de muito aprendizado, pude conhecer os quatro cantos do nosso Estado, conhecer realidades diferentes. Criei um relacionamento muito bom com os gestores sul-mato-grossenses, o que nos levou a visionar um novo caminho para minha trajetória política como Deputada Federal.

 

  1. Sobre o desafio de se candidatar e ganhar como a deputada federal mais votada. Qual foi é o sentimento?

A todo momento, na vida pública, enfrentamos desafios. A candidatura à deputada federal foi mais um inserido nesse processo no qual queremos levar nosso projeto em defesa das crianças, mulheres e o social, que passa pelo combate à violência. São propostas que considero primordiais para consolidarmos uma sociedade mais equânime, no qual a mulher mantenha suas conquistas e desbrave novos horizontes. Só que isso passa pelo social, que por sua vez depende do econômico. Então, devemos promover o desenvolvimento econômico aliado a políticas públicas sociais. Essa é minha postura na Câmara dos Deputados.

Defendo o crescimento do país, mas sabemos que precisamos trabalhar, apresentar soluções para questões históricas e culturais envolvendo, entre outras coisas, a questão de gênero. Isso passa pelo respeito à mulher, sua valorização, sua condição de mãe, trabalhadora. Hoje em Brasília vejo que meu trabalho só está começando. É cansativo, são reuniões, debates, votações, mas a presença é que garante o espaço para levar a opinião de quem eu represento, apresentar minhas propostas nas áreas sociais e no setor educacional.

  1. Entre vários temas que você vem defendido, a questão do Feminicídio e da Educação são suas maiores bandeiras.

O Feminicídio é uma crueldade! É a condição do homem usar sua força física – que é maior do que a da mulher – para impor sua vontade. Como se dá isso? Primeiro passa pela relação de confiança, ou seja, um vínculo criado entre homem e mulher na qual esta mulher passa a ser vítima de seu parceiro, tanto psicologicamente como agressivamente, aliado ao fator da dependência econômica ou afetiva. Com o tempo, aquelas agressões verbais ou físicas se intensificam até culminar no homicídio quando a mulher busca se livrar, ou quando o companheiro sente que sua hegemonia sobre a companheira está ameaçada. Por isso é necessário estar atenta a qualquer ato que possa levar até o Feminicídio. E é bom lembrar que Feminicídio não acontece somente em famílias pobres, a dominação machista passa por todas as classes sociais. É preciso criar meios de prevenção e combate, e é isso que proponho na Câmara dos Deputados.

A educação, defendo por reconhecer que sou fruto dela. Por ser de família humilde, vi o quanto a possibilidade de ter o conhecimento acadêmico me deu condições de estar onde estou hoje e a moldar meus valores. Defendo que a educação tenha sempre mais recursos, tanto que faço parte da Comissão Especial do Fundeb, que tem como uma de suas metas aumentar o repasse para a Educação, integro a Comissão Externa que acompanha os atos do Ministério da Educação. Estamos promovendo audiência pública para debatermos a aplicação da prova do Enem 2019, para sabermos como anda a gestão da prova. Os recentes casos de má gestão no MEC nos preocupa, e é nossa atribuição fiscalizar o trabalho do Ministério.

  1. Pra você, qual a importância do Projeto 1568/2019?

Este Projeto altera o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos estipulando que o autor do Feminicídio cumpra pena de no mínimo 20 anos em regime fechado. Para isso damos nova redação ao artigo 121 do Código Penal ao definirmos que a reclusão nos casos de cometer homicídio contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (Feminicídio) passa a ser de 20 a 30 anos. O texto atual define que a prisão poderá ser definida pelo juiz entre 12 e 30 anos.

É um projeto importante porque vai contribuir para reduzir a quantidade de feminicídios no Estado e em todo o país já que o autor vai saber que sua punição será maior. A sensação de impunidade será reduzida. Hoje, o marido mata a esposa. Se for punido com 12 anos, em poucos anos está solto se for réu primário. Com nossa lei isso muda. Uma vida feminina passa a ter muito mais valor. Em Mato Grosso do Sul já foram registrados 17 casos de Feminicídio de 1º de janeiro até 4 de junho deste ano, as vítimas tinham entre 17 e 56 anos. As estatísticas ainda apontam que a maioria foi morta a facadas e dentro de casa. Dos suspeitos, 82% estão presos e dois cometeram suicídio após os crimes e um está foragido.

  1. Tem mais alguma coisa que gostaria de falar que não foi perguntado ou deixar uma mensagem?

O Brasil vive um momento muito difícil, fazer política se tornou um grande desafio, pelo desgaste que vive hoje a classe política e todos Partidos. Nós só vamos conseguir vencer esses desafios com muito trabalho e seriedade, atuando de forma honesta e transparente. Eu particularmente estou muito motivada para trabalhar assim, e fazer política dessa forma, para Mato Grosso do Sul e para todo o Brasil.

Prefeito tucano de MS dribla a crise e mantém folha de pagamento em dia

Prefeito de Batayporã Beto Sãovesso com o presidente estadual do PSDB Marcio Monteiro
Prefeito de Batayporã Beto Sãovesso com o presidente estadual do PSDB Marcio Monteiro

O prefeito tucano de Batayporã, Beto Sãovesso, dá exemplo de boa economia e conta como tem driblado a crise econômica que assola o país. Segundo o gestor, prevendo a crise, há 60 dias atrás, sua gestão parou tudo o que não era essencial no município.

“Estamos mantendo a folha de pagamento em dia e atendendo o essencial à população. Só o que está funcionando são os ônibus escolares, ambulâncias, pagando combustível, merenda e funcionários. Com muito custo. Se não tivesse feito isso os funcionários estariam com salários atrasados. Já pagamos a folha do mês de agosto e, se Deus quiser vamos pagar setembro, cada centavo que entra é contabilizado com muito cuidado”, afirmou.

Apesar do aperto no cinto das contas do município, a cidade está com três obras paradas, as quais dependem do repasse federal. Conforme Sãovesso, a prefeitura cumpriu com a parte na contrapartida, mas mesmo assim o governo federal não fez os repasses.

“Estamos aguardando, cuidando, limpando a cidade e pedindo ao nosso Deus que amenize logo essa crise. temos uma quadra coberta que estava em execução e parou por falta de repasse. Foram investidos mais de 40 milhões em recurso próprio para fazer uma tubulação e, infelizmente, parou. A mesma coisa na praça da prefeitura: fizemos nossa parte e não foi feito nem o primeiro repasse da medição da obra”, revelou.

Na avaliação do prefeito, a crise teve início em anos anteriores, com tudo sendo empurrado para debaixo do tapete. Sãovesso conta que para atravessar a crise sem grandes estragos a receita é de ‘dona de casa’.

“A receita é de uma dona de casa: tem que gastar o que você tem e não pode gastar mais do que arrecada. Mas muitos gestores não observaram esse raciocínio simples e lógico. Agora chegou a conta. Se isso tivesse sido feito no dia a dia ao invés de promoverem gastos desnecessários, essa crise poderia ter sido evitada”, finalizou.

 

 

Aécio: Dilma segue ignorando gravidade da crise e erra ao atacar oposições

GetAttachment.aspxO senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, afirmou, nesta terça-feira (15/09), que a presidente Dilma Rousseff continua a ignorar a gravidade da crise na qual seu governo mergulhou o Brasil. O senador disse que a presidente erra, mais uma vez, ao atacar as oposições no momento em que o governo busca apoio no Congresso para aprovar o pacote de medidas que prevê cortes bilionários no Orçamento de 2016 e a volta da CPMF.

Em entrevista à imprensa no Senado, Aécio afirmou que o PSDB e os governadores tucanos já se declararam contrários ao retorno da cobrança do chamado imposto do cheque e de qualquer aumento de tributo.

“A presidente sequer tem a coragem de apresentar ao Congresso uma alíquota que eventualmente pudesse ser compartilhada pelos governadores. Faz o inverso: apresenta uma proposta de aumento de CPMF de 0,2% e diz aos governadores, vamos lá no Congresso Nacional para que o Congresso dobre esta alíquota”, disse Aécio Neves.

O senador também criticou a presidente Dilma Rousseff por atacar novamente as oposições.

“No momento em que a presidente da República deveria demonstrar humildade e pedir apoio ao país para minimizar os danos do seu desastroso governo, ela não consegue convencer a sua própria base e ataca as oposições. Nos chama de pessimistas de plantão”, afirmou.

O senador ressaltou que o PSDB está avaliando as medidas anunciadas pelo governo petista e disse que a volta da CPMF ou de qualquer outro tributo penalizará a sociedade e agravará o quadro de recessão econômica.

Medidas no improviso

O presidente nacional do PSDB afirmou também que o governo federal anunciou as medidas contra a crise no improviso, sem discuti-las sequer com sua própria base no Congresso.

“A presidente da República deveria, antes do anúncio midiático dessas medidas, conversar com a sua base e apresentar ao Congresso uma proposta que seja do conjunto daqueles que lhe apoiam. O que estamos assistindo aqui é um conjunto de ideias montadas de forma absolutamente açodada. Imaginem vocês que em um final de semana, alguns ministros se reúnem no Palácio da Alvorada e saem de lá com cortes de bilhões. Como se isso fosse exequível. Porque se é exequível, a irresponsabilidade foi não ter feito isso lá atrás. Isso não é uma brincadeira”, criticou Aécio Neves.

Para o senador tucano, a presidente manipula o Orçamento de forma irresponsável, o que deve inviabilizar a aprovação das medidas.

“Infelizmente a presidente da República manipula o Orçamento ao prazer das circunstâncias, premida pelas circunstâncias e pelas pressões que vem sofrendo. E a absoluta falta de credibilidade da presidente e do seu governo, a meu ver, levará que muitas medidas que dependem de aprovação do Congresso Nacional não sejam aprovadas”, avaliou o senador.

Presidente de honra da JPSDB de MS avalia como ‘grande avanço’ criação do novo Estatuto da Juventude

Foto: Marycleide Vasques
Foto: Marycleide Vasques

O presidente de Honra da JPSDB-MS, Anderson Barão, avalia a criação de um novo Estatuto da Juventude do partido como grande avanço para a juventude tucana. O texto base do referido documento será apresentado nesta terça-feria (15) e foi elaborado por uma comissão criada pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves. A intenção é inserir a juventude cada vez mais no movimento estudantil e criar uma cultura mobilizadora em torno de causas políticas, sociais e ambientais.

“Vemos a iniciativa com bons olhos, afinal a Juventude Nacional do PSDB encontra-se em momento de transformação. Em todo o Brasil surgem novos secretariados municipais da JPSDB, inserindo em seus quadros jovens que não toleram mais os desmandos do Governo Federal, que querem mudanças e, muitos destes jovens, se apresentam como alternativa nas próximas eleições, com uma proposta de renovação de nossos legislativos municipais.” destaca Barão.
A reforma tem por objetivo tornar a JPSDB um secretariado mais enxuto, com menos membros e mais célere nas resoluções e ações da Juventude por todo o País. Além disso, a meta é fortalecer as representações regionais, o que permite uma abrangência maior do alcance da JPSDB.
Após a aprovação do texto por Aécio Neves, o documento segue para validação da atual executiva da Juventude. O estatuto deve entrar em vigor na sequencia, permitindo inclusive que a JPSDB possa apresentar projetos de Lei de alcance nacionais.

Integram a comissão os deputados federais Betinho Gomes (PE), Pedro Cunha Lima (PB), Pedro Vilela (AL), Caio Nárcio (MG) e Bruna Furlan (SP). O prazo para a conclusão do texto final do Estatuto é de 45 dias .

Mulheres tucanas apoiam G20 por promover internacionalmente a igualdade de gêneros

mulheres g20O PSDB Mulher do Mato Grosso do Sul manifesta apoio à iniciativa do G20 na inserção das mulheres no grupo. No último domingo (06), em Ancara, na capital da Turquia, foi lançado o Women 20 (W20), grupo que reúne lideranças de 20 países do bloco. O objetivo é promover a igualdade de gênero, considerada fundamental para estimular o crescimento global.

O G20 (Grupo dos 20) é um grupo constituído por ministros da economia e presidentes de bancos centrais dos 19 países de economias mais desenvolvidas do mundo, mais a União Europeia. Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, é uma espécie de fórum de cooperação e consulta sobre assuntos financeiros internacionais.

Para a presidente do PSDB Mulher de Mato Grosso do Sul, Eliana Rodrigues, a inserção das mulheres no grupo de trabalho do G20 demonstra que as mulheres conquistaram a confiança dos grandes líderes mundiais.

mulheres g20 1“Esse gesto mostra claramente que nós mulheres conquistamos a confiança dos grandes líderes pelo trabalho que temos desenvolvido ao longo dos anos. Dessa forma ganhamos mais espaço e agora poderemos colaborar em conjunto com foco no ideal comum, de desenvolvimento e sustentabilidade. Sem protagonizar o feminismo, a igualdade de gênero começa a ser vista como um direito humano, sem perder nossa essência feminina, a sensibilidade e a delicadeza”, destacou a tucana.

O grupo W20 será liderado pela diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde (cargo considerado o mais alto do organismo multilateral). Em declarações a imprensa internacional, Lagarde afirmou que apoiar a igualdade de gênero é uma questão moral, econômica e também pode ajudar a reduzir a pobreza.

 

Tucanafro, uma causa apartidária

wmX-960x639x4-5361317021ca19585988fc0e55506f7989bd7a2a788bfSe por um lado o Tucanafro (Secretariado do Negro e das Etnias) pertencente ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), por outro, a importância de sua causa o tornou apartidário. O Secretariado visa contribuir com a luta da legenda em prol da implantação de políticas públicas para o negro e pela igualdade sociorracional, seguindo o exemplo de outros secretariados temáticos criados pelo partido, como o PSDB Mulher, Juventude Tucana e o PSDB Sindical.

O Tucanafro foi criado com o intuito de trazer uma concepção inovadora de fazer política. Nesta semana, o Jornal Liberdade entrevistou o presidente estadual do Tucanafro de Mato Grosso do Sul, o jornalista Rafael Domingos, que já celebra importantes avanços na política pública para o negro.

Jornal Liberdade – O que é e qual o foco do Tucanafro?

Rafael – O Tucanafro é o secretariado de politicas públicas para a promoção da igualdade racial, já existe no quadro do partido como secretariado em todos os estados do país. No ano passado foi instituto aqui no Mato Grosso do Sul pela sensibilidade do deputado Reinaldo Azambuja, então presidente estadual do partido. É uma determinação do PSDB Nacional, do senador Aécio Neves, presidente nacional do partido.

O foco é a inclusão racial, hoje quais são as políticas públicas para o negro, quase nada. Hoje no estado nós temos a coordenadoria, com professora Raimunda à frente, só que nós não temos muitas ações. Existem vários núcleos, como a Tia Eva, a São Benedito, que fazem trabalhos assistenciais, só que não tem nenhuma entidade que consegue agregar a todas elas.

O que exatamente defende o Tucanafro?

Rafael – Nós não queremos algo específico só para o negro, o negro é a nossa bandeira, só que o menos favorecido entra nessa também. Temos a noção de que, na mesma forma que se tem o negro que necessita de um suporte educacional, existe o branco menos favorecido, assim como existe a mulher, o índio, e outros que precisam ser agregados.

Quais foram os avanços já conquistados em MS?

Rafael – Nós apresentamos um projeto de lei para a vereadora professora Rose, que já foi aprovado, que é a frente parlamentar da promoção da igualdade racial. Através deste, iremos começar a criar ferramentas, ações e leis. Recentemente, o prefeito Gilmar Olarte fez uma reunião com os membros da comunidade negra, ele sinalizou a criação de uma subcoordenadoria da promoção e da igualdade racial.

Estamos fechando um projeto que é para ser apresentado à secretária de educação de Campo Grande, dentro deste, além de palestras para motivar alunos, nós vamos ter também psicólogos para quem quiser fazer um acompanhamento. É um projeto ousado, mas tem que ter, estamos nos espelhando no projeto do bullying da vereadora Rose. Tudo que deu certo em Minas, Brasília e São Paulo, nós estamos trazendo aqui para o estado, estamos reorganizando e readaptando para atender a nossa realidade.

O que podemos esperar do Tucanafro?

Rafael – A sociedade pode esperar um secretariado que vai ouvir a população, que vai ouvir a comunidade, os bairros, os núcleos. Estamos fazendo reuniões nas comunidades justamente para ouvir os anseios e buscar por melhorias, tudo que o Tucanafro está implantando, quer implantar e está propondo, nasceu em reuniões de bairros e da necessidade dessa população.

O Tucanafro não tem cor partidária, a nossa bandeira é a igualdade racial, se você chegar para mim e dizer que é do PT, por exemplo, mas que quer participar do movimento, então vem, vamos participar. Estamos fazendo agora a coalisão, para começar a conquistar nosso espaço nós temos que atuar em conjunto, independente de partido. Nós precisamos da união de todos os partidos, é um projeto que partiu do PSDB, mas que é importante, nós não podemos deixar de lado a comunidade negra, nem o branco menos favorecido.

 

(Entrevista realizada por Andre Farinha e publicada no site JLNews.com.br)

Entrevista do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, no Mato Grosso

07-12-13-aecio-neves-sorocaba-91-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em visita a Campo Novo de Parecis (MT), concedeu entrevista coletiva em que respondeu a perguntas sobre o Mato Grosso, o setor de agronegócios, a CPI da Petrobras e as eleições 2014.

A seguir, a entrevista coletiva.

Sobre a viagem ao Mato Grosso e visita à Parecis SuperAgro

É um reconhecimento ao Brasil que produz e que contribui de forma definitiva para o nosso crescimento.  E para fazer aqui uma profissão de fé. Tenho dito sempre que o Estado, o governo, se não atrapalhar quem produz já está fazendo um grande favor. Queremos um Estado que possa ser parceiro. Parceiro no planejamento da mobilidade, portanto, da infraestrutura. Parceiro para simplificar a questão tributária. Parceiro do ponto de vista de dar tranquilidade a quem produz no campo, com respeito a regras absolutamente claras. Temos uma visão de Brasil que se aproxima muito daqueles que aqui nessa região têm desbravado fronteiras e feito o Brasil crescer. Não fosse o agronegócio brasileiro, e o Mato Grosso tem um papel vital nisso, estaríamos praticamente com um crescimento nulo.

Então, é hora de termos um governo que possa compreender a importância do trabalho que se faz no campo, onde somos os mais produtivos do mundo. Disse quando estive em Sorriso, pouco tempo atrás, que da porteira para dentro não há ninguém mais produtivo e eficiente do que o brasileiro, sobretudo aqueles que estão nesta região. O problema é da porteira para fora, quando falta tudo, falta ferrovia, falta hidrovia, faltam portos e falta, principalmente, planejamento. Vamos falar aqui hoje de um choque de planejamento para que possamos desbravar outras fronteiras, produzir cada vez mais e ter um retorno, uma renda cada vez maior.

Sobre a CPI da Petrobras.

O Brasil está acompanhando com indignação aquilo que vem acontecendo com as nossas empresas. A Petrobras, talvez por ser o patrimônio mais afetivo de todos nós brasileiros, pela luta na sua construção, pelo que ela representou para o Brasil, até pela nossa autoestima, além da importância para a economia brasileira, para o crescimento do país, éramos há quatro anos, a 12ª maior empresa do mundo. Hoje, somos a 120ª. A Petrobras, apenas neste período da atual presidente da República, perdeu mais de 50% do seu valor de mercado. Somos a empresa não financeira mais endividada do mundo. O governo do PT permitiu que este patrimônio de todos os brasileiros fosse embora. E o que é mais grave, permitiu uma governança pouco respeitosa a padrões éticos.

O que aconteceu na Petrobras, a partir do aparelhamento do governo federal, e infelizmente isso não acontece apenas na Petrobras – Eletrobras é outra empresa também que perdeu mais da metade do seu valor –, esse aparelhamento absurdo da máquina pública leva a desvios, à corrupção, é diretor preso, eu diria que o que aconteceu na Petrobras é uma vergonha. Por isso, estamos, ao lado do senador Pedro Taques, uma das vozes mais corajosas, hoje, do Congresso Nacional, esperando que, na próxima terça-feira, possamos ter, por parte do Supremo Tribunal Federal, a autorização ou a determinação para que a CPI da Petrobras possa ser instalada. E vamos investigar. Quem não tiver culpa no cartório não tem o que temer. Mas quem cometeu irregularidades à frente da Petrobras ou de qualquer outra empresa tem que pagar, e pagar exemplarmente. Essa é a questão fundamental.

Sobre aproximação com setores do PMDB. 

Hoje, sou condutor de uma proposta. A proposta moderna de Brasil, onde a eficiência e a ética possam caminhar juntas. Sou portador de uma nova visão de mundo, que fuja desse alinhamento ideológico com alguns vizinhos que benefício algum traz ao Brasil. Acredito na meritocracia da gestão pública. Acredito na parceria com o setor privado como algo essencial ao crescimento do país. O maior avanço social, a medida mais efetiva e de maior impacto social que podemos ter em qualquer país – e no Brasil não é diferente – é a boa aplicação do dinheiro público, com planejamento e com metas.

Estou muito feliz de ver que, quanto mais eu ando, mais apoio viemos recebendo. Apoios naturais, porque as coisas naturais, tanto na vida quanto na política, são as que dão certo. O que vejo é a convergência de pensamentos, não apenas de companheiros de partido, ou de partidos aliados, mas de pessoas que querem encerrar esse ciclo que tem nos legado, deixado como herança, um crescimento pífio da economia e uma inflação crescente com aguda perda de credibilidade, para iniciarmos um novo ciclo onde o crescimento sustentável e o desenvolvimento sejam a nossa principal marca.

Aécio Neves: CPI é a oportunidade para Dilma se explicar

19-03-14-aecio-neves-plenario16-300x199Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista exclusiva à Rádio CBN nesta quarta-feira (26), na qual respondeu a perguntas relativas às questões econômicas e os esforços para a instauração da  Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)  da Petrobras. A seguir, a entrevista do senador.

Sobre a tentativa de criação de CPI Mista para investigar denúncias na Petrobras.

 Tenho muito os pés no chão nessas questões, até porque temos que compreender que a oposição hoje, principalmente no Senado, é pouco expressiva do ponto de vista numérico. Somos hoje 17% da composição do Senado e alguma coisa em torno de 20% da Câmara. Então é impossível conseguirmos o número de assinaturas necessárias a uma investigação dessa importância se não houver também dissidência da base do governo. Fizemos uma avaliação ontem à noite e há uma possibilidade real de alcançarmos hoje no Senado esse número de assinaturas, por uma razão: a gravidade do tema e a percepção de que na opinião pública, na sociedade brasileira, também há esse sentimento de que essa questão está muito mal explicada, como acabou de dizer minha conterrânea Miriam Leitão, estava aqui ouvindo vocês. Porque esse governo é um governo reativo, é um governo que só toma providências no momento em que alguém é pego com a mão na botija. Foi assim com os inúmeros ministros que acabaram sendo afastados do governo e está sendo aqui, mais uma vez, em um episódio de uma gravidade extrema, como esse.

O que temos dito é o seguinte. A Comissão Parlamentar de Inquérito é para investigar, ela não condena previamente ninguém. É a oportunidade quem sabe até para a própria presidente da República prestar objetivamente esclarecimentos. Por que esse cidadão que ela acusa agora de ter sido responsável, a partir da omissão de informações, por uma tão danosa como essa foi promovido? Hoje os jornais dizem que ele recebeu uma moção de elogios quando deixou seu cargo na Petrobras. Essa conta não fecha, o governo tem que escolher entre duas explicações absolutamente contraditórias. Ou foi um bom negócio, como diz [o ex-presidente da Petrobras, Sérgio] Gabrielli, em função da questão de mercado na época, e essas cláusulas são absolutamente normais, ou, como diz a presidente da República, ela foi enganada a partir da omissão das informações. A questão é muito grave e vamos lutar para que ela possa ser esclarecida.

 

Sobre a pressão do governo federal para que o Congresso não instale a CPI Mista.

 Só há uma forma maior do que a força do Poder Executivo sobre o Legislativo, que é a força da opinião pública. É com ela que contamos, a gravidade do tema, a perplexidade da sociedade brasileira de ver um descaso tão grande para com o dinheiro público, tão pouco respeito ao planejamento. Tanto que essa nossa proposta de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito não se restringe à Pasadena, ela entra nessa questão que para mim é tão grave quanto que é a da refinaria Abreu e Lima. Uma refinaria orçada em US$ 2,5 bilhões vai custar US$ 20 bilhões. A planta foi feita para refinar o petróleo pesado venezuelano, portanto, com outra concepção. Segundo especialistas da Petrobras, mais cara do que seria apenas para atender ao interesse brasileiro. A Venezuela deu um tchau para o Brasil, foi embora e que sanção houve? Quais as salvaguardas que a Petrobras tomou para a eventualidade de tomar um calote da Venezuela? Nenhuma? Isso não é ação entre amigos, não pode ser. Isso não é uma quitanda de meia dúzia de amigos do poder. Isso é uma empresa construída durante 60 anos e que leva mais um grande prejuízo pela ação inconsequente desses que a tem tratado como se fosse um patrimônio pessoal ao longo dos últimos anos.

Sobre possível desgaste da imagem da presidente com a CPI Mista.

 O que desgasta a imagem da presidente é a realidade, são os fatos. A presidente da República se elegeu há alguns anos, em 2010, sustentada em dois pilares fundamentais. O da economia, que ia muito bem, emprego crescendo 10%, economia crescendo a 7%, e o segundo pilar, o da grande gestora, da mãe do PAC. A economia está em frangalhos, essa decisão de rebaixamento da nota do Brasil emoldura uma ação desastrada do governo ao longo de todos os últimos anos, que fragilizou a nossa economia, recrudesceu a inflação, nos fez perder credibilidade. E, por outro lado, a grande gestora está se mostrando agora. Quando vemos o que aconteceu no setor elétrico brasileiro, isso é de uma gravidade tão grande para o futuro do Brasil, para a retomada do crescimento do Brasil, que até isso mereceria também uma investigação.

Sobre os números de emprego e renda continuarem em alta.

 Se você olhar a fotografia desse momento, em emprego, ela é adequada. Mas não vamos nos esquecer que o Brasil está se transformando no país do pleno emprego de dois salários mínimos, foram 2,5 milhões de postos de emprego de maior qualificação que perdemos nos últimos três anos em razão do sucateamento da indústria. Mas quando você olha o filme, não a fotografia, que está por vir, é de extrema gravidade. O Brasil, em 1999, quando foi cunhada aquela expressão dos Brics, se colocou ao lado dos países que iam buscar um lugar ao sol, ao lado dos países desenvolvidos. Agora, estamos no final da fila, estamos ao lado dos países em crise, ao lado dos países que necessitam de reformas extremamente urgentes. E o governo do PT perdeu a capacidade de conduzir qualquer dessas reformas.

 

Sobre conversa com o governador Eduardo Campos.

 Estive com o governador Eduardo em um evento no sábado à noite, disse a ele que a questão da CPMI era uma decisão do PSDB, mas que precisaríamos do apoio do PSB. Ontem, recebi o telefonema do líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg, dizendo que assinaria a CPMI. Vamos aguardar para hoje a assinatura dos demais senadores do PSB.

Em entrevista coletiva, Aécio Neves afirma que Dilma contradiz a diretoria anterior da Petrobras

foto-2-35-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (20), após reunião com a Juventude do PSDB. Aécio respondeu a perguntas sobre as denúncias relacionadas à compra da refinaria de Pasadena e investigação do Conselho Administrativo do Direito Econômico (Cade).  Na entrevista, Aécio afirmou que as oposições estão se articulando para instalar a CPI da Petrobras para investigar a compra da refinaria de Pasadena, uma operação que gerou prejuízo de bilhões de reais e que foi aprovada pela presidente Dilma Rousseff quando comandava o Conselho Administrativo da estatal.

A seguir, a entrevista.

Sobre responsabilidade da presidente Dilma na compra da refinaria de Pasadena?

O Brasil precisa que se esclareça quais foram as razões pelas quais a presidente da República, especialista na área de Minas e Energia, tomou uma decisão tão danosa para as finanças da Petrobras e para o próprio país. E o que é mais grave, se houve um encaminhamento equivocado por parte da diretoria internacional, como atesta a nota da presidente da República, o esperado é que aquele que fez esse encaminhamento ou fosse demitido ou fosse investigado. Ele foi promovido! Ele, no governo da própria presidente Dilma Rousseff, ocupa a diretoria na BR Distribuidora. Isso é inaceitável. Esse modus operandi do PT não é mais aceito pela sociedade brasileira. Depois o governo se pergunta: por que as pessoas estão na rua? Por que essas manifestações? É porque as pessoas estão cansadas dessa ausência de respostas.

Vi hoje que o responsável, segundo o PT, por esse encaminhamento está de férias na Europa. Nós, a oposição, vamos, na próxima terça-feira, nos reunir no Congresso Nacional e construir um grande esforço para que possamos ter a CPI da Petrobras. Talvez em todo esse momento mais recente da vida política brasileira não tenha havido uma denúncia tão grave e de tantas consequências para o Brasil como essa. Vamos nos reunir na próxima terça-feira e vamos apresentar um requerimento de CPI e vamos examinar, quem sabe, uma CPI mista.

Aqueles da base do governo que dizem querer investigar essa questão, que já nos ajudaram a aprovar a comissão externa para investigar outras denúncias envolvendo a própria Petrobras, no pagamento de propina por parte de uma empresa holandesa, esperamos que possam nos ajudar para que essa questão seja esclarecida. E [para que] a própria presidente da República tenha oportunidade de explicar as razões pelas quais ela tomou essa decisão e mais do que isso: as razões pelas quais omitiu dos brasileiros, nos últimos seis anos, ter tomado a decisão que tomou.

Hoje os jornais trazem que a presidente teve acesso à ampla documentação, ao contrário do que ela está dizendo. Por que o sr. acha que ela apresentou essa versão?

Na verdade, a versão que ela apresentou é absolutamente contraditória ao que disse, no Congresso Nacional, o então presidente da Petrobras, Gabrielli. Ele disse que tomou a medida pensada, estudada, porque, segundo ele, também não é justificável, mas, segundo ele, naquele momento a conjuntura de mercado orientava para os benefícios daquela ação. A presidente contradiz a diretoria anterior da Petrobras e é preciso que o Brasil saiba a verdade. Se houve um encaminhamento do qual ela não teve conhecimento, e se isso foi feito por má fé, o encaminhamento tinha que ser a punição exemplar de quem fez isso, a prisão, o processo, e, eventualmente comprovada, a prisão de quem fez isso. Se foi por negligência esse encaminhamento, segundo ela, que não trouxe o conjunto dos dados, no mínimo ele teria que ser afastado da vida pública.

Sobre nomeação Nestor Cerveró na BR Distribuidora

Há algo que precisa ser esclarecido: o cidadão que é acusado pela nota da Presidência da República de ter sido responsável por levá-la a um equívoco foi promovido nesse governo. Que força tem esse cidadão? Quem o protege? Essas são questões que nós precisamos esclarecer. Por isso, as oposições vão se esforçar e, obviamente, nós somos minoria no Congresso, mas acreditamos que uma parcela importante da base possa se unir nesse esforço, para que a presidência da República tenha a oportunidade de se esclarecer. Não dá novamente para fazer aquilo que se tornou um mantra em todas as denúncias que ocorrem em relação ao PT. Terceirizar responsabilidades. “Não, eu não sabia”. Aliás, de “não sabia” em “não sabia”, o Brasil chegou onde chegou.

A presidente tem que ir ao Congresso se explicar?

Acho que não estamos ainda nessa etapa. Eu não acuso a presidente de improbidade. A presidente é uma pessoa de bem. Eu acredito na honestidade da presidente. O que está em xeque neste instante é a incapacidade, é a incompetência de alguém, com as responsabilidades que tem, ter tomado uma decisão dessa gravidade. É preciso, no limite, que se assuma o erro. Mas nem isso o governo consegue fazer. O que não vamos aceitar é a terceirização de responsabilidade. Ou a versão do presidente da Petrobras, Gabrielli, é a correta, e tomaram uma decisão sabendo o que estavam fazendo, ou é a versão da presidente da República. O PT tem que escolher entre uma e outra, e o Brasil tem que dizer se está satisfeito com uma ou com outra.

O Cade abriu hoje um processo administrativo para apurar as supostas irregularidades nas estações dos trens e metrôs de cinco estados, incluindo São Paulo. Qual a posição do PSDB?

Que todas as investigações ocorram. O que nos causou imensa surpresa é que durante todo esse período, mesmo com essas denúncias de formação de cartel envolvendo obras conduzidas pelo governo federal, como é o caso agora, essas obras estão sendo investigadas em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em outros estados são obras conduzidas pela CBTU. E houve por parte do Cade a escolha, a priorização, de denúncias em relação a São Paulo. Tem que se investigar tudo. Se houver, vou repetir isso como presidente nacional do PSDB, se houver, e até agora não se comprovou isso, um agente político que de alguma forma tenha se envolvido em irregularidades ele tem que ser punido exemplarmente.

Eu não sou do PT, eu não sou presidente do PT, que passa a mão na cabeça de pessoas que cometeram irregularidades, mas é preciso que se apure e que se comprove se houve ou não esse envolvimento. Agora, investigar apenas os adversários não é um papel de uma instituição como o Cade de tanta responsabilidade, de tanta credibilidade, possa fazer pelo menos agora. Depois de um longo atraso começa a investigar as denúncias que vieram em um mesmo momento. Portanto, se houve cartel, se foi formado por empresas e prejudicaram o estado ou governo federal, eles tem que reagir, como reagiu o governador Geraldo Alckmin buscando ressarcimento de eventuais danos. Nós estamos assistindo, acompanhando a evolução dos casos, temos vendo que havia um conluio realmente de empresas, não apenas para buscar benefícios no governo de um estado governado pelo PSDB, mas também na União. Veja de quem é a responsabilidade, é das empresas? É de funcionários públicos? É de agentes políticos? Não importa quem seja, todos tem que ser punidos se comprovados as irregularidades.

O caso do cartel em São Paulo pode prejudicar o PSDB?

Acho que não, porque o governador Geraldo Alckmin é absolutamente, profundamente conhecido pela população do estado de São Paulo. Um homem de bem, um administrador exemplar, por isso vivenciou tantas eleições em São Paulo. E ele tem sido, ele tem tido uma conduta elogiável.

Ele constituiu uma Comissão, não de membros do governo, da sociedade com o Ministério Público para acompanhar essas investigações. O maior interessado em que essas investigações avancem é o governador Geraldo Alckmin. Agora é a mesma questão será que se comprovado cartel em obras conduzidas pelo governo federal isso vai ferir a candidatura da presidência da República? O tempo é que vai dizer. Felizmente, repito, com um atraso injustificável, o Cade começa a investigar denúncias que haviam sido feitas no mesmo tempo envolvendo a formação de cartel em obras federais. Eu acho que a turma do PT de São Paulo vai baixar um pouco a bola.

Sobre lançamento do site da juventude do PSDB sobre escândalos no governo federal

Estou conhecendo agora. Eu acho que eles vão ter dificuldade em ficar apenas em um (escândalo) por dia.