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O ANO DAS MULHERES!

IMG-20151128-WA0167 (1)Muitas têm sido as conquistas das mulheres nas últimas décadas. O mundo percebeu que sem a perspicácia, sensibilidade e competência feminina, não vamos a lugar algum. Todavia, um segmento ainda sofre com a falta desta pujança: a política.

A primeira Prefeita eleita do Brasil foi Alzira Soriano, no Município de Lajes, Rio Grande do Norte, em 1928. Isso se deu graças a aprovação de uma Lei Estadual, que permitia direito à mulher de votar e se eleger naquele estado. No entanto, todos os votos femininos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado Federal, interrompendo o seu mandato.

Sabemos que apenas em 1932 é que as mulheres conquistaram o direito de votar e serem votadas. Desde então, trava-se uma luta diária para que o espaço feminino seja ampliado nos cargos eletivos.

Infelizmente as mulheres, que representam 51% da população e do eleitorado brasileiro, ocupam somente 15% dos cargos políticos disputados nas últimas eleições. Muitas vezes o ritmo faz com que muitas delas não tenham tempo suficiente para se destacarem como agentes políticos.

No Brasil, há, ainda, a evidente necessidade de ampliação dos espaços nos partidos políticos, especialmente em suas executivas. Se as estruturas partidárias se fortalecerem em torno da representatividade feminina, a consequência será a maior participação e, até mesmo, eleição de mais mulheres em nosso País.

A sub-representação feminina nos espaços políticos só será revertida com políticas mais incisivas e eficientes que sejam capazes de garantir efetivas condições para candidaturas femininas. E são estas candidaturas que farão com que seus direitos e liberdades estejam cada vez mais presentes em seu cotidiano.

Aqui no Estado, o PSDB tem dado show nas lideranças femininas. Quem não se lembra da nossa eterna Senadora Marisa Serrano? Mulher de fibra que nos ensinou a lealdade partidária e nos mostrou sua competência, tornando-se uma das melhores Senadoras do País, sendo reconhecida em cada canto do Brasil.

Mais recentemente tivemos a filiação de dois grandes nomes da política que foram a Deputada Mara Caseiro e a Vereadora Magali Picarelli, que trazem uma vasta bagagem de experiência para o partido.

Mas, uma das maiores surpresas do nosso Estado é a nossa Vice-Governadora, Rose Modesto. De origem humilde, Professora, graduada em história a Professora Rose, como é popularmente conhecida, deixou muita gente de queixo caído ao se eleger vereadora em 2008. Com um mandato brilhante, reelegeu-se em 2012, sendo consagrada como a segunda mais votada do Estado, ficando em primeiro lugar entre as mulheres. Com o seu destaque e sua sensibilidade frente às causas sociais, Rose Modesto foi a escolhida para ser Vice-Governadora na chapa de Reinaldo Azambuja, quando da sua eleição vitoriosa frente ao Governo do Estado.

E é com estes grandes exemplos que quero saudar a todas as mulheres pelo dia de vocês. Que nosso cenário político seja cada vez mais abençoado pela luta e sensibilidade feminina. Neste ano Campo Grande viverá grandes desafios e tenho a certeza de que eles serão vencidos por uma grande mulher. Será que estou sendo modesto? Tenho certeza que sim!

*Rafael Rodrigues, Presidente da Juventude do PSDB de Campo Grande/MS.

A gravidade do momento não permite oportunismo político

Sessão ALMS_Foto_Wagner Guimarães (9)O nosso país vem enfrentando uma grave crise nos últimos tempos e passando por um momento tenso na política e na economia, situação que se agravou com a condução coercitiva do ex presidente Lula esta manhã, além de denúncias contra a presidente Dilma Roussef que reforçaram a delação do Senador Delcídio do Amaral, divulgada ontem.

A gravidade do momento não permite oportunismo político. Não vamos tripudiar ninguém, mas esse é um momento crucial, que traz grandes impactos sociais, mas também traz mais esperança ao povo brasileiro, pois a crise não é permanente, nem diz respeito apenas aos partidos e políticos, mas diz respeito à economia, e à vida dos trabalhadores.

Estaremos sempre em defesa da democracia, fortalecendo e apoiando as instituições independentes dos Poderes, que é o caso da Polícia Federal e do Ministério Público, que nos mostra sua força e autonomia à frente das investigações.
A lei é dura, mas é lei, e deve ser aplicada. Não existe perseguição a partidos e/ou políticos, o que existe são pessoas a favor do Brasil.

Em meio a esse turbilhão a economia reage: a bolsa de valores subiu e o dólar teve baixa. Como pode o governo enfraquecer e a economia reagir positivamente como aconteceu hoje? Podemos ver que a economia do Brasil está ligada diretamente às pessoas que estão no poder. O PIB caiu e fechou o ano de 2015 em 3,8%, sua pior taxa em 25 anos.

Apenas a agropecuária cresceu em 2015, a alta foi de 1,8% em relação ao ano de 2014, sob influência da soja e do milho. O agronegócio brasileiro ganhou participação na economia com 23% de fatia no Produto Interno Bruto. O Mato Grosso do Sul tem umas das maiores contribuições entre todos os estados no setor, o que reforça a importância do agronegócio para o nosso estado.

Não vamos deixar que a fragilidade do governo nos tire do foco.

Quero reafirmar o compromisso com as crenças, os valores e a constituição, que fortalecem a confiança nas lideranças.

Estamos juntos para fazer o que for necessário.

Campo Grande, 07 de março de 2016.
Flavio Kayatt
Deputado Estadual do PSDB-MS

Violência contra a mulher tema do Enem

Foto: Marycleide Vasques
Foto: Marycleide Vasques

Com a proposta “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizados em todo o país no sábado (24) e no domingo (25). Com a divulgação do gabarito oficial, nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) conseguiu abordar um problema proeminente da sociedade, com grande presença na mídia, que é próximo dos jovens dos adolescentes – a violência domestica. O que facilita demasiadamente a reflexão – e, ao mesmo tempo, sinaliza para a sociedade que, a importância da discussão desse tema nas escolas, junto aos alunos, com os pais,

O tema da redação do Enem não se constrói sobre ideologias, e sim manifesta uma realidade prática. Um drama que atinge todos na sociedade.

Trata-se de uma questão social, e também um tema no qual os alunos estão bastante acostumados. Muitos dos candidatos (a) já se depararam com a violência em algum momento, seja em casa, na rua, no trabalho no seu ambiente familiar, social.

Este ano, nas conferências municipais e estaduais de Educação foi retirada dos Planos Municipais e Estaduais de Educação metas que indicavam a importância de desenvolver nas na sala de aula os temas de gênero e sexualidade. Houve uma influencia demasiada de lideranças religiosas a extinção desse tema. Inclusive os termos de igualdade de gênero já haviam sido retirados do Plano Nacional de Educação (PNE), no ano passado.

O Enem se tornou a principal referência para o ensino médio, sendo porta de entrada para quase todas as universidades federais (e critério de bolsas do Prouni e Fies), a escolha do MEC tem um peso importante nesse debate.

Campo Grande, 30 de outubro de 2015.

ELIANA RODRIGUES

PRESIDENTE PSDB- MULHER / MS

“A crise na sala ao lado”, por José Aníbal

09092015104630__ndm3qc__gabinte_presidencial_planaltoGoste ou não a presidente Dilma dos delatores, é fato que os constrangimentos que a operação Lava Jato impõe ao governo vão se aprofundando. Exceto os casos mais estapafúrdios, como a tentativa de envolver o senador mineiro Antonio Anastasia, os indiciamentos têm confirmado o teor geral das delações conhecidas.

Daí que a decisão do juiz Teori Zavascki de mandar investigar o ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma, põe a crise dentro do gabinete presidencial. Dessa vez ela não poderá atribuir ao Congresso ou à oposição a instabilidade do ambiente político. A crise está toda lá dentro do Palácio do Planalto.

Ao ministro, como a qualquer cidadão, a Constituição garante amplo direito de defesa. Até que se prove, ele nada deve. Ainda assim, melhor seria se afastar imediatamente das funções. Por que? Porque a Lava Jato investiga exatamente crimes surgidos do abuso da influência. A permanência dele no governo, logo, é imprópria.

O ex-presidente Itamar Franco, que consolidou nossa transição democrática, afastou e readmitiu seu chefe da Casa Civil assim que as denúncias foram desacreditadas. Dilma deveria seguir o exemplo. Caso contrário, a apreensão crescente vai desestabilizar ainda mais o país. Quem ganha com isso? Ninguém.

Parte do governo demora a entender que é impossível dar uma amostra convincente de credibilidade e solidez se a máquina política do Executivo está sob suspeita. Como amortecer a desconfiança da sociedade com interlocutores e articuladores tão fragilizados? Em vez de descomprimir, o Planalto provoca a pressão interna.

Como não há crise que o próprio governo não possa aprimorar, o ministro da Justiça, louco por câmeras, saiu por aí a dizer que tem “absoluta certeza” de que as investigações vão dar com os burros n’água. Investigações, diga-se, em parte a cargo da Polícia Federal (que ele, ministro da Justiça, comanda). Pode isso?

Então a gente abre os jornais e lê que a presidente, que ainda sequer percebeu o que fez (“se cometemos algum erro, e isso é possível”), clama por união acima dos interesses individuais e partidários. Como se ela não fosse a mãe da crise. Como se ela não tivesse colocado os interesses de seu partido acima dos do Brasil.

José Aníbal é presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela e senador suplente pelo PSDB-SP. Foi deputado federal e presidente nacional do PSDB.

“Em queda livre”, análise do ITV

Dilma foto ABrA economia brasileira vai de mal a pior. Em plena recessão, a atividade parou, os investimentos desapareceram e o desemprego decolou de vez, enquanto o governo assiste à crise se agravar. As medidas tomadas até agora em Brasília ou aprofundaram o arrocho ou ressuscitaram políticas fracassadas. Este buraco parece não ter fundo.

A crise econômica atual tem dimensões que a caracterizam como a mais grave das últimas décadas. O desempenho do Brasil com Dilma Rousseff só encontra paralelo na história recente na desastrosa gestão de Fernando Collor, eleito em 1989 e afastado da presidência da República em 1992. Ou seja, a petista é a pior mandatária em mais de 20 anos.

Mas a atual situação tem traços ainda mais ruinosos. Desde a semana passada, tornou-se consenso entre os analistas econômicos que a economia brasileira não irá recuar apenas neste ano. O PIB deve cair também em 2016. Caso se confirme, será a primeira vez que isso acontece desde a chamada Grande Depressão, a crise econômica mundial da década de 1930.

Semana após semana, os prognósticos ficam cada vez mais sombrios. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, desta semana, a aposta majoritária é de que a economia afundará 2,06% neste ano e 0,24% em 2016. Há quem preveja cenário bem pior: a FGV, por exemplo, já cogita uma queda de até 3% no PIB brasileiro até dezembro.

Na próxima sexta-feira (28), será conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre do ano. Embora não se saiba que número sairá da contabilidade do IBGE, uma coisa é certa: a queda da produção de bens e serviços terá sido bastante feia, superando com folga a baixa de 0,2% registrada no país nos primeiros três meses de 2015.

Na semana passada, o BC divulgou seu levantamento mensal, que funciona como espécie de prévia do índice oficial. O resultado foi uma queda de 1,9% no trimestre, que se seguiu ao tombo verificado nos três primeiros meses do ano (0,9%, segundo o IBC-Br). Resultado: tecnicamente falando, o Brasil já está, de novo, em recessão.

Se o quadro em voga é ruim, piores ainda são as perspectivas. Desde a reeleição, Dilma e sua equipe econômica só conseguiram aprofundar a recessão por meio das medidas tomadas para corrigir a montanha de erros do primeiro mandato. Na semana passada, quando resolveu variar o cardápio, ressuscitou iniciativas que aumentam a intervenção do Estado na economia. Sem chance de dar certo.

O problema é que a presidente da República não tem para entregar o principal ingrediente de uma economia que precisa sair da crise: credibilidade. Sem confiança no futuro, sem crença nas regras e sem esperança de que o governo comece a acertar, ninguém se arrisca. Enquanto estivermos neste buraco, os investimentos não acontecerão, a atividade ficará parada e os empregos minguarão ainda mais. O país continuará em queda livre.

“E agora, José?”, por Aécio Neves

aecio neves foto george gianni 2Publicado na Folha de S. Paulo – 24/08/15

O que fazer com tantos sonhos desfeitos? José, João, Maria, Paulo, Ana, são milhares os brasileiros que vivem hoje o pesadelo do desemprego.

O país cortou 158 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, o pior resultado para julho desde 1992. Nos últimos 12 meses, o total de desempregados subiu 56% nas seis maiores regiões metropolitanas do país. O resultado da gestão desastrosa do PT não poderia ser outro: PIB em declínio, inflação, arrocho fiscal.

É o típico quadro de um país em desgoverno, sem rumo. Mas o que entristece de fato é a realidade que se esconde na frieza das estatísticas. Cada pequeno ponto a mais na taxa de desemprego significa milhares de pessoas à margem da sociedade e vidas em risco. Uma só vida em desalinho já deveria bastar para nos tirar o sono, o que dizer de tanta gente?

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“O exército do desemprego”, análise do ITV

05072012carteiradetrabalho018Virou uma triste rotina: a cada mês, a taxa de desemprego fica ainda mais alta no Brasil. No país da recessão, da inflação e da crise generalizada, que se estende também à política e à ética, o maior desafio do brasileiro tem sido conseguir continuar trabalhando. Durou pouco, se é que um dia existiu, o sonho do pleno emprego por aqui.

No mês passado, a taxa de desemprego medida pelo IBGE alcançou 7,5% da população ativa. Deu um salto e tanto, subindo bem mais rápido do que qualquer um poderia prever: em dezembro, o índice estava em 4,3% e um ano atrás, em julho de 2014, em 4,9%.

O desemprego no país encontra-se agora no nível mais alto em cinco anos. Há sete meses sobe sem cessar, o que não ocorria desde 2002. E ninguém acredita que vá parar por aí – em cidades como Salvador, por exemplo, a taxa já chega a 12,3%.

Em números absolutos, o total de desocupados cresceu assustadores 56% na comparação com o contingente de julho de 2014, ganhou mais 662 mil pessoas em um ano e agora soma 1,8 milhão. No ritmo atual, todo santo dia mais 7 mil pessoas se juntam ao exército dos sem emprego no país.

Serviços e indústria, cujo nível de emprego cai há 44 meses consecutivos, lideram a derrocada. Para complicar, quem consegue manter-se empregado vê seus rendimentos diminuírem: a queda chega a 2,4% em um ano. Desde 2004, a renda não caía no país.

Em muitos aspectos, a situação do mercado de trabalho brasileiro já é pior que a de países que enfrentaram crises bem mais brabas no passado recente – EUA e Inglaterra, por exemplo, têm taxas ao redor de 5,5%. Entre mais os jovens, o desemprego já atinge obscenos 18,5%, ou seja, um de cada cinco brasileiros com idade entre 18 e 24 anos – em dezembro passado, a proporção era de um a cada dez.

Cada vez mais gente – principalmente jovens – procura uma vaga de emprego e cada vez menos conseguem encontrar. A saída, quando há, tem sido abrir mão da carteira de trabalho e correr para a informalidade ou para um negócio próprio. É a precariedade.

Num retrato mais amplo, o quadro revela-se ainda mais desalentador. Por meio de outra pesquisa, a Pnad Contínua, o IBGE afere a situação do desemprego em cerca de 3.500 municípios brasileiros e não apenas nas seis regiões metropolitanas alcançadas pela PME. Segundo esta metodologia, no trimestre encerrado em maio o desemprego já estava em 8,1%. O país abriga agora 8,2 milhões de desocupados.

O retrato do desemprego deverá ganhar mais um pincelada dramática hoje, quando o Ministério do Trabalho divulgar os resultados do mercado formal em julho. Já se sabe que, mais uma vez, as demissões superaram as contratações. Desde as eleições presidenciais, será o oitavo mês com saldo no vermelho, resultando em mais de 1 milhão de empregos eliminados desde a vitória de Dilma. É a face mais terrível da crise que ora vivemos e da qual, tudo indica, ainda vamos demorar a sair.

“O Brasil sabe o que quer”, análise do ITV

ghg_2079Quase 1 milhão de pessoas voltaram às ruas ontem para manifestar seu repúdio ao rumo que os governos petistas vêm dando ao país nos últimos anos. Dilma, Lula e o PT foram os alvos prediletos dos brasileiros indignados com a corrupção, os descaminhos da economia e as mentiras do marketing oficial.

As manifestações não repetiram os números de março, mas superaram os de abril. Não é possível desprezar um movimento cívico que, em cinco meses, levou alguns milhões de brasileiros de volta a ruas, praças e avenidas pelo país afora, como há muito tempo não se via por aqui. Por quaisquer ângulos que se observe, é um sucesso.

Os cálculos sobre o número de manifestantes e cidades envolvidas divergem de acordo com as fontes. Segundo O Globo e o Valor Econômico, 879 mil brasileiros ocuparam as ruas de 205 cidades. O Estado de S. Paulo computou 790 mil em 168 municípios e a Folha de S.Paulo fala em 612 mil pessoas espalhadas por 169 localidades. Em alguns casos, havia mais gente nas ruas agora do que nos protestos de junho de 2013.

Discutir a quantidade de presentes é o que menos importa em relação às manifestações de ontem, assim como às anteriores. O que prevalece é o sentimento de cidadania que os brasileiros externam. “Impeachment já”, “Fora Dilma”, “Fora PT” e “Lula nunca mais” foram as palavras de ordem dominantes. O povo sabe bem o que quer.

A indignação verdadeira dos brasileiros de norte a sul do país também serve como contraponto às estéreis respostas que o governo tenta ensaiar em Brasília, acreditando que pode enganar a população com a fumaça de agendas pré-fabricadas. As dificuldades do Brasil não se resolvem com passes de mágica, tampouco com oportunismo.

Os cidadãos continuam cobrando soluções para problemas que são reais, em especial os assaltos aos recursos públicos perpetrados pelo grupo que se sustenta no poder nos últimos 13 anos. Os mesmos governos e governantes que se ocuparam unicamente de garantir a sobrevivência de seu projeto político descuidaram da carestia, do emprego, dos serviços públicos. O povo percebe.

As manifestações deste domingo reforçam o ímpeto das forças políticas de oposição para manter a pressão sobre o governo, cobrar da presidente da República respostas às agruras que a população sente na pele, defender a atuação rigorosa das instituições e exigir que se cumpra regiamente o que a Constituição determina.

A cidadania provou, mais uma vez, estar vivíssima no país. É vívida uma democracia que consegue levar, periodicamente, cidadãos às ruas para exigirem seus direitos, manifestarem suas opiniões, buscarem um país mais justo e defenderem os interesses legítimos da nação, em oposição àqueles que só a querem predar. Restou claro, mais uma vez, que não há golpismo algum no ar; apenas a luta verdadeira em favor de um Brasil melhor.

“A legitimidade das ruas”, por Aécio Neves

aecio neves foto George Gianni 1*Publicado na Folha de S. Paulo – 17/08/15

As ruas voltaram a vibrar com energia e indignação neste domingo.

Tratadas com ironia e quase desprezo no último programa partidário do PT, as manifestações da sociedade são expressão legítima da cidadania e traduzem o mal-estar generalizado que tomou conta do país, como reação ao fracasso e aos desmandos do atual ciclo de poder.

Ainda sobrevive no campo do governismo uma drástica dificuldade em entender que protestos como o de ontem fazem parte da vida democrática e revelam uma dinâmica social ativa e madura. É impressionante como os brasileiros permanecem mobilizados, nas ruas ou fora delas. Em apenas oito meses, milhões de pessoas, de forma pacífica, ocuparam várias vezes as ruas do país. Uns chamando os outros. Uns se reconhecendo nos outros.

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“Participação Popular”, por Aécio Neves

aecio neves foto george gianni 2Publicado no jornal O Globo em 14-08-15

As ruas e as redes sociais têm sido eloquentes. A população não se sente representada e quer ampliar seus canais de participação na política. A insatisfação com o governo de Dilma Rousseff se aproxima da unanimidade, mas as queixas atingem outras instituições.

Pesquisa do Ibope mostrou uma queda significativa na confiança de tudo ligado à política. A Presidência, os partidos, o Congresso e os governos perderam credibilidade. Números fáceis de compreender, mas que não deixam de ser preocupantes.

Todos sabemos das incongruências do sistema político- partidário, carente de reformas profundas. Mas é preciso que tenhamos clareza da importância da credibilidade e da legitimidade dos canais de representação partidária para o fortalecimento da democracia. E credibilidade e legitimidade são conquistadas em uma atuação política que respeite, antes de tudo, a população.

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