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Pronunciamento do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

“Não fazemos aqui pré-julgamentos, mas eu quero dizer a Vossa Excelência, presidente Dilma, que ninguém, absolutamente ninguém neste país, inclusive a senhora presidente da República, está acima das instituições. E é por isso que nós cumpriremos o nosso papel, dentro dos preceitos constitucionais, para garantir que, apesar do desastre que tem sido o seu governo, o Brasil possa encontrar um futuro de reconciliação com a esperança, com o desenvolvimento, e principalmente com a verdade”, diz Aécio Neves, em pronunciamento hoje (09) no Senado Federal.

Segue íntegra:

aecio neves foto george gianni 1Não gostaria de ter a necessidade de fazê-lo, mas sou obrigado pelas funções que tenho hoje – a vir a esta tribuna para responder diretamente à senhora presidente da República, que, há pouco, na Rússia, me brinda com considerações mais uma vez absolutamente distantes da realidade. É curioso vermos a presidente da República em um momento grave como este por que passa a economia brasileira, – e todos torcemos para que haja uma integração maior dos Brics e isso possa de alguma forma favorecer a recuperação da economia brasileira – mas o que ouvimos é algo absolutamente fora do sentido. Aliás, me perdoem, como têm sido algumas das últimas declarações da presidente da República. Diz a presidente da República, na Rússia, em um momento em que deveria estar defendendo os interesses do Brasil. Diz ela: “Quem é golpista mostra na prática as tentativas”.

Vou tentar traduzir porque nem sempre é fácil fazê-lo. Abro aspas para a senhora presidente da República: “Quem coloca como já tendo tido uma decisão – e ela se refere aos tribunais – está cometendo um desserviço para a instituição, para o TCU e o TSE porque não há nenhuma garantia que qualquer senador da República, diz ela, muito menos o senhor Aécio Neves possa prejulgar quem quer que seja ou definir o que uma instituição vai fazer ou não”.

Eu tive oportunidade de vir a esta tribuna no dia de ontem, dizer aquilo que disse na Convenção, que tenho dito em todos os instantes, em todos estes últimos meses: Devemos ser guardiões da Constituição e defensores das nossas instituições. Em momento algum, houve qualquer prejulgamento e, na verdade, não sei se por não ter lido – e aí eu dou a ela o direito da dúvida, e mal informada, a presidente busca criar um factoide a partir de algo que não é real, que não é verdadeiro.

E leio exatamente a partir das notas taquigráficas da sessão de ontem algo que se coloca na direção oposta àquilo que a presidente da República acaba de dizer. Quem coloca como já tendo tido uma decisão dos tribunais está cometendo um desserviço para o Tribunal de Contas e o TSE, porque não há nenhuma garantia – repito o que disse a presidente – que qualquer senador da República, muito menos o senhor Aécio Neves possa prejulgar quem quer que seja ou definir o que uma instituição deve fazer ou não. Passo a ler aqui o que disse ontem, senhor presidente. Disse eu: “Vamos permitir – acho até que a senhora presidente da República é capaz de compreender o que eu disse, se eu disser aqui de forma clara e devagar – que o Tribunal de Contas – repito o que disse na sessão de ontem – cumpra com sua função constitucional. Ele pode tanto aprovar quanto reprovar as contas da presidente da República, disse eu. Não há um julgamento feito ainda, até porque houve abertura de um tempo maior para que a presidente possa se defender, disse eu ainda.

Por outro lado, os tribunais, como o Tribunal Superior Eleitoral, estão ali também cumprindo com o seu papel, e cabe à oposição ser a guardiã das nossas instituições, para que não aconteça aquilo que querem alguns membros do Partido dos Trabalhadores, que é submeter essas instituições, pilares fundamentais da democracia, à conveniência do governo de plantão, como fizeram alguns deputados essa semana, dizendo que a Polícia Federal tem que se subordinar ao governo federal, porque o governo federal foi eleito.

Senhoras e senhores senadores, é absolutamente inacreditável a desconexão da presidente da República com a realidade, e o que eu percebo é uma presidente que, mesmo saindo do Brasil, se sente acuada, perseguida pelos fatos, pela incerteza em relação ao seu próprio futuro. Não somos nós da oposição que vamos definir o que vai acontecer com o futuro da presidente da República, depende muito mais dela, e depende em especial do povo brasileiro. O que não permitiremos é que as nossas instituições, instituições de Estado, e não de governo, como o Tribunal de Contas, como o Tribunal Superior Eleitoral e a própria Polícia Federal, sejam de alguma forma constrangidas pela ação do seu governo.

Não desejo mal à presidente da República. De forma alguma. Talvez o cumprimento do seu mandato constitucional fosse para o Brasil uma saída mais tranquila, mais adequada, mas os fatos que se sucedem é que geram essa grande incerteza – não apenas nos agentes políticos – mas na sociedade brasileira como um todo. A presidente, mais uma vez, perdeu uma belíssima oportunidade para talvez responder aquilo que está hoje nos jornais, e é algo extremamente grave: as declarações e depoimento de um ex-diretor do Ipea, o senhor Herton Araujo, que disse de forma muito clara: “recebi a notícia de que eu não podia falar com a imprensa por causa da lei eleitoral”.

Ele se refere à demissão que pediu às vésperas do 2. turno da eleição porque, como diretor do IPEA, como servidor do IPEA, foi impedido de divulgar os números que o IPEA havia levantado. E diz ele que recebeu o e-mail de um diretor do órgão dizendo o seguinte: “Herton. Acho que nesse período de eleição o que é terra vira mar, e o que é mar vira terra”. Talvez, aludindo àquela expressão que se tornou famosa no Brasil, de que numa eleição se faz o diabo, inclusive esconder, escamotear dados oficiais.

Isso aconteceu com o IPEA; isso aconteceu com o IBGE, e vamos nos lembrar da grave crise que levou ao pedido de demissão de dois dos seus diretores, que depois reviram a posição exatamente porque também o IBGE era, ali, impedido de mostrar números que interessavam à sociedade brasileira. Os do IPEA, mostravam que a pobreza tinha aumentado. Mas os brasileiros não puderam saber disso porque o servidor foi impedido de dividir com a sociedade brasileira os dados oficiais do próprio governo.

Perdeu a oportunidade, a presidente, de dizer, por exemplo, o que acha do bloqueio feito pelo Ministério Público dos bens dos executivos do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, nomeados por ela, e acusados de irregularidades que levaram a perdas substantivas deste fundo, e infelizmente não apenas dele.

Perdeu a oportunidade, a presidente da República, de comentar os dados de hoje do IBGE, que, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( PNAD), mostra que a taxa de desemprego chegou a 8,1% neste trimestre. A taxa de desocupação atingiu o maior patamar da série de toda a PNAD contínua. Essa mesma que foi, também na campanha, houve sobre ela tentativa de que não fosse divulgada. O número de desocupados no Brasil atingiu 8 milhões e 157 mil pessoas, o maior valor de toda a história da PNAD contínua. Perdeu também a oportunidade, a presidente da República, de comentar os dados da Confederação Nacional da Indústria que mostram, vejam bem senhoras e senhores senadores, que 50% das indústrias brasileiras demitiram nos últimos seis meses. Mostram que a redução da produção das indústrias atingiu 60% dos trabalhadores, e o maior percentual no setor automotivo, onde 73% das empresas demitiram. E boa parte deles dizem que continuarão a demitir.

Portanto, perdeu a oportunidade a presidente da República de comentar qual a sua parcela de responsabilidade para que o índice de inflação alcançasse uma meta ou um patamar jamais alcançado nos últimos 20 anos para esse período.

O índice oficial atingiu 0,79% nesse mês de junho; a alta acumulada nos últimos 12 meses chega a 8,89%.

É disso que a presidente da República deveria falar. Olhar para os brasileiros e dizer que errou. Que fracassou. Que falhou. E hoje nós temos desemprego recorde, inflação saindo de controle, desaquecimento de toda a economia, juros na estratosfera. Não, senhoras e senhores, isso não é obra da oposição. A oposição não é golpista. E eu desafio a presidente da República a demonstrar em qual momento, em que instante, eu, como presidente do PSDB, dei qualquer declaração que não fosse de respeito à Constituição, que não fosse de respeito à soberania e independência das nossas instituições.

Presidente Dilma, Vossa Excelência terá a oportunidade de se defender, de apresentar as suas razões pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, como aponta o relatório do ministro Nardes, ou em relação à utilização de dinheiro de propina na campanha eleitoral, como afirma o delator Ricardo Pessoa. Não fazemos aqui pré-julgamentos; mas eu quero dizer a Vossa Excelência: ninguém, absolutamente ninguém neste país, inclusive a senhora presidente da República, está acima das instituições. E é por isso que nós cumpriremos o nosso papel, dentro dos preceitos constitucionais, para garantir que, apesar do desastre que tem sido o seu governo, o Brasil possa encontrar um futuro de reconciliação com a esperança, com o desenvolvimento, e principalmente com a verdade dita por seus governantes. Muito obrigado.

Pronunciamento após aparte do senador Cássio Cunha Lima.

O que me preocupa efetivamente é a instabilidade por que passa a presidente da República, talvez acostumada com o que acontece na campanha eleitoral, falta mais uma vez com a verdade para acusar a oposição. Não há nenhuma tentativa da oposição de fazer qualquer prejulgamento. Isso está claro em todas as nossas declarações.

É triste ver a presidente da República sair do Brasil e, perante outros chefes de Estado, faltar com a verdade. Quero tranquilizá-la. O PSDB estará atento vigilante, mas sempre em todos os instantes, respeitando as regras da democracia. A democracia que aí está foi uma conquista de todos nós. E ela pressupõe instituições sólidas, instituições fortes, instituições independentes que devem fazer o seu trabalho sem qualquer tipo de pressão.

Portanto, mais uma vez, quero repelir de forma mais veemente possível, as insinuações da presidente da República com base em informações falsas, e sugiro a ela que economize as suas energias com a oposição. Não a levará a absolutamente nada. Concentre suas forças e suas energias para defender-se das inúmeras acusações que sobre ela recaem em razão daquilo que ela e seu partido fizeram, e não que a oposição efetivamente tenha denunciado. Desejo a ela, como brasileiro, que ela possa enfrentar essas dificuldades, mas sugiro que as enfrente com serenidade e, em especial, com respeito ao contraditório.

PSDB recorre ao STF contra adiamento do pagamento do abono salarial

carlos sampaio foto Lucio Bernardo Jr.  Câmara dos DeputadosO PSDB protocolou junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), no início da noite de ontem, uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) com pedido de liminar contra o adiamento do pagamento de parte do abono salarial, anunciado pelo governo na semana passada.

A ação questiona a constitucionalidade da Resolução CODEFAT nº 748, de 02 de julho de 2015, que adiou parte dos pagamentos para o ano que vem, por afrontar o art. 239, § 3º da Constituição Federal, que determina que os benefícios sejam pagos anualmente. Assinam a ação o vice-presidente jurídico do PSDB e Líder da bancada tucana na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e os advogados Flávio Henrique Costa Pereira, Gustavo Kanffer e Afonso Assis Ribeiro.

“…Ao deixar de observar a anualidade do pagamento do abono salarial dos empregados que percebam até dois salários mínimos de remuneração mensal, conforme expressamente assegurado pela Constituição Federal, a Resolução entra em conflito com todo o arcabouço normativo implementado com o fito de se concretizar o valor social do trabalho”, diz a ação.

Para Sampaio, o objetivo da ADPF é preservar o direito dos trabalhadores. “A presidente Dilma já reduziu direitos trabalhistas e agora tenta atrasar o pagamento do abono para fazer caixa e tentar cobrir o rombo das contas públicas às custas daqueles que mais precisam. O PSDB não aceita este proceder e exige que os direitos dos trabalhadores sejam preservados”, afirmou.

*Anexa está a íntegra da ADPF protocolada

Para Líder da Oposição, Dilma desrespeita o bom senso em entrevista à Folha de S. Paulo

bruno araujo foto Agencia CamaraAcossada por inúmeras denúncias contra seu governo e sua conduta, a presidente Dilma Rousseff demonstra mais uma vez que se encontra sem argumentos de defesa. Tenta transformar ações institucionais em simples vontade de uma minoria. Consegue, no máximo, autoritariamente, afirmar que a aplicação rigorosa das leis é ato de sua vontade pessoal. Mais uma vez, portanto, atrapalha-se com as palavras e desrespeita o bom senso.

A presidente Dilma não se defende apenas de investidas da oposição, mas de órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral, o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público e a Polícia Federal. É por causa de suspeitas de crimes como extorsão para obter verbas de campanha, abuso do poder econômico e manipulação das contas do governo que a presidente deve respostas a essas instituições e à sociedade. Se alguém feriu a democracia, foi a própria presidente.

Ao invés de se agarrar com unhas e dentes ao mandato, a presidente deveria ter se agarrado às promessas de campanha como a preservação dos direitos dos trabalhadores, o crescimento sustentável da economia, e em evitar a profunda crise que o Brasil enfrenta por erros do próprio governo. É por tudo isso que a presidente é aprovada por apenas 9% dos brasileiros.

Deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE)
Líder da Oposição na Câmara

Nota do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

aecio-coletiva-780X340O discurso do golpe

O discurso do golpe que vemos hoje assumido pela presidente da República, e repetido pelos seus ministros e pelos petistas, nada mais é do que parte de uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileiras no momento em que pesam sobre a presidente da República e sobre seu partido denúncias da maior gravidade.

Para o PT, se o TCU identifica ilegalidades e crime de responsabilidade nas manobras fiscais autorizadas pela presidente da República, trata-se de golpe.

Para o PT, se o TSE investiga ilegalidades na prestação de contas das campanhas eleitorais da presidente da República, trata-se de golpe.

Se a Polícia Federal e o Ministério Público investigam crimes de corrupção praticados por petistas, para o PT trata-se de golpe.

Tudo que contraria o PT, e os interesses do PT, é golpe!

Na verdade o discurso golpista é o do PT, que não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia.

O discurso golpista do PT tem claramente o objetivo de constranger e inibir  instituições legítimas, que cumprem plenamente seu papel.

Os partidos de oposição continuarão atentos e trabalhando para impedir as reiteradas tentativas do PT para constranger e inibir a autonomia e independência das instituições brasileiras.

Senador Aécio Neves
Presidente do PSDB.

“Ajuste sem reforma é arrocho”, critica Aécio Neves

18822400003_92cdb43b7e_kBrasília – O senador Aécio Neves, reeleito presidente nacional do PSDB neste domingo (5), criticou o governo da presidente Dilma Rousseff por fazer um ajuste fiscal precário, às custas do trabalhadores.

“O que temos em marcha é um ajuste sem reformas. E ajuste sem reformas não pode ter outro nome senão arrocho. É isso que nós estamos vivendo. Neste cenário é nosso dever lutar pela garantia dos direitos dos cidadãos, pela preservação da nossa democracia, pela defesa das nossas instituições e pelo muito que foi conquistado até agora”, afirmou Aécio Neves em discurso na convenção nacional da legenda.

Aécio ressaltou que as medidas tomadas pelo governo federal são baseadas no aumento de impostos, corte de investimentos e restrições nos benefícios sociais.  “O ajuste fiscal de péssima qualidade não resolverá a crise e tampouco as contradições do modelo. Para um país que precisa crescer, é inaceitável que os investimentos públicos tenham caído quase 40% desde janeiro e que os gastos permaneçam intocados”, apontou.

O presidente nacional do PSDB também afirmou que o governo petista age com “requintes de crueldade” ao restringir o acesso ao seguro-desemprego em um momento em que milhares de brasileiros estão sendo demitidos por causa da crise econômica.

“Em época de crise e de alta do desemprego, quando os brasileiros mais precisam do apoio do poder público, o governo dos nossos adversários limita os direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e faz, agora, o impensável. Com requintes de crueldade, transfere para os trabalhadores mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, cerca de R$ 9 bilhões da conta do ajuste, adiando para o ano que vem o pagamento do abono salarial”.

O senador questionou o slogan “Pátria Educadora” do governo Dilma. “A tesoura do governo também não poupa programas sociais, a começar pela “pátria educadora” que a cada dia impõe mais cortes a programas voltados ao ensino. Vitrines das propagandas partidárias do PT, iniciativas como o Fies e o Pronatec foram severamente reduzidas, frustrando os planos de milhões de brasileiros que buscam uma vida melhor. Sucatearam também as nossas universidades”, lamentou o presidente tucano.

Fim do governo Dilma é a melhor maneira de resolver crises que atingem Brasil, defende líder

carlos sampaio foto PSDB na CamaraO líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP), subiu ao palco da 12ª Convenção Nacional do partido, realizada neste domingo (5), em Brasília, e destacou os malfeitos do governo petista para o Brasil. O tucano disse que a solução para as crises na saúde, segurança e educação é uma só: o fim da gestão Dilma.

“Não existe melhor proposta à nação que o compromisso da bancada nacional de não se quedar inerte diante das atrocidades que este governo faz ao país, de se manter firme combatendo até afastarmos legalmente este governo que tanto mal fez e faz ao nosso país”, destacou

“O PT deixou nosso país doente e a melhor coisa para retomar a saúde é o TSE cassar a presidente e afastar esse governo corrupto e mentiroso”, afirmou. Não tem como falar em segurança sem lembrar o saque aos cofres da Petrobras promovido pelos petistas no petrolão, destacou o líder. “O PSDB quer ver na cadeira esses petistas corruptos que desviaram dinheiro do povo para seus próprios bolsos”, completou. As mentiras de Dilma impedem o Brasil de ser de fato a “pátria educadora”, lamentou o líder.

Sampaio ressaltou o orgulho de dividir o palco com lideranças importantes do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra e o governador Geraldo Alckmin. Ele lembrou que, na última convenção do PT, vários líderes não compareceram porque estavam presos.

O parlamentar integra a nova Executiva tanto por ser líder da bancada como também por responder pela vice-presidência Jurídica da legenda.

Do Portal do PSDB na Câmara

Confira a composição da nova Executiva Nacional do PSDB

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL

Presidente de HonraFernando Henrique Cardoso
PresidenteSenador Aécio Neves
Vice-Presidentes 

 

 

 

 

 

Deputado Giuseppe Vecci
Senador Aloysio Nunes Ferreira
Senador Tasso Jereissati
Senador Flexa Ribeiro
Alberto Goldman
Deputado Bruno Araújo
Deputada Mariana Carvalho de Moraes
Vice-Presidente JurídicoDeputado Carlos Sampaio
Secretário-GeralDeputado Silvio Torres
1º SecretárioDeputado Antonio Imbassahy
2º SecretárioDeputado Nilson Leitão
TesoureiroDeputado Rodrigo de Castro
Tesoureira-AdjuntaThelma de Oliveira
Vogais 

 

 

 

 

 

 

 

 

Senador Paulo Bauer
Deputado Jutahy Junior
Deputado Eduardo Cury
Deputado Daniel Coelho
Deputado Arthur Bisneto
Rita Camata
Yeda  Crusius
Prefeito Firmino Filho
Vereador Andrea Matarazzo
Eduardo Jorge Caldas Pereira
Suplentes 

 

 

 

 

 

 

Deputado Alfredo Kaefer
Deputada Geovania de Sá
Moema Santiago
Terezinha Nunes
Nancy Thame
Marcos Antonio Fernandes
Luislinda Valois
Líderes da Bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado Federal
Líderes da Minoria/Oposição na Câmara dos Deputados e no Senado Federal

 

Para líderes do PSDB no Congresso, o Brasil vive uma das mais graves crises de sua história

CarloSampaio_ConvencaoPSDB_GeorgeGiani_2Os líderes do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), no Senado,  Cássio Cunha Lima (PB), não pouparam o governo da presidente Dilma Rousseff durante a 12ª Convenção Nacional.

Para Cássio Cunha Lima, o Brasil vive a mais grave crise de sua história: “Este é o momento em que a Nação e o país exige de todos nós: brasileiros comprometidos com a ética, com o futuro e com a mudança. Exige coragem, firmeza, coerência, determinação para que possamos ser, como somos, a voz da mudança que o país necessita”.

Segundo o líder do PSDB no Senado, as mentiras de Dilma na campanha à reeleição provocaram revolta no país.

“Como é constrangedor ter que dizer que uma senhora  – que já é avó – mentiu para o país de forma que é deliberada, de maneira proposital para tentar ganhar a eleição de toda forma, a qualquer custo. E Aécio, nós perdemos a eleições não para um partido político, nós fomos derrotados por uma organização criminosa que enganou e mentiu para o povo brasileiro”, acrescentou Cássio.

De acordo com Carlos Sampaio, o PT deixou o nosso país doente e que a melhor coisa que nós poderíamos fazer para que o país volte a pensar em seus problemas reais na área da saúde ou educação seria “o TSE cassar a presidente Dilma e nós afastarmos esse governo corrupto e mentiroso”.

“Se nós queremos falar de segurança pública desse país, nós temos que dar o exemplo e dizer à Nação que o PSDB quer ver na cadeia estes petistas corruptos que desviaram dinheiro do nosso povo para os seus próprios bolsos”, concluiu Sampaio.

 

Aécio Neves é reeleito presidente do PSDB em convenção com fortes críticas ao governo Dilma

Aecio_ConvençãoPSDB_GeorgeGiani_45Brasília – O senador Aécio Neves foi reeleito presidente nacional do PSDB, neste domingo (5), responsabilizando o governo federal pela grave crise política e econômica vivida pelo País. Em um duro discurso, Aécio afirmou que os escândalos de corrupção colocam sob gravíssima suspeição a campanha que elegeu a atual presidente e seu vice.

“Convivemos hoje com o dramático aparelhamento da administração federal, tomada de assalto por ativistas e amigos do poder. Convivemos com a corrupção endêmica, com escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, como os revelados quase diariamente pela Operação Lava-Jato. Convivemos com o uso de truques contábeis, as chamadas “pedaladas fiscais”, para fechar as contas do governo. Uma prática que pode levar a presidente da República a ter suas contas rejeitadas, algo inédito em quase 100 anos de história republicana”, criticou Aécio Neves.

Reeleito por mais dois anos na presidência do partido, com 99,34% dos votos dos convencionais, Aécio Neves ressaltou que o PSDB seguirá lutando no Congresso contra os desmandos do atual governo.

“Somos minoria no Congresso, mas somos majoritários na esperança e no coração dos brasileiros. A oposição não se omitiu. A oposição não hesitou nem esmoreceu. A oposição lutou e continua lutando. Hoje grande parte do Brasil espera a posição do PSDB. Ela será responsável e corajosa”, ressaltou.

Leia a íntegra do discurso:

Brasileiros e brasileiras, tucanos e amigos de todo o país.

Governadores e vice-governadores do nosso partido, que hoje, aqui, emprestam grande peso político e prestígio à nossa convenção.

Companheiros de bancada e dos partidos aliados no Congresso Nacional, bravos combatentes diários em defesa das causas do Brasil do nosso tempo.

Prefeitos, vereadores e lideranças políticas que vieram de todos os cantos do país, para confirmar o nosso sonho comum: a construção coletiva de um novo projeto de Brasil.

O projeto da social democracia brasileira.

A todos cumprimento, homenageando o nosso grande líder nacional: Fernando Henrique Cardoso, o presidente mais transformador da nossa história contemporânea e que nos inspira hoje nas obrigações e tarefas do maior partido de oposição do país.

Amigas e Amigos,

Peço licença, aproveitando este grande ato que nos reúne, para reiterar a enorme gratidão que carrego comigo pela intensa e inestimável solidariedade que recebi na campanha de 2014.

Quero dizer-lhes, mais uma vez: Foi – e continua sendo também agora – uma honra caminhar, ombro a ombro, lado a lado, com cada um de vocês.

Tenho certeza: no curso deste difícil, mas recompensador caminho, fortalecemos nossas convicções.

E nada pôde se igualar ao encontro que tivemos com milhões de brasileiros no mesmo sonho de um mesmo país.

Enfrentamos, com a cabeça erguida e o espírito alto, a mais sórdida e covarde campanha eleitoral da nossa história.

Respondemos aos ataques com nossas ideias e nossas melhores esperanças.

Ofereci o que tenho de melhor, e confesso: vivi dias inesquecíveis.

Por isso e por tudo, neste momento falo a vocês tomado pela emoção e pelo sentimento de enorme agradecimento.

Muito obrigado a cada um de vocês.

Amigos, também estou sinceramente honrado pela demonstração de confiança e de unidade em torno de valores, princípios e ideais que já há longos 27 anos estamos construindo juntos, e aqui hoje renovamos.

Penso que retomamos uma preciosa vocação original.

Lembro que, desde que foi fundado, o PSDB tem sido o abrigo preferencial de alguns dos mais qualificados quadros da vida pública nacional.

Essa condição natural nos impôs, desde sempre, a necessidade de modelar um partido aberto, diverso, democrático.

Entre nós, jamais houve espaço para a prevalência de um pensamento monolítico.

Ou para a hegemonia de um único líder, por mais importante que ele fosse.

Ao contrário do que dizem, orgulha-nos ser um partido em que a democracia não é só uma palavra.

Onde há espaço para o livre debate, respeito ao contraditório e – por que não? – posições diferentes sobre as grandes questões e causas brasileiras.

Foi justamente esta condição que nos elevou ao alto grau de maturidade política, responsabilidade propositiva e unidade que agora vivenciamos.

Por isso, é com grande orgulho que recebo hoje o voto de confiança dos correligionários do PSDB para continuar esta caminhada pelos próximos anos.

Estou pronto para cumprir o meu dever.

E saibam: tudo farei para estar à altura dos sonhos e das expectativas de cada um de vocês.

Companheiros,

O outro saldo que conquistamos diz respeito a um outro reencontro: o reencontro com a nossa história.

Lembro-me bem: há dois anos, exatamente em uma hora como essa, eu os conclamei a caminharmos juntos nesta direção.

E assim o fiz porque tenho convicção de que não pode haver futuro sem passado.

Para nós, as lições e os aprendizados que generosamente recebemos de gigantes como Mario Covas e outros tantos bravos companheiros que já não estão entre nós são verdadeiros legados que nos guiam e apontam a direção.

Que abrem as portas para o futuro.

Com justiça e legitimidade, nos reapropriamos da herança bendita que a gestão tucana deixou para o Brasil.

Assim, o PSDB passou a se orgulhar ainda mais de ser o PSDB, de suas convicções democráticas, das práticas de um partido modernizante e, especialmente, reformador.

E também soubemos aprender a nossa própria lição: a história não se reescreve, muito menos é refém de circunstâncias e de conjunturas.

A história não engana. A história é guardiã da verdade.

Por isso, o Brasil aplaude e reconhece hoje o grande legado do presidente Fernando Henrique.

Reconciliados com nós mesmos, estamos onde sempre estivemos: ao lado do Brasil, ao lado dos brasileiros.

Somos o partido que lançou as bases fundamentais de uma inovadora e até então inédita rede de proteção social.

O partido que derrotou a hiperinflação, estabilizou a economia e abriu as portas do mercado de consumo para milhões de brasileiros.

Somos o partido que iniciou uma efetiva política de valorização do salário mínimo.

Somos o partido que organizou as contas públicas e impôs a responsabilidade fiscal como norma inapelável.

Que modernizou o país com as privatizações, abriu o Brasil ao mundo e o colocou em um novo patamar no concerto global das nações.

Somos também o partido que universalizou a educação fundamental e fortaleceu o SUS.

Ao final dos anos em que estivemos à frente do destino do país, caro presidente Fernando Henrique, as inovações e os avanços estruturais estavam distribuídos por todos os campos da vida nacional.

O Brasil legado aos brasileiros foi um país real, muito melhor e mais avançado do que aquele que recebemos – e, em tudo, desafiador.

E essa é a principal beleza da política e da vida pública: fazer a transformação há tanto tempo acalentada por tantos.

Nós fizemos!

Tudo isso, infelizmente, é muito diferente do Brasil dos nossos dias.

O Brasil que nos é apresentado diariamente não supera os limites estreitos da propaganda enganosa, movida pela fragilidade de resultados, pelo descrédito dos governantes, mas também, e especialmente, pela má-fé.

A oposição se orgulha de ser cada vez mais oposição e de nos contrapormos a tudo de errado que assistimos, perplexos, todos os dias: hoje assistimos o resultado da pior equação que o Brasil experimentou no curso de sua história recente.

Convivemos hoje com o dramático aparelhamento da administração federal, tomada de assalto por ativistas e amigos do poder.

Com o compadrio que se estabeleceu como norma básica de conduta e funcionamento da máquina pública.

Com a corrupção endêmica, que grassa no serviço público, gerando escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, como os revelados quase diariamente pela Operação Lava-Jato.

Convivemos com o uso de truques contábeis, as chamadas “pedaladas fiscais”, para fechar as contas do governo.

Uma prática que pode levar a presidente da República a ter suas contas rejeitadas, algo inédito em quase 100 anos de história republicana.

E temos, como resultado de tudo isso, um autêntico desgoverno, que abriga caprichosamente uma crônica ineficiência e premia a má gestão.

Diante disso, não seria possível esperar qualquer outro resultado, senão as múltiplas crises que se instalaram no corpo do Estado brasileiro.

A crise, que inicialmente era econômica, apenas uma “marolinha”, parou o país e varreu nossas esperanças.

Depois virou também séria crise política, tomada pelo descrédito total dos que estão no poder e de seus padrinhos.

Agora, passo a passo, vai se transformando em aguda crise social.

Na raiz de todas estas crises há uma grave distorção: a crise moral de um governo afundado em contradições, desvios e crimes de toda ordem.

O que está acontecendo tomou tal dimensão e gravidade, que a impressão dos brasileiros é de que, há muito tempo, o governo e seu partido já não governam, tomados pela arrogância, pela ganância e pelas conveniências do seu projeto de poder.

Mas, como diz um antigo ditado, nada é tão ruim que não possa piorar.

O cenário adiante sinaliza que estão comprometidos e em risco os principais avanços que os brasileiros duramente conquistaram nas últimas duas décadas.

Peço, aqui, licença para, mais uma vez, reiterar: a agenda brasileira retrocedeu 20 anos. Isto mesmo: 20 anos!

Estamos, hoje, tendo que lidar com o que acreditávamos estar totalmente superado desde o Plano Real.

O desafio nacional é, de novo, controlar a inflação, retomar o crescimento, garantir os empregos e evitar o agravamento da crise social na qual já estamos mergulhados.

Fato é que a irresponsabilidade e a incompetência nos levaram à pior equação econômica entre as nações emergentes:

Recessão com inflação alta. Descrédito aliado à desconfiança. Essa é a nossa realidade hoje.

Pelas estimativas hoje disponíveis, neste ano o mundo irá crescer em torno de 3,5%, os países emergentes vão avançar mais de 4% e a economia do Brasil vai retroceder 2%.

Isso mesmo: praticamente todo o resto do mundo cresce enquanto nós andamos para trás, em pleno processo de estagnação.

Uma das heranças da presidente Dilma nós já conhecemos: meia década perdida.

Ao final de seu governo, os brasileiros terão ficado mais pobres!

A realidade aí está: voltamos a ser um país desorganizado. Sem projeto. Sem segurança jurídica. Sem confiança no futuro.

Entre os principais componentes desta mistura indigesta, estão a maior recessão econômica em mais de 20 anos, uma inflação altíssima e o desemprego em forte escalada.

Para os mais jovens, o quadro é ainda mais dramático, com o desemprego nesta faixa etária podendo superar 20% neste ano.

Como consequência da condução desastrosa da economia por nossos adversários, aqueles que ainda conseguem manter o emprego e recebem salário mínimo terão aumento real de 0% nos próximos dois anos.

Além disso, os juros do Brasil são os mais altos do mundo.

A produção atual da indústria brasileira está no mesmo nível de 2008, com sete anos de competitividade perdidos.

Tarifas como as de energia vêm tendo aumentos que, apenas neste ano, chegam a ultrapassar 70% em alguns casos.

É insuportável!

No campo social, a realidade não é diferente.

Hoje o Fundo Nacional da Assistência Social não consegue sequer repassar recursos para municípios manterem seus serviços assistenciais funcionando.

Os recursos para acompanhamento do Bolsa Família estão atrasados há seis meses.

Faz um ano que o programa não recebe reajuste, mesmo com a inflação em disparada.

Quem paga a conta do descontrole são áreas vitais como a saúde, a educação e a segurança, cujos investimentos neste ano foram cortados pela metade.

O que temos hoje, amigas e amigos, é um governo afogado em denúncias, paralisado pela incompetência e desacreditado pela falta de confiança.

Um governo que não consegue apresentar saídas para as crises que ele próprio criou e continua criando. Crises que agora se agravam e punem principalmente aqueles que menos têm.

Se tudo isso não é a falência de um governo e seu projeto de poder, o que mais pode ser?

Os sucessivos escândalos consolidam a ideia de que instalou-se no Brasil um modus operandi organizado e sistematizado em que vale tudo para se manter no poder.

Escândalos que agora colocam sob grave suspeição a campanha que elegeu a atual presidente e a campanha do presidente que a antecedeu, além de outras, do mesmo partido, espalhadas pelo país afora.

A predação a que nossos adversários se lançaram com o único intuito de se preservarem no poder destruiu nossas estatais, em especial a Petrobras e a Eletrobrás.

Não bastasse isso, também pôs sob risco algumas das nossas melhores possibilidades de desenvolvimento.

A incompetência dos nossos adversários comprometeu riquezas como as do pré-sal e atingiu conquistas de várias gerações, como a indústria nacional e o etanol.

Aqueles que sempre nos acusaram de privatistas agora, sem qualquer constrangimento, colocam importantes ativos da Petrobras à venda, entregando o patrimônio dos brasileiros na bacia das almas.

É a política da terra arrasada.

O ajuste fiscal de péssima qualidade, baseado no aumento de impostos, corte de investimentos e restrições nos benefícios sociais, não resolverá a crise e tampouco as contradições do modelo.

Para um país que precisa crescer, é inaceitável que os investimentos públicos tenham caído quase 40% desde janeiro e que os gastos permaneçam intocados.

Em época de crise e de alta do desemprego, quando os brasileiros mais precisam do apoio do poder público, o governo dos nossos adversários limita os direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e faz, agora, o impensável:

Com requintes de crueldade, transfere para os trabalhadores mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, cerca de R$ 9 bilhões da conta do ajuste, adiando para o ano que vem o pagamento do abono salarial.

A tesoura do governo também não poupa programas sociais, a começar pela “pátria educadora” que a cada dia impõe mais cortes a programas voltados ao ensino.

Vitrines das propagandas partidárias do PT, iniciativas como o Fies e o Pronatec foram severamente reduzidas, frustrando os planos de milhões de brasileiros que buscam uma vida melhor.

Sucatearam também as nossas universidades.

O que temos em marcha é um ajuste sem reformas. E ajuste sem reformas não pode ter outro nome senão arrocho. É isso que nós estamos vivendo.

Neste cenário, é nosso dever lutar pela garantia dos direitos dos cidadãos, pela preservação da nossa democracia, pela defesa das nossas instituições e pelo muito que foi conquistado até agora.

Não tenho dúvida em afirmar que graças à atuação decidida – no Congresso e na sociedade – do PSDB, dos partidos que são nossos aliados, como o DEM, o PPS e o Solidariedade, e das forças comprometidas com a democracia, como o PSC, o PV e o PSB, o país não sucumbiu a um projeto de poder que sempre buscou ser hegemônico, que sempre conviveu mal com o contraditório, que sempre tentou silenciar as críticas e que reiteradamente aviltou as instituições e o Estado democrático de direito.

A oposição não se omitiu.

A oposição não hesitou nem esmoreceu.

A oposição não capitulou.

A oposição lutou e continua lutando.

Apesar de minoritária nas disputas congressuais, ouso dizer, sem qualquer sombra de dúvida, que somos hoje amplamente majoritários no conjunto da sociedade brasileira.

O país respira hoje, como eu disse, uma combinação tóxica que sufoca o ambiente econômico, contamina a arena política, afronta princípios caros aos brasileiros e torna a vida da nossa população ainda mais difícil.

Devido a seus erros crassos e frequentes, a presidente não governa mais.

Ela vê, a cada dia, o seu poder se esvair.

A presidente perdeu o controle da máquina administrativa e da agenda do Brasil.

Foi obrigada a terceirizar a condução do país, tanto na política quanto na economia.

O Brasil de hoje não inspira confiança em quem trabalha, em quem investe, em quem produz.

O Brasil de hoje, com suas revelações diárias de corrupção, de desrespeito ao bem público, de descompromisso com o interesse da população, é incapaz de alimentar esperanças.

Este não é o Brasil que queremos.

Este não é o Brasil com o qual sonha a imensa maioria que acorda cedo todo dia para estudar, para trabalhar e lutar por uma vida melhor.

Mantemos, amigos e amigas, a nossa profissão de fé a favor do Brasil e contra o descalabro monumental que nos espreita.

Por isso, aproveito este momento para reiterar alguns princípios que, cada vez mais, deverão nortear a atuação do PSDB.

Valores com os quais comungamos. Valores que professamos.

Sentimentos que nos irmanam aos que ocupam ruas e protestam contra a destruição que nossos adversários promovem no país.

Destruição que não deixaremos prosperar.

Lembro, primeiro, o que está escrito no nosso registro de nascimento: o PSDB surgiu 27 anos atrás “longe das benesses oficiais, próximo ao pulsar das ruas”.

E este continua sendo o nosso lugar.

Nesse momento em que realizamos a nossa convenção, encontro maior de nossos companheiros de cada canto deste extraordinário Brasil, reafirmo a cada um dos brasileiros a base do nosso ideário:

– E começo pela defesa intransigente das liberdades e da democracia, traduzida pela força da lei e a vigência de um pleno Estado de direito.

– O respeito às diferenças, à independência e autonomia das instituições e ao interesse público.

– O compromisso com a ética e com um Estado transformador e, sobretudo, reformista.

– O compromisso com uma sociedade justa que priorize a atenção aos que mais precisam.

– A busca incessante e obstinada pela retomada do crescimento econômico com justa distribuição do nosso desenvolvimento por todo o país e por todas as classes, instrumento da verdadeira ascensão e mobilidade social.

– A restauração da confiança no país, alicerce imprescindível para que o Brasil e os brasileiros voltem a sonhar com um futuro melhor e com um presente digno.

– O fortalecimento da cidadania como alavanca de uma sociedade que se moderniza, que exige mais, que participa ativamente e não aceita ser ludibriada, enganada, passada para trás.

– A lei é para todos e deve ser implacavelmente aplicada. Não admitimos que a afronta às normas legais se constitua, como aconteceu nos últimos anos, em conduta aceitável por parte dos comandantes do país.

– Órgãos de fiscalização e controle devem ser crescentemente fortalecidos, sob o abrigo dos princípios republicanos. Sobretudo quando atacados por quem deveria defendê-los.

– A classe política não pode estar voltada para si mesma na busca de cargos ou poder. É preciso sempre ouvir as ruas, as famílias, os indivíduos, pois servi-los é a razão de ser da política. É preciso superar o divórcio hoje existente entre representantes e representados.

Reiteramos também como nossos princípios:

– O apreço pelo Estado transparente, eficiente e mais próximo do cidadão.

– Pela responsabilidade no trato do dinheiro público.

– Pelo equilíbrio nas contas públicas.

– É preciso, também, que o Brasil volte a se abrir aos demais países.

– Precisamos tornar o Brasil mais produtivo e competitivo. Temos que voltar a investir em pesquisa, tecnologia, inovação, educação básica, educação de ponta, e também em maior qualificação profissional.

– Precisamos valorizar o empreendedorismo e ampliar o apoio a jovens empreendedores.

– E, ainda, buscar transformar o Brasil num dos líderes mundiais das políticas relacionadas às mudanças climáticas, com uma nova matriz de produção baseada na sustentabilidade. Precisamos, e podemos, ser imbatíveis em energias limpas e renováveis e também em práticas industriais, comerciais e agrícolas sustentáveis.

– Para nós, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social são irmãos gêmeos, indissociáveis. O país precisa voltar a crescer e as políticas sociais precisam ser ampliadas. Elas não devem significar apenas mais renda, mas sim o acesso a um conjunto de serviços de qualidade, como saúde, segurança, educação, justiça, moradia, saneamento e transporte.

– Nossa vergonhosa desigualdade social exige, para ser superada, menos marketing, mais planejamento, mais seriedade e muito mais perseverança.

Amigas e amigos do PSDB,

Neste encontro de hoje, renovamos nossas forças e nossas esperanças em uma mudança que, cedo ou tarde, chegará.

Quero abraçar aqueles que nos acompanharam na nossa jornada até agora e, com certeza, continuarão a nos acompanhar.

Já éramos muitos, mas vocês sabem: à nossa luta se juntaram muitos outros milhões. De todas as regiões deste imenso país. De todas as classes sociais. De todas as idades.

Continuemos juntos na nossa causa comum.

Lembrando o grande mineiro Milton Campos, digo: aqui sempre haverá um palmo de chão limpo onde homens e mulheres de bem possam se encontrar.

Mais do que nunca, é fundamental a união de todos para recuperar o país e os sonhos dos brasileiros.

Se eu pudesse agora, ao final deste encontro, fazer a cada um de vocês um pedido, seria para que hoje – ao retornar a suas casas – levem na alma e no coração dois sentimentos que deverão nos acompanhar daqui por diante até o reencontro do Brasil com seu destino de dignidade e prosperidade.

Resumo estes dois sentimentos em duas palavras: unidade e coragem.

Unidade para fortalecer a nossa caminhada e coragem para enfrentarmos e vencermos os desafios que nos aguardam.

Porque esta é – agora mais do que nunca – a atitude que os brasileiros esperam de nós do PSDB: sermos, como sempre fomos, a oposição a favor do Brasil.

Vamos juntos pelo Brasil e pelos brasileiros.