Brasília (DF) – A indústria brasileira teve a pior geração de emprego em 22 anos. Nos últimos dois meses, foram fechados 28,5 mil postos de trabalho. Em todos os segmentos do setor, o saldo de vagas está muito aquém das expectativas do governo. As informações são da reportagem desta quarta-feira da Folha de S. Paulo.
Segundo o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), uma série de fatores tornou a conjuntura “desfavorável” e “negativa” para o setor.
“De cada cinco produtos consumidos, um manufaturado é importado. O governo adotou uma taxa cambial reprimida, que é um instrumento de combate à inflação, mas que causa diversos problemas. É uma gestão totalmente equivocada”, afirmou o tucano.
De acordo com Kaefer, a conjuntura negativa e a inflação têm feito com que o Banco Central aplique uma política monetária mais apertada. “Isso levanta a taxa Selic a 11%, o que inibe o crescimento da indústria”, destacou ele.
Números
O segmento de mecânica, em que se situam as montadoras de veículos, teve o maior saldo de demissões: 6.664 trabalhadores. Já a indústria de material de transporte demitiu mais do que contratou 5.330 funcionários.
O setor automobilístico, que influencia cerca de 12% no resultado industrial brasileiro, tem apresentado queda na produção, aumento dos estoques, programas de demissão voluntária e férias coletivas.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em maio houve uma queda de 18% na produção de carros em comparação com maio de 2013.
É difícil acreditar que tenha sido absolutamente técnica a decisão do governo de estender as áreas hoje exploradas pela Petrobras, sob a forma de cessão onerosa, na camada do pré-sal da Bacia de Santos. Considerando- se os precedentes de uso de técnicas de contabilidade criativa para que as contas públicas atinjam os parâmetros que o próprio governo se compromete a alcançar nas diretrizes orçamentárias, tudo indica que tal recurso esteja sendo novamente utilizado pelas autoridades, para que, no exercício de 2014 — um ano de eleições gerais —, os números apareçam bem na fotografia. Afinal, a ampliação das áreas implica a transferência de recursos da estatal para o Tesouro a título de bônus de assinatura — R$ 2 bilhões, para oxigenar combalidas contas públicas.
A Petrobras alega que faz bom negócio. E, de fato, a potencialidade dos campos que vêm sendo explorados na camada do pré-sal da Bacia de Santos indica que a empresa poderá ampliar significativamente suas reservas — seria um acréscimo de 10 bilhões a 14 bilhões de barris. A justificativa técnica para a decisão do governo é que os campos da cessão onerosa estão entrando na fase de desenvolvimento, e os reservatórios contêm volumes de óleo e gás muito superiores aos previstos inicialmente.
Faria, então, sentido que a Petrobras já planejasse a instalação de equipamentos e infraestrutura prevendo aumento futuro da produção. Para que a União seja remunerada por esses volumes que deverão ser extraídos no futuro, o governo se baseou nas condições do leilão do campo de Libra (arrematado pelo único consórcio que ofereceu lance na licitação).
Mas há outras questões que devem ser observadas. A Petrobras não tem sobra de caixa. Ao contrário, a empresa já reconheceu que este ano precisará aumentar o já elevado endividamento para levar adiante seu plano de negócios. Somente a partir do próximo exercício, com o esperado aumento de produção, é que os investimentos serão financiados pela geração de caixa, sem necessidade de recorrer a mais endividamento. É o que se diz oficialmente.
Depois do leilão de Libra, a avaliação dos analistas é que a Petrobras ficou sem condições financeiras de assumir novos grandes riscos. Mesmo assim, montou-se a arquitetura financeira da transação anunciada na terça para atender às necessidades de curto prazo do Tesouro (daí as ações da estatal terem caído com o anúncio da operação). É sintomático que Graça Foster, presidente da empresa, ao comentar a medida, tenha deixado claro que mais do que nunca a companhia precisa que os preços internos dos combustíveis sejam alinhados aos externos. Em suma, a Petrobras está transferindo para o Tesouro recursos que hoje não tem, e não há previsão, ou promessa, de que os terá.
Fica óbvio que a decisão foi muito mais política do que técnica. Ainda com outra decorrência negativa, a de representar um aprofundamento da ingerência do Estado no setor.
Dilma Rousseff é uma pessoa de palavra. Quatro anos atrás, apresentou-se ao eleitorado como gerente gabaritada. Eleita, correu para vestir uniforme de faxineira. Há algumas semanas, assegurou que não mudaria sua equipe ministerial apenas em troca de alguns minutinhos a mais no rádio e na TV. As circunstâncias e o figurino podem mudar, mas Dilma Rousseff mantém a coerência: não cumpre nada do que fala.
Dilma havia dito há algum tempo que “faria o diabo nas eleições”. Mas, vê-se agora, é muito mais que isso: a candidata-presidente está disposta mesmo é a vender a alma ao diabo. Os lances mais recentes da montagem do palanque reeleitoral são pródigos neste sentido. No balcão de negócios, o céu é o limite.
A presidente da República trocou ontem mais um de seus ministros para assegurar o apoio de mais um partido à sua elástica coligação eleitoral. Dilma dissera que estava muito satisfeita com César Borges no Ministério dos Transportes – e, convenhamos, pelo histórico de inoperância da pasta na era petista ele até vinha bem – e jamais o tiraria do cargo.
A palavra dada pela presidente, contudo, não foi honrada. O partido do ministro, o PR, cobrou a substituição de Borges e Dilma prontamente atendeu. Entregou sua cabeça e trouxe de volta para o cargo o mesmo ministro afastado há menos de 15 meses. Se isso não é ser coerente, o que mais pode ser? A Borges, restou a Secretaria dos Portos como prêmio de consolação.
Em 2011, o mesmo partido e o mesmo Ministério dos Transportes estiveram no centro da “faxina” – aquela em que a sujeira é varrida para baixo do tapete – promovida pela presidente. Se havia alguma dúvida do artificialismo do figurino ético de Dilma, não remanesce nenhuma mais. Na alça da mira agora estão a diretoria-geral do Dnit e o comando da Valec, também num movimento de desfazer a limpeza que, embora timidamente, fora feita.
A coerência administrativa da presidente ao nomear sua equipe é de dar gosto. Basta lembrar, também, o que aconteceu no Ministério da Pesca três meses atrás. Lá o ministro que não sabia o que era uma minhoca deu lugar a seu suplente no Senado, um teólogo e jornalista que, possivelmente, não faz ideia do que seja pescar com caniço e samburá.
Em todos estes episódios, salta aos olhos a falta de autoridade da presidente e sua total ausência de controle e critérios para compor uma equipe. Já não bastassem os maus resultados que ela tem a exibir em termos de obras e realizações, cabe a pergunta: Que espécie de gerentona eficiente é esta?
No seu vale-tudo pelo poder, o PT faz uso de suas armas mais típicas, como a também odienta caça aos que ousam não compactuar com os planos eleitorais do partido. Os jornais Extra e O Globonoticiam hoje que o Planalto foi em busca dos nomes de cada um dos prefeitos do PMDB fluminense que hipotecaram apoio a Aécio Neves. Para que será?
Pego no flagra, o ministro de Relações Institucionais disse que pretendia apenas convidá-los para um convescote no Planalto. “Prefeito, quando você chama para almoçar, para conversar sobre algum assunto, ele vem. Isso é do jogo”, disse Ricardo Berzoini, de notáveis atuações no submundo da guerrilha petista em eleições passadas. Não parece um fidalgo?
A uma presidente sem autoridade e com um currículo de parcas realizações para mostrar ao eleitorado como justificativa para merecer um novo mandato, junta-se um partido disposto a tocar o terror para vencer as eleições e perpetuar-se no poder. Nem com todos os arranjos e malandragens do mundo isso vai dar certo. O vale-tudo tem limite.
O PSDB-MS já soma ao arco de aliança para as eleições deste ano cinco outras legendas: DEM, PPS, PSD, Solidariedade e PMN, conforme anunciou nesta quinta-feira (25) o pré-candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em entrevista à Rádio Cultura, de Campo Grande. Além disso, o tucano disse que outros partidos podem aderir até o dia 30 de junho.
“Ainda estamos conversando com outras agremiações e acho que até o dia 30 nós teremos algumas novidades para compor e aumentar esse arco de aliança da nossa coligação”, disse Reinaldo. O PSDB realiza nesta sexta-feira, a partir das 15h, Convenção Estadual para homologação da candidatura de Reinaldo. Às 17h, no local do evento, Reinaldo concederá entrevista coletiva à imprensa.
Ainda nesta quinta, Reinaldo comunicou a definição da Professora Rose Modesto (PSDB) para vice-governadora. Reinaldo disse que a decisão foi sacramentada após a realização de pesquisa qualitativa em concordância com todos os partidos aliados, após a definição do empresário Antônio João Hugo Rodrigues como pré-candidato ao Senado. Antônio João preside o diretório estadual do PSD.
Novo tempo – Também na entrevista à Rádio Cultura, Reinaldo comentou a conjuntura política de Mato Grosso do Sul, analisando brevemente a trajetória do Estado desde a divisão. “No Estado, há 36 anos da divisão, aquele sonho antigo do Estado-modelo não aconteceu. Nós somos o último em desenvolvimento da região Centro-Oeste e estamos há 20 anos sendo administrados pelo PMDB e pelo PT”, comentou o pré-candidato.
Para o tucano, essa polarização entre as duas legendas trouxe como resultado problemas multissetoriais. “Temos um caos hoje na saúde pública, segurança pública realmente com graves problemas, a população se sentindo insegura, a educação de qualidade hoje está muito distante […] Nós temos bolsões de riqueza, mas temos no Estado como um todo regiões muito empobrecidas”, comentou Reinaldo.
Reinaldo comparou Mato Grosso do Sul, que segundo ele tem um potencial enorme de desenvolvimento, a um “gigante adormecido”. Nesse aspecto, o pré-candidato defendeu mudanças na estrutura tributária do Estado, que pratica uma elevada carga tributária, “que hoje mata a pequena empresa”, diagnosticou ele. Precisa-se alterar o ICMS do combustível – defendeu ainda Reinaldo -, que tira a competitividade do Estado.
Outro aspecto abordado por Reinaldo foi a modernização da máquina pública, com a valorização da meritocracia, da eficiência, da qualificação dos servidores. Tais práticas, já consolidadas em outros Estados, Reinaldo disse que aplicará em Mato Grosso do Sul.
Reinaldo, por fim, esclareceu que durante a campanha não deverá se pautar por ataques pessoais aos adversários. “Acho que é o momento de um novo tempo, uma nova ideia, um novo jeito de fazer política e por isso vamos apresentar as propostas para essa nova política, na qual transparência, ética, planejamento, participação das pessoas vão ser palavras muito fortes. Não entendo que seja possível fazer essa nova política fugindo dessas questões principalmente de transparência e de intransigência com a corrupção”, disse o pré-candidato.
Serviço: Convenção Estadual do PSDB-MS. Das 15h às 19h, na av. Marechal Deodoro, 934, Jardim Leblon, Campo Grande – MS. Entrevista coletiva com a imprensa às 17h.
Tucanos também ampliam arco de aliança e Reinaldo Azambuja ainda prevê novas adesões
Foto: Alexis Prappas
O PSDB e os partidos aliados escolheram a vereadora de Campo Grande, Professora Rose Modesto (PSDB), como pré-candidata a vice-governadora na chapa que será encabeçada por Reinaldo Azambuja (PSDB). Além disso, Reinaldo anunciou, nesta quinta-feira, a adesão do PMN à ampla aliança que já contava com DEM, PPS, PSD e Solidariedade, além de prever outras adesões até o dia 30.
Reinaldo disse que a decisão pela Professora Rose foi sacramentada após aval de todos os partidos aliados e pesquisas internas. Ele destacou a larga experiência e dedicação da vereadora às políticas sociais.
“A Rose é uma pessoa jovem e dedica sua vida pública a combater as desigualdades sociais. Em Campo Grande, é uma das vereadoras mais atuantes. É importante destacar que ela também é uma representante da Grande Dourados, já que é nascida no distrito de Culturama, na cidade de Fátima do Sul”, destacou Reinaldo.
Políticas sociais
A vereadora foi a segunda mais votada na Capital e se destaca por diversos projetos ligados à area social e Educação, como a Bolsa Universitária, políticas de proteção às mulheres e combate à violência contra crianças e a homofobia.
O principal projeto liderado pela Professora Rose é o “Tocando em Frente”, que atende mais de mil crianças e adolescentes com aulas de artes, esportes e reforço escolar.
Conheça um pouco mais da pré-candidata a vice-governadora na chapa do PSDB.
Biografia
Rose Modesto, uma história de superação
Rose Modesto, 34 anos, nasceu em Culturama, distrito da cidade de Fátima do Sul (MS), na região da Grande Dourados. De origem humilde, família de pequenos agricultores, é a caçula de cinco irmãos, entre eles, o Professor Rinaldo Modesto. Mudou-se para Campo Grande em 1984.
Para ajudar a pagar a escola, Rose teve que conciliar estudo e trabalho. Ajudou a mãe como faxineira e deu aulas de violão. Assim, com muito esforço, aos 21 anos, conquistou seu diploma de bacharel em História, pela Universidade Católica Dom Bosco, e, em seguida, iniciou sua carreira de professora em escolas públicas da capital.
A vocação para mudar destinos
Foi na Escola Padre Thomas Girardelli onde tudo começou. Perto, fica uma das comunidades mais pobres da capital, o bairro Dom Antonio Barbosa, vizinho do lixão de Campo Grande. Ali, Rose conheceu de perto a realidade daquelas pessoas e deu início a um trabalho social que ajudaria a mudar pra melhor a vida daquela gente. E descobriu nisso sua maior vocação.
Reuniu um grupo de filhos de catadores, seus alunos, e fez do violão um instrumento de transformação. O projeto “Aprendendo com Música” teve tanto sucesso que foi levado para outras escolas. Essa semente, um tempo depois, daria um outro fruto. Rose, por conta própria, criou posteriomente o projeto social “O Tocando em Frente”, que, hoje, atende mais de mil crianças e jovens com aula de artes, esportes e reforço escolar.
Nasce uma nova liderança
Professora Rose, como passou a ser conhecida, partiu para a vida pública e se elegeu vereadora em Campo Grande. Hoje está em seu segundo mandato, sendo uma das mais votadas na Capital, tendo recebido no último pleito mais de 10.000 votos.
São projetos de sua autoria a “lei antibulling nas escolas”, o “bolsa-universitária”, “férias no CEINF” e leis de proteção à mulher, como o “botão do pânico” e “cirurgias reparadoras para vítimas de violência”.
A vereadora se mantém inserida dentro dos movimentos sociais, nas questões ambientais e trabalha diretamente junto à população dos bairros da cidade.
De perfil carismático, com postura conciliadora e visão de futuro, Professora Rose consolida sua liderança no atual mandato e amplia sua representatividade no cenário político e social.
Tem sua base eleitoral no movimento estudantil, entre as categorias de professores e servidores públicos, entre evangélicos e a população carente. Dentro do universo político, Rose Modesto é reconhecida como uma representante da nova política, a que é feita com ética, respeito e participação popular.
Encaro como gesto natural as indagações que me tem sido feitas sobre a essência do Senado da Republica, suas atividades e a missão de seus integrantes, os senadores. Indagá-las é um direito da cidadania. Dentre os indagadores há os que interrogam porque de boa-fé querem se abeberar das águas límpidas que dão vigor ao Poder Legislativo.
Outros, porém, tem a intenção de espalhar o lamaçal denegridor da imagem de uma instituição de respeito centenário, muito antes de obter esclarecimentos de sua finalidade em um Estado Democrático. A estes, como aqueles, me curvo humildemente para lhes oferecer o meu depoimento sobre o que é o Senado, um dos pilares de nosso sistema institucional republicano.
O que é, afinal, o Senado?
Respondo: é um dos órgãos do Congresso Nacional que exerce as funções do Poder Legislativo ao lado da Câmara dos Deputados, com atribuições especificas definidas pela Carta Magna. Representa a Federação, ou seja, a união dos 27 estados e o Distrito Federal. É composto por 81 senadores, número que confere a cada unidade federativa três titulares.
Ao Senado compete privativamente 15 responsabilidades e aqui, para não ser extenso, menciono três das mais significativas: processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Republica nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros do Poder Executivo, membros dos Tribunais Superiores, Procurador-Geral da Republica, titulares dos Conselhos Nacionais da Justiça e do Ministério Publico; aprovar ou não a indicação para ministros das cortes Judiciárias, Tribunal de Contas da União, Procurador-Geral da Republica, embaixadores e outros altos cargos definidos por lei federal; e autorizar empréstimos junto a instituições financeiras nacionais e internacionais.
Nesse complexo de atribuições, há a ação legislativa propriamente dita dos senadores, no que tange oferecer e analisar proposições, votá-las, aprovando-as ou não, opinar sobre assuntos de interesse de sua representação da tribuna, exercer competência de seu direito de voz.
De minha parte, tenho procurado cumpri-las com exação e espírito público. Essa missão inicia-se ao redor de oito horas da manhã e se estende invariavelmente até às dezenove horas, podendo estender-se noite adentro em razão do período da Ordem do Dia em plenário, quando referta pelos debates, ou quando das sessões do Congresso Nacional (reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados) para votação de vetos presidenciais ou das leis orçamentárias.
É missão do senador integrar como membro as comissões temáticas para as quais for designado pela sua respectiva liderança partidária. A mim coube a atribuição de representar o PSDB na condição de titular a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo e, como suplente, a Comissão de Infraestrutura e as Comissões Mistas de Orçamento, de Atualização da Legislação Federal, e a extraordinária que examina indícios de irregularidades na Petrobras (CPMI da Petrobras).
Todas essas comissões, permanentes ou temporárias, tem reuniões todas as semanas geralmente no período matutino e nelas realmente pulsa o coração da atividade senatorial na apreciação de projetos e realização de audiências publicas.
Neste período que exerço o mandato dei ênfase a algumas reivindicações sensíveis aos meus conterrâneos tais como a questão da posse e domínio das terras, hoje conflagradas, entre indígenas e proprietários rurais – questão que se eterniza pela leniência e irresponsabilidade funcional do governo federal; a imperiosa necessidade de implantação de uma unidade de usina separadora de gás (GLP), amônia e ureia ao longo de nosso território e por onde cruza o gasoduto Bolívia-Brasil, para agregar economia ao consumo de nossa população; a solução tão almejada da recuperação do leito do rio Taquari e das áreas pantaneiras que se transformaram no que, tristemente, se conhece como “deserto aquático”, o maior desastre ecológico do mundo.
Ademais, ofereci para análise de meus pares inúmeros projetos e emendas a atual texto da Constituição, todos frutos não só de minha iniciativa mas sobretudo pela valiosa contribuição que tenho recebido de meus compatriotas de todos os recantos do país, que entendo merecem a analise da mais Alta Casa do Parlamento Brasileiro.
Tenho aqui a vista um deles, fruto da sugestão de uma mãe preocupada pelos inúmeros casos correntes de intoxicação de crianças por ingestão acidental de medicamentos, saneantes e cosméticos que crianças, em sua natural curiosidade infantil, são vitimas em razão da propaganda atraente impressa na embalagem do produto.
Meu projeto é para proibi-la, modificando a lei 6.360 de 1976: “É proibido o uso de símbolo, figura, desenho ou recurso gráfico como elemento de apelo próprio ao universo infantil na rotulagem e na propaganda de que se trata esta lei.” Projeto de lei do Senado nº 145, de 2014.
Estes são alguns aspectos de minha missão. Se Deus quiser procurarei honrá-la da melhor maneira possível até seu termino em 31 de janeiro de 2015!
O jornal O Globo trouxe mais uma grave denúncia que comprova o uso da máquina pública em favor dos interesses eleitorais do PT.
Depois de a justiça identificar o uso de servidores da prefeitura petista de Guarulhos e de computadores da Eletrobrás na disseminação de calúnias contra o presidente do PSDB, Aécio Neves, na internet, surge agora comprovação de que funcionários do Planalto, pagos com recursos do contribuinte, ao invés de servir ao governo e ao país, são utilizados para servir ao PT monitorando atividades políticas de adversários do partido.
A nova “lista” buscada pelo Planalto provavelmente serviria para perseguição ou tentativa de aliciamento, duas práticas condenáveis no regime democrático e que revelam a incapacidade do PT de conviver e respeitar as diferenças naturais numa sociedade democrática.
A reportagem demonstra que o assessor Cássio Parrode Pires, que trabalha na Presidência da República, tentou identificar o nome dos prefeitos do PMDB que participaram de evento de apoio à candidatura de Aécio Neves no Rio de Janeiro. O servidor trabalha no Núcleo de Gestão da Informação, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que deveria reunir dados sobre os estados e municípios para ajudar o ministro e a presidente no processo de tomada de decisão em temas relacionados à Federação.
A presidente Dilma tentou firmar-se como líder do país e não conseguiu: faz campanha mais uma vez sob a tutela de Lula. A fama de gestora foi desmentida pela mediocridade do seu governo. Que faxineira é essa que traz de volta ao seu regaço os que haviam sido dele excluído com estardalhaço?
Às favas com as razões éticas alardeadas à época da faxina: agora vale tudo em troca de alguns segundos de propaganda na TV. Para esse mesmo fim, Dilma, nos últimos dias, raspou o tacho do fisiologismo para aplacar o apetite insatisfeito de aliados descontentes, prestes à defecção.
Líder, gestora, faxineira: nada disso ela é.
Pois não é que agora pretende posar de moralista?
Discorreu hoje sobre as virtudes da sinceridade e da lealdade na ação política. Nem bem concluiu os últimos retoques de uma vasta e subterrânea operação de aliciamento
eleitoral com recursos públicos exalta, na convenção do PSD, a prevalência das convicções sobre as conveniências.
E tudo isso ao lado do ex-prefeito Gilberto Kassab, aliado correto que, há dois dias, fora impiedosamente vaiado na convenção do PT na presença da mesma presidente Dilma.
Na final de sua homilia, a falsa moralista saiu-se com uma surra do aforismo: a esperteza tem pernas curtas. Tem razão. E é por isso que seu governo também tem perna curta: vai acabar no próximo 31 de dezembro, sem direito à prorrogação.
Aloysio Nunes Ferreira (SP) Líder do PSDB no Senado
O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou que o ex-presidente Lula está querendo mistificar a realidade ao fazer uma análise exagerada da conjuntura econômica brasileira. O parlamentar tucano reagiu ao comentário de Lula durante almoço promovido pela Eurocâmara e pela Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo, na capital paulista, nesta terça-feira. Lula teria dito que há muita gente agindo de “má-fé” contra o Brasil.
Para Figueiró, Lula faz uma previsão otimista. “A realidade é que existe desemprego, a inflação está oscilando e não se conhece aumento de salário para qualquer trabalhador do sistema produtivo”, afirmou o senador sul-mato-grossense.
Figueiró destacou pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados que detectou queda de 18% no número de trabalhadores com carteira assinada de maio do ano passada em comparação com o mesmo mês de 2014. A indústria de transformação fechou 28,5 mil postos. “A desaceleração da economia e a postura intervencionista do governo têm afugentado os investidores. Nem a Copa do Mundo refletiu na geração esperada de empregos”, ressaltou o senador.
O ex-presidente Lula havia afirmado que “controlar a inflação, manter a estabilidade fiscal e controlar os gastos com desemprego é fácil, mas você manter a inflação dentro da meta, com seriedade fiscal, gerando emprego e aumentando de salário, é precedente pouco usual em qualquer país do mundo”.
Brasília (DF) – Com um vasto legado em benefício do país ao longo de sua história, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) completa 26 anos de fundação nesta quarta-feira (25). Às vésperas do aniversário da legenda, deputados destacaram o passado de realizações, a força da legenda no presente e as perspectivas positivas para o futuro. Para os tucanos, a legenda continuará sendo protagonista no cenário político nacional e mostrará sua capacidade de promover as mudanças tão cobradas pela população nos rumos do país.
História
Fundado em 1988, ano da promulgação da Constituição, o partido já nasceu grande. Poucos meses após sua fundação, elegeu 18 prefeitos, inclusive de Belo Horizonte. O tempo foi passando e o PSDB foi ganhando mais força. O deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC) disse que o partido tem uma vasta história de sucesso e de realizações de Norte a Sul. “Podemos ressaltar a questão da estabilidade econômica, os programas sociais, os investimento na educação e o cuidado com a saúde e com a segurança pública”, disse ele acrescentando que esse legado ocorreu durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso, que governou o país de 1995 a 2002.
O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) também recordou a herança bendita do governo Fernando Henrique Cardoso e avaliou que o partido está sintonizado com as vozes das ruas. “Eu diria que há um equilíbrio entre uma situação de esquerda e de direita, mostrando uma social democracia que privilegia a liberdade econômica, fortalece a iniciativa privada, sem deixar de dar atenção à essencialidade do plano social”, resumiu.
O enfrentamento das desigualdades sociais e a modernização da economia e das instituições são algumas das marcas tucanas à frente do governo federal. Em 2014, o Plano Real completa 20 anos.
Oposição
Ao assumirem o poder, em 2003, os petistas rasgaram o histórico discurso radical e mantiveram as linhas mestras da política econômica que tanto criticavam no passado. Além disso, reuniram programas sociais implementados por FHC sob o nome de Bolsa Família, em mais uma prova de que receberam uma herança bendita. No entanto, não foram capazes de manter o país no rumo do desenvolvimento ao longo do tempo.
Desde 2003, o partido se tornou a principal força de oposição do país, alertando para sucessivos malfeitos das gestões petistas e apontando caminhos para os principais desafios nacionais. A força tucana é comprovada pelos números das urnas: nas últimas eleições, por exemplo, foram oito governadores vitoriosos – inclusive em estados como São Paulo e Minas Gerais. Também foram eleitos mais de 700 prefeitos país afora. No Congresso, o PSDB tem 11 senadores e 44 deputados federais em exercício. Ética, responsabilidade e gestão eficaz são algumas das marcas do partido ao longo de sua história.
Para os tucanos, a agremiação tem as credenciais para se apresentar como capaz de recolocar o país nos trilhos. Os deputados expressaram orgulho de participar da história do PSDB. “Nós temos o que mostrar e vamos fazer muito mais pelo Brasil nos próximos anos”, finalizou Tebaldi.