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“A insensibilidade de Haddad na cobrança do IPTU. Uma Malddade”, por Alberto Goldman

Alberto-Goldman-Foto-George-Gianni-PSDB-1-300x199Não é aceitável o argumento do prefeito Fernando Haddad de que o aumento do IPTU em São Paulo se justifica pela rápida valorização dos imóveis em várias áreas da cidade.

É verdade que o valor do IPTU tem relação com o valor do imóvel, base para a cobrança do imposto. Mas também é verdade que esse dado não pode ser o único, nem é o principal fundamento do imposto cobrado. O valor do imóvel tem relação não apenas com a melhora da infra estrutura da região onde ele se localiza, mas sofre – e esse é o dado mais importante – os efeitos de um processo de especulação imobiliária que pouco tem a ver com as ações da prefeitura de melhoria da região. E não é justo que o contribuinte passe a ser onerado com os efeitos dessa especulação, sobre a qual nem ele, nem a prefeitura, tiveram qualquer ação.

O contribuinte, seja ele apenas um morador, proprietário do imóvel ou seu locatário, ou tenha uma atividade comercial, também em imóvel próprio ou locado, não tem os seus rendimentos acompanhando esse processo especulatório que ocorre na cidade e, portanto, não tem capacidade de pagamento que acompanhe essa elevação de valor do imóvel.

Existem situações em que o aumento do IPTU desloca o morador para regiões periféricas da cidade, ou o empresário para outras atividades onde seu imposto seja mais compatível com o seu negócio, o que é injusto e agrava ainda mais as já terríveis consequências da distribuição da população na cidade.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, Haddad afirma que paga o condomínio de seu prédio em valor superior ao seu IPTU. É uma justificativa enganosa pois o IPTU é, como diz o seu nome, um “imposto”, isto é, uma obrigação cujo não cumprimento gera sanções de diversos tipos, não sendo possível ao devedor evitá-las por vontade própria. Já o condomínio é uma ação determinada pelos próprios usuários do imóvel, que podem provocar seu aumento ou diminuição dependendo dos serviços que requerem ao usá-lo. O condomínio é o pagamento da manutenção do edifício, inclusive água e luz de suas partes comuns, da existência ou não de porteiros e seguranças, do nível de limpeza que é exigido. É uma decisão dos usuários, não é um imposto que o poder público determina, sem perdão.

Haddad não parece o prefeito da cidade, um escolhido para representá-la e administrá-la. Mais parece um empresário justificando as suas próprias necessidades, insensível diante das dificuldades do munícipe. É uma malddade

“Governo-bomba”, análise do ITV

caminho-adotado-pelo-governo-dilma-na-gestao-da-economia-precisa-mudar-urgentemente-foto-george-gianni-psdb--300x199Bateu o pânico no governo, diante da constatação da evidente piora das condições econômicas do país, em especial a deterioração das contas públicas, cada vez mais deficitárias. Ministros se esgoelam para tentar provar o improvável: que a situação vai bem. Inútil. Contra fatos não há argumentos.

A mais nova onda de pessimismo foi detonada na semana passada, com a divulgação dos resultados fiscais de setembro. Ato contínuo, os agentes de mercado reagiram elevando os juros futuros e impulsionando a alta do dólar – foram 4% nos últimos dias. Tais preços são os principais termômetros de febres altas na economia.

O déficit de R$ 9 bilhões é o maior para meses de setembro desde que o país começou a aferir com seriedade o desempenho das contas do governo. No ano, o superávit já caiu pela metade na comparação com o mesmo período de 2012, para R$ 45 bilhões. Ninguém crê que, em apenas três meses, o governo consiga poupar os R$ 66 bilhões necessários para cumprir a meta de 2,3% do PIB anunciada em maio.

O superávit acumulado em nove meses – 1,3% do PIB – é o mais baixo dos últimos 15 anos. Mas a situação pode ser ainda pior: expurgado de truques contábeis e receitas extraordinárias para engordar as receitas, o resultado é de magro 0,7% do PIB, segundo cálculos de Alexandre Schwartsman, na Folha de S.Paulo. Há uma evidente incapacidade de poupar e produzir os resultados fiscais necessários para segurar o endividamento público do país.

A gestão Dilma quer fazer crer que os gastos sobem por uma opção preferencial do governo pelo social, conforme sustenta hoje o Valor Econômico. Trata-se de explicação a posteriori, na tentativa de dourar a pílula da expressiva piora nas contas. Na realidade, o governo não está fazendo a menor ideia do que está acontecendo. Há claro descontrole.

As despesas em geral subiram 13,5% no ano, bem acima do previsto, superior à alta das receitas e muito além do pibinho. As desonerações fiscais também estão maiores do que se estimava: há apenas seis meses, dizia-se que a conta ficaria em R$ 70 bilhões, mas já se sabe que está beirando R$ 80 bilhões. A questão é: que resultado produziram, além de benefícios localizados e pontuais?

O que ninguém do governo consegue explicar é por que os investimentos não acontecem. Porque esta tem sido a promessa desde o início da gestão Dilma, e fora reiterada no início do ano como a pedra de toque de 2013. Já estamos em novembro e nada aconteceu. Cadê?

Em termos nominais, os investimentos cresceram somente 2,9% neste ano; se descontada a inflação, diminuíram. Em números: enquanto as chamadas despesas primárias cresceram R$ 79 bilhões no ano até agora, os investimentos aumentaram apenas R$ 1,3 bilhões.

Para fazer frente a tão acachapantes constatações de desvirtuamento da política econômica, ministros como Guido Mantega, Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti se esfalfam para, numa ação articulada, dizer que a situação está sob controle. Arno Augustin, secretário do Tesouro, vai mais longe e diz que os críticos estão produzindo um “ataque especulativo” contra a proba gestão Dilma. Só pode ser piada.

O Planalto também gasta energia denunciando uma “pauta-bomba” do Congresso destinada a inflar ainda mais os gastos públicos, mas quem está explodindo as contas é o próprio governo. É a própria gestão da presidente, na sua maneira irresponsável e voluntarista de enfrentar os problemas do país, que dá margem para propostas perdulárias.

“O governo Dilma se comporta como se tivesse sido surpreendido. Nenhum dos figurões de Brasília esperava pela trombada na área fiscal (receitas e despesas públicas), que parece consumada. E reagem como baratas tontas que tivessem levado esguichada de inseticida”, sintetiza Celso Ming n’O Estado de S.Paulo.

Estamos assistindo os estertores de uma tentativa fracassada de inventar uma nova fórmula de política econômica no país. A leniência fiscal, o incentivo desmesurado ao consumo e o descompromisso com a inflação produziram uma onda de desconfiança e perda de credibilidade. Foram para o lixo conquistas tão arduamente alcançadas pelo país depois da estabilização da moeda com o Plano Real e da adoção dos preceitos da responsabilidade fiscal. Temos um governo-bomba prestes a explodir.

Aécio estende Bolsa Família por seis meses para beneficiário contratado com carteira assinada

senador-aecio-neves-06-11-13-foto-george-gianni-3-300x200Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), apresentou, nesta quarta-feira (6), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), projeto de lei que estende o pagamento do Bolsa Família por até seis meses para pais de família que encontrarem emprego de carteira assinada. O objetivo é estimular a reinserção ao trabalho dos chefes de famílias atendidas pelo programa, que hoje temem a perda imediata do benefício.

“Para nós do PSDB, os programas de transferência de renda se iniciaram no governo do PSDB, com o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Vale-Gás, e devem ser vistos sempre como ponto de partida, e não como compreende o PT, um ponto de chegada” disse Aécio, em entrevista coletiva.

E reiterou: “Por isso, o estímulo a que aquelas famílias que recebem o cartão possam eventualmente se reintegrar no mercado de trabalho deve ser permanente.”

Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Aécio Neves:

Data: 06-11-13
Local: Brasília – DF

Conforme anunciei na última semana, quando apresentei projeto que transforma o Bolsa Família em programa de Estado, imune a manipulações políticas e eleitorais. Apresento hoje projeto que estende o pagamento do Bolsa Família por até seis meses para aqueles pais de família que encontrarem emprego de carteira assinada.

Para nós do PSDB, os programas de transferência de renda se iniciaram no governo do PSDB, com o Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Vale-Gás, e devem ser vistos sempre como ponto de partida, e não como compreende o PT, um ponto de chegada. Por isso, o estímulo a que aquelas famílias que recebem o cartão possam eventualmente se reintegrar no mercado de trabalho deve ser permanente.

E uma das restrições, ou um dos problemas que constatamos, é que pais de família, mesmo com uma oferta de trabalho, têm receio de amanhã eventualmente serem demitidos e terem que voltar ao programa e não conseguirem rapidamente sua reinserção no programa. Estamos garantindo que mesmo com carteira assinada, durante seis meses, essas pessoas que conseguirem emprego possam continuar recebendo. É um estímulo para que elas possam reinserir-se no mercado de trabalho.

E estaremos também apresentando propostas para que haja um esforço maior do que existe hoje para a qualificação daqueles beneficiários do Bolsa Família e um acompanhamento maior, principalmente das crianças. Hoje, dois milhões de crianças não têm qualquer acompanhamento do programa. Um milhão e meio estão com sua presença escolar abaixo da média proposta. Um acompanhamento, a presença anual, pelo menos, de um assistente social junto a cada uma dessas famílias é algo que precisa voltar a acontecer.

O Bolsa Família tem que deixar de ser uma peça eleitoreira e apenas instrumento para estatísticas oficiais para ser cada vez mais aquilo que se propôs a ser desde lá de trás, um instrumento de melhoria da qualidade de vida dessas pessoas, da retirada dessas pessoas da miséria absoluta. Mas, mais que isso, que possa dar expectativa para que elas possam voltar a ser reinseridas na sociedade.

A pessoa que está trabalhando e ganhando benefício vai ter duas fontes de renda. Não é benefício demais?
Acho que é uma ousadia. Mas é algo que vai ao encontro daquilo que nós achamos necessário, que as pessoas estejam estimuladas e não acomodadas. Estejam estimuladas a buscar um emprego onde vão receber muito mais do que recebem no Bolsa Família. Não acho que seja um custo, acho que é um estímulo, mesmo que elas tenham que receber o cartão durante 6 meses. Ao contrário, porque depois desses seis meses, se ela se firmou no trabalho, obviamente não receberá. Concordo, é uma ousadia, mas eu gosto das ousadias e acho que é um estímulo para que o Bolsa Família não seja, como eu disse, o ponto de chegada, seja, como sempre concebemos, o ponto de partida.

Programa “Mais Médicos” terá mais 18 profissionais reprovados no Revalida

mais-medicos-abr1-300x198Brasília – Um grupo de 18 profissionais reprovados no Revalida –  exame para revalidar diplomas estrangeiros – recebeu registro e vai se unir a outros 1.800 que atuarão em dez estados na segunda fase do programa “Mais Médicos”, do governo federal.  Anteriormente, 48 médicos inscritos no primeiro edital do programa, também foram reprovados, seguiram para a prova prática do exame.

A informação está publicada na edição desta terça-feira (5) no jornal Folha de S. Paulo.

Médico há 25 anos, o deputado federal César Colnago (PSDB-ES) disse que o assunto deve ser discutido na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. “A convocação desses profissionais reprovados pelo exame é uma demonstração que o programa “Mais Médicos”  não tem preocupação alguma com a qualificação de quem vai atender à população”,  ressaltou.

E acrescentou: “Não há dúvidas que faltam profissionais de saúde no país. Isso não está em debate. O que se coloca é a dúvida sobre a qualificação e o preparo”.

O deputado reiterou que é preciso pensar a saúde no Brasil como um todo.

“É preciso lembrar que a assistência à saúde envolve pelo menos mais 14 categorias. É necessário organizar, integrar e valorizar o sistema”, afirmou.

O Revalida é um dos caminhos para revalidar o diploma de medicina obtido no exterior, mas não é pré-requisito para o “Mais Médicos”.

Os 18 médicos, reprovados na primeira etapa do exame, estão na lista de 1.834 daqueles que receberam o registro único do Ministério da Saúde.

Os 66 profissionais do Mais Médicos reprovados no Revalida fazem parte de um universo de 2.515 profissionais já autorizados a atender à população. O exame foi aplicado em 25 de agosto.

Mesmo com máquina gigante, governo Dilma fracassa na entrega de obras e projetos importantes

ferrovia-norte-sul-foto-divulg-460x307Na avaliação de deputados do PSDB, a gestão da presidente Dilma Rousseff é um fracasso. Mesmo com uma máquina gigante, com quase 40 ministérios, o governo não consegue tirar os projetos do papel. No fim de semana, a petista, eleita sob a fama de “gerente”, se reuniu com 15 dos seus 39 ministros e cobrou resultados da equipe. De acordo com os tucanos, a reunião revela a incompetência do governo para realizar as obras de que o país necessita.

Os atrasos são múltiplos, principalmente nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que a presidente coordenava quando chefiava a Casa Civil. Na opinião dos parlamentares, a imagem de gestora competente apresentada durante a campanha eleitoral não passou de uma propaganda enganosa.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), o governo é inoperante. “A presidente Dilma está no terceiro ano de mandato e até agora não disse a que veio”, resumiu. “O PAC é o Programa de Aceleração do Comunicação. Na parte de marketing, a presidente já gastou R$ 1,8 bilhão, mas nas obras estruturantes para levar a água ao Nordeste, onde os animais estão morrendo e a produção agrícola diminuindo, ela não consegue deslanchar”, completou.

O deputado refere-se à obra de transposição do rio São Francisco, uma das promessas do governo do PT que não avançam. O empreendimento deveria ter sido entregue em 2009, mas a nova data de conclusão está prevista para 2015. A transposição foi orçada em R$ 4,5 bilhões. Hoje, com menos da metade da obra supostamente pronta, a conta já subiu para R$ 8,4 bilhões.

Prometidas para 2010, a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Transnordestina estão praticamente paradas. A Ferrovia Oeste-Leste, que deveria ser inaugurada em 2014, mal saiu do papel.

Além disso, a Ferrovia Norte-Sul sofreu 17 aditivos apenas no trecho Palmas (TO) – Anápolis (GO). “Nesse pedaço de chão, enterraram-se R$ 4,2 bilhões sob trilhos que jamais sentiram o peso de uma composição ferroviária”, destaca a Carta de Formulação e Mobilização Política do Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de estudos políticos do PSDB, desta segunda-feira (4). Em 2011, a Procuradoria da República identificou na obra desvios de R$ 71 milhões.

Na reunião, Dilma demandou a cada um dos ministros que entregue pelo menos uma obra de vulto por estado e intensifique as viagens pelo país. De acordo com os tucanos, com a proximidade das eleições de 2014, o andamento das obras do programa tem viés eleitoreiro.

“A presidente passa três anos sem fazer nada e em um ano quer maquiar as obras e fazer os empreendimentos a todo vapor para recuperar a credibilidade”, criticou Gomes de Matos.

Segundo o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), o Executivo só se preocupa com as eleições. “O PT mostra que não tem compromisso com o país, mas apenas com o projeto eleitoral e político. A politicagem não deveria tomar conta de investimentos federais sérios como esses que o governo do PT deixou de fazer”, apontou.

“A presidente só pensa na reeleição, ao invés de governar para a próxima geração e fazer reformas profundas”, acrescentou o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

De acordo com o balanço do PAC, das 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) prometidas pela gestão Dilma, somente 14 ficaram prontas até hoje. Do total prometido, 65% ainda estão em “ação preparatória ou em licitação”.

Quanto às creches, o governo trabalhava com a meta de fazer 6 mil unidades, mas depois inflou o compromisso para 8.685. Segundo o balanço do PAC divulgado em outubro, só 120 unidades foram concluídas pela atual gestão desde 2011.

Apenas 400 unidades básicas de saúde de um total de 2.105 foram construídas até agora. Outras 491 de um total de 5.458 foram ampliadas e mais 6.510 – tanto para construção, quanto para ampliação – não passaram da fase de contratação.

De acordo com Hauly, o governo da presidente Dilma deve muito à nação. “O país está à deriva, precisandode muitas obras de infraestrutura. Há a necessidade de infraestrutura nas estradas, nos portos, nos aeroportos, nos hospitais, nas escolas e lamentavelmente o PAC continua empacado”, disse.

Do Portal do PSDB na Câmara

“A Petrobras volta ao passado”, por Adriano Pires

Plataforma-de-Petroleo-Foto-Divulgacao-Petrobras1-300x199Com a chegada do PT ao governo em 2003, foi iniciado um desordenado processo de intervenção nos preços da gasolina e do diesel, que deixaram a Petrobras na pior situação econômica e financeira da sua história. Agora, para solucionar o problema de caixa da empresa, que terá de realizar investimentos gigantescos nos próximos anos, volta-se ao passado, trazendo novamente a utilização de uma fórmula para alinhamento dos preços domésticos dos combustíveis aos preços internacionais. Segundo o fato relevante divulgado pela Petrobras, a introdução de uma fórmula de precificação do diesel e da gasolina tem o objetivo de dar maior previsibilidade à geração de caixa e reduzir os índices de alavancagem da empresa.

Uma fórmula paramétrica já havia sido adotada em 1998, regulamentando o artigo 69 da lei ne 9.478/1997, que abriu o mercado de petróleo.

O artigo n. 69 dizia que, durante um período de transição, os preços do petróleo, gás natural e seus derivados seriam fixados por uma portaria interministerial do Ministério da Fazenda e de Minas e Energia. A fórmula definida para regulamentar este artigo determinava que, em todo início do mês, se olhava para os três meses anteriores e se calculava a média móvel da variação dos preços no mercado internacional, seguidamente convertidos em reais pela taxa de câmbio. Dessa forma, os derivados, como a gasolina, eram reajustados todos os meses para baixo ou para cima. Em 31 de dezembro de 2001, com a criação da Cide, o artigo 69 foi revogado e os preços dos derivados nas refinarias passaram a ser totalmente livres, com o objetivo de atrair investidores privados para o refino.

Segundo a Petrobras, a nova metodologia contemplará um “reajuste automático do preço do diesel e da gasolina em periodicidade a ser definida, com base em variáveis como o preço de referência dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação associada à origem do derivado vendido” Sob a ótica do governo faz sentido diferenciar derivado produzido x importado. Estão limitando o buraco das importações e dando algum chão para a produção local. O fato de ponderar pela origem do derivado mostra que a empresa tem o objetivo de estancar as perdas efetivas com a importação de combustível. As perdas por vender combustíve produzido nacionalmente abaixo do mercado internacional poderão ser absorvidas pela empresa. A conferir. Ou seja, aparentemente a Pe-trobras vai adotar uma média móvel. O número de períodos dessa média móvel também representa uma difícil escolha. Quanto maior o número de períodos, menor a volatilidade nos preços domésticos, mas também é maior o descolamento dos preços internacionais. A um ano das eleições existe uma tendência de adotar um período maior, talvez de 12 meses. Essas novidades deixam o ambiente melhor do que estava, mas longe do ideal.

Para bancar investimentos fortes nos próximos anos e não deixar o país refém de importações de gasolina e diesel, a Petrobras precisa de parceiros privados para novas refinarias. A adoção de uma fórmula não resolve a questão de atração de investimentos privados para o setor de refino. Somente um mercado livre e com a correta sinalização de preços contribuirá para investimentos privados, tirando da Petrobras o peso de carregar o refino no Brasil. A racionalidade das empresas privadas não se encaixa nesse modelo de fórmula. O correto seria respeitar a lei mantendo os preços livres nas refinarias e utilizar a política fiscal e monetária para controlar a inflação.

Adriano Pires é diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura

 

Publicado no Jornal O Globo

Data: 04/11/2013

“A violência nossa de todo dia”, análise do ITV

pf-foto-divulgacao-policia-federal-300x199A mais nova fornada de informações sobre a situação da segurança pública brasileira é desalentadora. O Brasil continua sendo um país muito violento, com criminalidade ascendente, participação insatisfatória da União no financiamento do setor e práticas arcaicas de repressão que não contribuem para o combate adequado aos criminosos.

Segundo a edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública que será divulgada hoje, 50.108 pessoas foram assassinadas no país em 2012. É a maior marca desde 2008 e representa alta de 7,6% em relação ao registrado um ano antes. O que já estava muito ruim ficou ainda pior, como, aliás, qualquer cidadão é capaz de perceber andando pelas ruas brasileiras.

A taxa de homicídios subiu de 22,5 por 100 mil habitantes em 2011 para 24,3 no ano passado. Vale lembrar que, desde o governo Lula, o governo federal embalava um ambicioso plano para reduzir este patamar à metade, o Pronasci. Mas, como sói acontecer com as promessas petistas, não logrou qualquer resultado positivo.

A omissão federal é, a propósito, uma das evidências reforçadas pelas estatísticas apresentadas no anuário, feito em conjunto pelo Ministério da Justiça e as secretarias de Segurança das 27 unidades da federação. No ano passado, dos R$ 61,1 bilhões investidos em segurança pública no país, somente R$ 7,8 bilhões foram gastos pela União, o que corresponde a 12,7% do total.

Para se ter ideia da subparticipação federal no financiamento das ações de segurança no país, o estado de São Paulo investe praticamente o dobro do que gasta a União (R$ 14,4 bilhões) e o estado de Minas Gerais dispende praticamente o mesmo que o governo federal (R$ 7,5 bilhões).

Infelizmente o anuário traz outros dados lamentáveis. O número de estupros, por exemplo, é assustador e chega a superar o de homicídios dolosos. Foram 50,6 mil e 47,1 mil, respectivamente. A taxa por 100 mil habitantes subiu 18%, para 26. Estima-se que uma das explicações é o aumento das notificações, incentivadas pelas delegacias especializadas no atendimento às mulheres.

O Nordeste continua sendo a região de maior criminalidade no país, de acordo com a mais recente edição do anuário. Alagoas ainda é o estado mais violento, com 61,8 assassinatos por 100 mil habitantes, mesmo com expressiva redução (-14%) em relação a 2011. Em seguida, estão Pará (com 44 por 100 mil), Ceará (42,5), Bahia (40,7) e Sergipe (40).

Além da violência nossa de cada dia, os grandes centros urbanos têm sido palco de manifestações abusivas e ações espasmódicas de vândalos que se somam num caldo de insegurança e intranquilidade. Há, claramente, uma perda do referencial histórico do que vem a ser autoridade contaminando todo o tecido social.

Em resposta, nota-se, na sociedade, um clamor por mais ordem, por mais respeito à lei, sempre garantidos os direitos individuais à livre expressão e à liberdade de manifestação. Os cidadãos de bem querem tranquilidade para trabalhar, criar seus filhos e prosperar na vida. Mas a falta de segurança mina-lhes as perspectivas de um futuro melhor.

O governo federal demorou muito a se envolver diretamente no enfrentamento da criminalidade, atribuição constitucional dos estados. Mas começou a fazê-lo na semana passada, quando percebeu que se avoluma um clamor, ainda silencioso, mas claramente crescente, por maior respeito à lei e à ordem.

Num ambiente de insegurança, a maior ameaçada é sempre a democracia, os direitos individuais, a liberdade de ir e vir. Enfrentar com firmeza a bandidagem deve estar na agenda de qualquer governante que queira construir um Brasil melhor. Se ainda havia dúvidas, o triste retrato revelado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública é um alerta gritante de que a hora chegou.

PSDB de MG entra com representação contra presidente Dilma por propaganda enganosa

logo_psdb_minas-300x200O PSDB-MG protocola, nesta terça-feira (5), junto à Procuradoria da República, em Minas Gerais, representação contra a presidente Dilma Rousseff e a ministra chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.

A representação solicita instauração de inquérito civil ou ação civil pública para proteção do Patrimônio Público e Social em razão das campanhas publicitárias do governo federal veiculadas em rádios, jornais e TVs com recursos públicos.

A milionária campanha mostra, como se fossem do governo federal, obras realizadas em Minas Gerais pelo governo do Estado e a Prefeitura de Belo Horizonte.

Às 11 horas, o presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, entregará a representação ao procurador-chefe Adailton Ramos do Nascimento.

Serviço:

Protocolo de ação junto à Procuradoria da República

Local: Av. Brasil, 1.877 – Funcionários – BH-MG

Data: 5.11

Horário: 11h

Entrevista coletiva do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

aecio_coletiva-300x200Local: Brasília – DF
Assuntos: PSDB, eleições 2014, agenda tucana

Sobre viagens do ex-governador José Serra
Deixa o Serra trabalhar em paz. São absolutamente legítimas as viagens que o Serra faz, é positivo para todos nós que ele possa ser mais uma voz permanente de oposição ao governo. Não há nenhuma tensão entre nós. Temos conversado, Serra e eu, muito mais do que vocês imaginam. E tudo está sendo construído com base naquilo que é melhor para o partido. Não há tensão. Para desalento de todos aqueles que apostaram contra, vamos estar juntos, porque temos um objetivo em comum: encerrar esse ciclo de governo do PT. Porque ambos pensamos da mesma forma.

Os prejuízos que esse governo do PT está trazendo ao Brasil são enormes. Mais um mandato de governo do PT vai ser dramático para o Brasil, seja na condução da economia, seja na credibilidade extremamente comprometida já do Brasil externamente, seja pela incapacidade gerencial que aí está posta, até com essa necessidade permanente do governo de fazer muito mais campanha do que administrar o país. Na verdade, não temos mais uma presidente da República full time, temos uma candidata à presidente da República. Até nos finais de semana, até nos feriados, fazendo campanha eleitoral.

A grande realidade é que estamos construindo de forma muito clara as nossas propostas. Vamos, passo a passo, transmiti-las aos brasileiros, a partir das discussões que estamos tendo. Estou extremamente otimista. Esse problema interno é um problema que não existe.

Sobre possível antecipação de lançamento de pré-candidatura
Não. Tudo o que fizermos vai ser com base no entendimento. Não acho necessária essa antecipação. Ela vai acontecer no tempo certo e não tem uma data pré-fixada. Pode ser em março? Pode. Se todos acharmos que pode, que deva ser antes, será antes. Mas a partir de um grande entendimento entre nós. Não há tensão na relação. Ao contrário. É muito importante que tanto José Serra, quanto outras lideranças do PSDB e do campo oposicionista possam estar aí, se posicionando, até para quebrar um pouco o monólogo do governo hoje. Nos grandes meios de comunicação, na grande imprensa, quem fala é apenas o governo. Então, quanto mais companheiros da oposição puderem mostrar os equívocos que o governo vem cometendo, tanto melhor para as oposições.

Sobre proposta da bancada tucana de antecipação
Tudo deve ser feito de forma convergente. E acho que essa convergência ficará clara, explicitada, cada vez mais. Não há disputa por isso, mais um mês, menos um mês. Isso é irrelevante. O fato concreto é que todos sabemos que nosso instrumento mais vigoroso, nosso combustível mais importante é a nossa unidade. E, no momento certo, vamos estar unidos para vencer as eleições. Tenho plena confiança nisso.

Sobre o encontro com José Serra
Converso muito com Serra. As conversas com Serra são sempre absolutamente amenas e construtivas. Sempre que conversamos falamos de Brasil. E é isso que nos une. Estou muito tranquilo. Minha preocupação hoje é ampliar nossa força nos estados, dar eco maior ao nosso discurso. Por isso, pretendo, repito, até o final do ano, anunciar um decálogo, longe de ser um programa de governo, mas umas ideias mais gerais sobre aqueles temas que consideramos os mais relevantes e urgentes para ocorrerem no Brasil. Nossa estratégia está posta e ela não vai ser alterada.

As conversas com Serra sempre são boas. Serra é um homem público extraordinário e vai estar no campo em que sempre esteve. Serra é um aliado extraordinário. Privilégio do PSDB ter um quadro como José Serra. Vamos deixar o Serra em paz, fazer seu trabalho e, podem apostar, no momento da campanha eleitoral, quando você olhar para um, você vai enxergar o outro.

Figueiró alerta para sucateamento da Polícia Rodoviária

figueiro_foto_ag_senadoO senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) reclamou do sucateamento da Polícia Rodoviária Federal, especialmente em Mato Grosso do Sul. Ele chamou de escândalo o que ocorre no estado, que sofreu com cortes de mais de 60% dos recursos previstos para este ano.

Ele falou de um acidente que deixou um policial rodoviário hospitalizado em estado grave, correndo perigo de morte. O senador contou que em uma perseguição a traficante de drogas na BR-060, dois policiais sofreram o capotamento com o veículo oficial na saída do município de Sidrolândia.

“Vejam a contradição: o veículo do traficante era novo em folha; o da polícia estava caindo aos pedaços. Nunca passou por uma manutenção, estava com os pneus gastos, em péssimas condições mecânicas, sem as mínimas condições de operação”, denunciou, informando que este ano a corporação em MS recebeu R$ 600,00 para garantir a manutenção da frota de veículos. Dos 80 veículos da PRF, responsáveis pelo policiamento ostensivo, 38% encontram-se em péssimo estado, 6% em situação regular e 38% em boas condições.

Para o senador tucano, este é o resultado de uma política de cortes de recursos, que, por outro lado, gasta em estádio de futebol, em obras de necessidade duvidosa, em projetos que não saem do papel, em detrimento de áreas importantíssimas do cotidiano dos brasileiros.
(Da assessoria de imprensa do senador, com edição)