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Itamaraty: Declaração do senador Aécio Neves (MG)

George-Gianni1-300x199“É deplorável, sob todos os aspectos, a atitude tomada pelo governo da presidente Dilma Rousseff no episódio envolvendo a transferência do senador boliviano Roger Pinto Molina para o país.

Ao expor à execração pública o diplomata Eduardo Saboia, o governo brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas. Mais grave ainda, abandona as melhores tradições da nossa diplomacia.

Historicamente, a prática do Itamaraty sempre se pautou no respeito aos direitos humanos, na defesa intransigente da liberdade, na obediência estrita ao estado democrático de direito. Trata-se de tradição centenária, sempre honrada pela nossa chancelaria sob inspiração do Barão do Rio Branco.

Infelizmente, porém, nos últimos anos tais valores deixaram de orientar nossa diplomacia, suplantados por uma visão apequenada, míope e distorcida acerca do papel do Brasil no mundo. O peso da ideologia tem vergado a atuação da nossa chancelaria.

Claramente o encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz agiu movido pelos mais elevados valores morais, por razões humanitárias e em defesa da dignidade humana.

Fez o que qualquer homem de bem faria numa situação como a que ele vinha enfrentando há 15 meses: agiu para permitir que um cidadão perseguido pelo governo da Bolívia, e que há meses obtivera asilo do governo brasileiro, pudesse voltar a viver com dignidade.

Eduardo Saboia merece, pois, a nossa solidariedade.

Já o governo da presidente Dilma preferiu, mais uma vez, submeter-se às imposições do governo Evo Morales e jamais atuou efetivamente para solucionar o impasse diplomático e garantir ao senador Molina a concessão do salvo-conduto que as boas normas do direito internacional recomendam e impõem em situações assim.

O recente episódio envolvendo o senador Molina é apenas mais um de um triste retrospecto, que inclui a tíbia reação de Brasília à desapropriação de ativos da Petrobras na Bolívia em 2006. Prosseguiu com a deportação em tempo recorde de dois boxeadores cubanos durante os jogos Pan-Americanos de 2007; o apoio à tentativa de retomada do poder em Honduras por Manuel Zelaya; os afagos ao governo iraniano; a sanção imposta ao Paraguai após a deposição de Fernando Lugo da presidência do país; e a condescendência com que, sob orientação petista, nossa diplomacia trata o regime cubano e o bolivarianismo da Venezuela.

O PSDB manifesta seu irrestrito apoio à defesa da dignidade humana, ao respeito a valores universais do estado democrático e ao direito irrevogável de ir e vir reservado aos cidadãos de bem.

E condena de forma veemente a opção escolhida pelo governo brasileiro por curvar-se a interesses menores, não condizentes com nossas melhores tradições diplomáticas”.

Brasília, 27 de agosto de 2013

Rinaldo Modesto reforça que ainda é prematuro discutir eleições em MS

Parlamentar reitera importância do Pensando MS para elaborar proposta tucana de governo

rinaldo_modesto_foto_giuliano_lopes“Temos que acabar com este vício de futurologia e de ‘achismos’ de candidaturas e coligações. O povo quer saber de projetos com seus interesses. O povo não saiu às ruas para as coisas continuarem como estão. Desde as últimas eleições o PSDB vem ao encontro destes anseios clamados nas ruas porque nós ouvimos as pessoas”, afirmou o deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB-MS).

O parlamentar comentava os pontos de vista defendidos pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), em artigo publicado hoje (27/8) na imprensa de Campo Grande. Azambuja manifestou posição de que a antecipação do debate eleitoral é nociva à sociedade.

“Nos últimos dias constatamos a existência de um surto especulativo em torno de candidaturas apressadas, de supostas estratégias eleitorais encaminhadas, de alianças partidárias imaginárias, como se isso fosse a essência da política, num grave descuido com os temas que afligem as pessoas no dia a dia”, diz Azambuja.

Rinaldo concorda com a perspectiva do seu correligionário. O deputado estadual também faz coro à importância para Mato Grosso do Sul do projeto Pensando MS, que está sendo executado pelo PSDB, com o objetivo de buscar subsídios para elaboração de uma proposta de governo para o Estado.

“O Pensando MS busca base e propostas feitas pelo povo atendendo os anseios cotidianos. Com o Pensando MS, estamos percorrendo as cidades do Mato Grosso do Sul para elaborar um projeto político sem antecipação, estamos escrevendo as propostas junto com a população de cada município sul-mato-grossense porque política se faz com o povo”, afirmou Rinaldo.

No artigo, quanto ao Pensando MS, Azambuja diz: “Queremos ouvir, discutir, compreender as diferenças regionais, conhecer os olhares diferenciados, a diversidade de pensamento e de cultura, os enfoques econômicos, empresariais – enfim, queremos saber quais são as reais expectativas da sociedade em relação ao futuro e como podemos construir um Estado que emane da vontade geral e não de alguns iluminados”.

 

Com assessoria de imprensa do deputado Rinaldo Modesto

Estatuto da Pessoa com Deficiência garantirá inclusão e acessibilidade, avalia Rose Modesto

rose-modestoA vereadora de Campo Grande (MS) Rose Modesto (PSDB) acredita que o Estatuto da Pessoa com Deficiência vai garantir no País a inclusão e a acessibilidade. Atualmente, tramita no Congresso Nacional projeto de lei, relatado pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP), que cria tal Estatuto.

Gabrilli informa que o projeto tramita há seis anos, mas ainda não foi votado porque o texto estaria em desacordo com a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Para aperfeiçoar a proposta, o documento está aberto para consulta pública no site http://www.maragabrilli.com.br/estatuto.

“A discussão é fundamental, pois a gente percebe que pessoas com deficiência têm sido deixadas sem acesso à educação, artes, cultura, por exemplo, por falta de uma política que lhes garanta direitos”, disse ainda Rose.

Já para a relatora do projeto, “diferente da Convenção, que é uma carta de intenções e deixa algumas lacunas sobre a aplicabilidade de direitos, um Estatuto pode trazer soluções práticas para o cumprimento de leis no País”.

Senador Figueiró elogia artigo e ressalta visão política de Azambuja

Senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) comemora crescimento da indústria no Mato Grosso do SulO senador Ruben Figueiró comentou o artigo do deputado federal Reinaldo Azambuja (ambos do PSDB-MS), publicado nesta terça-feira (27) na imprensa de MS, sob o título “Política é projeto e não jogada eleitoral”, no qual ele critica a antecipação do calendário das eleições, alegando que a especulação em torno de candidaturas e alianças é ruim para a sociedade, pois, dessa forma, temas que realmente afligem o dia a dia da população são deixados de lado.

Figueiró afirmou que pensa como o deputado Reinaldo Azambuja, quando não recomenda a antecipação eleitoral de 2014. “Faço coro às suas propostas para que, no momento, nos preocupemos no trabalho de formulação de ideias que possam dar estamento a uma administração, seja federal ou estadual, a fim de atender os reclamos maiores da população”, afirmou o senador tucano.

Ruben Figueiró ainda disse que o projeto “Pensando Mato Grosso do Sul” é uma feliz ideia alçada por Azambuja. “Demonstra a clarividência política dele. Evidentemente Reinaldo é a expressão maior de nosso partido e seu nome há muito está reservado para posições importantes na representação política de MS”, disse.

O senador destacou que o artigo deve provocar reflexão da classe política, “pois estamos vivendo um momento histórico em que a sociedade está questionando as condutas dos homens públicos de maneira muito contundente”.

Figueiró também reforçou que ir às chamadas bases, das grandes cidades do nosso Estado às menores, todas de expressão política, é realmente a missão que cabe hoje ao PSDB.
Da assessoria de imprensa do senador

“Política é projeto e não jogada eleitoral”, por Reinaldo Azambuja

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Foto: Alexssandro Loyola

Reinaldo Azambuja*

O processo que antecipou o calendário eleitoral no País não está sendo um bom negócio para a sociedade. Nos últimos dias constatamos a existência de um surto especulativo em torno de candidaturas apressadas, de supostas estratégias eleitorais encaminhadas, de alianças partidárias imaginárias, como se isso fosse a essência da política, num grave descuido com os temas que afligem as pessoas no dia a dia. A população está pedindo uma coisa nas ruas – decência, melhores serviços públicos, mais saúde e educação – e a classe política está oferecendo em contrapartida “joguinhos” eleitorais. Isso certamente está mais do que equivocado.

Por mais que declaremos que eleição é um assunto para ser tratado com maior vigor a partir de meados do próximo ano, muitos preferem dar uma relevância à questão como se a eleição do próximo presidente da república, dos governadores, de senadores, de deputados federais e estaduais fosse acontecer nos próximos 30 dias. Com isso bagunçam-se orçamentos, lançam-se pacotes de obras meramente pirotécnicos e prejudicam a economia do País, adiantando gastos e desequilibrando as contas públicas. Os efeitos só serão sentidos depois, a partir de 2015, com crises e escândalos de corrupção, configurando-se assim um eterno estelionato eleitoral.

De minha parte, prefiro ser cauteloso em relação a este jogo, mesmo que haja forte e clara tentativa de acelerar o tempo por meio de divulgação de pesquisas de opinião. Não vejo seriedade em simulação quantitativa de candidaturas nesse momento.

Já vimos várias vezes esse filme. Caciques partidários lançam candidatos “fictícios” para depois suprimi-los de maneira humilhante, alegando que as “pesquisas” não o apontaram como o escolhido.

Estou ciente de que os novos tempos querem outra coisa. Estou mais preocupado em formular um projeto de futuro para o Estado do que ficar debatendo nomes. A fulanização da política carrega um mal em si: embaçam a nobreza da atividade, permitindo que seja relegado ao segundo plano o debate de propostas e projetos.
Por isso tenho defendido nas hostes de meu partido, o PSDB, e nos encontros que tenho mantido com lideranças da sociedade organizada, que o momento é o da discussão de projeto. Nossa proposta vem sendo concretizada por intermédio do “Pensando Mato Grosso do Sul”. Estamos realizando encontros com os mais diversos segmentos sociais para ouvir demandas, apontar propostas, discutir soluções, num gesto sincero e pleno de querer se inserir e conhecer a realidade de Mato Grosso do Sul.

Esse é o nosso caminho. Queremos ouvir, discutir, compreender as diferenças regionais, conhecer os olhares diferenciados, a diversidade de pensamento e de cultura, os enfoques econômicos, empresariais – enfim, queremos saber quais são as reais expectativas da sociedade em relação ao futuro e como podemos construir um Estado que emane da vontade geral e não de alguns iluminados.

Por isso estamos percorrendo os municípios do Estado. Não é nossa prioridade construir candidaturas. Queremos ouvir a população e compreender seus anseios. Assim, pretendemos elaborar um projeto de gestão com bases sólidas, abandonando a política de improvisações e de “achismos” que tem caracterizado governos autoritários que acreditam que pacotes podem iludir homens e mulheres de bem. Estamos propondo uma inversão da pauta: a hora é de elaborar um grande projeto para mudar de fato o Mato Grosso do Sul. O jogo eleitoral deve ficar para o ano que vem.

 

*Deputado Federal do PSDB de Mato Grosso do Sul

Em artigo, senador Aécio Neves aborda a queda de confiança dos brasileiros

Aecio-Neves-George-Gianni-PSDB-2-240x300O que está acontecendo com o Brasil? Trabalhadores, empresários, donas de casa, muita gente já não esconde a preocupação com os rumos do país e anda fazendo a mesma pergunta. Onde foi parar aquela euforia, inflamada por um discurso que apregoava um patamar de desenvolvimento jamais visto na nossa história?

Já não é possível esconder as fissuras na paisagem econômica. A geração de empregos registrou o pior julho dos últimos dez anos. A renda média do trabalhador vem caindo há cinco meses. O setor de serviços desacelerou, a indústria perdeu competitividade. Com a economia patinando, viramos o “patinho feio” entre as nações emergentes.

O ciclo virtuoso do crescimento chegou ao fim sem as mudanças que o país tanto demanda. Desperdiçamos uma safra recorde de oportunidades durante a última década. E percebemos que agora faltam a aqueles que têm a responsabilidade de governar a energia e a competência necessárias para reagir.

O governo queima credibilidade ao afrontar os fundamentos clássicos da administração e do bom senso. Como entender a manutenção de uma máquina pesada e cara, quando a qualidade da nossa infraestrutura está em 107º lugar no ranking de 144 países do Fórum Econômico Mundial? Qual é nossa prioridade, afinal?

Retrato deste descompasso, o PAC é um inventário de obras inconclusas, com projetos ressuscitados para abastecer palanques políticos. Setores estratégicos da economia pagam o preço de erros sérios de planejamento, como o caso das hidrelétricas do rio Madeira.

Cresce o incômodo com a falta de transparência. O governo injeta bilhões no BNDES e não permite que a sociedade, que paga essa conta, conheça o destino desse dinheiro, alimentando as suspeitas de privilégios que não atendem aos interesses nacionais.

Fica evidente a distância entre discurso e realidade. Os mesmos programas são lançados diversas vezes, como se fossem novas iniciativas. O governo que se recusou assumir a sua parte no compromisso previsto na Emenda 29 e vem diminuindo há dez anos a sua participação nos gastos com saúde é o mesmo que lança projetos improvisados, como o Mais Médicos, que não resolve os problemas, mas alimenta o marketing oficial.

Para voltar a apostar no futuro os brasileiros precisam recuperar a confiança no país. Para tanto é essencial que o governo faça pelo menos o básico: controle a inflação, equilibre as contas públicas, priorize os gastos em educação, saúde e segurança e crie condições institucionais para que os investimentos privados floresçam. Acima de tudo, o momento requer uma gestão de responsabilidade.

Confiança –esta palavra anda fazendo muita falta entre nós.

 

Publicado na Folha de S.Paulo

“Os maus negócios da Petrobras”, análise do Instituto Teotônio Vilela

Plataforma-de-Petroleo-Foto-Divulgacao-Petrobras1-300x199Como é possível uma empresa faturar mais de um trilhão de reais e não produzir um único centavo de lucro com o negócio? Esta situação ruinosa está acontecendo na maior companhia brasileira, a Petrobras, em razão de uma política que não apenas lhe tolhe os ganhos, como também coloca o Brasil na contramão da agenda da sustentabilidade.

Os maus negócios da Petrobras vêm se dando em suas operações de venda de combustíveis, como relata o Valor Econômico em sua edição de hoje. Desde que o PT assumiu o comando do país, as refinarias da companhia venderam R$ 1,15 trilhão em combustíveis e não ganharam nadinha com isso. Pelo contrário: as operações causaram perda de R$ 663 milhões à empresa no período.

A situação agravou-se nos últimos dois anos e meio. De janeiro de 2003 a junho último, a Petrobras vendeu R$ 540 bilhões em combustíveis e obteve prejuízo de R$ 39,6 bilhões com a operação. O rombo anulou os lucros alcançados pela empresa com a comercialização de derivados nos oito anos anteriores.

A razão desta desastrosa trajetória empresarial é conhecida: a política adotada pelo governo federal em relação ao preço dos combustíveis vendidos no país. Para evitar uma disparada ainda maior da inflação, os valores cobrados dos consumidores ficaram longos períodos praticamente congelados no país, obrigando a Petrobras a matar as perdas no peito.

É incrível como uma empresa petrolífera é forçada a atuar por anos a fio sem poder lucrar com seu principal negócio, ou seja, vender os combustíveis que produz e refina. Mas é isso o que está ocorrendo no país na era petista. Não fossem os ganhos obtidos com a área de exploração e produção de petróleo, a Petrobras provavelmente teria naufragado de vez.

Atualmente, os preços dos combustíveis praticados no Brasil estão defasados cerca de 30% em relação ao mercado internacional. Com a escalada recente do dólar, a situação agravou-se e a companhia passou a acumular perdas mensais de R$ 700 milhões. A possibilidade de conceder novo reajuste passou a ser considerada pelo governo.

Por vários outros aspectos, a estatal não passará incólume pela experiência de gestão levada a cabo pelos petistas. Eles foram os primeiros depois de Fernando Collor a levar a empresa produzir menos petróleo, quebrando uma série ascendente que vinha desde a gestão Fernando Henrique. Sem falar também no primeiro prejuízo trimestral contabilizado neste século, registrado no segundo trimestre do ano passado.

Desde o início de 2010, a Petrobras perdeu praticamente metade de seu valor de mercado. Quase US$ 100 bilhões evaporaram ao longo do período, à medida que foi ficando evidente que a companhia terá dificuldades crescentes para honrar seus compromissos, principalmente os do pré-sal. Boa parte do dinheiro injetado pelos acionistas na operação de capitalização, em 2010, simplesmente evaporou.

A interferência da política federal nos preços praticados pela Petrobrás também causa outro indesejável efeito indireto: deprime a produção brasileira de etanol. Como o combustível renovável concorre diretamente com os fósseis, o valor cobrado por estes limita o praticado sobre aquele. Como consequência, o setor agoniza.

Nas duas últimas safras, a produção nacional de etanol caiu 15%, levando dezenas de usinas a fechar as portas e demitir mais de 18 mil trabalhadores. O Brasil, que figurava como provável maior potência produtora e exportadora de combustível limpo e renovável do mundo, hoje chega a importar álcool dos Estados Unidos…

Ao mesmo tempo, a política de subsídio aos preços da gasolina resulta em aumento explosivo do consumo deste combustível, contribuindo para piorar as nossas condições ambientais. No ano passado, enquanto o consumo total de combustíveis cresceu 6% no país, o de gasolina aumentou 12% e o do etanol caiu 9,6%. Nos dois últimos anos, a frota de veículos flex que usam etanol caiu à metade.

Usar uma empresa como a Petrobras como instrumento de manipulação de mercado só serve para produzir desequilíbrios e ineficiências. A estatal é um patrimônio do povo brasileiro que o governo petista está dilapidando, ao mesmo tempo em que coloca o país na contramão do que o mundo cada vez mais pratica em relação ao desenvolvimento sustentável. É um mau negócio, em todos os aspectos.

“A palavra final é do Congresso”, por Carlos Sampaio

Carlos-Sampaio-foto-George-Gianni-300x199Depois de mais de 12 anos, o Congresso Nacional finalmente voltou a discutir os vetos presidenciais. Trata-se de um momento histórico que deve ser celebrado e registrado, pois representa a retomada do papel fundamental do Legislativo de dar a última palavra nas questões que lhe dizem respeito.

Desde que assumi o mandato na Câmara Federal, em 2002, por mais absurdo que possa parecer, nunca apreciei um veto presidencial, pois, contrariando a lógica, o ciclo de tramitação de um projeto de lei encerrava-se com o veto do Executivo. Isso aviltava o Legislativo, pois reduzia, sobremaneira, a atuação de deputados e senadores. Portanto, louvo esse momento ímpar em que participo da retomada da apreciação dos vetos pelo Congresso, numa demonstração de respeito à Constituição e valorização do Congresso.

Essa vitória inquestionável do Legislativo não se perde pelo fato de o Governo, na esteira do que foi dito por alguns, ter conseguido manter os quatro vetos submetidos à análise do Congresso no último dia 20. Derrota alguma houve se nos dermos conta de que o Congresso Nacional voltou a ter a palavra final na apreciação dessas matérias. Derrota alguma houve se levarmos em conta que, passados 12 anos, a população voltou a participar, ativamente, de uma sessão na qual vetos presidenciais foram votados pela Casa Legislativa. A presença maciça de representantes de categorias envolvidas nas discussões das propostas que foram objeto dos vetos, com especial destaque para a do “ato médico”, por si só, já demonstra a relevância dessa memorável sessão ocorrida na semana passada.

As vantagens da restituição ao Congresso da autonomia na questão dos vetos presidenciais são evidentes: primeiro, voltamos a respeitar o que diz a própria Constituição Federal, que garante soberania aos congressistas para deliberar sobre o assunto.

Segundo, sublinha a responsabilidade de ambas as partes (governo e Congresso) na discussão dos projetos, uma vez que, não raras vezes, esse “veto terminativo” do Executivo servia de pretexto para eximir de responsabilidade aqueles parlamentares que preferiam se esconder atrás da caneta do presidente da República – afinal, é mais cômodo para alguns aprovar um determinado projeto e, com isso, evitar polêmicas com seus pares no Congresso, sabendo que, depois, a proposta será vetada pelo Executivo e ponto final.

Por último, o certo é que essa nova prática estimula a participação popular através dos movimentos sociais e entidades civis organizadas, que podem acompanhar a discussão dos vetos e pressionar segundo seus legítimos interesses, já que agora há data marcada, todo mês, para a apreciação dessas matérias.

Enfim, estou convencido de que os grandes vencedores, nessa questão, independentemente da manutenção ou derrubada de um veto presidencial, são o Congresso, que vai poder cumprir à risca o seu papel constitucional de legislar, e a população brasileira, que agora pode acompanhar de perto a discussão desses mesmos vetos sem ter que se curvar às famosas canetadas do Executivo.

(*) Carlos Sampaio é deputado federal e líder do PSDB. Artigo publicado no jornal “Correio Popular” em 26/08.

FHC faz palestra em seminário do Tucanafro

FHC-foto-Magdalena-Gutierrez-IFHC-300x200No próximo sábado, 31, o ex-presidente da República e presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, ministrará palestra no seminário em comemoração aos 10 anos do Tucanafro – secretariado da militância negra do PSDB.

Na ocasião, FHC falará sobre o negro na sociedade brasileira, o pioneirismo nas políticas de ação afirmativa no país e a atuação do PSDB junto aos segmentos da sociedade. O seminário será realizado das 8 às 12 horas, na sede do Diretório Estadual do PSDB-SP.

Data e horário: 31/08, das 8 às 12 h

Local: Diretório Estadual do PSDB-SP

Av. Indianópolis, 1123 – Moema

Tucanafro reúne lideranças e militância para debater políticas públicas para população negra

tucanafro-bh-foto-PSDB-MG-300x200Belo Horizonte – O Tucanafro, mais novo núcleo temático do PSDB, iniciou, na noite desta quinta-feira (22), em Belo Horizonte, o 1º Simpósio Nacional da Militância Negra – O Negro Pensa o Brasil.

Cerca de 250 pessoas, entre parlamentares, lideranças tucanas e militantes, lotaram o auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para a abertura do encontro. Eles assistiram à palestra da desembargadora Luislinda Valois, primeira juíza negra do Brasil, sobre a presença do negro nos espaços de poder.

O simpósio reunirá até sábado, representantes da militância negra de 27 estados para debater políticas públicas inclusivas voltadas para a população negra no país. Entre os temas a serem discutidos estão a promoção da igualdade racial; as cotas raciais e o mercado de trabalho para os negros; a realidade para vilas e favelas; redes sociais; e as manifestações de rua no país.

Durante o encontro, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, saudou as lideranças tucanas em mensagem gravada em vídeo. O senador destacou o envolvimento da militância negra tucana para elaborar propostas a serem discutidas pelo partido.

“Esse é o primeiro grande encontro nacional do Tucanafro. Pela primeira vez, representantes de todos os estados se reúnem para esboçar um programa para o PSDB. Um programa inclusivo, de políticas públicas que possam atender, pra valer, os negros e descendentes de negros brasileiros. Queremos transformar o Tucanafro no mais vigoroso segmento de qualquer partido político focado nessa questão. Estou extremamente feliz e orgulhoso desse encontro porque o PSDB é um partido vanguardista e terá as propostas mais ousadas para garantir um tratamento isonômico e igualitário a todos os brasileiros”, disse.

Diálogo com a sociedade – Participaram do encontro o presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana; o presidente do PSDB de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite; e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dinis Pinheiro.

Marcus Pestana, afirmou que o PSDB quer integrar a comunidade negra ao partido para ampliar o diálogo com a sociedade.

“Não queremos que o Tucanafro seja uma ferramenta para levar o PSDB à sociedade, mas para a comunidade negra trazer sua voz para dentro do PSDB. Queremos integrar a comunidade negra nas nossas práticas”, afirmou.

O coordenador nacional do Tucanafro, Juvenal Araújo, afirmou que as diretrizes estabelecidas no encontro serão importantes para o partido reforçar a luta da população negra no Brasil.

“Esse encontro é o início de uma mudança da questão dos negros no país. Somos responsáveis por formar as diretrizes do PSDB para discutir a questão racial no Brasil. O racismo ainda é um dos principais fatores das injustiças sociais o que envergonha o país. Metade da população brasileira é negra“, disse.

Homenagens – Durante a abertura do simpósio, o Tucanafro homenageou Efigênia Castro Pimenta, uma das precursoras do movimento negro de Minas Gerais. Outras lideranças também foram homenageadas com a placa que levava o nome da líder negra de 96 anos, 50 deles dedicados ao movimento.

“A homenagem não é só minha, mas a todos os negros do Brasil, pois ser negro nesse país não é fácil. O negro fez muito para o Brasil e deve ser respeitado”, disse.

Negros e poder – A desembargadora baiana Luislinda Valois, conhecida por ser a primeira juíza negra e por proferir a primeira sentença contra o racismo no país, também foi homenageada. Durante a palestra, a desembargadora falou sobre a ausência dos negros nas instâncias de poder.

“Nos espaços de poder não encontramos negro. A diretora daqui, o encarregado de não sei onde, são brancos. Isso não é errado. Mas que se dê oportunidade a todos. Com essa gestão que está aí a coisa está difícil. A situação é deprimente, é de doer. A minha preocupação é com o “PPP”, preto, pobre e periférico. O pouco que tínhamos nos foi tirado. E agora querem trazer profissionais de outros países. Temos uma juventude competente. Pra que buscar gente lá fora?”, questiona a desembargadora em referência ao programa Mais Médicos do governo federal.

Do PSDB-MG