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Figueiró detecta insatisfação popular em viagem a municípios de fronteira

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Foto: Agência Senado

O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) ficou convicto da insatisfação da comunidade da região de Mato Grosso do Sul que faz fronteira com o Paraguai quanto ao governo federal após visita realizada neste fim de semana a Bela Vista e Jardim.

“A população está apreensiva em relação aos protestos que ocorrem em todo o país e também reclama do crescente processo inflacionário, carestia, inadimplência, além da crise na principal economia da região – a pecuária – que se desenvolve diante de um governo que parece omisso aos reclamos fronteiriços”, constatou.

O senador ainda anotou uma frase que achou interessante. “Não me lembro do autor, mas dizia: ‘pior que a violência da ventania das ruas é um governo ruim’, assim caracterizando o conceito que está atingindo o governo da República”, disse.

Figueiró também ficou impressionado com a manifestação dos moradores da cidade paraguaia de Bella Vista Norte sobre a postura do Brasil a respeito da suspensão do Paraguai no Mercosul. “Agora lá cresce um sentimento popular de rechaço à volta do país àquele organismo, o que no meu entender, abala o prestígio do Brasil”, lamentou.
(Da assessoria do senador)

Fundação Mário Covas: pelos ideais da democracia e da boa governança

honra4-300x237Criada em 21 de abril de 2001, a fundação Mario Covas surgiu inspirada nos compromissos éticos de um dos mais importantes homens públicos da história democrática brasileira, com o intuito de contribuir na valorização da cidadania e no aperfeiçoamento da gestão pública.

Trabalhando pelos ideais democráticos e da boa governança, a entidade realiza e apoia uma série de atividades educativas e de ação comunitária, atuando na formação de jovens.

Uma dessas iniciativas é o Curso de Iniciação Política, que já formou milhares de pessoas em todo o estado de São Paulo. Com público alvo formado principalmente por jovens alunos do ensino médio e graduandos do ensino superior, o programa inclui aulas sobre o conceito de democracia, política, organização social e ética. O corpo docente é composto por professores altamente capacitados, sendo doutores e mestres em Ciência Política pela USP. O curso é realizado em sua Sede no Centro de São Paulo, CIC’s por todo o estado, e pode ser levado até sua cidade ou empresa para qualquer lugar do Brasil.

A fundação também possui um Centro de Memória que reúne 152 metros lineares de documentos textuais, 3.639 registros audiovisuais, 1.918 documentos tridimensionais e mais de 11 mil fotografias, acessíveis para pesquisadores, estudantes e o público em geral. Por meio deste Acervo, a FMC também realiza cursos, minicursos e palestras sobre acervos históricos, arquivos, instituições culturais e afins, além de disponibilizar exposições sobre a história política de Covas, ambas as ações também são realizadas em sua sede e podem ser levadas para qualquer lugar do Brasil.

Sobre Mário Covas

Um dos fundadores do PSDB, em 1988,fez parte do grupo que primeiro presidiu a legenda, ao lado de Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga e José Richa. Foi eleito governador de São Paulo em 1994, reelegendo-se ao cargo no pleito seguinte. Em sua administração, dedicou-se ao saneamento das finanças públicas e começou um processo de reforma e modernização administrativa. Faleceu em 2001, vítima de câncer.

Aécio Neves fala para Sociedade Rural Brasileira em São Paulo

Aecio-300x200O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou na noite dessa segunda feira, em São Paulo, de encontro promovido pela Sociedade Rural Brasileira, entidade representativa do agronegócio, fundada há 93 anos. Antes de o senador discursar, falaram o presidente da entidade Cesário Ramalho da Silva e os ex-ministros da Agricultura Pratini Moraes e Roberto Rodrigues. Todos os palestrantes trataram dos problemas que a agropecuária enfrenta no Brasil.

O senador Aécio falou da importância da gestão para o enfrentamento das demandas do setor e garantiu que o PSDB buscará apresentar alternativas para ouvir diretamente os vários representantes do segmento. Após o evento, o senador concedeu entrevista à imprensa.

Leia entrevista senador Aécio Neves – São Paulo – 01-07-13

Assuntos: plebiscito, fim da reeleição e mandato 5 anos, governo padrão Felipão, reformas, eleições 2014

A presidente Dilma disse que enviará proposta do plebiscito nesta terça-feira para o Congresso Nacional e quer que as mudanças funcionem já para 2014.

É um direito da presidente. O que acho é que existe uma base hoje no Congresso suficientemente ampla, uma base governista, e não seremos objeção a isso, capaz de votar em um espaço de tempo curto, pelo menos parte dessas reformas.

Eu não conheço as propostas da presidente da República. Até porque nesses dois anos e meio o Brasil não teve o privilégio de conhecê-las. O que não podemos é nesse momento de dificuldades tirar o foco da agenda real dos problemas brasileiros, da mobilidade urbana, da carência de saúde, de educação de qualidade, de saneamento básico, a ausência de segurança em vários centros brasileiros, para apenas uma agenda política.

Na minha avaliação, é responsabilidade do Congresso discuti-la. E gostaria de vê-la aprovada por um referendo.

O PSB do Eduardo Campos aprovou ontem um documento interno do partido defendo a ampliação do mandato para 5 anos e o fim da reeleição.

Mais uma convergência do PSB conosco. Essa sempre foi a minha posição. Apresentei em 1989 um projeto que ainda está lá na Câmara dos Deputados exatamente nessa direção. Me parece mais adequado. Não há pressão da reeleição e a utilização do Estado de forma imensurável para garantir mais um mandato para quem está no poder. Acho que é mais republicano um mandato de cinco anos sem direito à reeleição. Agora, é preciso que a maioria governista também compreenda que ele é importante.

O senhor avaliou precipitada esta atitude da presidente Dilma de já entregar para o Congresso o plebiscito?

Vejo na verdade um governo pressionado. Um governo que um dia lança proposta de uma constituinte específica e no dia seguinte volta atrás porque além de inconstitucional era extremamente arriscada a ordem jurídica em vigor. Busca agora através de um plebiscito q eu não se sabe ainda sob que tema ele ocorreria. Algo complexo que precisaria ser muito bem explicado para a população. Vejo o governo federal e a presidente da República buscando tirar o foco das questões centrais que afligem os brasileiros. E nós da oposição temos de denunciar isso.

A presidente disse que o governo dela é um governo padrão Felipão. Perguntaram se era um governo FIFA ela disse não, é um governo padrão Felipão. É um padrão Felipão?

É um governo que acostumou-se a pegar carona nas boas coisas. Agora, no êxito da Seleção. O que acho é que é um governo paquidérmico. Um governo que não cabe dentro de si. Se o Felipão tivesse um governo padrão PT não poderia escalar onze, ia escalar 39 jogadores.

Senador, durante sua palestra, o senhor falou que para fazer as mudanças que o Brasil precisa é necessária ousadia, coragem. E que o senhor tem coragem. O senhor fala isso na condição de um possível candidato do PSDB no ano que vem?

Sou um administrador do tempo. E respeito, obviamente, o calendário eleitoral. Mas falo como presidente do principal partido de oposição, o PSDB, que não tem a opção de apresentar uma agenda, temos a obrigação de apresentarmos uma agenda alternativa a essa que aí está. No campo da gestão pública eficiente, na questão de um padrão ético diferente de governo, de uma solidariedade maior com a Federação nos investimentos em saúde, em segurança pública, em educação. E não se governa um país com as dificuldades do Brasil sem que se tenha a coragem de enfrentar contenciosos.

A reforma política hoje propagada e apresentada pela presidente como a solução para todos os nossos problemas não foi feita nesses anos do PT, nesses 10 anos e meio de governo do PT, porque faltou coragem política para enfrentar contenciosos dentro da sua própria base, porque algumas das medidas necessárias na reforma política passava pela extinção de partidos que não tinham representação popular, não tinham conexão com a sociedade. Mas sempre que algum desses partidos era um aliado do governo, essa reforma era adiada. Infelizmente, ao governo do PT, tem faltado nesses 10 anos e meio coragem para fazer as grandes reformas. Ele teve popularidade em alta durante muitos anos, uma ampla base de apoio e uma situação econômica extremamente estável. O que faltou para que tivéssemos superado gargalos, que hoje nos trazem esse crescimento pífio, foi coragem político.

O senhor tem essa coragem?

Se for necessário, obviamente tem que ter, para apresentar essa agenda, e o candidato do PSDB precisará ter no momento em que for indicado.

O senhor já fala como presidente da República?

Não, sou presidente do PSDB. O candidato à Presidência da República, a presidente da República pelo PSDB, surgirá no ano que vem. Mas nós, do PSDB e outros partidos da oposição, temos que ter a responsabilidade de dialogar com a sociedade, como fiz hoje e tenho feito com vários outros setores, na construção da nova agenda. O que existe hoje em curso no Brasil foi a agenda proposta pelo PSDB lá atrás.

O PT não ousou, não apresentou nada de novo. Manteve agora, com fragilidades, o arcabouço macroeconômico herdado do presidente Fernando Henrique, ampliou os programas de transferência de renda vindos dos governo anterior, apostou no crescimento da economia quase que exclusivamente pelo consumo, através da oferta de crédito, mas não fez nenhuma intervenção estruturante. Por isso, vamos, esse ano, crescer na América do Sul apenas mais que a Venezuela.

 

Do Portal do PSDB de Minas

Aécio Neves: “Não recebemos nenhum convite da presidente”

Senador-Aecio-Neves-durante-coletiva-Foto-George-Gianni-1-300x200Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (1), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou a postura da presidente Dilma Rousseff, que não convidou a oposição para discutir a reforma política, como disse que faria.

“Mostra que, até nisso, o governo federal tem dificuldades de tomar uma posição. Anunciou-se que haveria um convite às oposições, mas ela já conversou com todos aqueles que costumam concordar com as suas posições. Talvez até pelas oposições terem uma posição divergente da presidente, não tenhamos sido convidados”, afirmou.

O senador lembrou as propostas elaboradas e apresentadas pela oposição, que passam pelo corte de metade dos cargos comissionados e ministérios, além de investimentos em saúde e educação.

“Infelizmente o que estamos vendo é o governo mais uma vez dando respostas laterais e tentando, com este plebiscito de reforma política, abster-se da sua responsabilidade”, disse.

Para o presidente nacional do PSDB, a administração petista está perdendo o rumo: “No afã de dar respostas rápidas à sociedade brasileira, o governo está perdendo o foco mais uma vez. As oposições apresentaram uma agenda para o governo. O governo sequer se dispôs a comentá-la, o que mostra que realmente não há disposição de conversar com as oposições”, completou.

Confira os principais pontos da entrevista coletiva de Aécio Neves:

Sobre proposta de reforma política
Eu me lembro que a última vez em que a presidente da República falou sobre a reforma política foi no dia da posse no Congresso Nacional em seu discurso. Foi até muito aplaudida, inclusive por nós. Nesses dois anos e meio este tema não esteve na agenda do governo. É saudável até que ele esteja agora. Mas isso tem de ser feito com muita responsabilidade. O que estamos percebendo é o governo perdendo o rumo. No afã de dar respostas rápidas à sociedade brasileira, o governo está perdendo o foco mais uma vez. As oposições apresentaram uma agenda para o governo. O governo sequer se dispôs a comentá-la, o que mostra que realmente não há disposição de conversar com as oposições.

Houve convite às oposições?
Até agora não houve. Acho que neste instante até perdeu um pouco o sentido. Mostra que até nisso o governo federal tem dificuldades de tomar uma posição. Anunciou-se que haveria um convite às oposições, mas ela já conversou com todos aqueles que costumam concordar com as suas posições. Talvez até pelas oposições terem uma posição divergente da presidente, talvez por isso não tenhamos sido convidados.

O convite ao Sr. não foi feito?
Não foi feito a mim. Não foi feito às lideranças e, repito, acho que perdeu um pouco o sentido. Porque nós apresentamos uma pauta ao governo que passa pelo corte de metade dos cargos em comissão e metade dos ministérios poderiam ser extintos; investimentos na saúde poderiam ser aprovados no Congresso Nacional, assim como na educação; o fim do programa mirabolante, eu diria patético, do trem bala que custará R$ 50 bilhões aos cofres públicos. Poderia se substituído por investimentos nos metrôs das capitais.

Esta é a agenda que a oposição apresentou. Infelizmente o que estamos vendo é o governo mais uma vez dando respostas laterais e tentando, com este plebiscito de reforma política, abster-se da sua responsabilidade.

O Sr. está dizendo é que se houvesse o convite não seria aceito de qualquer maneira?
Até estávamos dispostos a aceitar, mas no momento em que parece que a presidente já teve o amém ou a aquiescência daqueles que costumam aquiescer com as posições da presidente, nós temos dúvidas sobre para quê seria esta reunião. Se for para discutir esta pauta, uma pauta que interesse efetivamente ao Brasil, acho que poderíamos aceitar o convite. Mas se for para tirar mais uma fotografia ao lado da presidente da República, acho que ela certamente tem coisas mais relevantes a fazer.

Para discutir plebiscito ou referendo, por exemplo, valeria a reunião?
Acho que não porque esta é a pauta criada pelo governo e que o Congresso deve definir. Defendemos que o Congresso tenha uma agenda rápida para votar a reforma política e que depois seria submetida a um referendo. Isso me parece o mais razoável. Fazendo um plebiscito sobre matérias que não são de opções apenas sim ou não. São de opções múltiplas. É na verdade tentar tirar o foco da questão central. O governo tem fazer o pacto da reforma do Estado, cortando pela metade os ministérios e cargos públicos, até para justificar investimentos em outras áreas.

Fazer um pacto com o Congresso para que tenhamos 10% das receitas líquidas do governo investidas em saúde. 10% do PIB em educação. Projetos de mobilidade, sobretudo nos grandes centros, como as obras do metrô que não foram feitas durante este governo. Esta é a agenda do Brasil real. Esta é parte pelo menos da agenda que levou tantos brasileiros às ruas. A questão da reforma política é necessária, mas tem de ser feita com responsabilidade e, a meu ver, pelo Congresso Nacional.

Temos que ver qual é o objetivo desse plebiscito. Se for esclarecer a população para que ela possa opinar e tomar medidas adequadas, obviamente precisaremos de um prazo maior para que as pessoas compreendam o que é sistema eleitoral, como é feita a questão do financiamento público, o que é coligação proporcional, suas vantagens e desvantagens. Temos que debater a questão do mandato, eventualmente passar para cinco anos sem reeleição. Então, um conjunto de medidas que tradicionalmente, em qualquer parte do mundo, não são submetidas a um plebiscito. Não temos essa tradição, pela complexidade das questões. Se é para fazer com seriedade, é preciso, no mínimo, um tempo razoável para que as pessoas saibam no que vão esta votando. Me parece, mais uma vez, uma manobra, como foi a da constituinte exclusiva, que colocava em risco a ordem jurídica vigente no Brasil. Apenas um instrumento para tirar o foco das questões centrais. A má administração do país, a falta de resposta às questões que são concretas. Da mobilidade urbana, da baixíssima qualidade da educação, da falência do sistema de saúde, do aumento da criminalidade. É isso que as pessoas querem ouvir da presidente da República. Se ela acha que transferindo para o Congresso a responsabilidade de convocar um plebiscito estará de alguma forma abafando tirando do centro essas aflições dos brasileiros, acho que mais uma vez ela se enganará.

Como o Sr. vê a queda de popularidade da presidente, mas também do PSDB e de governos do PSDB?
Na verdade, foi um recado claro a toda classe política. Em especial, aos governantes. Como temos no Brasil um centralismo muito grande, vivemos quase que em um Estado unitário, onde o poder central pode tudo, no momento da dificuldade, também, as pessoas tendem a responsabilizar o governo federal. Por isso, a queda da presidente foi maior. E ficou claro que o Brasil cor-de-rosa da propaganda oficial, do Brasil sem miséria, do Brasil de serviços públicos de altíssima qualidade, não existe. O governo federal teve que se confrontar com o Brasil real, onde as pessoas querem empregos de melhor qualidade, querem uma educação de maior qualidade, querem serviços públicos dignos. E se o governo insistir em não dar resposta a essas questões pode ser que a popularidade da presidente continue caindo.

Qual seria uma resposta à altura?
Eu faria algumas coisas simbólicas. O governo paquidérmico que tem hoje o Brasil é uma das motivações dessas manifestações. Eu cortaria pela metade o número de ministérios, metade dos mais de 25 mil cargos comissionados. Cancelaria o programa, por exemplo, do trem-bala, que custará R$ 50 bilhões, enquanto os metrôs das grandes capitais brasileiras precisam de investimentos.

Garantiria o apoio da base, que faltou até aqui, para que 10% das receitas líquidas da União fossem para a saúde, 12% dos estados já vão e 15% dos municípios já vão. Aprovar aquilo que propõe o Plano Nacional da Educação – 10% do PIB investido em educação – a médio, longo prazo, com metas, gestão eficiente no Brasil. Enfim, existe um conjunto de ações que o governo poderia tomar até do ponto de vista simbólico. Quem sabe a presidente da República vir a público dizer que espera que o Supremo Tribunal Federal conclua rapidamente o processo do mensalão e aqueles, eventualmente condenados, seja punidos. É isso, é por isso que clamou a população brasileira. Vejo a presidente da República tratando lateralmente essas questões.

O Sr. acredita que esse clima de insatisfação no Congresso, dentro do próprio PT, da base aliada, as discussões sobre fim, ou não, de reeleição, podendo ser tradadas ainda para 2014, favorece o clima de volta Lula?
Esse é um problema que não é nosso. O PT já está vivendo. O instituto da reeleição, ele quase que te obriga à reeleição, ele é quase que compulsório. A não candidatura de alguém que está no cargo é, no mínimo, a falência daquele governo. Ela vem com um atestado de, enfim, incapacidade de enfrentar os problemas. Mas esse é um problema que não quero comentar, vamos deixar que o PT o resolva no tempo certo.

A nossa preocupação agora é cobrar ações para agenda real do Brasil. E não é essa que o governo busca apresentar ao país, apenas a questão da reforma política. Transferindo à população uma decisão sobre algo que a própria Presidência da República não tem posição. Não seria natural que ela dissesse ao Brasil qual reforma política que acha adequada? Fim de coligações, voto distrital misto, lista fechada, financiamento público? Porque, cada vez mais, vejo confundir-se com a pauta da Presidência da República a pauta do seu partido, do PT. Não podemos fazer uma reforma que seja para perpetuar, ou ampliar, o tempo de permanência do PT no governo. Temos que fazer uma reforma para dar maior representatividade aos partidos políticos, para dar mais eficiência ao processo político. E, obviamente, mais conexão dele com a sociedade.

O PSDB faz alguma autocrítica, considerando as últimas pesquisas?
Todos nós, de alguma forma, recebemos um sinal muito claro. A população brasileira quer respostas. Não foi um sinal apenas a um partido. Mas aquele que está no poder central, que arrecada hoje e que mantém cerca de 70% de tudo do que é arrecadado hoje sobre seu controle, obviamente, sobre ele há uma cobrança maior. Mas temos que ter humildade para reconhecer esse recado que, repito, é a toda classe política brasileira.

Sampaio: “Presidente deve ter desistido de convidar a oposição ao perceber que nossa pauta não é a dela”

Carlos-Sampaio-Foto-George-Gianni-1-300x199“A presidente disse através da imprensa, de líderes partidários e de alguns de seus ministros que a oposição seria convidada para debater os temas nacionais. Entretanto, a formalização desse convite, até agora, não ocorreu”, disse o líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP). Para ele, “a presidente deve ter desistido de convidar a oposição ao perceber que nossa pauta não é a pauta dela, mas sim aquilo que se ouviu das ruas”.

O tucano lembra que o mais importante para o país, nesse momento, é debater os temas que movimentaram as ruas. “A presidente insiste com o plebiscito para ocultar sua incapacidade de apresentar soluções concretas nas áreas mais criticadas, como educação, saúde e transporte publico”, afirmou.

“Governar é eleger prioridades, é fazer opções. Reforma política é importante e desejável, mas não é a principal reivindicação da população e nem solução para o péssimo atendimento nos hospitais, para o problema da educação e, tampouco, vai garantir segurança e transporte público de qualidade. Isso só se faz com liberação dos recursos federais previstos no orçamento e inexplicavelmente retidos pelo governo. Até agora, só vemos o governo federal insistindo no plebiscito como tática para ocupar o noticiário e jogar para o Congresso a obrigação de resolver a crise que atinge diretamente o Palácio do Planalto, como demonstraram as pesquisas”, completou.

Sampaio lembrou ainda que, enquanto reúne seus 39 ministros na Granja do Torto para discutir que perguntas deveriam constar no plebiscito, Dilma ignora a inflação em alta, os elevados gastos públicos e a falta de planejamento do Governo Federal. “Ao invés de ficar se reunindo com seus ministros, alguns deles ilustres desconhecidos da própria presidente, ela deveria reduzir, e muito, o número de ministérios, enxugar a máquina pública e cortar gastos, a exemplo do que fez o governador Geraldo Alckmin”, concluiu.

 

(Da Liderança do PSDB na Câmara)

FHC: “Presidente Dilma deveria ter chamado a oposição logo”

Reproducao-TV-Cultura-300x189O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (SP), ao participar, nesta segunda-feira (1) do programa Roda Viva, da TV Cultura, afirmou que uma das principais falhas do governo de Dilma Rousseff é o fraco diálogo com a sociedade, incluindo os partidos de oposição.

“Acho que a presidente Dilma deveria ter chamado a oposição logo. Agora é tarde, já está tudo cozinhado”, disse o presidente de Honra do PSDB, em referência à tentativa de debate sobre a ideia de um plebiscito para a reforma política.

O tucano destacou também que há, no Brasil, “um atraso crítico [na política] que se traduz em clientelismo e na vontade de se mamar nas tetas do governo.”

Confira os principais pontos de fala do tucano.

Manifestações – Para o ex-presidente, as manifestações foram o resultado de um “caldo de cultura” criado no Brasil por conta da insatisfação dos cidadãos com a classe política. FHC disse que os brasileiros se cansaram das diferenças que há entre “o Brasil da propaganda” e a situação real. Avaliou que embora tenham sido registradas quedas na popularidade de diferentes políticos, o principal prejudicado pela onda de insatisfação é o governo federal. O caráter difuso das manifestações, para o tucano, reflete ainda a “cooptação” dos movimentos sociais que se verificou na era PT.

Diálogo – FHC apontou como uma das maiores deficiências do governo Dilma o pouco diálogo praticado com sociedade. “Quando eu era presidente, me diziam que concordava com todo mundo. O fato é que estava preocupado em ouvir todos.” Acrescentou que, na sua visão, “o PT precisa conversar com o país, e não apenas ler textos escritos por marqueteiros”. Relatou que teve um encontro com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para o debate de temas da política nacional: “O momento atual é ideal para que as pessoas conversem”.

Classe média – Destacou que, sob os governos petistas, houve um “achatamento” da classe média: “A classe média sofre com a questão do hospital, da saúde.”

Reforma política – Ideias como referendo ou plebiscito para a realização de uma reforma política no Brasil devem ter origem no Congresso Nacional – e não em uma proposta da Presidência da República, como o PT sugeriu, disse. Para ele, a mudança do sistema político não é a prioridade dos cidadãos, embora haja uma insatisfação com os gestores públicos. Manifestou-sen favorável ao voto distrital, que deveria ter início em âmbito municipal.

“Dissonância cognitiva” – O ex-presidente usou o termo “dissonância cognitiva” para se referir ao descompasso que há entre o país divulgado pelo governo federal e a realidade encontrada pelos cidadãos. “A vida é dura, e não é como nos anúncios”, afirmou. O tucano destacou que, embora o Brasil tenha registrado ganhos econômicos nos últimos anos, não houve avanços em áreas como segurança pública.

Intervenção e incoerências – Para FHC, em muitos aspectos os 10 anos do PT na Presidência da República são caracterizados por contradições entre o que eles defendiam em campanhas eleitorais e o que efetivamente é feito. Exemplificou que o PT era contra a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), e hoje defende. Apontou ainda que o partido faz forte intervencionismo na economia de mercado e, para as classes baixas, estimula o liberalismo, “mas sem o espírito da competição, do mérito, da produtividade”.

Globalização e intelectualidade – Observou que a globalização afetou, além da economia, a produção intelectual em todo o mundo. Por conta desse cenário já não há mais tanta distância entre o que é discutido no ambiente acadêmico e o que se debate na sociedade.

Racismo – FHC disse que as questões raciais são, ainda, um problema de grande magnitude no Brasil. Destacou que políticas compensatórias, que privilegiem a inclusão de grupos historicamente prejudicados, devem ser implantadas – “mas têm que ser momentâneas”.

Presidente do PSDB diz que queda na popularidade de Dilma dá força aos tucanos

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Foto: Marycleide Vasques

Para o presidente regional do PSDB, deputado estadual Marcio Monteiro, a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff dá “garra” ao PSDB pela sucessão no governo de Mato Grosso do Sul, nas eleições de 2014. A declaração consta de notícia publicada no site Midiamax.com.

Monteiro volta a cogitar possível candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) ao governo do Estado. O parlamentar federal, por sua vez, tem dito à imprensa que visa se candidatar na majoritária, podendo ser ao governo ou ao Senado.

O presidente regional tucano disse ainda que as circunstâncias podem promover o PSDB, que não é da situação nem em Campo Grande, nem nos governos estadual e federal. O primeiro passo do PSDB é executar o projeto Pensando Mato Grosso do Sul, que servirá de base para elaboração do projeto de governo do partido.

Ainda conforme o Midiamax, Monteiro disse que “nesses 11 anos de governo do PT, foram feitas algumas implementações de ações que o PSDB havia iniciado, como programas de redistribuição de renda […] Agora, ações de planejamento do país pouca coisa saiu do papel, ou seja, se você espremer esses 11 anos do PT sobra pouca coisa e o reflexo é essa queda da popularidade da Dilma”.

Azambuja avalia que sociedade não aguenta mais sensação de impunidade

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Foto: Alexsandro Loyola

O deputado Reinaldo Azambuja (MS) disse nesta segunda-feira (1º) que a população não aguenta mais a sensação de impunidade que impera no país. Segundo a pesquisa Datafolha, 74% dos brasileiros querem a prisão imediata dos réus condenados no processo do mensalão. Os dados revelam que até os entrevistados com preferência pelo PT defendem a rápida execução das penas.

Azambuja afirma que a sociedade está impaciente, pois o ritmo da justiça não segue a mesma velocidade que o povo deseja. “Infelizmente a Justiça brasileira é um pouco demorada. E muitas vezes cria essa sensação da impunidade: a pessoa comete o delito, o desvio de recursos, e não vai para a cadeia. O Supremo tem o seu tempo, mas deve julgar os embargos rapidamente”, ressaltou.

Para o tucano, a população não aceita mais a impunidade. “O judiciário permite o contraditório, a ampla defesa. Então, se o Supremo ainda não determinou a prisão, temos que respeitar o rito estabelecido pela Justiça brasileira que dá direito ao julgamento dos embargos”, observou.

Segundo o site da “Folha de S.Paulo”, cabe ao ministro do Supremo Tribunal Federal e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, marcar a data para o início da análise das apelações dos condenados. O julgamento terminou em dezembro do ano passado e está na fase de recursos contra as condenações. Entre os réus condenados, estão o ex-ministro José Dirceu, o deputado José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

O levantamento feito pelo Datafolha nos dias 27 e 28 de junho aponta que, para 14% dos entrevistados, os réus merecem um novo julgamento. A reportagem mostra que as maiores taxas de manifestações favoráveis à prisão imediata dos condenados foram apuradas entre os entrevistados que declararam preferir o PV (83%), o PSDB (77%), o PT (74%) e o PMDB (74%). Foram ouvidas 4.717 pessoas em 196 municípios.

 

(Do Portal do PSDB na Câmara)

Governo gasta R$ 611 bi por ano com a máquina administrativa

Dinheiro-Foto-Divulgacao--300x199O crescimento econômico pífio e o crescente aparelhamento do estado vêm contribuindo para o aumento de gastos com a máquina administrativa federal. Segundo reportagem do jornal O Globo (1), somando-se as despesas de todas as pastas, sem considerar os investimentos, chega-se a um valor de mais de R$ 611 bilhões.

O texto ainda destaca que os números “astronômicos” impressionam: são 984.330 servidores trabalhando em 39 ministérios. Para se ter uma ideia, eram 24 no final do governo Fernando Henrique Cardoso, e 35 no último ano da gestão Lula. Atualmente, o custo anual com gasto de pessoal chega a R$ 192,8 bilhões.

De acordo com a reportagem, mesmo alguns partidos aliados, beneficiados pela enorme estrutura federal, já defendem uma reforma administrativa que corte os gastos e aumente a eficiência do serviço público.

O Boletim Estatístico de Pessoal, elaborado pelo Ministério do Planejamento, mostra que o número de pessoas que tinham, em janeiro, cargo comissionado na administração direta, autarquias e fundações do Poder Executivo federal bateu recorde. Chegou a 22.417, o maior desde 1997, quando teve início a série histórica.

Leia a matéria de O Globo AQUI.