
Campo Grande (MS) – Pesquisa do Instituto Vale Consultoria e Assessoria divulgada nesta quarta-feira (26) pelo jornal O Estado MS revela que as eleições do segundo turno em Campo Grande ainda não acabaram. Ao contrário do que estava sendo ventilado por meio das redes sociais, a candidata Rose Modesto (PSDB) está em empate técnico com o candidato do PSD, Marquinhos Trad. De acordo com os números, há uma forte tendência à virada tucana, haja vista o acentuado aumento da rejeição do adversário registrado na segunda pesquisa consecutiva, a pouco menos de uma semana do segundo turno.
O levantamento realizado pela Vale aponta diferença de apenas três pontos percentuais entre os candidatos na pesquisa estimulada – quando são apresentados os nomes dos candidatos, contabilizando 38% para Marquinhos, enquanto 35% da preferência do eleitorado vota em Rose.
A proximidade fica ainda mais evidente na espontânea- quando não é dada nenhuma alternativa para resposta, com Marcos registrando 34% e Rose com 32% das intenções de voto. Ambos números revelam empate técnico, uma vez que a margem de erro é de 2,8 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Marquinhos despenca 11,11% nas intenções de voto
Comparando os resultados desta terça com as pesquisas divulgadas pelo Instituto Valle há 11 dias atrás (14/10) – registrada sob o número (MS-02345/2016), Marquinhos vem caindo vertiginosamente e já acumula uma queda de mais de 10%, saindo de confortáveis 48,1% na estimulada para os atuais 38%.
Enquanto isso, considerando a pesquisa acima no mesmo intervalo de tempo, Rose subiu 6,7% na preferência, passando dos 28,3% no dia 14 de outubro para 35% nesta quarta-feira (26). Número muito semelhante ao da pesquisa realizada pela Valle no dia 21 (MS-09462/2016), que também consolidou Rose com R$ 34,94% na pesquisa estimulada.
Aumento de rejeição reflete tendência a virada
Outro número que chama a atenção nas pesquisas de intenção de voto da Vale é a rejeição de Marquinhos, que vem crescendo a cada levantamento. Os números se acentuaram após a união com lideranças políticas envolvidas em escândalos como é o caso do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) – que passou quatro anos culpando os Trad por sua cassação – e o petista Heitor Miranda, conhecido como “mimimi” – após protagonizar incidente nacional.
Somado a isso, a aliança com representantes de ideologia totalmente adversa a do partido do Trad peessedista, como Zeca do PT e o comunista Mario Fonseca (PCdoB), reforçaram a sentimento de ‘não votaria de jeito nenhum’ no eleitor de Marquinhos.
Pela pesquisa atual Marquinhos registra 23% de rejeição contra 24% de Rose. Comparando os números com o levantamento realizado no dia 14 (MS-02345/2016), Marquinhos aumentou três pontos percentuais na rejeição estimulada, enquanto Rose saiu de 38,5% para 24%, com 14,5% a mais de aceitação pelo campo-grandense.
A tendência a virada pode ser medida a partir do desempenho dos candidatos. Enquanto Marquinhos despencou mais de 10 pontos – de 48,1% para 38%, Rose cresceu cerca de 7 pontos percentuais – de 28,3% para 35 na preferência do eleitor. Registrada sob o número MS-07262/2016, a pesquisa ouviu 1,2 mil eleitores entre os dias 21 e 25 de outubro. O intervalo de confiança é de 95%, o que significa dizer que se as eleições fosse hoje, haveria 95% de chance de os números refletirem a realidade.