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PSDB de MS inicia rodada de encontros regionais rumo às eleições 2016

Executiva estadual prepara encontros regionais
Executiva estadual prepara encontros regionais

O PSDB de Mato Grosso do Sul inicia neste final de semana a primeira rodada de encontros regionais para fortalecer o partido rumo às eleições 2016. O grupo de trabalho responsável pelo projeto é formado pelo Diretório Estadual e o ITV (Instituto Teotônio Vilela).

O objetivo principal é – além de aproximar o diretório estadual dos diretórios municipais – dar suporte e estruturação para formular a estratégia eleitoral do partido nas eleições de 2016, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores em todo o Brasil.

Participam dos encontros prefeitos, vereadores e lideranças locais e regionais filiados ao PSDB. A primeira oficina de trabalho será realizada neste final de semana e reúne as lideranças do Conesul na cidade de Itaquiraí (4/9), as lideranças da região de fronteira em Ponta Porã (5/9), as lideranças da região da Grande Dourados no município de Dourados (5/9) e as lideranças da região sudoeste em Maracaju (6/9).

Nos encontros serão abordados temas como o resgate histórico do PSDB, balanço da atuação e a conjuntura política atual, construção de uma agenda política, desafios e metas do partido para 2016.

Dirceu é indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha

Jose-Dirceu-Foto-ABr-300x198Brasília (DF) – A Polícia Federal (PF) indiciou, ontem (1º), o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pelos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Dois inquéritos que envolvem Dirceu e Vaccari foram encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF). A partir da conclusão, o MPF decide se vai apresentar uma denúncia contra o ex-ministro, o ex-tesoureiro e outras 12 pessoas.

De acordo com a reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira (2), a PF concluiu que cerca de R$ 59 milhões foram usados em pagamento de propina dentro do esquema de desvio de recursos na Petrobras. Os policiais estimam, no entanto, que o valor total pode ultrapassar R$ 84 milhões.

Além de Dirceu, foram indiciadas quatro pessoas ligadas diretamente a ele: seu irmão, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, um ex-assessor, Roberto Marques, um sócio, Julio Cesar dos Santos e sua filha, Camila Ramos de Oliveira e Silva.

O ex-ministro, que está preso desde o dia três de agosto, é acusado de receber cerca de R$ 19 milhões de empresas investigadas pela Operação Lava-Jato a partir de 2009. Segundo a PF, Dirceu recebia propina de empreiteiras que faziam obras para a estatal, como a Engevix, OAS, UTC e Odebrecht.

O relatório apontou ainda que ele recebia uma parcela do faturamento das empresas Hope e Personal, que tinham contratos de terceirização com a Petrobras. As duas empresas também pagaram uma mensalidade semelhante a Fernando Moura, apontado como operador próximo a Dirceu e responsável pela indicação de Renato Duque ao cargo de diretor de Serviços da estatal. Segundo cálculos da PF, ele teria recebido R$ 8,6 milhões entre 2010 e 2013.

Leia aqui a íntegra.

Gilmar Mendes pede investigação de pagamento de R$ 1,6 mi feito pela campanha de Dilma

gilmar mendes foto Gervásio Baptista SCO STFO ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu que o Ministério Público de São Paulo investigue um pagamento no valor de R$ 1,6 milhão feito pela campanha de Dilma Rousseff em 2014 a uma empresa que havia sido aberta apenas dois meses antes das eleições. As informações são de reportagem do jornal O Globo.

A empresa em questão é a Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME. A companhia foi aberta em agosto de 2014 e no período de um mês emitiu notas no valor de R$ 3,7 milhões, sendo que R$ 1,6 milhão para a campanha de Dilma. Não houve o pagamento de impostos, destaca o jornal.

A Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME não foi encontrada no endereço ao que formalmente está vinculada. Oficialmente, a empresa prestou serviços de confecção de faixas e cartazes à candidatura petista.

Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes já pedira uma investigação por conta de indícios de que a campanha de Dilma havia recebido dinheiro originado de desvios da Petrobras.

Clique AQUI para ler a reportagem de O Globo.

Dilma Rousseff zomba dos brasileiros ao dizer que desconhecia gravidade da crise, critica Aécio

GHG_4315O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou, nesta terça-feira (25), que a presidente Dilma Rousseff zomba dos brasileiros ao dizer que percebeu a gravidade da crise econômica somente após vencer as eleições passadas. Em entrevista, no Senado,  Aécio Neves lembrou que a presidente da República ignorou todos os alertas feitos desde abril do ano passado sobre o risco de recessão no país e permitiu que governo agisse de forma irresponsável no controle da inflação e no aumento dos gastos públicos.

“A verdade é que a presidente da República estabeleceu a mentira como método. Foi assim que ela se conduziu durante toda a campanha eleitoral e, infelizmente, continua a se conduzir agora, porque os alertas em relação à situação econômica e o agravamento da crise fiscal do país foram feitos durante todo o processo eleitoral. A ação do governo não foi de desconhecimento, foi de irresponsabilidade porque optou por vencer as eleições, mesmo sabendo a gravidade da situação. Dizer hoje que desconhecia a gravidade da crise é zombar, mais uma vez, da inteligência dos brasileiros”, afirmou Aécio.

O presidente do PSDB voltou a alertar para os novos riscos da utilização pelo governo dos bancos públicos para financiar setores da economia. Aécio lembrou que a estratégia já foi usada pelo governo, sem sucesso. Ele destacou que o agravamento também da crise social que atinge os brasileiros.

“O sentimento da bancada do PSDB e das oposições é de que a crise se agrava e temos um ministro da Fazenda cada vez mais fragilizado. Nossa percepção é de que começam a surgir novamente medidas inspiradas naquela nefasta nova matriz econômica, que governou o Brasil ao longo dos últimos anos. Isso é extremamente grave. O desemprego continua avançando de forma muito rápida, e sabemos o que isso impacta na vida das famílias, com a inflação alta, com juros na estratosfera. Essa é a herança macabra do governo petista”, disse Aécio.

Corrupção petista
O senador criticou ainda a declaração dada pela presidente Dilma a jornalistas de que, além da crise econômica, ela desconhecia também a participação de petistas na organização criminosa que desviou durante dez anos dinheiro da Petrobras.

“Não é verdade. Os alertas foram inúmeros. Durante a campanha eleitoral, cheguei a dizer à presidente, em um dos debates, se ela confiava no senhor João Vaccari Neto, tamanhas eram as denúncias que, naquele tempo, já surgiam em relação a ele receber propina em benefício do PT. A presidente disse que confiava no seu tesoureiro, que hoje está preso”, afirmou Aécio.

TSE e TCU
O presidente do PSDB encerrou a coletiva reafirmando a confiança das oposições nas instituições públicas responsáveis de fiscalização.

“Temos confiança que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai abrir investigação, que o Tribunal de Contas, com base no parecer técnico do Ministério Público daquele tribunal, vai também apresentar um parecer que mostra a ilegalidade da condução da política econômica do governo em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, portanto o seu descumprimento. O que nos dá algum alívio, alguma esperança, é sabermos que o Brasil tem instituições que funcionam de forma sólida”, disse.

Especialistas afirmam que Brasil está em condições frágeis para enfrentar crise chinesa

economia brasilA economia da China está em crise e o Brasil está frágil para superar o problema. A opinião é de especialistas entrevistados pelo jornal O Globo. Eles lembram que a China é o principal parceiro comercial do Brasil, e por isso as dificuldades no país asiático tendem a ser sentidas por aqui – especialmente no momento atual, caracterizado por perspectivas de inflação e recessão.

“Sofrer um choque externo num momento de recessão e com uma situação fiscal ruim, justamente de seu maior parceiro comercial, é uma situação muito desconfortável”, afirmou ao jornal o economista Silvio Campos Neto.

Outro especialista ouvido pelo jornal, o professor de economia Roberto Dumas, relatou que as exportações de minério de ferro brasileiro à China recuaram 58% na comparação entre os primeiros semestres de 2014 e o de 2015, e destacou ainda que produtores brasileiros definiram seus preços esperando um crescimento chinês superior ao que realmente se efetivará.

Clique AQUI para ver a reportagem do jornal O Globo.

“Em queda livre”, análise do ITV

Dilma foto ABrA economia brasileira vai de mal a pior. Em plena recessão, a atividade parou, os investimentos desapareceram e o desemprego decolou de vez, enquanto o governo assiste à crise se agravar. As medidas tomadas até agora em Brasília ou aprofundaram o arrocho ou ressuscitaram políticas fracassadas. Este buraco parece não ter fundo.

A crise econômica atual tem dimensões que a caracterizam como a mais grave das últimas décadas. O desempenho do Brasil com Dilma Rousseff só encontra paralelo na história recente na desastrosa gestão de Fernando Collor, eleito em 1989 e afastado da presidência da República em 1992. Ou seja, a petista é a pior mandatária em mais de 20 anos.

Mas a atual situação tem traços ainda mais ruinosos. Desde a semana passada, tornou-se consenso entre os analistas econômicos que a economia brasileira não irá recuar apenas neste ano. O PIB deve cair também em 2016. Caso se confirme, será a primeira vez que isso acontece desde a chamada Grande Depressão, a crise econômica mundial da década de 1930.

Semana após semana, os prognósticos ficam cada vez mais sombrios. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, desta semana, a aposta majoritária é de que a economia afundará 2,06% neste ano e 0,24% em 2016. Há quem preveja cenário bem pior: a FGV, por exemplo, já cogita uma queda de até 3% no PIB brasileiro até dezembro.

Na próxima sexta-feira (28), será conhecido o resultado do PIB do segundo trimestre do ano. Embora não se saiba que número sairá da contabilidade do IBGE, uma coisa é certa: a queda da produção de bens e serviços terá sido bastante feia, superando com folga a baixa de 0,2% registrada no país nos primeiros três meses de 2015.

Na semana passada, o BC divulgou seu levantamento mensal, que funciona como espécie de prévia do índice oficial. O resultado foi uma queda de 1,9% no trimestre, que se seguiu ao tombo verificado nos três primeiros meses do ano (0,9%, segundo o IBC-Br). Resultado: tecnicamente falando, o Brasil já está, de novo, em recessão.

Se o quadro em voga é ruim, piores ainda são as perspectivas. Desde a reeleição, Dilma e sua equipe econômica só conseguiram aprofundar a recessão por meio das medidas tomadas para corrigir a montanha de erros do primeiro mandato. Na semana passada, quando resolveu variar o cardápio, ressuscitou iniciativas que aumentam a intervenção do Estado na economia. Sem chance de dar certo.

O problema é que a presidente da República não tem para entregar o principal ingrediente de uma economia que precisa sair da crise: credibilidade. Sem confiança no futuro, sem crença nas regras e sem esperança de que o governo comece a acertar, ninguém se arrisca. Enquanto estivermos neste buraco, os investimentos não acontecerão, a atividade ficará parada e os empregos minguarão ainda mais. O país continuará em queda livre.

“E agora, José?”, por Aécio Neves

aecio neves foto george gianni 2Publicado na Folha de S. Paulo – 24/08/15

O que fazer com tantos sonhos desfeitos? José, João, Maria, Paulo, Ana, são milhares os brasileiros que vivem hoje o pesadelo do desemprego.

O país cortou 158 mil vagas de trabalho com carteira assinada no mês passado, o pior resultado para julho desde 1992. Nos últimos 12 meses, o total de desempregados subiu 56% nas seis maiores regiões metropolitanas do país. O resultado da gestão desastrosa do PT não poderia ser outro: PIB em declínio, inflação, arrocho fiscal.

É o típico quadro de um país em desgoverno, sem rumo. Mas o que entristece de fato é a realidade que se esconde na frieza das estatísticas. Cada pequeno ponto a mais na taxa de desemprego significa milhares de pessoas à margem da sociedade e vidas em risco. Uma só vida em desalinho já deveria bastar para nos tirar o sono, o que dizer de tanta gente?

Clique aqui para ler a íntegra do artigo.

Minha Casa Minha Vida: demora nos repasses às construtoras gera atrasos nas obras e demissões

 Minha casa Minha Vida Foto DivulgacaoAs construtoras responsáveis pela execução das obras do programa habitacional do governo federal Minha Casa Minha Vida não estão recebendo os repasses.O problema ocorre praticamente em todas as regiões do país.E em especial, no Nordeste, que, de acordo com dados do Ministério das Cidades, concentra 25% das unidades habitacionais populares.A questão dos atrasos nos repasses não é nova. E com isso, a crise no setor que começou no fim de 2014, ao que tudo indica, não tem prazo para encerrar.

Resultado: atraso nos empreendimentos, inclusive pela falta de recursos para a aquisição de materiais destinados à continuidade das obras dos empreendimentos, e também demissões.

As informações constam em matéria publicada na edição online do jornal “O Estado de S.Paulo”.

Intitulada “Minha Casa Minha Vida deixa rastro de obras inacabadas e demissões”, a matéria também foca o problema da perda de emprego em âmbito regional, já que em função dos atrasos nos repasses dos recursos federais, as construtoras não estão encontrando outra saída que não seja a dispensa de empregados.

É o caso dos estados do Nordeste.

“Na região, que tem o maior desemprego do País, a construção lidera os cortes em seis Estados, segundo o Caged. Não há dados sobre o impacto do Minha Casa nos cortes. No Rio Grande do Norte, porém, o sindicato das construtoras, Sinduscon, afirma que um terço das demissões está concentrado no programa”, segundo o jornal.

Em entrevista, o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro de Holanda, avalia que os percentuais tendem a ser maiores.

E explica: quem espera pela casa própria terá de ter paciência. “Tenho 400 unidades previstas para fevereiro que vou entregar em novembro. Isso se a situação dos pagamentos se resolver”.

Em São Paulo, o cenário não é diferente. Permanece a tendência de cortes.

O jornal destaca que “o Sinduscon-SP prevê que o setor como um todo corte 475 mil empregos no País em 2015. Segundo o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, esse cálculo considera que os problemas no Minha Casa serão resolvidos rapidamente. “Se isso não ocorrer, o número sobe.”

Confiança – Aliado a isso, ao que tudo indica, o Minha Casa Minha Vida, que até o ano passado era considerado, no âmbito da construção civil, um programa seguro, do ponto de vista de mercado, hoje apresenta outra perspectiva.

A matéria se refere a números de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em dezembro passado.

Conforme o levantamento, na ocasião, “os empresários ligados ao programa tinham confiança de 96 pontos, superior à dos que dependiam do setor privado (86,6). Em junho de 2015, a situação se inverteu: os empresários do Minha Casa tinham confiança de 53,5 pontos, contra 58,8 dos privados.”

Acesse aqui o link da matéria

“O exército do desemprego”, análise do ITV

05072012carteiradetrabalho018Virou uma triste rotina: a cada mês, a taxa de desemprego fica ainda mais alta no Brasil. No país da recessão, da inflação e da crise generalizada, que se estende também à política e à ética, o maior desafio do brasileiro tem sido conseguir continuar trabalhando. Durou pouco, se é que um dia existiu, o sonho do pleno emprego por aqui.

No mês passado, a taxa de desemprego medida pelo IBGE alcançou 7,5% da população ativa. Deu um salto e tanto, subindo bem mais rápido do que qualquer um poderia prever: em dezembro, o índice estava em 4,3% e um ano atrás, em julho de 2014, em 4,9%.

O desemprego no país encontra-se agora no nível mais alto em cinco anos. Há sete meses sobe sem cessar, o que não ocorria desde 2002. E ninguém acredita que vá parar por aí – em cidades como Salvador, por exemplo, a taxa já chega a 12,3%.

Em números absolutos, o total de desocupados cresceu assustadores 56% na comparação com o contingente de julho de 2014, ganhou mais 662 mil pessoas em um ano e agora soma 1,8 milhão. No ritmo atual, todo santo dia mais 7 mil pessoas se juntam ao exército dos sem emprego no país.

Serviços e indústria, cujo nível de emprego cai há 44 meses consecutivos, lideram a derrocada. Para complicar, quem consegue manter-se empregado vê seus rendimentos diminuírem: a queda chega a 2,4% em um ano. Desde 2004, a renda não caía no país.

Em muitos aspectos, a situação do mercado de trabalho brasileiro já é pior que a de países que enfrentaram crises bem mais brabas no passado recente – EUA e Inglaterra, por exemplo, têm taxas ao redor de 5,5%. Entre mais os jovens, o desemprego já atinge obscenos 18,5%, ou seja, um de cada cinco brasileiros com idade entre 18 e 24 anos – em dezembro passado, a proporção era de um a cada dez.

Cada vez mais gente – principalmente jovens – procura uma vaga de emprego e cada vez menos conseguem encontrar. A saída, quando há, tem sido abrir mão da carteira de trabalho e correr para a informalidade ou para um negócio próprio. É a precariedade.

Num retrato mais amplo, o quadro revela-se ainda mais desalentador. Por meio de outra pesquisa, a Pnad Contínua, o IBGE afere a situação do desemprego em cerca de 3.500 municípios brasileiros e não apenas nas seis regiões metropolitanas alcançadas pela PME. Segundo esta metodologia, no trimestre encerrado em maio o desemprego já estava em 8,1%. O país abriga agora 8,2 milhões de desocupados.

O retrato do desemprego deverá ganhar mais um pincelada dramática hoje, quando o Ministério do Trabalho divulgar os resultados do mercado formal em julho. Já se sabe que, mais uma vez, as demissões superaram as contratações. Desde as eleições presidenciais, será o oitavo mês com saldo no vermelho, resultando em mais de 1 milhão de empregos eliminados desde a vitória de Dilma. É a face mais terrível da crise que ora vivemos e da qual, tudo indica, ainda vamos demorar a sair.

Governo Dilma amplia recessão e pune trabalhadores com fim das desonerações, critica Aécio

aecio neves plenario senado foto George GianniEm discurso na tribuna do Senado, na noite dessa quarta-feira (19/08), o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, criticou duramente o governo da presidente Dilma Rousseff por acabar com a política de desonerações sobre a folha de pagamento de 56 setores da economia. A medida aprovada ontem pela base do governo no senado aumenta a carga tributária para as empresas e terá, por consequência, o agravamento da recessão e o aumento do desemprego.

“É sim papel da oposição dizer não a essa reoneração, porque ela é altamente recessiva, pune os trabalhadores. É mais uma medida na mão inversa, na mão contrária, de muitos discursos da base do governo que falam em retomada do crescimento da economia”, afirmou Aécio Neves ao anunciar a posição contrária do PSDB.

Em seu discurso, Aécio Neves lembrou que o governo Dilma usou as desonerações em 2014 para vencer as eleições, prometendo que a redução de impostos seria permanente. Com isso estimulou empresários a investir em seus negócios e a ampliar a contratação de trabalhadores.

“Cai a máscara de um governo que subordinou os interesses da sociedade brasileira aos seus interesses eleitorais. Em julho do ano passado, o governo, a três meses das eleições, apresentava ao empresariado brasileiro, em reuniões com enorme cobertura da mídia e com um discurso que atingia a classe trabalhadora, para dizer que o Brasil ia muito bem e estava em condições de abrir mão de parcela da arrecadação para estimular o desenvolvimento dessas empresas e, em especial, a geração de empregos”, afirmou Aécio Neves.

Trabalhadores desempregados 

Aécio Neves também citou em seu discurso os recentes números da crise. Hoje, segundo a Pnad Contínua, 8 milhões de trabalhadores brasileiros estão desempregados. Na indústria, o desemprego cresceu 5,2% nos primeiros seis meses do ano, a maior alta em 14 anos.

Já o PIB, de acordo com dados do Banco Central, registrou queda de 2,5% no primeiro semestre. “

“Quem vai pagar ao final a conta dessa reoneração são os empregos, os trabalhadores, porque não haverá empresa brasileira que não deixará de transferir o ônus que recebe agora do governo para os trabalhadores”, lamentou.

Aécio Neves destacou que o governo perdeu a credibilidade e a confiança dos brasileiros.

“Estamos vivendo os mais altos indicadores do desemprego da nossa história contemporânea. A crise é extremamente grave e se aprofunda porque o governo perdeu o essencial, perdeu credibilidade e confiança. A crise se agrava a cada dia, os empregos estão indo embora, a atividade econômica diminui, e o governo não consegue reagir a não ser pelo mais arcaico dos caminhos que é a distribuição, sem qualquer pudor, de cargos e funções públicas”, criticou o senador Aécio Neves.