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Imprensa

Oposição denunciará Dilma à PGR por crime de extorsão, anuncia Aécio Neves

GHG_1278O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, anunciou nesta terça-feira (30/06) que os partidos de oposição vão ingressar ainda hoje na Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma representação por crime de extorsão contra a presidente Dilma Rousseff e contra o ex-tesoureiro do PT e da campanha presidencial, o atual ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência Edinho Silva.

A decisão foi tomada após a revelação pela imprensa das denúncias feitas pelo empresário da UTC Ricardo Pessoa, investigado pela Justiça na Operação Lava-Jato. Em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o empresário afirmou ter feito doações milionárias à campanha petista após ser chantageado pelo tesoureiro de Dilma.

“Estaremos ainda hoje – o conjunto dos partidos de oposição – entrando com uma representação na Procuradoria-Geral da República, na PGR, por crime de extorsão contra o então tesoureiro da campanha eleitoral e hoje ministro, Edinho Silva, e contra a presidente da República, com base na delação do senhor Ricardo Pessoa. Há ali, explicitado por ele, uma clara chantagem. Ou ele aumenta as doações ao Partido dos Trabalhadores e à campanha da presidente da República ou ele não continua com suas obras na Petrobras. E definimos que apenas a presidente da República é quem teria as condições de efetivar essa chantagem, não o senhor então tesoureiro do partido”, afirmou Aécio Neves em entrevista à imprensa.

Participaram da reunião os presidentes do PPS, Roberto Freire, do DEM, Agripino Maia, do Solidariedade, Paulinho da Força, os senadores Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), Eduardo Amorim (PSC-SE), o líder em exercício do PSDB na Câmara, Nilson Leitão, os líderes do DEM, Mendonça Filho, e do PPS, Rubens Bueno, e os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Raul Jungmann (PPS-PE), Bruno Araújo, (PSDB-PE) e Arthur Maia (SD-BA).

Ações no TSE e TCU

A oposição também vai requerer que a delação premiada de Ricardo Pessoa seja compartilhada com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde já existe uma ação dos partidos contra a campanha à reeleição de Dilma Rousseff.

“Estamos solicitando o compartilhamento da delação do senhor Ricardo Pessoa com o TSE, onde uma ação foi ajuizada logo após as eleições, já denunciando o dinheiro da Petrobras, o dinheiro da corrupção na campanha da presidente da República. Essa delação do senhor Ricardo Pessoa comprova – obviamente ele terá mais informações a dar, ou certamente já as deu no conjunto da sua delação, que ainda não é pública – mas, na verdade, a delação corrobora, vai ao encontro das denúncias que fizemos no final do ano passado”, afirmou Aécio.

Os partidos de oposição decidiram ainda ingressar com nova representação contra a presidente Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU) com base na Lei de Responsabilidade Fiscal. O pedido decorre da constatação de que o governo federal deu sequência, em 2015, as chamadas “pedaladas fiscais”. A manobra já foi considerada irregular pelo TCU.

“O conjunto dos partidos de oposição vai entrar hoje com mais uma representação no Tribunal de Contas da União, denunciando que as chamadas “pedaladas” continuaram no ano de 2015, impedindo que elas sejam também já investigadas junto com as contas de 2014. Portanto, o crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal foi continuado. Ele não aconteceu apenas nos últimos anos, continua acontecendo este ano. Em relação ao Banco do Brasil, por exemplo, há um débito do Tesouro para com essa instituição financeira de cerca de R$ 2 bilhões, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, informou o presidente nacional do PSDB.

Clique aqui para ler a representação protocolada no Tribunal de Contas da União (TCU).

Clique aqui para ler a representação protocolada na Procuradoria-Geral da União (PGR).

 

Tucanos criticam Dilma por tentar desqualificar delação premiada de empreiteiro

Dilma se encontra com governadores do NordesteParlamentares do PSDB protestaram contra a declaração da presidente Dilma sobre a delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa. Em entrevista nos Estados Unidos, a petista disse: “Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é”.  Em delação premiada, o dono da UTC relatou que a roubalheira beneficiou a campanha à reeleição de Dilma.

Ele confessou ter pago propina para fazer negócios com a Petrobras e afirmou ter feito doações eleitorais a políticos para não perder contratos na estatal. A UTC deu R$ 7,5 milhões para a campanha da petista.

Para desqualificar o instrumento da delação premiada, Dilma apontou que durante a ditatura militar as delações eram obtidas sob tortura. Sobre o assunto, o deputado Bruno Araújo (PE) destacou em seu Twitter: “Dilma, não confunda… Dedo-duro entregava as pessoas que lutavam por liberdade durante a ditadura. Delator entrega, amparado por lei, os criminosos em uma democracia”.

“Fora das faculdades mentais?  Essa declaração de Dilma é uma desesperada tentativa de desqualificar a operação Lava Jato. Dilma não se refere apenas a Ricardo Pessoa, mas a todas as delações, ‘colaborações premiadas’, instrumento contido na Lei 12.850 que ela própria sancionou. Uma agressão à inteligência dos brasileiros”, criticou Antonio Imbassahy (BA) em sua página no Facebook.

Conveniência

Em seu Instagram, Caio Narcio (MG) apontou a incoerência da petista. Ela se lembra da ditadura quando lhe é conveniente, mas esquece quando apoia regimes opressores como o da Venezuela. “Quando diz que não respeita o delator, deveria não respeitar também quando ele ajudou a pagar a conta da sua campanha oficial, com R$ 7,5 milhões. Se ela não o respeita, por que aceitou suas doações?”, questionou.

De acordo com o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), ou a presidente não está raciocinando adequadamente ou acredita que pode continuar a zombar da inteligência dos brasileiros. “A presidente chega ao acinte de comparar uma delação feita, dentro das regras de um sistema democrático, para denunciar criminosos que assaltaram os cofres públicos e recursos pertencentes aos brasileiros, com a pressão que ela sofreu durante a ditadura para delatar seus companheiros de luta pela democracia”, disse.

Em seu pronunciamento sobre a delação, Dilma ainda destacou: “Jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade”.

Do PSDB na Câmara

“Dilma acredita que pode continuar a zombar da inteligência dos brasileiros”, afirma Aécio Neves

aecio-coletiva-780X340As novas declarações da presidente Dilma Rousseff, dadas hoje, em NY, atestam o que muitos já vêm percebendo há algum tempo: a presidente da República ou não está raciocinando adequadamente ou acredita que pode continuar a zombar da inteligência dos brasileiros.

Primeiro, ela desrespeitou seus próprios companheiros de resistência democrática ao compará-los aos atuais aliados do PT acusados de, nas palavras do Procurador Geral, terem participado de uma “corrupção descomunal”.

A presidente chega ao acinte de comparar uma delação feita, dentro das regras de um sistema democrático, para denunciar criminosos que assaltaram os cofres públicos e recursos pertencentes aos brasileiros, com a pressão que ela sofreu durante a ditadura para delatar seus companheiros de luta pela democracia.

A presidente realmente não está bem.

É preciso que alguém lhe informe rapidamente que o objeto das investigações da Polícia Federal, do MPF e da Justiça não são doações legais feitas de forma oficial por várias empresas a várias candidaturas, inclusive a minha, mas sem qualquer contrapartida que não fosse a alforria desses empresários em relação ao esquema de extorsão que o seu partido institucionalizou no Brasil.

O que se investiga – e sobre o que a presidente deve responder – são as denúncias feitas em delação premiada pelo Sr. Ricardo Pessoa que registram que o tesoureiro da sua campanha e atual Ministro de Estado Edinho Silva teria de forma “elegante” vinculado a continuidade de seus contratos na Petrobras à efetivação de doações à campanha presidencial da candidata do PT.

Ou ainda a afirmação feita pelo mesmo delator de que o tesoureiro do seu partido, o Sr. João Vacari, hoje preso, sempre o procurava quando assinava um novo contrato para cobrar o que chamou de “pixuleco”.

Não será com a velha tentativa de comparar o incomparável que a Sra. Presidente vai minimizar sua responsabilidade em relação a tudo o que tem vindo à tona na Operação Lava Jato.

O fato concreto é que, talvez nunca na história do Brasil, um Presidente da República tenha feito uma visita oficial a outro país numa condição de tamanha fragilidade. E afirmações como essa em nada melhoram sua situação.

Aécio Neves
Presidente nacional do PSDB

Aécio se reúne com presidentes de diretórios do PSDB do Rio

aecio-neves-luiz-paulo-da-rocha-otavio-leite-foto-Divulgacao-tratada2O presidente nacional do PSDB se reuniu nesta segunda feira (29) pela manhã no Rio de Janeiro com os Presidentes eleitos do Diretório Estadual, deputado federal Otavio Leite, e do Diretório Municipal, deputado estadual Luis Paulo Corrêa da Rocha.

O PSDB  do Rio começará um amplo trabalho de organização tendo em vista as eleições de 2016 e fará uma grande campanha de filiação a partir do início de agosto com foco nos jovens e em especial nas universidades. Pesquisa recente do instituto DataFolha mostra que o PSDB foi o partido que mais avançou na preferência dos brasileiros no último ano, empatando tecnicamente com o PT, que apresentou a maior queda.

“Este é um grande momento de afirmação do PSDB como a principal alternativa para interromper esse ciclo perverso de governos do PT e iniciar um outro virtuoso ciclo onde a ética e a eficiência possam caminhar juntas”, disse o senador Aécio Neves.

“Organização criminosa”, análise do ITV

lula-e-dilma-foto-ebcDinheiro sujo irrigou as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Dinheiro da corrupção financia o partido da atual e do ex-presidente da República. Para os petistas, era tudo “pixuleco”. Para os brasileiros, é a prova (mais uma) de um crime que precisa ser exemplarmente punido.

As gravíssimas revelações vieram a público em reportagens da revista Veja e do jornal O Estado de S. Paulo neste fim de semana. São parte da delação premiada feita por Ricardo Pessoa, engenheiro da construtora UTC e tido como “chefão” do grupo de empreiteiras que movimentou bilhões em propina surrupiados de estatais, em especial a Petrobras.

As campanhas petistas teriam sido financiadas com dinheiro de caixa dois desviado de contratos mantidos por grandes empreiteiras com nossas estatais. Para a de Lula, foram R$ 2,4 milhões; para Dilma, R$ 7,5 milhões. No total, veio muito mais, irrigando cofres petistas pelo país afora, não apenas em épocas eleitorais, mas de forma contínua.

As revelações de Pessoa eram aguardadas há tempo. No início do ano, ele fez chegar à imprensa que o ministro da Comunicação e tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, estava “preocupadíssimo” com o que o empreiteiro tinha a revelar. Silva é um dos ministros palacianos diretamente envolvidos no escândalo da hora – o outro é Aloizio Mercadante (Casa Civil), de alopradas transações no passado.

A única reação do partido da boquinha até agora foi dizer, mais uma vez, que fez o que todo mundo faz, na tentativa de pôr no mesmo saco quem tem o controle do caixa bilionário das estatais e quem não passa nem na calçada delas. O PT também fez saber que tentará enquadrar o ministro da Justiça, talvez pensando, quem sabe, em mandar prender a Polícia Federal.

O que Pessoa relatou não conflita em nada com tudo o que vem sendo descoberto pela Operação Lava Jato desde março do ano passado. As peças formam um quebra-cabeça coerente, articulado e planejado. Colam-se com perfeição com outras revelações já feitas por outros investigados. Também por isso, o STF homologou a delação de Pessoa.

Desde que ascendeu ao poder, o PT adotou a corrupção como política de governo e como método de gestão. Começou com a compra de apoio parlamentar por meio do mensalão e foi ganhando tentáculos que transformaram o aparato estatal num imenso balcão de negócios. O petrolão é a forma mais sofisticada de assalto ao Estado já vista.

A Justiça Eleitoral já investiga o caso e ouvirá Pessoa. Se ficar comprovado que dinheiro desviado da Petrobras e de outras estatais financiou Dilma, assim como fez com Lula, estará caracterizada fraude e aberto o caminho para a impugnação da chapa vencedora.

Uma coisa é claríssima: o país tem sido governado, ao longo destes últimos anos, não por um partido, não por mandatários legitimamente eleitos, mas por uma verdadeira organização criminosa.

“Coisa? Que coisa?”, por Antonio Anastasia

Anastasia Foto Divulgacao Assembleia MG“A câmera do circuito interno de um prédio fez um flagrante de maus-tratos contra um cachorro. O homem entra no elevador e o joga em um canto. O agressor bate no animal com um calçado”. Essa é parte de uma matéria veiculada na internet durante esta semana. Junto com ela, seguia vídeo em que mostrava a crueldade do rapaz com o animal. Trata-se apenas de uma entre tantas reportagens que, infelizmente, ainda assistimos no dia a dia.

Alguns consideram a cena um crime, que deveria ser punido tal qual fosse feito com um ser humano. Para outros, é uma cena natural, que sequer deveria ganhar espaço no noticiário.

Maus tratos do tipo ocorrem não somente em relação a cachorros, mas a animais no geral. Acompanhado da violência física, muitas vezes vem a falta de alimentação e abrigo adequados, trabalho excessivo, exposição a situações de pânico ou estresse, abandono.

Não são poucas as pessoas que tratam animais como coisas, elementos descartáveis, brinquedo. Ignoram que os animais sentem dor, frio, que tem necessidades. E a lei hoje também assim os trata.

Países com uma legislação mais evoluída, já colocaram a questão na pauta de discussão de seus Parlamentos e aprovaram leis que definem com mais clareza a forma jurídica como os animais devem ser tratados.

Observando esses exemplos, vindos principalmente da Suíça, da Alemanha, da Áustria, e da França, apresentei recentemente ao Senado Federal, uma lei que acrescenta um parágrafo ao Código Civil: “os animais não serão considerados coisas”. Em um primeiro momento, quem analisa a proposta, pode avaliar o fato como singelo, indigno de atenção para se tornar uma lei. Não é.

No Código Civil Brasileiro, “coisa” está diretamente relacionada à ideia, exclusivamente, de utilidade patrimonial. Ao assegurar que os animais assim não serão tratados, começamos a abrir uma série de possibilidades novas para garantir a eles mais direitos, vedando o descuido, o abuso, o abandono…

Em poucos dias desde a apresentação do projeto, que ainda está no início da sua tramitação, tive a alegria de receber diversas manifestações de apoio à iniciativa, que me animou ainda mais. É certo, tenho consciência disso, que diversas manifestações contrárias também virão no decurso da discussão do projeto, que também deverá ser analisado pela Câmara dos Deputados.

Muitos questionam, por exemplo, em um pensamento que considero excessivamente egoísta, que o ser humano possui diversos problemas no Brasil e que, por isso, a questão animal não teria relevância. Acredito, no entanto, que debater e legislar sobre determinada causa, não exclui preocupar-se também com a outra, como também temos feito.

Proteger os animais é estimular uma sociedade de paz e tolerância. Significa, portanto, cuidar também dos humanos.

Senador (PSDB/MG) e ex-governador de Minas Gerais.

Artigo publicado no Jornal Hoje em Dia (28/06/2015).

 

“Propaganda enganosa”, por Aécio Neves

Aecio Neves Foto George Gianni 1O desapreço do governo petista pelos limites fixados pela lei, ou recomendados pelo bom senso, já é conhecido dos brasileiros. Começa pelas pedaladas fiscais, passa por mentiras eleitorais e chega à corrupção generalizada.

Agora, temos mais uma demonstração de como, sem constrangimento, o governo financia com recursos públicos a divulgação de mentiras.

Presidente nacional do PSDB. Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 29/06/2015.

Leia aqui o artigo na íntegra

Entrevista coletiva do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

Aecio em Manaus 2015 2Coletiva Aécio Neves –  Manaus – 26/06/2015

 Assuntos: Viagem a Manaus,  governo Dilma Rousseff, declarações Lula

Estou muito feliz de retornar ao Amazonas, a Manaus, indo também a Parintins. Essa é a primeira de uma série de visitas que farei a todas as regiões do país. É uma oportunidade de reencontrar companheiros e de compartilhar com vocês as apreensões que todos estão tendo com esse momento difícil por que passa o Brasil. Eu acompanho em Brasília permanentemente os problemas por que passa a Zona Franca, em especial agora, já nesse período de apenas seis meses com o desemprego que já deve ter ultrapassado 15, talvez 20 mil pessoas, perspectivas de férias coletivas para os próximos dias. Tudo isso nos preocupa imensamente.

Venho como presidente nacional do PSDB no momento em que o partido faz uma reestruturação em todo país, renovando suas direções estaduais. E agora no dia 05 [de julho] renovando também a sua direção nacional. É a oportunidade de reafirmarmos aqui os nossos compromissos; compromissos com o Brasil ético, com o Brasil que cresça de forma sustentável, e, principalmente, com essa região. Eu tenho dito sempre que a Zona Franca de Manaus é um patrimônio dos brasileiros. Precisa ser fortalecida, precisa crescer, precisa se transformar numa grande plataforma de exportação. E eu lamento profundamente que nesse Brasil de hoje os compromissos assumidos pela então candidata a presidente da República não se transformaram em realidade. Porque, mais do que a extensão dos benefícios fiscais da Zona Franca, era preciso, como sempre diz Arthur Virgílio, os investimentos em rodovias, em hidrovias, os investimentos em infraestrutura, que possibilitem realmente o desenvolvimento sustentável dessa região.

Ano que vem tem eleições e o PSDB reforça esse compromisso direto com a prefeitura de Manaus?

Sem dúvida alguma. Arthur Virgílio é uma referência em todo o Brasil. É uma liderança nacional que nos ensina todo o tempo sobre a realidade dessa região. Sempre digo ao Arthur quando ele está em Brasília e pergunto sobre o centro de biotecnologia, já me dizia aqui, foi a primeira pergunta que fiz a ele. É inaceitável, é incrível que ele não seja o grande instrumento que poderia ser de desenvolvimento de toda a nossa biodiversidade em favor da região e em favor do Brasil. Hoje ele está aí abandonado.

O que o sr. acha da total paralisação do Centro de Biotecnologia da Amazônia, o CBA, uma vez que nunca veio dinheiro.

Eu diria que isso é algo quase que criminoso. Durante a campanha eleitoral, falei muito em transformar esse centro de biotecnologia, criado no governo do PSDB, no governo do presidente Fernando Henrique, em uma grande plataforma que pudesse reunir universidades, investimentos em pesquisa, em desenvolvimento, para que o potencial raríssimo, único dessa região pudesse se transformar em benefícios para as pessoas. Em mais empregos, em mais qualidade de vida. O abandono desse centro por parte do governo do PT mostra uma visão pequena de um governo que não tem a dimensão, não tem a compreensão de quais os caminhos que deve percorrer para fazer o Brasil crescer.

 Sobre mau desempenho do governo Dilma Rousseff

Acho que mesmo aqueles que tiveram uma outra opção nessa eleição, hoje estão refletindo se valeu a pena acreditar no projeto de governo que enganou a população brasileira, que prometeu inflação baixa. Nós estamos com previsão de inflação de 9% ao ano. Prometeu que não haveria desemprego, o desemprego chegará ao final do ano em 10%. Prometeu que não havia corrupção na Petrobras, os brasileiros estão todos envergonhados com o que vem acontecendo ao Brasil. Acho que esse pós-eleição está levando muitos brasileiros, e certamente aqui não é diferente, a uma reflexão. Será que vale a pena mentir tanto para vencer uma eleição? Acho que não.

O Brasil tem hoje uma presidente da República sitiada, que não pode sair do Palácio, não pode olhar nos olhos das pessoas porque enganou os brasileiros. E, lamentavelmente, quem vem pagando a parcela maior dessa conta são os trabalhadores, com o desemprego crescendo, com os direitos trabalhistas – como o seguro-desemprego e abono salarial, sendo tirados. E o que temos pela frente? Um governo que não sabe para onde ir.

Sobre declarações dadas pelo presidente Lula.

Não desejo mal pessoal ao presidente Lula e nem tampouco à presidente Dilma. O que lamento, e lamento do fundo da minha alma, é que aquilo que foi dito durante a campanha eleitoral não tenha sido realidade. Nós já denunciávamos, dizíamos da gravidade do crescimento da inflação, do baixo crescimento da economia, que derivaria para desemprego no Brasil como está ocorrendo hoje, para a fuga de investimentos, para as obras paralisadas – mais de 30% do PAC não foram realizados no início desse ano -, a renda do trabalhador diminuiu em média 3,5%.

Então tudo aquilo que foi dito à população brasileira não é verdade. Mas sempre torci para que, de alguma forma, o Brasil encontrasse um caminho que ao  menos preservasse os empregos. Estamos caminhando para uma taxa de desemprego que pode chegar em torno de 10% ao final desse ano. E a responsabilidade disso não é uma crise internacional que não existe. O mundo vai crescer em média 3,5%, os países emergentes – dentre os quais o Brasil se inclui – crescerão em média 4% esse ano, são dados do FMI. O Brasil se prepara para um crescimento negativo. Então a crise é nossa. Criada por esse governo, pela sua incompetência e pela sua irresponsabilidade.

E a crise de confiança que tomou conta do Brasil não tem uma solução a curto prazo porque, além da crise econômica que leva os nossos empregos, que afasta os investimentos e que aumenta a inflação ao lado  da crise moral sem precedentes, a partir do assalto que fizeram às nossas empresas públicas, em especial a Petrobras, há uma crise de confiança. E é essa crise de confiança que impede que os investimentos venham no volume necessário para resgatar a capacidade das pessoas de estarem empregadas e consumir. Não tem emprego, obviamente não tem consumo. Aí o desemprego aumenta. Aumenta na área de serviços, aumenta no comércio.

Zona Franca de Manaus sofre com o abandono do governo Dilma, critica Aécio Neves

Aecio em Manaus 2015Em viagem ao Amazonas nesta sexta-feira (26), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, responsabilizou o governo federal pela crise enfrentada pelas empresas da Zona Franca de Manaus, principal pólo econômico no Estado. Apenas nos três primeiros meses do ano, o faturamento das indústrias da região caiu 20%, e, até abril, 20 mil trabalhadores foram demitidos. Outros 35 mil serão colocados em férias coletivas nos próximos dias. O setor de eletroeletrônicos, que lidera o polo industrial, teve queda de 25% na produção. Apenas no mês de abril, a produção no polo de duas rodas (motos, bicicletas etc) caiu 31% e as exportações despencaram 60%. As perdas chegam a US$ 2 bilhões, segundo o Centro da Indústria do Amazonas.

“Tenho dito sempre que a Zona Franca de Manaus é um patrimônio dos brasileiros. Precisa ser fortalecida, precisa crescer, precisa se transformar numa grande plataforma de exportação. E eu lamento profundamente que nesse Brasil de hoje os compromissos assumidos pela então candidata a presidente da República não se transformaram em realidade. Porque, mais do que a extensão dos benefícios fiscais da Zona Franca, era preciso os investimentos em rodovias, em hidrovias. Os investimentos em infraestrutura que possibilitem realmente o desenvolvimento sustentável dessa região”, afirmou Aécio Neves, em entrevista à imprensa ao lado do prefeito Arthur Virgílio Neto.

A viagem ao Amazonas faz parte das comemorações aos 27 anos do PSDB e é a primeira de uma série que o presidente tucano fará pelo país para debater com os brasileiros os graves problemas que atingem a economia e o dia-a-dia da população. No próximo dia 5, em Brasília, o partido fará sua convenção nacional.

“Acho que esse pós-eleição está levando muitos brasileiros, e certamente aqui não é diferente, a uma reflexão. Será que vale a pena mentir tanto para vencer uma eleição? Acho que não. O Brasil tem hoje uma presidente da República sitiada, que não pode sair do Palácio, não pode olhar nos olhos das pessoas porque enganou os brasileiros. E, lamentavelmente, quem vem pagando a parcela maior dessa conta são os trabalhadores, com o desemprego crescendo, com os direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego e abono salarial, sendo tirados. E o que temos pela frente? Um governo que não sabe para onde ir”, criticou Aécio Neves.

Falta de recursos federais para Amazônia

O presidente nacional do PSDB lamentou ainda a baixa transferência de recursos federais para Manaus. Em abril, por exemplo, a cidade recebeu apenas R$ 1,5 milhão em repasses voluntários do governo federal. No mesmo mês, Dilma repassou R$ 271 milhões para a prefeitura de São Paulo, comandada pelo PT.

Para Aécio, a cidade sofre discriminação do governo federal por ser administrada pelo PSDB. “O que eu vejo, hoje, é, lamentavelmente, uma ação do governo federal excludente. Uma ação do governo federal que, eventualmente, para de alguma forma penalizar um prefeito forte, honrado, preparado, de oposição, acaba por punir a população de Manaus. Nós estaremos sempre denunciando a ausência de atenção do governo federal, que, a meu ver, se encerrou no momento da eleição. Mesmo com todas as dificuldades, Arthur Virgílio é hoje um dos prefeitos de capitais mais bem avaliados do Brasil”, ressaltou.

O senador também criticou a falta de investimento federal no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), criado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.  Para Aécio, a instituição deveria ser usada como catalisador do desenvolvimento regional.

“Durante a campanha, falei muito em transformar esse centro de biotecnologia em uma grande plataforma que pudesse reunir universidades, investimentos em pesquisa, em desenvolvimento, para que o potencial raríssimo, único dessa região, pudesse se transformar em benefícios para as pessoas. Em mais empregos, em mais qualidade de vida. O abandono desse centro por parte do governo do PT mostra uma visão pequena de um governo que não tem a dimensão, não tem a compreensão de quais os caminhos que deve percorrer para fazer o Brasil crescer”, defendeu.

Agenda em Manaus

Durante a visita a Manaus, o presidente nacional do PSDB participou, ao lado do prefeito Arthur Virgílio Neto, do lançamento de dois projetos considerados fundamentais para a recuperação do centro histórico da capital amazonense. O primeiro é a revitalização da Avenida Eduardo Ribeiro, recuperando o calçamento de pedras portuguesas e paralelepípedos.  O segundo projeto é a ampliação do Paço Municipal, importante centro cultural da capital. Um novo auditório, restaurante e obras de acessibilidade estão previstos. A cerimônia de lançamento dos projetos ocorreu no Paço Municipal. O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) acompanhou a viagem do senador.

“Eu acho que nessas últimas eleições o PSDB se recoloca como um partido da esperança de um governo diferente desse que está aí. Essa campanha foi uma campanha que acordou o Brasil, que despertou os jovens brasileiros para que eles possam exercer um protagonismo na construção de seu próprio destino. Uma certa passividade que existia foi substituída por uma pró-atividade. E é isso que o PSDB vem estimulando. Novas filiações, novos quadros, porque nós teremos  a responsabilidade, dentro de muito pouco tempo, de governar  o Brasil e encerrar esse ciclo perverso de governo do PT”, afirmou o presidente tucano.

A agenda do presidente do PSDB no Amazonas inclui ainda uma visita ao 50º Festival Folclórico de Parintins, na noite desta sexta-feira (26).

Economista alerta para aumento de 10% na taxa de desemprego em 2016

DesempregoO economista Edward Amadeo, ex-ministro do Trabalho no governo tucano de Fernando Henrique, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta sexta-feira (26), faz uma alerta em relação ao aumento da taxa de desemprego em 2016.
“A economia brasileira não voltará a gerar vagas antes do segundo semestre de 2016. Até lá, segundo ele, a taxa de desemprego deve chegar a 10%, resultado da maior busca por trabalho e da queda do nível do emprego”, estimou Amadeo.
Ao analisar o cenário para este ano, ele destaca a possibilidade de uma queda do nível de emprego, ou seja, do número de pessoas ocupadas em torno de 3%. “Isso realmente vai ter um impacto sobre a vida das pessoas”, disse ao jornal.Entre os impactos desse cenário nada favorável, o economista observa que “nos últimos anos você teve um mercado de trabalho muito forte, com muito crescimento do emprego, e agora vai haver um sentimento de frustração. Não é só (o fato de) que as pessoas que estão entrando no mercado de trabalho vão ter dificuldade para encontrar emprego. As pessoas que estão empregadas vão enfrentar um período de desocupação.”
Confira aqui a íntegra da entrevista