PSDB – MS

Imprensa

‘Pedaladas’ de 2015 podem ser investigadas pelo TCU

tcuDiante de indícios que sugerem a continuidade das ‘pedaladas fiscais’, o Tribunal de Contas da União (TCU) poderá abrir um procedimento para apurar a situação. As informações estão em reportagem que a Folha de S. Paulo publica nesta terça-feira (23).

A prática pode levar a investigação a atuais integrantes do governo Dilma Rousseff, como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do Planejamento, Nelson Barbosa.

A Folha destaca que o endividamento do governo federal com bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, aumentou ao menos R$ 2 bilhões no primeiro trimestre de 2015. Parte desses recursos foi destinada ao custeio de programas sociais. A ocorrência dessa prática ao longo de 2014 é um dos fatores que levou o TCU a pedir, no último dia 17, explicações ao governo Dilma sobre as contas no ano passado.

Clique AQUI para ler a reportagem da Folha.

‘Pedaladas’ de 2015 podem ser investigadas pelo TCU

tcuDiante de indícios que sugerem a continuidade das ‘pedaladas fiscais’, o Tribunal de Contas da União (TCU) poderá abrir um procedimento para apurar a situação. As informações estão em reportagem que a Folha de S. Paulo publica nesta terça-feira (23).

A prática pode levar a investigação a atuais integrantes do governo Dilma Rousseff, como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do Planejamento, Nelson Barbosa.

A Folha destaca que o endividamento do governo federal com bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, aumentou ao menos R$ 2 bilhões no primeiro trimestre de 2015. Parte desses recursos foi destinada ao custeio de programas sociais. A ocorrência dessa prática ao longo de 2014 é um dos fatores que levou o TCU a pedir, no último dia 17, explicações ao governo Dilma sobre as contas no ano passado.

Clique AQUI para ler a reportagem da Folha.

Entrevista coletiva do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves

GHG_8409Coletiva do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

 Brasília – 22/06/2015

 Principais trechos

 Assuntos: Venezuela, Lula e TCU

Sobre ida de uma nova comissão de parlamentares à Venezuela.

 

Acho que eles têm todo direito de ir aonde quiserem e, espero que sejam melhor recebidos do que nós. Acho que a comitiva chapa branca é uma reação ao incômodo que a nossa visita causou e não deveria ter causado.

 

Acabo de ouvir aqui uma declaração patética de um dos líderes do PT que não dá uma palavra aos presos políticos naquele país, como se isso fosse natural e critica os senadores. Meu Deus! O que fizemos é aquilo que os perseguidos pela ditadura militar no Brasil e, em especial, os presos políticos clamaram durante todos aqueles 20 anos, que lideranças democráticas de várias partes do mundo se manifestassem, chamasse atenção para o que acontecia no Brasil. E não posso crer que essas mesmas figuras hoje condenem algo que foi feito de forma absolutamente correta, oficial, e que tinha como objetivo uma ação humanitária.

 

Queríamos sim prestar nossa solidariedade aos presos políticos porque é inadmissível que em pleno século XXI – e não venham me dizer os aliados da presidente da República que isso é normal – existam presos políticos, pessoas que são presas por manifestarem a sua oposição ao governo que lá está. E queríamos também a definição da data das eleições parlamentares, que acabou agora sendo confirmada. Teríamos encontro com várias correntes das oposições. Não teríamos com o governo porque não interessou a eles estar conosco. E também pouco interessava a nós naquele instante.

 

Eu, ontem mesmo, conversei longamente com o governador Caprilles por telefone, o chamei, inclusive, para estar no Brasil conosco provavelmente no início de agosto e ele dizia do seu constrangimento, da vergonha pela forma como fomos recebidos na Venezuela. O que esperávamos era uma solidariedade dos parlamentares, dos senadores, independente de partidos políticos, a uma missão oficial desta Casa que agiu de forma absolutamente correta. Não há sentido neste questionamento. Infelizmente o que estamos vendo é o conforto que alguns senadores manifestam na companhia do sr. Maduro. Nós da oposição não nos sentimos confortável na companhia dele.

 

Desejo a eles boa viagem e que possam cumprir o seu papel. E se tiverem um tempo, sugiro que façam aquilo que nos foi impedido. Visitem os presos políticos e digam o que pensam em relação ao que vem ocorrendo da Venezuela.

 

Sobre embaixador do Brasil  na Venezuela

 

O fato concreto, objetivo, vejo muitas versões, é que fomos recebidos em uma missão oficial em Caracas. Pessoalmente soube, quando desci em Caracas, que o embaixador não nos acompanharia, mas me disse o embaixador textualmente, e aos outros parlamentares que estavam na comitiva, que o conselheiro da embaixada estaria conosco durante todo o percurso. Isso foi o que disse o embaixador Ruy Pereira. Infelizmente isso não aconteceu.

 

A própria fragilidade da nossa escolta, isso sim, acho que era algo que deveria ter sido percebido por quem vive na Venezuela como o embaixador, ou por quem sabe o grau de tensão que existe na Venezuela. Agora vejo condenações até pelo simples fato das esposas dos presos estarem conosco. Que país é esse onde você não pode escolher as pessoas que entram em um veículo com  você, onde seu ir e vir não esteja garantido? Lamentavelmente, o que houve foi uma ação deliberada do governo Venezuelano para impedir a nossa estada ou impedir a nossa agenda e, obviamente, também agora fica claro com a conivência do governo brasileiro. Essa é uma página que não ilustra, que não enobrece a diplomacia brasileira, de tantas páginas no passado, mas que ao longo desses últimos anos vem escrevendo algumas das mais lamentáveis páginas na busca de um alinhamento que benefício algum traz ao Brasil ou interesse algum dos brasileiros atende.

 

Sobre declarações do ex-presidente Lula com críticas à presidente Dilma.

 

Vejo o PT passando por um momento extremamente grave, mas a obra não é de autoria da presidente Dilma exclusivamente. Essa é uma obra de autoria conjunta do presidente Lula, da presidente Dilma e não há como descolar uma coisa da outra. O governo é o PT, o governo é Dilma, o governo é Lula.

 

Foi assim nos momentos positivos e será assim nesse momento de grande dificuldade porque a responsabilidade pelo Brasil estar vivendo hoje uma das maiores crises econômicas da sua história, com a previsão de crescimento negativo em torno de 2% do PIB, um desemprego que pode ao final do ano alcançar os 10%, juros na estratosfera e uma inflação rapidamente se aproximando de 9%. Isso – como disse inclusive hoje o presidente da Mercedes Benz – não é obra de uma crise internacional. Essa crise internacional não existe. Não existe na China, não existe na Alemanha, não existe nos Estados Unidos. Isso é uma obra caseira.

 

Essa crise é como a jabuticaba, é uma fabricação aqui do Brasil feita pelo governo do PT. Acho que o presidente Lula, mais do que ataques à atual presidente – sua criatura -, tem que assumir sua parcela de responsabilidade pelo que vem acontecendo no Brasil. Temos hoje três crises gravíssimas: a econômica, com as consequências que sabemos, a moral, – já que acho que grande parte da desaprovação da presidente da República, recorde do nosso período democrático se dá em razão dessa crise moral sem precedentes que tomou conta do Brasil – mas há uma terceira, que é a crise de confiança, de credibilidade, e é essa que impede a recuperação da economia brasileira no prazo que seria mais adequado. Lamentavelmente, essa obra é uma obra conjunta do ex-presidente Lula, da presidente Dilma, obviamente do PT.

 

O que o sr. achou da informação de que o governo mantém as pedaladas ainda este ano?

 

Isso é extremamente grave. É o desrespeito absoluto à lei. É um governo que age como se estivesse acima da lei e não está. Durante a campanha eleitoral, em um debate se não me engano na rede Record, eu denunciei essas pedaladas, dizendo que a Caixa Econômica Federal pagava o Bolsa Família ou parcela dele, o governo não repunha por parte do Tesouro esses recursos. No caso do Banco do Brasil, o crédito rural. A presidente ignorou esse assunto. Agora, tentam transferir para um membro da equipe econômica essa responsabilidade. A responsabilidade é da presidente da República.

 

Continuar a fazer isso é um acinte, um desrespeito absoluto àquilo de mais valioso que conseguimos construir do ponto de vista da administração no Brasil, que foi a Lei de Responsabilidade Fiscal. Um dos pilares fundamentais da Lei de Responsabilidade Fiscal era impedir que os bancos públicos financiassem seus controladores. Vários bancos estaduais foram liquidados porque faziam isso. Ficaram insolventes. Outros foram vendidos. E o governo federal, de forma continuada, fez isso. E fez isso com um único objetivo: vencer as eleições. Venceu as eleições e hoje é um governo sitiado, um governo que não pode andar nas ruas. É um governo que está nas barras dos tribunais. E se o Tribunal de Contas, como todos esperamos, vier a agir de forma técnica, como vem agindo, não há como aprovar as contas da presidente da República.

 

Em cima da posição do TCU, há elementos para pedido de impeachment?

Essa não é uma questão que está sendo discutida agora. O que existe é uma definição da votação do relatório do ministro Nardes, que é pela reprovação das contas da presidente da República. Isso deve ocorrer dentro de menos de 30 dias. Vamos aguardar a decisão do Tribunal de Contas da União e aí vamos definir o que pode ser feito. Mas, certamente, essa reiterada prática delituosa pode levar até o Ministério Público ou a Procuradoria-Geral da República, onde existe uma ação do PSDB, a se manifestar e, quem sabe, abrir uma investigação contra a presidente da República.

“Volume morto”, por Merval Pereira

dilma_e_lulaLula vê que vaca está indo para o brejo e por isso ataca. Enquanto os políticos petistas acionam seus fantoches no mundo virtual para tentar desqualificar os senadores oposicionistas que foram à Venezuela marcar uma posição democrática que repercute até hoje, num inegável sucesso político, o ex- presidente Lula mostra que ainda é o mais esperto de todos.

Convidou para um debate no seu instituto ninguém menos que o ex- primeiro- ministro espanhol Felipe González, que estivera em Caracas dias antes com o mesmo objetivo, e teve os mesmos problemas que os brasileiros. Ou os mesmos problemas que qualquer liderança democrática terá se quiser enfrentar a ditadura venezuelana.

Políticos ligados ao governo de Maduro, ou apoiadores de Diosdado Cabello, que tanto Lula quanto Dilma receberam prazeirosamente em dias recentes, não terão dificuldades. Nem mesmo as acusações cada vez mais sérias a Cabello, sobre envolvimento com um cartel de drogas, inibiram os petistas. Mas, na hora de parecer democrata, Lula chama mesmo González.

Lula ultimamente tem sido o mais rigoroso crítico do PT, porque, na qualidade de pragmático- mor da República, está vendo que a vaca está indo para o brejo. Ele, que já havia constatado que tanto ele quanto Dilma estão no “volume morto”, e o PT, “abaixo do volume morto”, ontem fez a constatação mais objetiva de todas: “já estou com 69 ( anos), já estou cansado, já estou falando as mesmas coisas que eu falava em 1980”.

Não por acaso, mas por retratar a verdade, no mesmo dia o presidente da Mercedes- Benz no Brasil, Philipp Schiemer, em entrevista à “Folha”, constatou, por outras palavras, o mesmo que Lula: “O país perdeu a previsibilidade com as mudanças nas premissas da política econômica. Voltamos uns 20 anos no tempo”.

Essa volta na máquina do tempo tem muito a ver com o modo como o governo se comportou a partir do 2 º mandato de Lula e no 1 º de Dilma. Após passarem vários anos se comportando dentro das regras da boa governança, respeitando o equilíbrio fiscal e se aproveitando de momento raro na economia mundial, com os preços das commodities lá no alto, Lula e seus seguidores ouviram o canto da sereia e acharam que já podiam voltar ao ponto em que, para vencer a eleição de 2002, tiveram que abdicar de suas ideias.

Guido Mantega, que se notabilizara nos anos em que o PT esteve na oposição por ser o porta- voz econômico do partido, nunca havia assumido o comando real da área até a saída de Antonio Palocci, em 2006. A partir daí, a política de equilíbrio fiscal foi sendo paulatinamente substituída pelo que viria a ser chamado de “nova matriz econômica”, que se aproveitou da crise financeira de 2008 para, a pretexto de uma política anticíclica, permitir um pouco mais de inflação para estimular o consumo interno como motor do desenvolvimento, política essa exacerbada no governo Dilma.

Hoje, sabemos que diversos parâmetros econômicos foram quebrados nesse processo, com práticas ilegais de criação de despesas sem autorização do Congresso, que acabaram produzindo um descalabro nas contas públicas.

Quando o ex- governador Anthony Garotinho apelidou o PT de “partido da boquinha”, a muitos pareceu que era apenas uma disputa política a mais. Mas não é que o próprio Lula admite que o PT hoje “só pensa em cargo, em emprego, em se eleger”?

Não é à toa que Lula vem insistindo na tese de que é preciso fazer uma reorganização partidária no país, tema a que voltou ontem. A mesma pesquisa Datafolha que mostrou que a presidente Dilma tem 65% de oposição também revelou que o ex- presidente Lula perderia a eleição presidencial se o candidato do PSDB fosse o senador Aécio Neves.

Se o candidato fosse o governador paulista Geraldo Alckmin, Lula o bateria, mas a ex- senadora Marina Silva ganharia densidade eleitoral para empatar com ele. Feitas as contas, há hoje uma maioria oposicionista no país que procura o melhor candidato para derrotar o PT, mesmo que ele seja Lula.

Outro aspecto da pesquisa é o que mostra que o PSDB, como sigla mais organizada da oposição, pela primeira vez nos últimos 13 anos empata na preferência do eleitorado com o PT, que vem em franca decadência, pois já foi o preferido por cerca de 30% do eleitorado. É o tal “volume morto” a que Lula se referiu.

*Publicado no jornal O Globo – 23/06/15

Aécio lidera pesquisa Datafolha para a Presidência

18-03-15 Aecio Neves_3O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, aparece em primeiro lugar em pesquisa realizada pelo Datafolha sobre intenções de voto para a Presidência da República.Aécio tem 35%, contra 25% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 18% da ex-senadora Marina Silva (Rede).

O levantamento foi divulgado pela Folha de S. Paulo neste domingo (21). A pesquisa ouviu 2.840 pessoas entre quarta (17) e quinta-feira (18).

“Dilma no volume morto”, análise do ITV

Dilma Foto Fabio Pozzebom ABrNão importa o grupo social, não importa a faixa de renda ou a região de domicílio. Pelo país afora, independente do recorte estatístico, pelo menos seis de cada dez brasileiros reprovam o governo da presidente Dilma Rousseff. As péssimas condições da economia sugerem que a situação ainda vai piorar para a petista.

A reprovação a Dilma voltou a subir e agora 65% dos brasileiros consideram que a presidente faz um governo ruim ou péssimo, segundo pesquisa do Datafolha divulgada no domingo. Na ponta de baixo, somente um em cada dez brasileiros aprova o jeito de a petista agir, avaliando sua gestão como ótima ou boa.

Os brasileiros sentem-se enganados pela presidente que prometeu um mundo cor de rosa na campanha eleitoral e está patrocinando um dos períodos mais atordoantes da história recente do país. Estamos sendo intoxicados por uma mistura de recessão brava, inflação e desemprego, sem falar na sufocante corrupção.

O futuro é sombrio. Apenas 19% ainda creem que a situação econômica vai melhorar, ante 53% que consideram que piorará. Nos detalhes, o pessimismo com as perspectivas do país é bem mais expressivo: 73% acham que o desemprego vai aumentar ainda mais e 77% avaliam que a inflação continuará subindo. Infelizmente, podem ter razão.

A impopularíssima Dilma encontra-se em companhias nada notáveis. Seu índice de desaprovação é semelhante ao de Fernando Collor um pouquinho antes de ele ser ejetado do cargo de presidente sob a acusação de corrupção ou de José Sarney, no fim de um governo em que ninguém suportava mais o então mandatário.

As semelhanças entre o agora e o passado vão mais longe. Além de ser a presidente mais rejeitada da história desde Collor, Dilma promove o maior desemprego desde 1992, segundo números do Caged divulgados na sexta-feira – 244 mil vagas foram eliminadas no ano até agora. A inflação também é a mais alta em quase 20 anos.

Dilma é a encarnação da mentira, algo que nem seu tutor consegue mais disfarçar. Em conversa com religiosos na semana passada, Lula disse que a presidente, o PT e ele mesmo estão “no volume morto”, padecendo da reprovação generalizada da população.

Na sua pregação, ele admitiu que, na campanha, Dilma prometeu aos brasileiros uma coisa e fez outra. “Os tucanos sabiamente colocaram Dilma falando isso [no programa de TV] e dizendo que ela mente. Era uma coisa muito forte. E fiquei muito preocupado”.

A farsa eleitoral já foi amplamente caracterizada. A novidade é que nem o PT é mais capaz de negá-la. Quem sofre na pele e paga a fatura é a população, principalmente os mais pobres. Mas, felizmente, a hora do acerto de conta parece estar chegando. E não apenas para Dilma. Mas também para Lula e o PT. Já deu.

“Intolerância e omissão”, por Aécio Neves

18-03-15 Aecio Neves_1Na última quinta-feira (18) estive na Venezuela, na companhia de outros sete senadores, em visita de caráter oficial para levar solidariedade aos presos políticos do regime de Nicolás Maduro. Queríamos visitar o líder oposicionista Leopoldo López, no presídio desde fevereiro de 2014, e Antonio Ledezma, prefeito metropolitano de Caracas, mantido em prisão domiciliar.

Não conseguimos ir muito além do aeroporto. A estrada de acesso a Caracas estava bloqueada. Nosso carro foi cercado e impedido de continuar. Hostilizados e sob ameaça de agressão física, apesar de outras tentativas, não conseguimos avançar.

Presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves.

Artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 22/06/2015.

Leia aqui o artigo na íntegra

“O governo brasileiro tem que mostrar de que lado está”, diz Aécio Neves sobre as violações à democracia na Venezuela

aecio neves foto george gianniBrasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cobrou uma ação imediata do governo brasileiro em resposta aos episódios de violência ocorridos na Venezuela nesta quinta-feira (18). “O governo brasileiro precisa mostrar de que lado está: se do lado da democracia, de seus representantes, ou do lado do autoritarismo daquele país”, declarou.

“Nós vamos exigir é uma posição dura do governo brasileiro. Se não [ocorrer], nós vamos, do ponto de vista político, dentro do Congresso, fazer as retaliações necessárias em defesa da democracia. O que ocorreu hoje não atinge aos senadores que estão aqui; atinge a dignidade do povo brasileiro”, destacou Aécio, que chegou ao Brasil na madrugada desta sexta-feira (19).

Aécio, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), e outros parlamentares participaram da comitiva de senadores brasileiros que foi nesta quinta-feira (18) a Caracas para se reunir com presos políticos da Venezuela, mas acabou impedida e vítima de agressões por parte de apoiadores do regime de Nicolás Maduro.

“Nós fomos recebidos pela intolerância de um regime que não aceita o contraditório”, disse Aécio, que acrescentou: “Se havia alguma dúvida de que existe uma escalada autoritária naquele país, voltamos sem dúvidas”.

Organismos internacionais
Aloysio Nunes lembrou que Brasil e Venezuela são signatários de acordos que preveem o respeito à democracia nos dois países, e que por isso a gestão de Dilma Rousseff pode exigir o cumprimento dos direitos humanos pelo regime de Caracas.

“O governo brasileiro tem o dever de reagir à essa provocação. Tomar providências nos âmbitos de OEA, Unasul e Mercosul”, disse.

O tucano ressaltou que “a visita começa agora”, e que o testemunho dos senadores que participaram da comitiva contribuirá para que o Brasil conheça melhor a realidade venezuelana.

Plenário
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, falou que os parlamentares da oposição promoverão uma reunião na manhã desta sexta-feira e, em seguida, irão ao Plenário para expor o que viram na Venezuela.

“O nosso objetivo era uma visita humanitária a presos políticos e a reafirmação de nosso compromisso com a democracia. Estaremos, todos nós, fazendo o relato dos episódios que testemunhamos”, afirmou.

PSDB exige manifestação de repúdio do Itamaraty sobre agressão a senadores brasileiros na Venezuela

carlos sampaio foto Alexssandro LoyolaO Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), classificou como gravíssimas as agressões sofridas nesta quinta-feira em Caracas pelos senadores brasileiros em visita de solidariedade aos líderes políticos mantidos presos pelo governo Nicolás Maduro e exige manifestação de repúdio imediata e contundente por parte do Itamaraty.

De acordo com Sampaio, o veículo dos senadores foi cercado por apoiadores do regime Maduro. Os parlamentares brasileiros também foram impedidos de visitar Leopoldo Lopez, preso há mais de um ano e em greve de fome há 24 dias. O embaixador brasileiro, Rui Pereira, abandonou o grupo ainda no aeroporto.

“A agressão aos parlamentares brasileiros é uma agressão ao Brasil e aos princípios que ensejaram a visita dos senadores a Caracas – de solidariedade, de defesa da democracia e do Estado de Direito. Tão grave quanto essas agressões seria a omissão do governo brasileiro nessa questão, sob pena de ser cúmplice desse gravíssimo ato de desrespeito aos representantes brasileiros e conivente com os atentados que lá se cometem contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. O mínimo que se espera é uma manifestação de repúdio por parte do Itamaraty”, afirmou Sampaio.

*Da Liderança do PSDB na Câmara