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“Ofensiva palanqueira”, análise do ITV

palacio-do-planalto-foto-george-gianni--300x199A desfaçatez com que os petistas misturam interesse público com campanha eleitoral não tem limites. Seus expedientes não são novos e repetem os mesmos excessos já vistos em 2006, quando Lula buscou a reeleição, e levados a extremos em 2010, quando até a saúde econômica do país foi hipotecada para eleger Dilma Rousseff. Tudo vira palanque.

Desde a fatídica terça-feira em que a seleção brasileira naufragou na Copa do Mundo, a presidente da República se lançou numa ofensiva de comunicação para evitar que a onda de mau humor diante de tão retumbante fiasco se transformasse em má vontade com sua candidatura. Até aí, é jogo jogado.

Dilma estaria apenas no exercício legítimo da luta política se, para tanto, não empenhasse estruturas e recursos públicos, confundisse o figurino de presidente da República com o de candidata à reeleição e transformasse solenidades públicas em tribuna de agressão a adversários políticos. Pois é assim que a petista tem agido.

Ontem ela reuniu 16 de seus 39 ministros a fim de, formalmente, apresentar um balanço da Copa do Mundo. Foram três horas e meia de solenidade, recheadas de números ufanistas, mas na qual a cereja do bolo foi dedicada a disparar críticas a todos os que alertaram sobre riscos, malfeitos, excessos e desperdícios envolvidos na preparação do Brasil para a Copa. Tudo transmitido ao vivo pela emissora de TV oficial.

Novamente misturando futebol e política, e ao contrário do que prega, Dilma deu a linha e seus ministros mais beligerantes atiraram em seguida. Os alertas, as críticas, a fiscalização zelosa da imprensa, da oposição e dos órgãos de controle, tudo foi classificado pelos exultantes petistas como “pessimismo”. Faltou pouco para a presidente tornar a chamá-los de “urubus”, como fez na semana passada.

Voltemos a constatar: no que correu dentro de campo, a Copa foi um espetáculo; naquilo que envolveu a hospitalidade dos brasileiros, a coordenação de vários níveis de governo e o empenho de agentes privados, o torneio transcorreu sem maiores incidentes. Daí a todo o alarido oficial de que o sucesso foi absoluto vai olímpica distância.

Muito já se disse sobre a falta de legado consistente da Copa. Mas vale ainda agregar mais um registro, feito hoje pela Folha de S.Paulo: apenas entre as ações de mobilidade urbana previstas para o Mundial, 23 obras importantes no país ficaram por fazer, embora tenham encarecido 25%. Dos 294 km de corredores para ônibus e trilhos previstos, somente 130 foram finalizados.

Mas voltemos à ofensiva palanqueira de Dilma. Nos últimos dias, entrevistas exclusivas da presidente foram oferecidas à imprensa internacional. Mas os repórteres montam seus equipamentos para ouvir uma chefe de Estado e acabam por escutar uma candidata à reeleição. Já havia sido assim com a CNN Internacional na semana passada e voltou a sê-lo com a Al Jazeera ontem.

À TV do Quatar, a petista chegou a cometer o despautério de pedir votos para sua reeleição: “Creio que o povo brasileiro deveria dar-me oportunidade de um novo mandato, visto que somos parte de um projeto que transformou o Brasil”. É constrangedora a falta de limites, analisada com maestria por Dora Kramer na edição de hoje de O Estado de S. Paulo.

Muitos hão de se lembrar que, ao longo de 2009 e 2010, com Lula à frente os petistas protagonizaram verdadeiras caravanas da mentira ao levar Dilma e um séquito de ministros para visitar obras que deveriam render frutos eleitorais Brasil afora. Todas elas – transposição do rio São Francisco, Transnordestina, Abreu e Lima, entre outras – até hoje remanescem inacabadas.

Com a Copa não será diferente. O sucesso do que ocorreu entre quatro linhas ao longo de 32 dias de evento é fato. Toda a onda em torno de um êxito absoluto capaz de expiar o que não deu certo são versões que lutarão para se sobrepor à realidade, mas se esfacelarão com o passar do tempo.

Os escrúpulos, Dilma Rousseff e seu governo já mandaram às favas: converteram prestação de contas em atos de campanha pela reeleição; abandonaram gabinetes e subiram em palanques; transformaram compromissos oficiais em comícios. A caravana da mentira petista está de volta.

IPCA volta a superar o teto da meta, aponta boletim Focus

dinheiro1-300x200Brasília (DF) – As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2014 subiram, no geral, de 6,46% para 6,48%, quase que atingindo  o teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC) – 6,5%. O limite, porém, voltou a ser superado nas projeções do grupo de analistas “Top 5”, que mais acertam as estimativas. Segundo eles, a mediana de médio prazo para o IPCA deste ano aumentou de 6,41% para 6,51%.

Os dados são do boletim Focus, que mostrou, mais uma vez, a queda das expectativas dos analistas de mercado sobre a inflação e a atividade econômica.

Ainda de acordo com os “Top 5”, a Taxa Selic, por sua vez, deve terminar este ano no nível atual de 11%. O juro, no entanto, continuará subindo mais 0,50 ponto até o fim de 2015.

As informações são da reportagem desta terça-feira (15) do jornal Valor Econômico.

Segundo informações divulgadas na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após subir 0,40% em junho, o IPCA acumulou alta de 6,52% em 12 meses. No Focus, a previsão da inflação no mesmo período subiu de 5,89% para 5,92%. Já em 2015, o índice seguiria para 6,10%.

Retração

Em relação à atividade econômica, a estimativa dos analistas é que, pela sétima vez consecutiva, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passe de 1,07% para 1,05%. A queda atingiu também a projeção para a produção industrial, que terá retração de 0,90%.

Para 2015, as projeções continuam em baixa. A estimativa do PIB ficou em 1,50%, enquanto a projeção de crescimento da produção industrial agora é de 1,80% ante 2,10%.

Déficit

A mediana das estimativas para o saldo da balança comercial também diminuiu, passando de US$ 2,7 bilhões para US$ 2,01 bilhões. Até a primeira semana de julho, a balança continua com déficit de US$ 1,2 bilhão.

Ainda de acordo com a reportagem, os analistas do Focus estimam que o déficit em conta corrente também diminuirá. Segundo eles, a projeção é de um resultado negativo em US$ 80,75 bilhões neste ano.

Líder quer que governo explique crédito de R$ 4 bilhões

aloysio-executiva-1-300x200Brasília – O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), quer que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, apresentem explicações sobre um crédito de R$ 4 bilhões, em recursos da União, encontrados em um banco privado. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a verba foi usada para amortizar o déficit do setor público, que ficou em R$ 11,1 bilhões, o pior resultado da história do país para o mês de Maio.

Se contabilizado o valor, a situação ficaria ainda mais complicada, com um valor acima dos R$ 15 bilhões. “Lançamentos contábeis são feitos onde não deveriam ser e o governo não dá explicações. Em contabilidade, dinheiro não nasce em árvore. Ele teve de ser debitado de alguma conta antes? Que conta era essa? Em que banco foi depositado?”, questionou o senador.

O senador anunciou a apresentação de dois requerimentos junto à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para convocar os responsáveis pelo Banco Central e Tesouro Nacional para uma Audiência Pública no Senado. “O Estado tem sido levado pela criatividade na contabilidade do governo. A sociedade exige atitudes claras, que o governo – por meio do Banco Central e da Secretaria do Tesouro – se recusam a explicar.”

Aloysio lembrou ainda que fenômeno semelhante ocorre com as previdências agrária e social. De acordo com o líder tucano, aumentam os valores dos benefícios e o número de beneficiados, mas a despesa do governo com o setor diminui de um ano para o outro. Ele tem uma suspeita. “O banco adianta recursos, e recebe no mês seguinte, financiando um governo negativado. Tudo indica que estamos frente a grandes irregularidades”, finalizou.

Do Portal do PSDB no Senado

TCU questiona Petrobras por pagamento adiantado de US$ 30 milhões pela refinaria de Pasadena

Passadena-Foto-Petrobras-Image-Richard-Carson-1-300x169Brasília (DF) – O aprofundamento das investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a compra bilionária da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras trouxe à tona mais um ponto do acordo digno de desconfiança.

Segundo relatório do TCU, a Petrobras adiantou US$ 30 milhões à empresa belga Astra Oil, parceira no negócio, antes de concluir as negociações da compra da primeira metade da refinaria, no Texas.

A transação foi autorizada em fevereiro de 2006 pelo Conselho de Administração da Petrobras, então presidido pela atual presidente da República, Dilma Rousseff. Ainda assim, o negócio só foi oficializado em setembro daquele ano.

As informações são de reportagem do jornal O Globo (15).

De acordo com o relatório, foram pagos US$ 10 milhões em maio de 2006 e US$ 20 milhões no primeiro dia do mês seguinte. O tribunal questiona a antecipação dos recursos, e destaca o fato deles serem “não reembolsáveis” caso o acordo fracassasse.

Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), os diretores, gestores e membros do Conselho de Administração da Petrobras à época do negócio, principalmente a presidente da República Dilma Rousseff, devem assumir sua responsabilidade pelo prejuízo aos brasileiros.

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma são, sem dúvida nenhuma, os grandes organizadores dessa compra mal fadada. São os grandes responsáveis por isso, por tomar a decisão de adiantar dinheiro público para uma compra que poderia não dar certo. Que se provou de altos valores, superfaturada”, afirmou.

O tucano destacou que a aquisição de Pasadena teve o objetivo único de beneficiar os envolvidos, em detrimento do patrimônio público e da população brasileira.

“O que se vê a cada dia é que no afã, na ganância, de não perder negócios que visem o benefício pessoal dos petistas e de pessoas ligadas ao partido, são fechados acordos em que é quase inevitável acontecer lavagem de dinheiro público. Pasadena foi uma grande lavanderia de dinheiro público, com o objetivo de devolver esse valor para o bolso de alguns”, disse.

Nilson Leitão acrescentou ainda que “não adianta dizer apenas que foi uma compra absurda, errada e superfaturada”. Para ele, o negócio, que foi feito “de forma consciente”, deve ser investigado e esclarecido pelos órgãos competentes.

Prejuízo

A aquisição da refinaria de Pasadena pela Petrobras provocou um prejuízo contábil de US$ 530 milhões, admitido pela própria companhia. Investigações do TCU sugerem, porém, que os valores seriam ainda maiores. Segundo o relatório de um dos auditores do órgão, US$ 873,1 milhões teriam que ser devolvidos aos cofres da empresa. Em outro parecer, o montante é estimado em US$ 620,1 milhões. No total, a compra da refinaria custou US$ 1,251 bilhão.

Reinaldo Azambuja defende autonomia financeira para a Uems

O candidato a governador pelo PSDB também disse que um dos compromissos é com a valorização dos professores da rede estadual de ensino

Classe de professoresO candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu, na noite dessa segunda-feira (14), que a Universidade do Estado do Mato Grosso do Sul (Uems) tenha autonomia financeira e condições de ampliar o número de cursos e de vagas e possa investir em pesquisa científica e inovação. A afirmação foi feita por Reinaldo durante encontro com cerca de 200 profissionais da área educacional de todas as regiões do estado.

Atualmente, não há um percentual mínimo de repasse orçamentário à instituição previsto em lei. Isso dificultada o planejamento para que a Uems e seu corpo docente e administrativo possam investir na qualidade do ensino e da pesquisa em médio e longo prazo.

Na Lei nº 2.583/2002, que dispõe sobre a autonomia da Uems, havia a garantia de índices percentuais com aumentos gradativos até alcançar 3% da receita tributária, a partir de 2008. Entretanto, outra lei, de 2007, revogou a regra, dificultando a autonomia financeira da instituição.

“Você não pode tirar a autonomia de um corpo docente, dos gestores da universidade. Hoje o estado só consegue pagar salários. Não amplia os laboratórios, não amplia a pesquisa, não incentiva a inovação. O Estado precisa aumentar o tamanho da Uems, oferecer mais oportunidades de cursos superiores para que possamos avançar nessa questão da formação do nosso jovem, que termina o ensino médio e não tem para onde estudar mais e, muitas vezes, abandona os estudos”, disse.

Valorização dos professores

Classe de professoresDurante o encontro, Reinaldo Azambuja também falou de suas propostas para o Ensino Fundamental. Entre as prioridades, ele destacou a necessidade de ampliação do acesso a escolas de tempo integral, a modernização da infraestrutura das escolas, a oferta de cursos profissionalizantes e a valorização do servidor, com o pagamento do Piso Salarial Nacional e o apoio à qualificação profissional.

“Tudo isso é possível, basta que a educação não vire prioridade de governo só no discurso. Tem que ser prioridade nas ações e nos investimentos. Não tenho dúvida de que no nosso governo vamos melhorar a qualidade da educação em Mato Grosso do Sul”, completou Reinaldo, que estava acompanhado do candidato ao Senado, Antônio João (PSD).

Atualmente, o Mato Grosso do Sul tem o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da região Centro-Oeste. Medido pelo governo federal, o índice é um retrato da educação nos primeiros anos de estudo.

Outro problema crônico no estado é a evasão e o abandono escolar: 38,9% dos alunos que ingressam na primeira série do ensino fundamental não chegam a concluir os estudos.

Compromisso com a educação

“Reinaldo Azambuja demonstra através das suas colocações de que é um homem compromissado. Ele tem propostas para a ampliação da escola de tempo integral, que é extremamente importante para a educação sul-mato-grossense”, afirmou o professor aposentado Ernestino Antônio de Oliveira.

O presidente do Sindicato dos Professores de Campo Grande, Geraldo Alves, também avaliou o encontro. “Não falo como presidente do sindicato, mas como cidadão. Entendo a idoneidade do deputado federal Reinaldo Azambuja e os dados que ele coloca são dados importantes, como a preocupação com a valorização do professor, com o cumprimento da Lei 9.738, que fala sobre o piso”, disse.

Classe de professoresPara a professora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Efigênia Portela de Siqueira Marques, que trabalha para inclusão de quilombolas e indígenas na educação, “a população precisa de uma pessoa sensível a essas questões”.

“As pessoas que a gente conhece da educação que estão comungando com essa ideia da proposta do nome do Reinaldo são pessoas confiáveis. São pessoas sensíveis e comprometidas. Acredito que há possibilidade da educação ter um ganho e não um retrocesso”, afirmou.

A Professora Maria Cecília, candidata à deputada estadual do PSDB pela coligação Novo Tempo, considerou positivo o encontro. “Ele é um estadista que não existe mais, consegue imaginar um estado planejado, trabalhando para a equidade. Quem tem menos tem que receber mais e ele tem essa visão. É por isso vai ser um ótimo governante”, disse.

 

Fotos: Alexandre Mota

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

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Aécio Neves estreia perfil oficial no Twitter

aeciotwitter-300x200O candidato da coligação Muda Brasil à Presidência da República, senador Aécio Neves, estreou nesta segunda-feira (14/7) seu perfil oficial no Twitter no endereço @AecioNeves. “Amigos, finalmente estou no Twitter. Resolvi aprender a operar essa importante rede de diálogo. Aliás, ainda estou aprendendo”, escreveu Aécio em sua primeira postagem. Segundo o senador mineiro, o objetivo é usar a ferramenta para conversar sobre novas ideias para o Brasil.

“Agradeço aos seguidores do perfil, que chegaram antes de mim. A partir de agora, estaremos juntos”, afirmou o senador. O perfil @AecioNeves já existia, mas Aécio ainda não havia postado nenhum comentário. Em poucos minutos, ganhou cerca de 2 mil seguidores e chegou a 37 mil.

“Pretendo utilizar pessoalmente esse importante espaço, debatendo em alto nível temas que interessem aos brasileiros”, acrescentou Aécio em outro post. Ele também publicou uma ‘selfie’ e anunciou que o site da sua campanha presidencial estreia amanhã, terça-feira (15/7). Pelo Twitter, o eleitor poderá acompanhar todas as postagens do candidato da coligação Muda Brasil, incluindo os links para fotos e vídeos relacionados às atividades da campanha eleitoral.

Presidente das Associações Empresariais do MS declara apoio a Reinaldo Azambuja

alfredo_zamlutti_jr_foto_anderson_gallo_diário_corumbaenseO presidente da Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul (FAEMS), Alfredo Zamlutti Júnior, declarou apoio ao candidato a governadorReinaldo Azambuja e ao presidenciável Aécio Neves, ambos do PSDB. A FAEMS conta com 59 entidades e agrega 12 mil empresas de todas as regiões do estado.

“Preciso ver o novo. É preciso que haja uma mudança não só no País, mas no Estado. Reinaldo Azambuja é a pessoa que considero, no momento, a mais indicada para esta mudança e, como pecuarista, ele entende as dificuldades da classe, por isso dei o meu apoio”, afirmou.

Alfredo Zamlutti Júnior também preside a Associação Comercial e Industrial de Corumbá, uma das maiores entidades da região do Pantanal e do Mato Grosso do Sul. Procurado por outros partidos, o empresário recusou convites para ser suplente do candidato a senador Ricardo Ayache (PT) antes de decidir pelo apoio a Reinaldo Azambuja.

 

 

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

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“A ‘Copa das Copas’ não aconteceu”, análise do ITV

wdo_5456-300x199Dilma Rousseff praticamente se livrou da taça ontem na cerimônia de premiação da campeã Alemanha, na tentativa de evitar vaias e apupos. Mesmo levando três segundos para passá-la às mãos do capitão Philipp Lahm, não conseguiu. Com a mesma velocidade, o governo petista quer agora dar um jeito de virar a página da Copa do Mundo, decretando seu sucesso absoluto. Devagar com o andor: política, como futebol, não se ganha no grito. A “Copa das Copas” não aconteceu.

O Mundial realizado novamente no Brasil depois de 64 anos teve muito de positivo. Mas, principalmente, pelo que ocorreu dentro das quatro linhas dos gramados. O sucesso decorreu especialmente do futebol organizado, planejado e globalizado jogado pela maior parte das 24 seleções que vieram disputar a taça.

É deste futebol vencedor que o governo petista agora quer afastar nossos bons jogadores, com sua proposta de criar barreiras para impedir a exportação de talentos para o exterior. Seria uma maneira, segundo disse a presidente na semana passada, de encher estádios – os mesmos que estão fadados a se tornar uma manada de elefantes brancos em virtude da megalomania exibida pelos petistas na organização da Copa.

Trata-se de mesma visão isolacionista e intervencionista que marca muitos aspectos da atual gestão. Tal vezo colide com a constatação de que um dos motivos de a Copa ter tido futebol tão exuberante e equilibrado foi o fato de todas as seleções serem predominantemente formadas por jogadores que disputam alguns dos mais competitivos campeonatos nacionais e regionais na Europa. Já pensou se nossa seleção só pudesse contar com as estrelas do Brasileirão?

Bons resultados também foram notados em relação à organização do torneio, à realização das partidas e dos eventos paralelos. Neste caso, deve-se muito ao esforço de milhares de brasileiros, à simpatia e hospitalidade de outros tantos e à participação de diversas esferas de governo espalhadas em 12 cidades-sede. Querer atribuir-se senhor absoluto deste êxito, como tenta fazer o governo federal, é gol de mão.

Pior ainda é tentar, usando todos os seus poderosos instrumentos de propaganda, decretar no grito que tivemos a “Copa das Copas”. Entre uma bela Copa e uma Copa perfeita, vai distância tão grande quanto a que separa o futebol vencedor jogado pelos alemães da bolinha batida pela seleção do agora ex-técnico Luís Felipe Scolari.

O Brasil foi escolhido em outubro de 2007 para sediar o torneio. Nestes quase sete anos, teve todas as condições de transformar a oportunidade de abrigar uma Copa num motor de realizações, numa usina de produção de benefícios duradouros para a população brasileira. Os resultados não passam nem perto disso.

Os balanços da Copa devem se basear no cotejo entre aquilo que o governo se comprometeu a fazer e o que efetivamente fez até o torneio. O levantamento mais completo é o que foi feito pela Folha de S.Paulo no primeiro dia em que a bola rolou nos gramados brasileiros.
Dos 167 compromissos assumidos em 2010, apenas 53% foram finalizados a tempo do Mundial. Outros 41% estavam incompletos e seriam concluídos durante ou, na maior parte dos casos, depois da Copa. Um mês antes, também a Folha havia apontado que somente 10% das obras de mobilidade prometidas haviam sido concluídas.

A promoção do torneio custou mais caro que o previsto, chegando a R$ 26 bilhões, dos quais 84% saíram de cofres públicos via orçamentos ou linhas de crédito liberadas por instituições federais, segundo o Valor Econômico. Os gastos especificamente com estádios triplicaram em relação ao informado à Fifa.

Para garantir melhor desempenho durante o torneio, a organização brasileira também teve que se valer de esquemas especiais, como a escalação de homens do Exército para policiar vias públicas ou a decretação de feriados para esvaziar as metrópoles em dias de jogos. Teve, portanto, que recorrer ao improviso.

Passada a Copa do Mundo, cabe ao governo de turno responder por que não entregou o que prometeu. Cabe, ainda, explicar à população os motivos de ter feito tanto esforço para bem atender o público internacional durante 32 dias de festa e não exibir a mesma dedicação cotidiana para tornar o dia a dia de 200 milhões de brasileiros melhor. O fim dos jogos é só o início desta prestação de contas.

Indústria pode atingir maior déficit comercial da história em 2014

industriaebc1Brasília (DF) – Más notícias para a economia brasileira. A perda de competitividade dos produtos do país deverá fazer com que a indústria brasileira atinja o maior déficit comercial da história.

Apenas no primeiro semestre de 2014, o saldo da balança de itens manufaturados ficou negativo em US$ 56 bilhões, valor maior do que os US$ 54,72 bilhões negativos registrados de janeiro a junho do ano passado.

As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (13).

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos últimos 12 meses até junho, o déficit atingiu US$ 106,44 bilhões, superando o recorde negativo do ano anterior. Em 2013, as importações de bens industrializados superaram as exportações em US$ 105 bilhões.

Crise

Para analistas de comércio exterior, a situação é crítica e não há solução de curto prazo. O panorama negativo é potencializado pela crise econômica na Argentina.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os itens com maiores quedas nas exportações são automóveis de passageiro, partes e peças para veículos e tratores, motores e veículos de carga, reflexo direto da redução do comércio entre o Brasil e o país vizinho. Esses produtos tiveram uma queda de US$ 1,58 bilhão em relação ao primeiro semestre de 2013.