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Aloysio Nunes Ferreira é o candidato a vice na chapa de Aécio Neves

aecio-aloysio-300x200Brasília (DF) – O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), é o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo senador Aécio Neves na disputa à Presidência da República. O nome de Nunes Ferreira foi anunciado nesta segunda-feira (30) após reunião da Executiva Nacional do PSDB em Brasília.

Aécio Neves confirmou ainda que o coordenador-geral da campanha será o senador José Agripino Maia (RN), líder do DEM no Senado.

O candidato à Presidência pelo PSDB disse também que Tasso Jereissati será candidato ao Senado pela legenda pelo Ceará.

Convenção do PSDB-PR consolida apoio aos nomes de Beto Richa e Aécio Neves

convencao-psdb-pr-foto-george-gianni1-300x200Curitiba (PR) – Milhares de pessoas se uniram em torno dos nomes de Beto Richa, candidato à reeleição no governo do Paraná, e do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato à presidência da República, durante a Convenção Estadual do PSDB-PR, na manhã deste domingo (29), em Curitiba (PR). O sentimento geral foi o desejo de continuidade das boas políticas desenvolvidas no estado do Paraná, e de mudança na condução do governo federal.

“O Paraná hoje é exemplo de desenvolvimento. A mudança que está acontecendo aqui vai acontecer no Brasil, com Aécio Neves na presidência da República”, afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB), também candidato à reeleição.

“O povo brasileiro não pode ser o silencioso espectador dos escândalos de corrupção em Brasília. Um governo não pode ser um balcão de negócios. O povo brasileiro, de dignidade e decência, não pode admitir que um governo tenha sede no Palácio do Planalto e sub-sede na penitenciária da Papuda [onde estão presos os condenados pelo mensalão]“, disse. “O tempo é de mudança, e esse vento de mudança vai se transformar em tsunami e tirar do Palácio do Planalto aqueles que envergonham o país”.

Diálogo
O vice-governador e secretário de Educação do estado, Flávio Arns, destacou que a principal característica do governo de Beto Richa foi a nova política, “do diálogo, da ética, do entendimento”.

“Para que o novo Paraná seja construído em bases sólidas, vamos juntos, expandir, melhorar. É um momento de decisão. Com os dois, Richa e Aécio, garantimos uma política ética, uma política de respeito”, ressaltou.

Exemplo
A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, destacou o exemplo de respeito à população que o governo do Paraná inspira no resto do país.

“É um governo que pratica a divisão de responsabilidades, com prefeitos, autoridades, com a população. Que representa os nossos interesses. Que briga em Brasília, com quem quer que seja”, acrescentou.

Para o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Ademar Traiano, o povo paranaense não pode retroceder, opinião partilhada pelo presidente do PSDB-PR, o deputado estadual Valdir Rossoni.

“Cada um de nós tem que dar a sua contribuição para o que o Paraná não volte atrás, no atraso, no ódio. Voltar atrás, nunca mais”, completou.

Aécio e Alckmin reforçam união em defesa de um novo projeto para o Brasil

aecio-neves-convencao-sp-foto-orlando-brito142-300x213São Paulo (SP) – O presidente nacional e candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, e o governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, reforçaram neste domingo (29) o valor da união na construção de um novo projeto de desenvolvimento para o Brasil e de ampliação das conquistas dos governos tucanos em São Paulo.

Aécio esteve com o governador de São Paulo na convenção estadual do PSDB, realizada na capital paulista. Ao lado das principais lideranças do partido, como o ex-governador José Serra e o líder no Senado, Aloysio Nunes, o candidato a presidente elogiou a gestão de Alckmin à frente do Palácio dos Bandeirantes.

“São Paulo oferece aos brasileiros o mais qualificado governador de nossa história recente. Homem público exemplar, cuja liderança e apoio a nossa candidatura, incontestável em suas manifestações, haverá de inspirar os paulistas e de orientar o apoio de muitos brasileiros”, disse Aécio Neves durante discurso.

O candidato a presidente afirmou ainda que as administrações do PSDB no estado são um exemplo a ser seguido por outros gestores públicos. Aécio disse também que São Paulo será decisivo na eleição presidencial. “Aqui está se decidindo não apenas o futuro de São Paulo mas também o futuro do Brasil. É daqui, do vigor do trabalhador paulista e dos exemplos de administrações sérias e responsáveis como foram as de Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e é de Geraldo Alckmin que políticos de todos o Brasil hão de se inspirar para resgatar a relação perdida entre representantes e representados”, destacou Aécio Neves.

O tucano voltou a defender mais recursos federais para estados e municípios. O discurso em defesa de Federação é uma bandeira antiga do PSDB e foi renovada durante evento realizado ano passado, em Poços de Caldas (MG), com a presença de várias lideranças nacionais, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Queremos resgatar no plano federal a capacidade de construirmos um novo projeto, generoso com a Federação, permitindo que possa haver financiamento adequado à saúde pública, que vem diminuindo nos 11 anos de PT, e para que possamos estabelecer no Brasil uma efetiva política nacional de segurança, no lugar da criminosa omissão do governo federal em um tema tão urgente a todos os brasileiros”, criticou Aécio.

Alckmin
Lançado como candidato do PSDB à reeleição ao governo estadual, o governador Geraldo Alckmin iniciou seu discurso na convenção destacando a trajetória de Aécio Neves na vida pública. “Aécio encarna a esperança de mudança duradoura para a vida do país. Hábil negociador, democrata, líder natural, Aécio simboliza o que há de melhor na política brasileira e o que há de mais eficiente na defesa do interesse público. Estamos todos juntos, Aécio, nesta caminhada em que o grande vencedor será o povo brasileiro”, afirmou Alckmin.

Em seu discurso, Alckmin disse que inicia a campanha pela reeleição com muita tranquilidade, porque a gestão do PSDB em São Paulo é aprovada continuamente pela população. “Estamos tranquilos, porque somos um time testado e aprovado de quatro em quatro anos. São Paulo não quer esperteza nem arrogância”, afirmou, em um recado claro aos adversários.

O governador também criticou o improviso da gestão em governos petistas. “Não existe atalho nem jeitinho da vida pública. Foi sem atalho que chegamos até aqui. Nosso legado está aí para quem quiser ver. Nós da social democracia servimos para melhorar a vida das pessoas. O que temos a oferecer é o nosso trabalho e a nossa história”, ressaltou Alckmin.

Emoção, alegria e desejo de mudança marcaram convenção do PSDB em bairro popular de Campo Grande

Ao confirmarem apoio a Reinaldo Azambuja, aliados reforçam desejo de mudança no MS e luta contra a corrupção no governo federal

foto3_leo_drumond_NITROO Jardim Leblon, bairro popular e tradicional de Campo Grande, foi palco de uma bonita festa na noite desta sexta-feira, quando Reinaldo Azambuja foi aclamado candidato a governador pelo PSDB por cerca de 4.000 pessoas. Emocionadas com o apoio vindo de todas as regiões do Mato Grosso do Sul, lideranças políticas pediram uma mudança verdadeira na forma de se fazer política no estado e no país.

A participação da candidata a vice-governadora, vereadora Professora Rose Modesto (PSDB), foi emblemática. Ela contou sua história de luta pelos movimentos sociais e, ao lado das crianças que são atendidas pelo projeto “Tocando em Frente”, criado pela vereadora, tocou violão e cantou os versos da canção homônima de Almir Sater e Renato Teixeira. O projeto, que conta com a parceria de Reinaldo Azambuja e do ex-deputado Rinaldo Modesto, oferece a 4 mil crianças e adolescentes aulas de esportes, artes e reforço escolar.

Quero cumprimentar vocês que serão nossas vozes por este estado, levando propostas. Propostas essas que não foram desenvolvidas dentro de um escritório, com ar condicionado, discutindo com quatro ou cinco pessoas. Propostas que foram construídas ouvindo as pessoas de norte a sul do estado, em todas as regiões”, disse Rose.

O plano de governo de Reinaldo Azambuja será baseado no real diálogo do PSDB com o povo sul-mato-grossenses. Durante um ano e meio, por meio do projeto “Pensando MS”, mais de 200 mil pessoas foram ouvidas em todas as 79 cidades do estado.

foto2_leo_drumond_NITROProfessora Rose lembrou de sua infância na região da Grande Dourados para pedir a todos os presentes muito esforço para lutar pela melhoria da qualidade de vida das pessoas no Mato Grosso do Sul.

Eu que nasci em Fátima do Sul, Culturama, nunca imaginei que teria oportunidade de estudar. Nunca imaginei que conseguiria me formar e me tornar uma educadora. Aprendi a acreditar em sonhos. Sou o resultado de sonhos. Se eu tive condições de vencer, por que os meus companheiros não poderão vencer? O que as pessoas precisam é de oportunidade, na área de saúde, de educação”, completou Rose.

Momento histórico

Para o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Marcio Monteiro, o PSDB e os partidos aliados (PSD, PPS, DEM, PMN e Solidariedade) vivem um momento histórico. “Em todo o Brasil e no Mato Grosso do Sul, a população clama por mudança e é isso que queremos propor com Reinaldo Azambuja como governador, Rose vice e Antonio João como senador, além do nosso time de deputados estaduais e federais”, disse.

Máximo Brasil, presidente estadual do PMN, pediu a todos os convencionais que ajudem levar em frente o projeto, que começou em 2012, quando Reinaldo Azambuja se lançou candidato a prefeito de Campo Grande com apenas 4% das intenções e chegou ao final com a surpreendente marca de 26%. “Precisamos estar unidos para tornar Reinaldo Azambuja governador e Aécio Neves presidente”, afirmou.

foto1_leo_drumond_NITROPara o presidente estadual do Solidariedade (SD), Alessandro Menezes, Reinaldo Azambuja, Professora Rose Modesto e o candidato ao Senado, Antônio João (PSD), “carregam a esperança do povo de Mato Grosso do Sul”.

Fim da corrupção no Brasil

Já o presidente do PPS, Athayde Nery, destacou que o momento significa a junção da coragem e da esperança. Ele aludiu também às grandes manifestações de junho de 2013, quando a população clamava basicamente pelo fim da corrupção no País e por um governo eficiente. “Para enfrentarmos a corrupção e termos gestão pública competente, precisamos da participação de todos vocês”, afirmou.

Ele ressaltou que o grupo liderado por Reinaldo Azambuja fará “a mudança honesta, a mudança correta. Cada mentira que eles (os adversários) lançarem contra nós, falaremos contra eles dez verdades”.

O presidente estadual do DEM, deputado federal Luiz Henrique Mandetta, destacou o importante papel do DEM e do PSDB na luta contra a má gestão do PT no governo federal. “Somos partido de oposição, a oposição construtiva que aponta o caminho, mas vê do outro lado um governo cego, surdo e mudo, que esquece de zelar pela democracia”, disse.

O DEM é um dos partidos que acompanhou o projeto Pensando MS desde o começo, não tendo deixado de enviar representantes a qualquer dos dez encontros regionais.

Também muito emocionado, o candidato a senador na “Coligação Novo Tempo”, Antônio João, destacou o apoio irrestrito do PSD à candidatura de Reinaldo Azambuja. “Hoje é um dia muito feliz, porque não é sempre que a gente encontra tanta gente tão vibrante, com tanta energia”, disse.

Conselho da Petrobras não foi informado sobre contrato de R$ 15 bilhões

petrobras-sede1-foto-divulgacao-1Brasília (DF) – O contrato de R$ 15 bilhões firmado entre a Petrobras e o governo federal pelo direito de explorar quatro novas áreas do pré-sal foi definido sem a aprovação prévia do Conselho de Administração da empresa. A decisão foi revelada ontem (26) pela Bloomberg e confirmada pelo jornal O Globo.

Segundo fontes, a maioria dos membros só tomou conhecimento do fato após a divulgação. Dois conselheiros não ligados ao governo, Sílvio Sinedino e Mauro Cunha, confirmaram que só tiveram ciência do contrato com a divulgação feita pela Petrobras. Sinedino disse que está consultando seus advogados sobre a possibilidade de questionar a empresa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela falta de concordância com o padrão de governança estabelecido pela estatal.

De acordo com a reportagem publicada nesta sexta-feira (28) no jornal O Globo, além da falta de avaliação do Conselho, os custos da contratação estão indefinidos. Apesar de o estatuto da companhia prever a possibilidade de a diretoria assinar contratos com a Federação sem antes submeter ao Conselho, a decisão dividiu a opinião de especialistas no assunto.

Para alguns profissionais, a Petrobras deveria ter relatado a decisão aos membros do Conselho, dando transparência e poder de fiscalização ao negócio. Para outros, não há necessidade de o Conselho ser previamente comunicado, pois o acordo foi celebrado com o governo em uma área onde já foram perfurados 15 poços.

Prazo

Pelo acordo com o governo, a Petrobras terá de pagar, ainda este ano, R$ 2 bilhões referentes ao bônus de assinatura. Até 2018, serão desembolsados mais R$ 13 bilhões como antecipação da produção.

Ainda segundo a reportagem, o Conselho precisará aprovar os investimentos adicionais que a estatal fizer no Plano de Negócios 2014/18. O assunto deverá ser submetido ao Conselho na próxima reunião marcado para o dia 18 de julho.

*Com informações do jornal O Globo

Devem recuar indústria e investimentos, segundo o Banco Central

industria-300x207Brasília (DF) – Pela previsão do Banco Central, o ano deve ser negativo para a indústria e para os investimentos. A previsão anterior era de um avanço de 1,5% para o produto da indústria brasileira, mas agora há indicações que haverá uma retração de 0,4% em 2014.  Outro rebaixamento foi nas expectativas para a evolução da capacidade produtiva no País. Para o BC, o investimento, medido como formação bruta de capital fixo, deve recuar 2,4% em 2014. Antes, a autoridade monetária acreditava que haveria um avanço de 1%.

As informações estão no Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (27).

A previsão de recuo para este ano, diante de um avanço de 6,3% no ano passado, mostra dificuldades de reação dos investimentos, mesmo com projetos de concessão de infraestrutura e as linhas de financiamento subsidiadas pelo Tesouro Nacional do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

As previsões no Relatório Trimestral de Inflação divulgado ontem, em que o BC derrubou a projeção para o investimento em 2014, a autoridade monetária também mudou sua avaliação sobre a Utilização da Capacidade Instalada (UCI).

“Fé na CPMI da Petrobras!”, por Carlos Sampaio

carlos-sampaio-foto-george-gianni-psdb--300x200Em que pesem as manobras do governo Dilma para barrar a investigação por deputados e senadores, a CPI Mista da Petrobras, enfim, foi instalada e já deu início aos trabalhos, ouvindo a presidente da estatal, Graça Foster. Como membro titular do PSDB na comissão, apresentei mais de 100 requerimentos solicitando, entre outras coisas, o compartilhamento da quebra dos sigilos fiscal e bancário da quadrilha acusada de desviar milhões da empresa brasileira – felizmente, já atendido pela Justiça – e a convocação de ministros de Estado e ex-diretores da estatal.

A partir do recebimento das quebras dos sigilos, já teremos condições de ir a fundo na apuração, cruzando informações importantes e identificando possíveis “rastros” de corrupção deixados pelos acusados. Ao mesmo tempo, vamos ouvir os principais envolvidos no escândalo da compra da refinaria de Pasadena (EUA), que provocou um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão à Petrobras. O objetivo é dar rapidez e concisão às investigações na CPMI para que possamos identificar, o quanto antes, os responsáveis pelo rombo sem precedentes nas contas da maior empresa brasileira, que, infelizmente, na gestão petista, perdeu mais da metade de seu valor de mercado e despencou da 10ª colocação no ranking das maiores do mundo para a 120ª posição, com a maior dívida para companhias não financeiras.

Aos mais céticos, que costumam dizer que CPI “acaba sempre em pizza” ou que “não dá em nada”, lembro minha atuação em duas outras importantes comissões parlamentares de inquérito: a dos Correios (mais conhecida como do Mensalão) e a dos Sanguessugas (ou das ambulâncias), em 2006. Fui sub-relator em ambas, responsável por organizar e apresentar as provas contra os acusados.

À época, eu também ouvi de muita gente que essas CPIs não dariam em nada e que eu deveria me preocupar mais com a minha reeleição – a exemplo deste, 2006 também era ano eleitoral. Porém, apesar do ceticismo, apontei as provas contra os 40 acusados no Mensalão, a Procuradoria Geral da República acolheu a acusação e a maioria foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo ex-ministros e ex-parlamentares do PT, e muitos estão cumprindo a pena na prisão. Já no Caso Sanguessugas, dos 72 parlamentares apontados por mim como envolvidos no desvio de recursos públicos, em relatório apresentado em setembro daquele ano eleitoral, 67 foram “cassados” nas urnas e não se reelegeram, numa demonstração inequívoca de que a população, quando informada, vota corretamente.

Por isso, tenho bons motivos para acreditar que esta CPMI da Petrobras também apresentará o resultado que a população brasileira cobra e espera. Vamos mostrar ao Brasil quem são os responsáveis por dilapidar um dos maiores patrimônios do país. Temos de resgatar a Petrobras como símbolo de nossa grandeza e competência e precisamos banir, para sempre, os criminosos que tomaram de assalto essa empresa.

 

*Carlos Sampaio é procurador de Justiça licenciado, deputado federal e coordenador jurídico nacional do PSDB.

**Artigo publicado na edição de hoje do jornal Correio Popular.

“As listas negras do partido da intolerância”, análise do ITV

itvO PT tem uma lógica muito peculiar de fazer política: quem não está com o partido é tratado como inimigo. O objetivo vai além de derrotar adversários, o que seria do jogo democrático. A ordem é simplesmente exterminar quem se interpõe no caminho dos partidários da intolerância. Sejam eles jornalistas, críticos ou políticos insatisfeitos com o estado geral das coisas no país.

Dois episódios recentes ilustram bem esta forma indecorosa de fazer política: a divulgação, por parte do vice-presidente petista, de uma “lista negra” de articulistas a serem combatidos pelos partidários da intolerância e a tentativa do ministro de Relações Institucionais – exercitando sua expertise aloprada – de emparedar prefeitos do PMDB do Rio que manifestaram apoio à candidatura de Aécio Neves, revelada ontem por O Globo.

Trata-se de método tipicamente petista de fazer política: a perseguição a adversários com vistas a aniquilá-los. A cada campanha, surge um novo estratagema gestado nos subterrâneos do partido. Nesta sanha, os petistas não se constrangem em utilizar estruturas de Estado para atacar quem querem destruir – vide também o uso de estatais e prefeituras petistas para difamar e disseminar ofensas contra Aécio pela internet.

Os episódios nefastos se sucedem: em 1998, o dossiê Cayman; em 2006, o escândalo dos aloprados; em 2010, o dossiê Erenice Guerra (para tentar atingir o presidente Fernando Henrique) e a violação de sigilo fiscal de familiares de José Serra. O que mais, além das duas novas famigeradas listas negras, nos espera na campanha que se avizinha?

Felizmente, a vigilância da imprensa sempre tem conseguido impedir que os partidários da intolerância prosperem. Não fossem a livre manifestação e o firme exercício democrático, estaríamos arriscados a ver o obscurantismo prevalecer. A luz da liberdade de expressão tem vencido as trevas do autoritarismo. Mas, até quando?

A perseguição a quem discorda dos ditames petistas não é fortuita, não é acidental nem irrefletida. O partido cuja bancada mais ilustre hoje dá expediente no presídio da Papuda considera que seu projeto é venturoso, mas esbarra na má vontade dos meios de comunicação, dos formadores de opinião – em suma, dos que não lhe dizem amém. Nesta lógica, a melhor arma é a mordaça.

Os petistas se julgam arautos de um projeto de transformação do país e, até quando fazem autocrítica, transferem para os mensageiros a culpa pela má mensagem. É o que acontece agora, também, quando admitem que a insatisfação com o governo Dilma não é apenas da “elite branca”, mas sim algo disseminado por toda a população.

A origem deste mal-estar seria “um pensamento conservador que se expressa fortemente por meio dos veículos de comunicação e que opera um cerco contra nós”, como disse Gilberto Carvalho em entrevista à Folha de S.Paulo publicada na segunda-feira passada. Por esta visão, ficamos assim combinados: a corrupção e a incompetência que marcam as gestões petistas foram inventadas em redações de jornal.

A lista negra de jornalistas e políticos também nos convida a refletir sobre a intenção já manifestada pela candidata-presidente de abraçar a proposta de regulação da mídia, acalentada há tempos por setores bastante influentes do PT.

Embora Dilma jure que não aceita discutir o controle de conteúdo, será que dá para acreditar na suposta boa fé da presidente diante da voracidade de um partido sobre o qual ela não tem qualquer ascendência? Afinal, se, sem qualquer legitimidade, o PT já incita uma cruzada contra vozes dissonantes, o que aconteceria se lhe fosse dado poder efetivo para controlar conteúdos jornalísticos e encabrestar opositores? Melhor nem pensar. Melhor ainda é agir antes e impedir que os partidários da intolerância prosperem.