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Aécio critica PT por transformar Brasil em país pouco confiável para investidores

aecio-em-nova-york-editada-780x340O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira (8), em Nova York (EUA), que a presidente Dilma Rousseff transformou o Brasil em um país pouco confiável para investidores, em razão da crescente intervenção do governo federal na economia.

 “Os pilares fundamentais da macroeconomia construídos no governo do PSDB, partido que presido, foram colocados em risco por uma má-condução da política econômica ao longo desses últimos anos, onde se privilegiou um crescimento apenas pelo consumo, a partir da oferta ampla de crédito, não percebendo que isso teria um limite. Ao mesmo tempo, o Estado agiu de forma extremamente intervencionista em setores como, por exemplo, de energia e de petróleo, o que afugenta os investidores”, disse Aécio Neves a jornalistas, antes de palestra para 600 investidores e representantes de mais de 100 das principais empresas latino-americanas.

O presidente nacional do PSDB abriu, nesta terça, a Conferência Latin American 2013, evento realizado pelo BTG Pactual, em Nova York.

O senador reiterou aos empresários que o PSDB mantém o compromisso com a estabilidade da moeda e com o fortalecimento dos pilares macroeconômicos de metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário.

Para Aécio Neves, é preciso resgatar a agenda da estabilidade, do crescimento e da responsabilidade fiscal, sem maquiagem de números como vem fazendo o PT.

E ressaltou: “É um alerta que fica, mas uma palavra de confiança na nossa capacidade de encerramos esse ciclo de governo do PT e iniciarmos outro ciclo, onde ética e eficiência possam caminhar juntas.”

Leia a seguir a entrevista coletiva concedida pelo senador em Nova York:

Sobre a palestra a investidores. 

Venho hoje a Nova York fazer uma conferência onde procuro retratar os desafios que o Brasil vive hoje e as etapas que precisamos superar para voltarmos a ser uma nação confiável, sobretudo para o investimento privado. Infelizmente, há 15 dias, assistimos a presidente da República ter que retornar a uma agenda de 10 anos atrás, quando falou também para investidores que o Brasil é um país que respeita contratos e que não intervém na economia, o que não encontra ressonância na realidade do Brasil de hoje. Infelizmente, nos transformamos em uma nação pouco confiável. Os pilares fundamentais da macroeconomia construídos no governo do PSDB, partido que presido, foram colocados em risco por uma má-condução da política econômica ao longo desses últimos anos, onde se privilegiou um crescimento apenas pelo consumo, a partir da oferta ampla de crédito, não percebendo que isso teria um limite. Ao mesmo tempo, o Estado agiu de forma extremamente intervencionista em setores como, por exemplo, de energia e de petróleo, o que afugenta os investidores.

É um momento delicado por qual passa o Brasil, farei esse diagnóstico, mas direi que o PSDB é um partido que tem compromisso com a garantia da estabilidade, tolerância zero com a inflação e, sobretudo, o fortalecimento daquilo que construímos lá atrás, com as agências reguladoras e os pilares macroeconômicos de metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário, que nos trouxeram até aqui. É um alerta que fica, mas uma palavra de confiança na nossa capacidade de encerramos esse ciclo de governo do PT e iniciarmos outro ciclo, onde ética e eficiência possam caminhar juntas.

Sobre a aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos.
Cheguei já a dizer a alguns jornalistas do Brasil, é um fato surpreendente em um primeiro momento, mas traz vigor à oposição, porque estamos falando de dois nomes colocados, o do governador Eduardo Campos e o da ex-ministra Marina Silva, que vieram das costelas do PT. Ambos foram ministros do ex-presidente Lula e hoje atuam no campo oposicionista. Acho que é uma demonstração clara da fragilização desse modelo que está aí, que nos tem levado a um crescimento pífio ao longo dos últimos anos, com a inflação voltando a crescer, e, sobretudo, com a estagnação dos nossos indicadores sociais. O Pnad mostrou na última semana que voltamos a ter o crescimento do analfabetismo no Brasil, algo inimaginável. E acho que a presença tanto de Eduardo quanto de Marina no campo oposicionista deve ser saudada por nós como algo que prenuncia o fim desse ciclo de governo do PT para o bem do Brasil.

O PSDB tentou se aproximar da Marina?
Ela tomou uma decisão que respeitamos, até porque ela encontra ali afinidades maiores, com o PSB. Uma decisão tomada por ela que não demandou sequer articulação do próprio PSB, quando ela se encontrou com Eduardo, segundo ele próprio, ela já tinha tomado essa decisão.

Essa aliança tira votos do PSDB ou do PT?
O PSDB tem uma proposta de oposição ao que está aí. Qualquer força política que venha a militar no campo da oposição tem que ser saudada por nós, até porque o governo do PT e a própria presidente da República atuaram durante todo o tempo, primeiro, para impedir que a Marina fosse candidata apoiando um projeto que inviabilizava a criação de novos partidos, e depois, através do ex-presidente Lula, para cooptar o governador Eduardo Campos para impedir sua candidatura. Se ambos os nomes se colocam em condições de disputar contrariamente a vontade expressa do PT não posso achar isso ruim. Cabe ao PSDB ser claro nas suas propostas, mostrar que é possível sim retomar um ciclo de crescimento, controlar efetivamente a inflação, fazer o que fizemos. E quem tem capilaridade hoje, quem tem presença nos estados e um discurso claro de oposição é o PSDB. Dou as boas vindas a Eduardo e Marina, agora no front oposicionista, e acho que a campanha deixará de ter aquele maniqueísmo que sempre atendeu muito aos interesses do PT. Ou nós ou eles. Na verdade, o PT fez isso ao longo dos últimos anos querendo dividir o país em dois, os que apoiam o governo, que são brasileiros de verdade, e os que se opõem ao governo, que torcem contra, que não têm legitimidade para se dizer brasileiros. Algo absolutamente fora da realidade.

Com novos nomes na disputa haverá a possibilidade de falarmos mais de futuro do que de legado. E essa será uma eleição a ser decidida pensando no futuro. Quem tiver as melhores propostas, mais consistência para garantir a retomada do crescimento, o resgate de valores éticos que o PT também colocou boa parte a perder ao longo dos últimos anos. O campo está aberto, é uma campanha absolutamente aberta, e o fato consistente que se percebe em todas as avaliações que se faz é que mais de 60% da população não querem votar na atual presidente da República, mesmo tendo ela um conhecimento de 100%, uma mídia espontânea e paga pelos cofres públicos enorme todos os dias, e mesmo assim mais de 60%, em qualquer pesquisa que se faça, não querem votar na atual presidente. Existe aí, na minha modesta avaliação, um campo muito fértil para a construção de um projeto alternativo de oposição. O que é claro hoje é que, seja Eduardo ou Marina candidato, ambos venham atuar no campo oposicionista e, repito, deve ser saudado por nós como algo extremamente positivo a um ano da eleição.

Sobre definição do vice na candidatura do PSDB.
Não tenho que pensar nisso ainda. O grande desafio do PSDB é reconectar-se com setores da sociedade brasileira que já estiveram muito próximos de nós e que, de alguma forma, ao longo do tempo, e do próprio exercício do poder, se distanciaram do PSDB. O grande objetivo nesse momento é essa conexão direta com a sociedade. É isso que estamos fazendo no nosso espaço partidário, nos vários seminários que temos realizado por todo o Brasil, já tivemos no Nordeste, tivemos no Sul na última semana, vamos estar no Norte e em seguida no Centro-Oeste. Também com vários encontros, em especial em São Paulo, em algumas cidades da região Sudeste. Essa é a prioridade para esse ano. As alianças partidárias virão com alguma naturalidade a partir da capacidade que tivermos de sermos intérpretes desse sentimento da sociedade.

Acho que, antes, temos que pensar nesse fortalecimento do PSDB junto à sociedade brasileira, que está descrente, desanimada, desiludida com o governo do PT, para que, a partir daí, as alianças partidárias se formem. E a partir das alianças partidárias, vamos pensar em chapa que é algo para ser resolvido a partir de abril do ano que vem. Até porque a própria candidatura do PSDB terá de ser resolvida no ano que vem.

Então, é hora de trabalharmos, gastarmos sola de sapato por todo o Brasil. Falarmos também em fóruns internacionais porque os investidores que hoje se afastam do Brasil, haja vista aí os leilões vazios de concessões do setor rodoviário, o pouco interesse que o próprio pré-sal despertou nas principais companhias do mundo, isso tudo é reflexo da pouca confiabilidade no atual governo. Eu tenho que dizer que o maior partido de oposição tem uma agenda nova para o Brasil e uma agenda que compreende o setor privado como parceiro e não como inimigo. O governo atual se preocupa em enfrentar o setor privado. Passou dez anos demonizando as parcerias público-privadas, as concessões e as privatizações, como se fossem quase um crime de lesa-pátria.

Agora, quase que desesperadamente, no último ano de governo, busca segurar-se apenas nas concessões como única alavanca, único instrumento para que o crescimento não seja menor ainda do que já vai ser. Neste ano, vamos crescer apenas mais que a Venezuela na América do Sul. Ano passado, crescemos apenas mais que o Paraguai. O período da presidente Dilma, além de em nenhum dos quatro anos, inclusive no último, o centro da meta ser alcançado do ponto de vista do controle da inflação, vamos crescer em média um terço do que cresce os nossos vizinhos na América do Sul. É algo inimaginável e não dá para terceirizar mais esta responsabilidade. Além das reformas que não foram implantadas, da aposta do crescimento apenas no consumo e do afastamento dos investidores privados em razão da intervenção absurda, permanente e cada vez maior do governo em setores da economia que não gera segurança ao investidor.

A agenda do PSDB, ao contrário, é a agenda da estabilidade, do crescimento, da responsabilidade fiscal, sem maquiagem de números como vem fazendo o PT. Então, é esta agenda que vai nos permitir chegar ao segundo turno e, espero eu, vencer as eleições.

Isso vai acalmar os investidores? 
Não tenho essa esperança, mas quero deixar claro que existe uma força política hoje. A maior força política de oposição no Brasil, com seus aliados que estão se preparando para esse embate para resgatar aqueles pilares fundamentais da macroeconomia, aos quais me referi, e gerar, novamente, segurança a quem invista no Brasil. Obviamente tenho certeza que eles aguardarão o desfecho eleitoral. Mas é o meu papel, aceitando o convite, falar que as coisas vão mal, mas podem ser corrigidas porque as instituições, no Brasil, são sólidas.

Mostramos durante toda essa travessia a solidez no nosso sistema judiciário, na imprensa livre, que precisa ser e continuar sendo livre, apesar sempre de uma ação velada do atual governo para cercear a ação de setores da imprensa. Temos um Congresso Nacional que, a meu ver, funciona, hoje, precariamente, mas ele é legítimo, porque ele é eleito diretamente pela população em um sistema extremamente avançado do ponto de vista do processo eleitoral.

Então temos o básico. Temos instituições sólidas e elas é que nos permitirão a retomada de um ciclo, espero eu, duradouro de crescimento e de credibilidade, porque o ambiente em que sou recebido aqui é de pouco crédito em relação ao Brasil e ao que faz o atual governo. Esse é o recall que recebo de alguns empresários com os quais conversei de ontem até aqui.

PSDB realiza primeiro Encontro Regional do Pensando MS em Aquidauana

Evento será no dia 19 de outubro, na Câmara de Vereadores, a partir das 8h30

1269888_345272722273935_1516051908_o(1)O PSDB-MS alterou o município sede do primeiro Encontro Regional do Projeto Pensando Mato Grosso do Sul. O evento será na Câmara de Vereadores de Aquidauana, no dia 19 de outubro, a partir das 8h30.

O projeto consiste em realizar levantamentos e pesquisas junto à população e à sociedade civil organizada para detecção das demandas e formulação de uma proposta de governo. Esse será o primeiro de nove encontros regionais programados para 2013 e 2014.

O Pensando MS está em andamento, com ações previstas nos 79 municípios do Estado. Atualmente, 45 municípios já foram visitados por equipe de Campo Grande, para repasse de instruções acerca das ações iniciais do projeto.

Neste primeiro Encontro Regional, segundo o presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, serão apresentados dados preliminares do Projeto. O Pensando MS surgiu a partir da experiência bem-sucedida do Pensando Campo Grande, que foi realizado na Capital do Estado entre os anos de 2011 e 2012, por ocasião das eleições municipais.

Tanto na versão municipal quanto na estadual do projeto, a coordenação está a cargo do deputado federal Reinaldo Azambuja.
Serviço: Para acompanhar as ações do projeto ou colaborar com opiniões e sugestões curta a página do Pensando Mato Grosso do Sul: facebook.com/PensandoMS

Obras de Transposição do rio São Francisco, exemplo de má gestão do PT

transposicao-sao-francisco-foto-divulgacao--300x200Reportagem publicada no Jornal O Tempo retrata a lentidão do governo em relação ao andamento das obras de Transposição do rio São Francisco.

“Desde o início dos trabalhos, em 2007, não faltaram percalços, abandono de construtoras e denúncias de superfaturamento”, relata a matéria.

Segundo o jornal, “o resultado disso, hoje, é uma obra incompleta, com trechos semiprontos que ligam o nada ao lugar nenhum, além de uma desconfiança do sertanejo sobre a real eficácia da faraônica obra, idealizada ainda nos tempos de império, e que desde que foi anunciada, com toda pompa e circunstância, nunca foi unanimidade entre os especialistas”.

Leia mais: http://www.otempo.com.br/cmlink/hotsites/transposi%C3%A7%C3%A3o-do-descaso/canais-inacabados-ficam-sem-liga

“A receita desandou”, por Carlos Roberto

Carlos-Roberto-Foto-Divulgacao-300x206A um ano das eleições que irão escolher um novo presidente para o Brasil, além de governadores, deputados estaduais e federais, além de senadores, fica evidente que a receita petista para a perpetuação no poder desandou. Por mais que o ministério da propaganda, nas mãos do 40º ministro João Santana, cante de galo que Dilma Rousseff (PT) será reeleita em primeiro turno, a realidade no país mostra um cenário muito mais real que, infelizmente, descamba para o sacrifício da maior parte do povo brasileiro.

A ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, numa frase infeliz, publicada pela Revista Exame, foi clara: “Não ficamos em torno de uma mesa discutindo como ferrar o empresariado”. O governo federal realmente não deve se reunir para planejar nada, mesmo porque – diante de tanta incompetência – se esse fosse o objetivo, eles não iriam atingi-lo. Sem qualquer projeto de governo, a economia segue ao “deus-dará”, numa evidente demonstração que a grande gestora, como foi vendida por Lula sua candidata a presidente em 2010, não passa de mais uma falastrona no jogo petralha.

Não faltam exemplos de descaminhos. As concessões de aeroportos e rodovias federais não atraem interessados, já que são negócios que têm tudo para dar errado. Mais uma vez, o PT mostra que não sabe fazer, faz mal feito e gasta muito. Com isso, crescem os problemas de infraestrutura que impedem mais investimentos. Sem estradas para escoar a produção, todos são prejudicados.

As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a menina dos olhos do governo federal, seguem abandonadas Brasil afora, conforme recentes reportagens veiculadas na grande imprensa. Na área de saneamento, são diversas construções se deteriorando nos mais diferentes estados brasileiros. Dinheiro do povo jogado no lixo, por incompetência de gestão. No Nordeste, a tão necessária transposição do rio São Francisco, que aliviaria o sofrimento do povo, com programas de irrigação para minimizar os efeitos da seca na região, não passou de mais uma falácia, que só serviu para levar rio abaixo verbas públicas.

Assim, fica evidente que a incompetência administrativa da atual gestão está levando o Brasil à bancarrota. Os setores produtivos seguem sufocados diante de uma política que só defende os direitos sem perceber que há deveres. O modelo sindical, que o PT tenta imprimir ao país, há muito tempo está superado. Enquanto as políticas assistencialistas prevalecerem sobre a geração de oportunidades, não existirá outro caminho que não seja andar para trás.

Assim, Dilma e a companheirada, como expressou a ministra Gleisi, não precisam se reunir em torno de uma mesa para discutir formas “de ferrar o empresariado”. A ânsia do poder pelo poder fala mais alto e por si só faz a receita desandar. É hora de trocar os ingredientes e começar um novo projeto para o Brasil, a fim de que todos possam usufruir e ter sua fatia na hora de repartir o desenvolvimento.

Deputado federal (PSDB- SP), presidente da subcomissão de monitoramento das políticas de financiamento dos bancos públicos de fomento, com destaque ao BNDES.

FMI reduz mais uma vez previsão de crescimento para o Brasil em 2014

Industria-foto-Gilson-Abreu-AnPr1-300x199O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu novamente a previsão de crescimento da economia brasileira para 2014.

De acordo com relatório global divulgado nesta terça-feira (8), o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer apenas 2,5%.

O relatório do FMI revela ainda que o Brasil deve crescer menos da metade dos países emergentes. A previsão para essas nações é de uma alta de 5,1% em 2014.

É a segunda vez que o organismo internacional diminui a previsão: Em janeiro, a expectativa era de uma alta de 4%. Em julho, caiu para 3,2%.

Segundo o FMI, a redução da expectativa de crescimento do Brasil foi a maior entre todos os países analisados.

O deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) avalia que o cenário reflete o desempenho medíocre do governo federal na economia: “O limite de competência de Dilma foi atingido quando ela assumiu o ministério. A cada momento, ela vai se caracterizando como uma gestora de qualidade inferior”, critica.

Para o deputado, o relatório do FMI é mais um sinal da falta de confiança dos investidores com a política econômica em vigor. “Quando uma agência internacional como o FMI anuncia isso, aumenta ainda mais o ambiente de pessimismo com a administração do PT”, conclui.

“O preço salgado do alô”, análise do Instituto Teotônio Vilela

img_3094-300x200O Brasil tem se mostrado um país onde é muito caro produzir. Quase tudo aqui custa mais do que no resto do mundo. É o chamado “custo Brasil”, que inclui desde os proibitivos fretes que penalizam a nossa logística até o preço para falar no celular, o mais alto entre todos os mercados globais, conforme pesquisa divulgada ontem.

Segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), o brasileiro paga, em média, US$ 0,71 por um minuto de ligação entre celulares de uma mesma operadora e US$ 0,74 quando a chamada é feita para uma linha de uma operadora distinta. Sob quaisquer parâmetros, é caríssimo.

Equivale a três vezes mais o que se cobra nos Estados Unidos, cinco vezes mais o que se pratica na Espanha, 18 vezes mais alto do que na China e 70 vezes mais caro que o custo de uma ligação na Coreia, onde o consumidor paga US$ 0,01 por um minuto de celular.

Em termos gerais, considerando também tarifas de telefonia fixa e internet, os preços praticados no Brasil são os 93° mais altos numa lista composta por 161 países. Com isso, sempre conforme a UIT, o brasileiro dispende 6,7% da sua renda com serviços de comunicação.

De acordo com o levantamento, os preços têm se mantido inalterados no Brasil, enquanto caem no resto do mundo. Por que será?

O setor de telecomunicações experimentou enorme expansão no país após a privatização dos serviços, ocorrida há 15 anos. O sucesso do processo que pôs fim ao Sistema Telebrás é inegável: telefones deixaram de ser artigo de luxo e passaram a ser itens de primeira necessidade no país.

Segundo a Anatel, existem hoje 268 milhões de linhas de celular no país, entre pré-pagas (79% do total) e pós-pagas (21%). Ou seja, é mais de um celular por habitante. Não é exagero dizer que a democratização do acesso é um dos fatores por trás do aumento do emprego no país nos últimos anos: que prestador de serviço sobrevive hoje sem um celular?

Como todo setor sujeito à competição de mercado, a telefonia também precisa evoluir. E isso é ainda mais premente numa atividade em que as mudanças tecnológicas ocorrem numa velocidade e numa voracidade ímpares. No Brasil, porém, alguns aspectos institucionais têm conspirado contra a modernização e, desta forma, prejudicado os consumidores.

Um dos principais é a alta carga de tributos incidente sobre nossos serviços de telecomunicações. A Telebrasil, entidade que representa o setor, informa que, no ano passado, R$ 59 bilhões foram recolhidos aos cofres federais, estaduais e municipais, o que explicaria, segundo as empresas, os altos preços ainda vigentes no país.

Pode ser verdade, mas é apenas uma parte dela. Outra razão fundamental para que o mercado de telefonia não funcione a contento – e, desta forma, resulte em preços elevadíssimos para o consumidor final – é a fraqueza regulatória que hoje grassa no setor.

Transformada em moeda de troca do balcão político-partidário que o PT montou no governo, a Anatel tornou-se apenas uma sombra do que deveria ser. A agência tem se mostrado incapaz de impor os regulamentos aos prestadores de serviço e, mais ainda, de zelar pela boa qualidade dos serviços prestados, que são sua missão precípua.

A qualidade dos serviços é sofrível. Segundo O Globo, telefonia celular foi o tercei­ro serviço mais reclamado no primeiro semestre deste ano no Sistema Nacional de Informa­ções de Defesa do Consumidor, que reúne cerca 250 Procons de todo o país. Foram registradas 101 mil reclamações sobre esse assunto, ou 8,22% de todas as queixas.

Fragilizada e capturada por interesses que deveria coibir, a Anatel não consegue sequer punir minimamente as operadoras que não cumprem as regras dos contratos. Segundo a Agência Brasil, entre 2000 e 2012 a agência aplicou 34,9 mil multas, que somam R$ 2,17 bilhões, mas arrecadou menos de 20% deste valor.

Um último aspecto danoso ao bom funcionamento do mercado brasileiro de telefonia é a baixa competição entre as operadoras, do que a criação da “supertele” patrocinada pelo PT em 2008 é o maior exemplo. É bem possível que a concentração financiada com farto dinheiro público também esteja entre as razões de os brasileiros pagarem tão caro por um simples alô.

O Mato Grosso do Sul que queremos

Reinaldo Azambuja*

reinaldo-foto-alex-loyolaNosso Estado completa este mês 36 anos de existência. Do ponto de vista histórico, podemos dizer que ainda somos jovens, embora tenhamos um passado de realizações acumuladas para ser comemorado e estudado. Por isso, a data é importante para abrir espaço para a análise sobre os caminhos percorridos até aqui. Quando o Mato Grosso foi desmembrado – resultado de lutas seculares dos divisionistas da região Sul – de imediato gerou-se imensa expectativa diante do novo Estado que nascia.

A ideia era simples e lógica. Sem ter que carregar o gigante do Norte nas costas, o Sul ficaria mais leve para acelerar seu processo de desenvolvimento, transformando-se em poucos anos numa unidade federativa meio parecida com o Paraná e São Paulo. Daí se criou, lá pelos idos de 1979/80, o conceito de “Estado Modelo”.

Nessa época, muitos brasileiros de várias regiões migraram para o Mato Grosso do Sul acreditando que aqui era a terra da esperança, da oportunidade e do progresso. Vivemos nossa fase de Eldorado, que durou pouco pelas razões que os historiadores e estudiosos de nossa política costumam apontar.

O fato é que as coisas não ocorreram como se imaginava. As décadas se passaram e muitos constatam hoje que o surto de desenvolvimento foi muito mais favorável ao Mato Grosso. Os dados econômicos dos dois Estados, comparativamente, são eloquentes.

Mato Grosso logo de cara saiu ganhando em espaço. O Estado é 2,5 vezes maior do que o Mato Grosso do Sul. Por isso, seu PIB é superior em 63% (R$ 57,3 bilhões, conforme o IBGE) ao do nosso Estado (R$ 36,4 bilhões) e a renda per capita é maior em Mato Grosso (R$ 20 mil) do que em Mato Grosso do Sul (R$ 15,5 mil). Apesar disso, temos um IDH um pouco melhor.

Mato Grosso tem uma população de pouco mais de 3 milhões de habitantes enquanto nós sul-mato-grossenses somos 2,5 milhões. Em termos produtivos Mato Grosso – graças ao seu tamanho e à política de incentivos federais – nos suplantou em poucos anos. Até o começo dos anos 90, tínhamos a expectativa de ser o maior produtor de bovinos do País. Atualmente ocupamos a 4ª posição, com 21,5 milhões de cabeça, enquanto Mato Grosso tem o maior rebanho: 30 milhões de cabeça.

O mesmo ocorre com a produção agrícola. Mato Grosso é o maior produtor de grãos do Brasil, atualmente com 45 milhões de toneladas, enquanto Mato Grosso do Sul é o quinto colocado, com 14 milhões de toneladas.

Sem querer transformar estes números (existem muitos outros) numa espécie de disputa entre Estados, creio que os indicadores são importantes para que tenhamos em mente que, a despeito das vantagens geográficas, vem se tornando mais claro que, no balanço da história, Mato Grosso do Sul não conseguiu até aqui cumprir as promessas do processo divisório.

Pergunta-se: o que aconteceu nestes 36 anos para que houvesse essa reversão de expectativas? As explicações não são simples. Mas penso que o principal fator foi não dar devido valor ao planejamento estratégico e democrático. É fácil falar sobre o leite derramado. Mas insisto nesta tese: toda a vez que coloco um mapa de Mato Grosso do Sul sobre a mesa e começo a estudar suas potencialidades fico otimista e vislumbro possibilidades de transformarmos nossa realidade. Basta estabelecer uma meta, ou seja, sonhar o que o Mato Grosso do Sul poderá ser quando completar o seu cinquentenário, por exemplo.

Não é tarefa fácil. Mas com determinação e metodologia chegaremos lá. Tenho percorrido o Estado todo e acredito que temos que aprender com os erros e acertos praticados até aqui. De cara, está errada essa política de planejar e querer fazer tudo de cima para baixo, sem ouvir ninguém, sem dar pelota para as aspirações da sociedade. O resultado é a nossa baixa performance, apesar da propaganda do Governo.

A questão mais grave é que nosso crescimento tem ocorrido de maneira concentrada. E não se toma medidas para reverter esse processo. É preocupante o fato de que mais de 70% da população resida em pouco mais de 10 cidades. Ou seja: temos hoje algumas ilhas de prosperidade num mar de empobrecimento da maioria dos municípios.

Acredito que temos que discutir amplamente esse assunto com a sociedade. O processo de planejamento tem que contemplar a todos de forma que o crescimento seja equilibrado. Nesse caso, o papel do Estado deve ser o de indutor de desenvolvimento em convergência com as aspirações regionais, amparado por estudos de vocação produtiva de cada um. O Mato Grosso do Sul que queremos é outro: mais igualitário, melhor planejado e mais aberto para as aspirações da população. Só assim vamos poder de fato comemorar.

 

*Deputado Federal do PSDB

Deputado federal Jutahy Junior (PSDB-BA)

Jutahy-Junior-Foto-George-Gianni-“O Brasil não tem mais capacidade de crescer baseado simplesmente em crédito e consumo. O país precisa de uma nova liderança para trazer um ciclo que o faça crescer como merece e fazer o PIB se transformar de fato em um pibão.”

Nada como….

*Ruben Figueiró

figueiró_foto_waldemir_barreto_agência_senado…um dia após o outro. Não há de ver que o tiro saiu pela culatra e foram eles que se feriram, tanto fizeram para impedir o registro partidário da Rede Sustentabilidade. Eis que num rasgo de maestria política a ex-senadora Marina, tal como a fênix, ressurge com sua “Rede Clandestina” como a possível fiadora da derrota de seus algozes palacianos nas eleições vindouras de 2014.

João Ubaldo Ribeiro, expoente como escritor e cronista, creio que também ex-seminarista, ao contestar a versão de vida tranquila dos que morejam na arte de escrever, lembrando Terêncio – ou quem quer que o disse – que “alieno, culo piper refrigerium”. Em português castiço “Pimenta no oropigio dos outros é refresco”…

É o que merecem dentre outros, os oráculos da Corte: João Santana e Franklin Martins, que ditam os rumos publicitários do Planalto, mas o feitiço virou contra estes.

Há agora uma algaravia de vozes no sótão palaciano na tentativa de rearrumar a casa abalada pelos ventos tempestuosos plantados justamente por seus ocupantes. Tanto fizeram contra a Rede, tanto subestimaram o PSB, considerando-os seus súditos e serviçais, que a reação veio e a pimenta há de arder-lhes até outubro de 2014. Claro, as eleições estão a pouco menos de um ano e parodiando Mahatma Gandhi, muita água passará abaixo das pontes partidárias.

Entretanto, a torrente d’água ocorrida no último dia 05, sem dúvida corroeu o cimento da base aliada. Muitas de suas lideranças tiveram o sono agitado no final de semana. Afinal, os barrancos que continham o leito situacionista foram erodidos pelo efeito do rompimento da represa de indignação e revolta que causou aos ex-companheiros de lutas passadas.

Do lado oposicionista, aforante os lamentos do presidente do PPS, a decisão da ex-senadora foi recebida com otimismo dentro das expectativas de que o PSB fortalecido com a presença da Marina assegura o segundo turno na eleição presidencial futura.

*Ruben Figueiró é senador pelo PSDB-MS

Dilma abandona bandeira histórica do PT e reforma agrária fica no zero em 2013

Dilma-Foto-Antonio-Cruz-ABr2-300x199Brasília – A reforma agrária não teve qualquer avanço no Brasil em 2013. A constatação é de reportagem publicada nesta segunda-feira (7) pelo jornal O Estado de S. Paulo. O texto revela que o governo federal não publicou, até o momento, nenhum decreto de desapropriação de imóvel rural ao longo do ano.

O quadro faz com que o país possa ter, em 2013, seu pior ano para o setor desde 1985.

A matéria do Estado enfatizou também que o número de ações do governo federal para a reforma agrária registra involução ao longo do mandato da presidente Dilma Rousseff – foram 58 decretos de desapropriação em 2011, 28 em 2012 e, até o momento, nenhum em 2013.

A reforma agrária sempre esteve entre as principais bandeiras do PT antes de o partido ocupar a Presidência da República.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, diz que a situação é mais um exemplo da incapacidade gerencial da gestão petista.

“Saúde, educação, logística, são todos setores em que o PT não consegue desempenhar um bom papel. Não haveria como ser diferente na questão do acesso à terra. É uma notícia que não surpreende”, declarou Matos.

O parlamentar acrescentou que o governo Dilma desagrada simultaneamente os agricultores familiares e os grandes produtores do agronegócio – setores habitualmente conflitantes entre si.

“O agronegócio é um dos setores responsáveis pelo crescimento do PIB, mas é nítido que se o governo federal fizesse um bom trabalho, teríamos ainda mais evolução. O que há hoje é um governo que desagrada a gregos e troianos”, declarou.