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Crítica de Dilma “esquece” investimento zero do PT em metrô e trens de São Paulo

Dilma-Foto-Marcelo-Camargo-ABr-300x194São Paulo – Em visita a São Paulo nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff mais uma vez deixou de lado seu papel de Chefe de Estado para vestir a roupa da candidata petista à reeleição. Usando de ilações, Dilma criticou o sistema de transporte sobre trilhos dos paulistas. Para a candidata, São Paulo é “a maior cidade do mundo com o menor sistema de transporte metroviário do mundo”.

“A presidente mostrou total desconhecimento do sistema de transporte metroviário e ferroviário, de São Paulo e mundial. E, como sempre, usa de frases de efeito para garantir o noticiário sem qualquer compromisso com a verdade ou com a sua responsabilidade enquanto presidente, que é ajudar o Governo de São Paulo a ampliar ainda mais a rede de trens e metrôs na capital e na região metropolitana”, afirmou o presidente do Diretório Estadual do PSDB-SP, deputado federal Duarte Nogueira.

Em quase 11 anos de governo, os presidentes petistas Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não repassaram nem um só centavo a São Paulo para investimentos no sistema de transporte sobre trilhos. A “ajuda” que a presidente diz dar ao Estado foi concedida por meio de empréstimos, que serão pagos, centavo a centavo, com os recursos arrecadados pelos paulistas.

O Brasil é o único país no mundo em que o Governo Federal não participa diretamente da construção de Metrô em suas metrópoles. Estados Unidos e Inglaterra, que possuem grandes extensões de metrô em grandes cidades, e México e Chile, na América Latina, têm sua malha ferroviária custeada, totalmente ou em parte, pelo governo federal.

O sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo é responsável pelo transporte de 80% dos brasileiros que usam trens para se locomover no país, transportando diariamente 7,3 milhões de pessoas.

As mentiras que o PT conta e a verdade sobre o Metrô e os trens paulistas

1- O sistema de transporte sobre Trilhos de São Paulo é menor que o do México e do Chile.

MENTIRA -São Paulo possuiu hoje 329 km de operacionais de transporte sobre trilhos. São 74,3 Km de Metrô e 254,7 Km da CPTM, que juntos transportam 7,3 milhões de passageiros por dia. O México tem 227 Km de transporte sobre trilhos, sendo 200 Km de Metrô (parte considerável formada por trem de superfície, como a CPTM) e 27 Km de trem metropolitano, que juntos recebem 3,8 milhões de passageiros. Já o Chile tem 103 Km de Metrô e transporta, diariamente, 2,3 milhões de passageiros. Em ambos os casos, o total de Km do sistema de transporte sobre trilhos e de passageiros é inferior ao de São Paulo.

2- O Governo Federal está empenhado em investir no transporte público e auxilia o governo de São Paulo na expansão do Metrô.

MENTIRA – O governo federal não aplicou um único centavo de investimento até o momento no Metrô de São Paulo. Os recursos federais obtidos até agora pelo Governo de São Paulo são referentes a empréstimos, que terão de ser pagos. Há a promessa de investimento de R$ 495 milhões na linha 18- Bronze, que ainda não foi concretizado porque a licitação não está concluída.

3 – O PT está empenhado em melhorar a mobilidade urbana no país.

MENTIRA – Juntas, todas as administrações petistas desde a redemocratização do país conseguiram entregar aos brasileiros 1 Km de Metrô, em Teresina (PI). São 18 gestões petistas distribuídas em nove Estados brasileiros sem investimento no transporte metroviário.

Do PSDB-SP

Julgamento do mensalão “moralizou a política”, diz deputada Dione

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Foto: Marcos Souza

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, marcou para o dia 14 de agosto o início dos julgamentos dos embargos de declaração na ação penal que ficou conhecida como “Mensalão”. Ouvida sobre o assunto, a deputada estadual Dione Hashioka (PSDB-MS) acredita que não deverá haver mudança no teor das decisões já proferidas nos acórdãos.

“Pelo tanto que já foi discutido o assunto, acredito que os ministros deverão seguir a mesma linha de decisão” das condenações, comentou a deputada tucana. O processo resultou na condenação dos 25 réus no julgamento do Mensalão, encerrado em fim de 2012.

Dione disse ainda que o julgamento do Mensalão foi uma forma de a população acreditar mais na Justiça, que até então era vista como morosa. A deputada definiu que o julgamento “moralizou a política”.

No julgamento, o mais longo da história do STF, os ministros concluíram que o esquema foi organizado pela cúpula do PT, com apoio do empresário Marcos Valério, e visava comprar o apoio ao governo federal do Congresso Nacional.

Conforme o STF, os embargos não implicam um novo julgamento, mas se tratam apenas de instrumentos para que sejam sanadas eventuais omissões, contradições ou obscuridades no julgado, não sendo admitidas, por exemplo, sustentações orais.

“A arte de desdizer”, por José Aníbal

Artigo do secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, publicado no Blog do Noblat

aed7c10cd049edba495e7339f8e4de8f5809898a3f14a42f0be20eacf715dca16a5c4A entrevista de Dilma Rousseff à jornalista Mônica Bergamo, publicada domingo na Folha de S.Paulo, segue gerando repercussão, principalmente no que diz respeito à sua ambígua declaração sobre o ex-presidente Lula. Segundo Dilma, Lula não vai voltar ao Planalto porque dali, na prática, nunca saiu.

Ao meu ver, a declaração não tem relevância. Dilma queria atestar sua simbiose com Lula, mas acabou por dar margem à ideia de tutela. O que mais chamou a atenção foi a presidente comparar seu desempenho no combate à inflação ao do ex-presidente Fernando Henrique. Confesso que reli o trecho diversas vezes.

Nos bastidores, comenta-se que esta será a aposta dos marqueteiros para 2014: embaralhar os números e os fatos. Será mesmo que o PT vai fazer da inflação seu cavalo de guerra contra o PSDB, na atual conjuntura, e justo quando o Plano Real faz 20 anos? Se assim for, a presidente, de fato, não tem bons conselheiros.

Não é de hoje que o discurso oficial sobre o passado prima pelo rancor e pela falta de perspectiva histórica. Entre nós, da escolha dos aliados às privatizações, passando, obviamente, pela conduta, não é de hoje que o PT cultiva a arte de desdizer. Sobre a inflação, especificamente, vale a pena refrescar a memória.

Em 2011, na ocasião dos 80 anos do ex-presidente tucano, Dilma divulgou mensagem em que o homenageava, entre outras qualidades, por ser o “ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica”.

Dilma foi além: “acadêmico inovador”, “democrata” e “espírito jovem”, cujos ideais perduram até os dias atuais. “Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidação da democracia brasileira em seus oito anos de mandato”.

Dilma — a da mensagem, e não a da entrevista à Folha — acerta quando faz conexão entre a conquista da estabilidade econômica e a consolidação da democracia. O primeiro governo eleito democraticamente após 21 anos de ditadura naufragou em crise institucional, hiperinflação, moratória e caos social.

Era o Brasil das chacinas da Candelária e de Vigário Geral, do massacre do Carandiru, dos cara-pintadas e, como nos lembrou a ONU, do Índice de Desenvolvimento Humano “muito baixo”. A dívida pública era impagável e o Estado, anacrônico e falido, tinha abandonado os serviços públicos e os programas sociais.

Se a melhor defesa é o ataque, que se dane a história. A verdade é que, aos poucos, a presidente Dilma Rousseff, muitas vezes criticada por não se dobrar ao partido, parece ter capitulado de vez ao velho discurso petista, agressivo e rançoso, segundo o qual o Brasil é uma terra de ineptos sem o PT no comando.

“Dilma é a gerente que não sabe gerenciar”, afirma Nilson Leitão sobre corte de gastos na Defesa

Nilson-Leitao-fot-Ag-camara-300x199Brasília – Mais uma medida do governo federal para tentar conter seus excessivos gastos promete gerar muita discussão. Desta vez, diante do corte orçamentário de R$ 3,67 bilhões imposto à Marinha, Exército, Aeronáutica e Ministério da Defesa, a Marinha do Brasil decidiu reduzir sua jornada de trabalho em um dia útil para economizar, não trabalhando mais às sextas-feiras.

Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da Minoria na Câmara, a administração petista corta gastos em áreas erradas.

“Resumindo, Dilma é a gerente que não sabe gerenciar. É um governo que não tem gestão nem planejamento. Ao invés de cortar nos gastos da Defesa Nacional, deveria cortar o número de ministérios e reduzir o peso da máquina pública, que sustenta o empreguismo e o aparelhamento”, critica.

Segundo comunicado interno da Marinha, a partir do dia 2 de agosto, somente os militares que atuam nas áreas de saúde, ensino e com o programa do submarino nuclear trabalharão nas sextas-feiras.

Em caso de feriado nas sextas, a folga será no dia anterior. Matéria no jornal Folha de S. Paulo (30) informa ainda que a Aeronáutica também estuda suspender o expediente durante um dia da semana para conter despesas.

“O corte nos recursos das Forças Armadas é uma demonstração clara de que a presidente Dilma deu a prioridade do governo ao partido”, diz o deputado. “O custo PT é que causa tudo isso, faz com que não se tenha coragem de fazer uma reforma para reduzir efetivamente o peso da máquina pública”.

Leitão avalia ainda que o governo quer realizar pretensas reformas sem abrir mão de suas regalias, o que não resolve em nada a situação de inchaço em que os gastos se encontram.

“Ficam apavorados de pensar em demitir algum petista e continuam gastando mal. O problema é que temos uma gestão que não sabe gerenciar o Brasil. Escolheu fazer cortes no orçamento em setores em que sabe que não vai resolver”, completa.

Governo Dilma produz menor PIB em 20 anos por falhas estruturais, diz Duarte

Duarte-Nogueira-Foto-George-Gianni-PSDB--300x206Brasília – O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) afirmou que o baixo crescimento da economia durante o governo Dilma Rousseff – que tende a ser o pior do país nos últimos 20 anos, de acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense – é resultado das políticas equivocadas para o setor durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e da ausência de reformas estruturantes no mandato da atual presidente.

“Dilma está pagando o preço da herança maldita que recebeu do governo Lula. Foi uma gestão que pegou os fundamentos econômicos implantados por Fernando Henrique e não deu prosseguimento a eles, e nem propôs novas reformas. E o governo dela é também frágil, por ter, entre outros fatores, uma equipe desencontrada e que não tem qualidade para gerir o país”, apontou o parlamentar.

A reportagem do Correio sobre o PIB no governo de Dilma tomou como base o crescimento da economia em 2011 e 2012, respectivamente de 2,7% e 0,9%, e projeções do Banco Central para 2013 e 2014. Com esses dados, a evolução média do PIB ao longo de todo o mandato de Dilma seria de 2,1% – menor do que a registrada nos mandatos de Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula.

O jornal destacou ainda que a realidade pode ser ainda pior. Analistas do mercado estimam que as projeções do Banco Central podem ser mais otimistas do que a realidade. Enquanto o BC espera evolução de 2,28% em 2013 e 2,6% em 2014, economistas temem crescimentos inferiores. “Nós trabalhamos com a previsão de 2,1% em 2013 e de 2% em 2014. Portanto, a média de Dilma vai ficar ainda menor”, afirmou ao Correio o economista Felipe Salto.

Consumo – A falta de investimentos sólidos em infraestrutura e na qualificação de mão de obra é citada, na reportagem do Correio, como um dos fatores que levam ao baixo crescimento.

Para Duarte Nogueira, a análise é correta. O deputado criticou também a aposta excessiva que as gestões do PT fizeram na ampliação do consumo – que consideravam ser um motor suficiente para o desenvolvimento econômico.

“A comparação entre os governos de Fernando Henrique a do PT lembra a parábola da cigarra e da formiga. O governo FHC foi a formiga, construindo estrutura e fundamentos que prepararam a economia do Brasil. Já o PT foi a cigarra, ao apostar em um modelo gastador e pouco preocupado com as próximas gerações”, disse.

Escândalos sucessivos são a marca da gestão petista, afirma Izalci

Izalci-Lucas-Foto-George-Gianni-PSDB-4-300x199Brasília – Vem a público mais um escândalo envolvendo petistas. Desta vez, a ex-deputada distrital Lúcia Helena de Carvalho (DF) foi exonerada do cargo de superintendente da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal, sob suspeita de envolvimento em um esquema de demarcação fraudulenta que pode ter causado prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos. As informações são do jornal O Globo desta quarta-feira (31).

“Essa é a marca do PT”, avaliou o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF). “A cada semana surge um novo escândalo, que vai encobrindo o anterior. Antes mesmo que se abram investigações acerca de um caso, outro toma os holofotes, e as pessoas vão esquecendo”.

Segundo a reportagem, a ex-deputada e um funcionário da Divisão de Identificação e Fiscalização da SPU são alvo de inquérito pela Polícia Federal, na Operação Perímetro, acusados de fraudar documentos para repassar uma área federal ao setor privado, beneficiando um dos investigados e prejudicando interesses da União e do governo do DF. Lúcia foi indiciada por cinco crimes, entre eles formação de quadrilha, falsidade ideológica e fraude processual.

“Nesse caso, já havia alguns fortes indícios. Cheguei a protocolar um requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, com o objetivo de apurar possíveis irregularidades envolvendo a SPU e a Terracap [companhia imobiliária de Brasília responsável pela administração das terras públicas no Distrito Federal]”, informou Izalci.

Para o deputado, a Terracap  merece um olhar atento do Ministério Público.

“Existem ainda muitos indícios de irregularidades envolvendo a Terracap, que acabou virando um caixa do governo. As obras da Copa, por exemplo, foram permeadas por disparidades em preços e prazos”, apontou.

“Tem muito mais do que isso que ainda precisa ser apurado. Por enquanto, esse caso do SPU merece um aprofundamento, assim como celeridade nas investigações e punições dos responsáveis”, acrescentou o parlamentar.

“Protagonistas da mudança”, por Danilo de Castro

Danilo de Castro é secretário de Estado de Governo de Minas Gerais

Danilo-de-Castro-2-300x200O senador Aécio Neves, em sua coluna semanal para o jornal Folha de S.Paulo, chamou atenção para as declarações do Papa Francisco, durante a sua visita ao Brasil, particularmente as direcionadas à juventude. O papa falou aos jovens, mas disse muito mais aos políticos. Os seus discursos são inspiradores para todos os homens públicos de nosso país e resume-se nesta frase: “o futuro exige de nós a tarefa de reabilitar a política, que é uma das formas mais altas da caridade”.

É preciso entender a política como de fato ela é: a forma mais legítima para transformar a vida das pessoas. Só assim a política tem sentido. E transformar, neste caso, significa melhorar, oferecer dignidade para viver, com acesso a todas as políticas públicas a que tenham direito. E para os jovens, como escreveu Aécio, é garantir-lhes mais segurança e educação.

Vida digna para todos é utopia? Ora, a utopia caminha ao lado da política. Antes de fazer é preciso sonhar e acreditar. Com a política podemos arregaçar as mangas e por em prática os nossos ideais. As realizações só acontecem depois de idealizadas. E somos nós, homens públicos ou não, jovens ou não, os protagonistas das mudanças, para o futuro que queremos para o mundo e para o Brasil.

“O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza” – Papa Francisco

“Faça-se luz”, análise do Instituto Teotônio Vilela

Análise do Instituto Teotônio Vilela

Politica-intervencionista-do-governo-federal-afasta-investidores-para-energia-Foto-Divulgacao--300x200Energia barata é bom e todo mundo gosta. Mas a alegria de ter precinhos módicos nas contas de luz, que o governo petista transformou em uma de suas principais bandeiras políticas, durou pouco. É o que acontece quando decisões são tomadas visando exclusivamente resultados eleitoreiros. O pato, e a fatura, quem acaba pagando somos nós, os contribuintes.

Em setembro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff ocupou cadeia de rádio e televisão para anunciar, com pompa, que as tarifas de energia baixariam, em média, 20% no país. Para uma nação acostumada a pagar caro pelo que consome e a ser muito mal servida pelo governo, parecia uma boa-nova e tanto. Pena que não durou quase nada.

A diminuição das tarifas de energia foi obtida na marra pela gestão petista, que impôs às concessionárias uma renovação quase forçada de seus contratos. À época, o governo garantiu que tinha dinheiro em caixa suficiente para garantir a baixa duradoura e assegurou aos consumidores que a redução era para valer. Tudo mentirinha.

Vê-se agora que a redução das tarifas de energia foi mero golpe publicitário e está com os dias contados. Segundo O Estado de S.Paulo, passados pouco mais de oito meses após a renovação dos contratos, “o governo federal não tem mais recursos em fundos setoriais para as indenizações que terá de pagar às empresas do setor elétrico”.

Sobraram despesas, inclusive para bancar a energia gerada pelas térmicas a fim de evitar apagões e para custear subsídios a programas como o Luz para Todos, e faltou dinheiro. Mais ainda, faltou planejamento e boa gestão. E quem vai pagar a conta da barbeiragem? O meu, o seu, o nosso dinheirinho…

“Com saldo insuficiente para essa despesa, caberá ao Tesouro Nacional e, em última instância, ao contribuinte, desembolsar pelo menos R$ 6,7 bilhões nos próximos quatro anos para reembolsar as companhias”, completa o Estadão. O governo do PT tentou manter tudo sob sigilo, na moita, longe dos olhos do público, mas não conseguiu.

É possível que o avanço sobre o bolso de contribuintes e consumidores aconteça mais rápido do que se imagina. Ontem, O Globo informou que, para honrar os pagamentos que o governo assumiu na renovação atabalhoada dos contratos de energia, as contas de luz podem subir 20% já em 2014. Ou seja, produziu-se uma cizânia dos diabos para as tarifas voltarem a ser como eram, não sem antes promover uma nefasta desorganização no setor elétrico.

Esta tamanha irresponsabilidade, obviamente, não será sem custo. Ao longo do conturbado processo, o governo da presidente Dilma – que se apresenta como especialista em energia – levou as empresas de energia à lona, implodiu pelo menos uma estatal, a Eletrobrás, e pôs sob risco o suprimento de um insumo básico para o desenvolvimento do país.

Desde o início de setembro do ano passado até ontem, as empresas de energia que têm ações listadas na Bovespa perderam, em média, 21,2% de seu valor de mercado, calculado a partir da variação do índice que acompanha o desempenho dos 16 principais papéis do setor, o IEE. Cabe a pergunta: em troca de quê?

Até o fim deste ano, a gestão da presidente Dilma também terá conseguido reduzir a zero um fundo que, até o início deste ano, tinha R$ 15,3 bilhões – a chamada Reserva Global de Reversão. Não se sabe como o rombo será coberto, mas sabe-se que o governo já cogitou todo tipo de artimanha, como a antecipação de recursos que Itaipu tem a receber pelos próximos dez anos, agora abandonada pelo Ministério da Fazenda.

Repetem-se no setor elétrico as mesmas características da gestão temerária que os petistas têm adotado no trato da coisa pública. É improviso para todos os lados, que ignora um preceito básico da economia: a restrição orçamentária, equivalente ao popular “o cobertor é curto”, pondo em risco a governança e a solvência do país. No caso da imprudente redução das tarifas de energia, a conclusão é cristalina: a gestão Dilma Rousseff produziu pouca luz e muita escuridão.

“IDHM: um país que avança”, análise do Instituto Teotônio Vilela

FHC-foto-Magdalena-Gutierrez-IFHC-300x200O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) divulgado ontem mostra, felizmente, um país em evolução, que caminha para superar seu secular atraso. O indicador deixa claro que as duas últimas décadas foram prodigiosas. Mas é muito importante também porque implode uma falsa visão que os petistas tanto gostam de propagandear: a de que o Brasil foi descoberto em 1° de janeiro de 2003, com a posse de Lula.

Há muito que comemorar no levantamento publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Na média, o IDH dos municípios brasileiros subiu 47,5% desde 1991 até 2010, passando de 0,493 para 0,727. Com isso, deixou de ser considerado “muito baixo” para ser classificado como “alto”. Progredimos.

Duas décadas atrás, o Brasil tinha 86% de seus municípios com IDH “muito baixo”. Hoje apenas 0,6% ainda continuam nestas sofríveis condições, levando em consideração as dimensões renda, longevidade e educação. Melhor ainda, cerca de um terço das cidades do país já alcançaram status de “altamente desenvolvidas”.

Entre as três dimensões, os municípios brasileiros saem-se melhor em longevidade, com média de 0,816 e expansão de 23% em duas décadas. Educação mantém-se como a mais baixa (0,637), embora tenha sido a de maior progressão ao longo destes últimos 20 anos: evoluiu 128%. O avanço dos rendimentos foi o menor (14%) do período, levando o indicador específico desta dimensão para 0,739.

O levantamento do Pnud permite analisar a evolução dos municípios brasileiros dividindo-a em duas fases: de 1991 a 2000, período que praticamente coincide com o governo de Fernando Henrique Cardoso, e 2001 a 2010, dominada predominantemente pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Em quase tudo, o desempenho no primeiro decênio supera o do segundo.

Na média, o IDHM geral saltou 24% de 1991 a 2000 e, no período seguinte, melhorou mais 19%. Na educação, a diferença é cavalar: na primeira metade das duas últimas décadas, ou seja, na fase predominantemente tucana, o avanço obtido pelo país foi de 63%, percentual que caiu para 40% no decênio seguinte.

Os avanços na renda praticamente se equivalem nos dois períodos: 6,9% entre 1991 e 2000 e 6,8% de 2000 a 2010. Apenas a progressão no indicador específico para longevidade foi mais elevada, ainda que levemente, nos anos que coincidem majoritariamente com os da gestão petista: aumento de 12% no período mais recente, ante 10% no decênio inicial.

Ficar fazendo comparações pretéritas é como ficar olhando para o retrovisor sem ver se o carro ruma para espatifar-se contra o muro. Mas este é o esporte preferido dos petistas, como fez, novamente, a presidente Dilma Rousseff na entrevista que deu à Folha de S.Paulo publicada no domingo. É algo tão descabido que equivaleria a ver Fernando Henrique cotejando-se a João Baptista Figueiredo lá na metade inicial de seu governo…

Em lugar de ficar contemplando o passado, o importante é mirar no que o Brasil realmente precisa investir para construir seu futuro. E o que o Pnud, mais uma vez, deixa evidente com o IDHM é que nosso grande gargalo é a educação: entre nossos jovens de 15 a 17 anos, apenas 57% completaram o ensino fundamental e, entre 18 e 20, só 41% concluíram o médio.

Conseguimos pôr praticamente todas as crianças brasileiras na escola – hoje 91% delas estão nas salas de aula – mas não lhes oferecemos educação de qualidade. Basta ver quais são os municípios mais desenvolvidos do país – a paulista São Caetano do Sul continua liderando o ranking nacional – para se constatar que a chave do sucesso é a aprendizagem bem feita.

“Os dados revelam uma defasagem no caminho seguido por quem está na escola. É como se o estudante desistisse ano a ano. Especialistas em educação sabem que escola boa segura o aluno, mas escola ruim o expulsa”, analisa a Folha. Para complicar, as diferenças regionais são ainda mais evidentes nesta dimensão: localidades do Norte e do Nordeste saem-se bem pior que o resto do país.

Um último aspecto a considerar é a limitada influência do quesito renda na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. A queda na mortalidade infantil – que influencia a dimensão longevidade – pesou muito mais na expansão verificada nos últimos 20 anos do que, por exemplo, a universalização de programas como o Bolsa Família.

A pesquisa do Pnud é riquíssima para apontar quais caminhos o país precisa seguir para alcançar condições de desenvolvimento realmente mais dignas. E serve, também, para mostrar quem mais fez pela melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nos últimos 20 anos. Se é para comparar, a vitória é dos tucanos.