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Bolsa Família: Declaração do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB

IMG_7063-300x200“O resultado da investigação da Polícia Federal sobre o episódio dos boatos do fim do Bolsa Família comprova a irresponsabilidade da ministra Maria do Rosário e de outros dirigentes do PT que culparam a oposição pelo ocorrido. Fica claro também que a Caixa Econômica Federal não pode se eximir da responsabilidade sobre o caso, que gerou tanto desespero e aflição a milhares de famílias. Mais uma prova de que as marcas do atual governo são o improviso, a falta de planejamento e de gestão, e a pouca coragem de assumir suas responsabilidades, o que afeta diretamente a vida dos brasileiros, sobretudo daqueles que mais precisam do apoio do poder público. Aguardamos que todos os que no governo se manifestaram de forma leviana em relação à oposição venham a público se manifestar em respeito aos brasileiros.”

Senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB.

Aécio Neves aponta descompromisso entre promessas eleitorais e ações do governo do PT

14-07-13-Aecio-Neves-Convenção-PSDB-SC_3-300x200O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, participou, no início da tarde deste domingo (14/07), da convenção estadual do partido em Santa Catarina. Durante o evento, ele afirmou que há hoje um claro descompromisso entre as promessas feitas pelo PT em campanhas eleitorais e ações tomadas pelo governo federal. O senador e ex-governador de Minas Gerais estava acompanhado do novo presidente do PSDB-SC, senador Paulo Bauer, e de demais lideranças tucanos no Estado.

Aécio Neves criticou a atual estrutura do governo do PT, com 39 ministérios e 22 mil cargos para os quais não é necessário concurso público. Para o presidente nacional do PSDB, o partido tem obrigação de apresentar à sociedade uma candidatura alternativa nas eleições do próximo ano.

“O que vemos no Brasil hoje é um claro descompromisso entre o que se propõe para a população e aquilo que se executa quando é governo. Não temos a opção de ter candidaturas. Temos a obrigação de construir essas candidaturas em benefício da população. Onde o PSDB governa, governa com resultado. O PSDB não se curva ao corporativismo, não aparelha maquina pública. É quase um tapa na cara da população brasileira termos 39 ministérios e 22 mil cargos comissionados, preenchidos exclusivamente pelo critério da filiação partidárias. Vamos fazer diferente e melhor, porque o PSDB tem coragem de romper com estruturas falidas para iniciar um tempo novo no Brasil”, disse.

Serviços Públicos

Aécio Neves também cobrou a melhoria de serviços públicos essenciais à população brasileira. Para o senador, o baixo nível de investimentos por parte do governo federal nessas áreas ajuda a explicar os problemas enfrentados pelos brasileiros em seu dia a dia.

“Onde está a resposta da presidente da República para a calamidade da saúde pública no Brasil? Há dez anos, o governo participava com 56% de tudo que se gastava com saúde no Brasil. Dez anos de governo do PT se passaram e hoje são apenas 45%. A preocupação com o aumento da criminalidade está em todas as regiões, em todos os municípios brasileiros. Mas, da conta da segurança pública, 87% são pagos pelos estados e municípios, e apenas 13% pelo governo federal. Onde está o compromisso assumido na campanha eleitoral de desonerar as empresas de saneamento, que hoje pagam mais impostos que investem?”, cobrou Aécio Neves.

 

“A economia vai de mal a pior”, análise do Instituto Teotônio Vilela

DILMA-FOTO-ABr-300x200Entra mês, sai mês, as perspectivas para a economia brasileira só pioram. É frustração atrás de frustração, sem que a gestão da presidente Dilma Rousseff consiga sequer esboçar alguma reação à altura. Este é um governo que se especializou em prometer muito e fazer muito pouco.

Na sexta-feira, mais um indicador veio jogar água fria nas já congeladas expectativas quanto ao desempenho do PIB brasileiro neste ano. O Banco Central divulgou que a economia local recuou 1,4% em maio. Se o dado em si já é bem ruim, as circunstâncias o tornam pior ainda.

A queda foi a maior registrada pelo BC desde dezembro de 2008. Para quem tem dificuldade de guardar datas, aquele foi um dos piores meses para a economia mundial em décadas, depois que a bolha de crédito imobiliário explodiu nos Estados Unidos e espalhou crise por todo o mundo.

Diferentemente daquele momento, agora o Brasil é um dos poucos países do mundo cuja economia está atolada em problemas. Desde 2008, as economias globais estão em compasso mais lento, mas a maior parte delas superou os piores momentos e hoje já acelera. Conosco acontece o inverso.

Os motores que poderiam impulsionar o crescimento estão rateando. Há duas semanas, o IBGE divulgou mais um tombo da indústria, com queda de 2% em maio. O desempenho tem sido errático: neste ano até agora, o setor industrial cresceu bastante em janeiro (2,7%), devolveu tudo em fevereiro (-2,4%), andou de lado em março (0,8%), acelerou em abril (1,8%) e voltou a despencar em maio.

Outro segmento em que os problemas vão se avolumando é o consumo. Também na semana passada, o IBGE mostrou que as vendas do comércio varejista registraram, em maio, o menor crescimento para o mês desde 2009, com estabilidade em relação a abril.

O que se pode esperar daqui para frente? Junho não deve ter rendido alento aos nossos indicadores, uma vez que a atividade econômica foi muito afetada pelos protestos que marcaram o mês em todo o país.

Com isso, os resultados trimestrais do PIB devem vir decepcionantes. As estimativas predominantes sugerem uma elevação de apenas 0,8% entre abril e junho, mas há quem aposte em menos, com possibilidade de o pibinho do primeiro trimestre (0,6%) se repetir.

Todas as fichas estão jogadas no segundo semestre, nos investimentos e nas concessões de serviços públicos que o governo deve levar a leilão a partir de agosto. São milhares de quilômetros de rodovias e ferrovias e, posteriormente, alguns aeroportos.

Quanto aos investimentos públicos, o desempenho é desalentador. Segundo a ONG Contas Abertas, só um em cada cinco reais destinados a esta finalidade foram empenhados no primeiro semestre, e não fossem os chamados “restos a pagar” seria ainda pior. Os valores investidos estão 13% menores do que em 2010, já descontada a inflação.

As concessões também correm risco de produzir mais frustração do que realizações. O problema é que a gestão petista conseguiu produzir tanta confusão em torno do assunto – sintetizada numa bizantina discussão sobre fixação arbitrária de taxas de retorno dos investimentos – que já se teme pelo fracasso na disputa.

As idas e vindas nas regras, as disputas internas e os titubeios produzidos pelos responsáveis pelos leilões lançam uma nuvem de incertezas quanto ao sucesso de negócios cujos contratos se estenderão por décadas. Quem vai se aventurar numa economia em que os marcos são fixados e mudam ao bel-prazer dos governantes?

Com tantas incertezas, já vai se formando um consenso de que a economia brasileira crescerá menos de 2% neste ano – no acumulado nos últimos 12 meses, a expansão é de apenas 1,89%, segundo o BC. Seremos novamente os lanternas do continente, talvez superando apenas a Venezuela.
Já se dá de barato que a próxima vítima da inépcia petista na gestão da economia deverá ser a geração de empregos. O ritmo atual já é cadente: em maio, a abertura de novos postos de trabalho foi a menor para o mês em 21 anos.

Depois do fiasco de 2012, a presidente e sua equipe econômica passaram a prometer recuperação e bons resultados neste ano. Mais uma vez, as promessas irão se frustrar, num padrão que já se tornou comum na atual gestão. Dilma Rousseff e sua turma podem até ser bons de saliva, mas são péssimos quando o que interessa é fazer o país avançar.

Governo gasta R$ 1 trilhão com despesas e investe pouco no desenvolvimento, critica tucano

Valdivino-de-Oliveira-foto-Ag-camara1-300x200Brasília – O governo federal continua gastando muito com despesas e investimento pouco no desenvolvimento do país. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo desta segunda-feira (15), as despesas do governo atingiram R$ 1,01 trilhão no primeiro semestre, aumento real de 6,6% em relação ao mesmo período de 2012. As informações são de um levantamento realizado pela ONG Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).

Já os investimentos somaram R$ 20,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, contra R$ 20,3 bilhões em igual período de 2012, um avanço de apenas 1% acima da inflação. Na comparação com 2010, os investimentos caíram 12,7%, em termos reais.

Para o deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), integrante da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, os números comprovam que o governo não está interessado no crescimento do país. “O que mais preocupa a todos nós economistas é o fato de que o governo está gastando mal, e o excesso de gastos em áreas erradas é muito ruim para a economia. O governo também gasta pouco em investimentos. Deveria elevar isso para algo em torno de 20% a 25% do PIB. O que a gente observa é que o próprio governo não está interessado que a economia volte a crescer, já que investe tão pouco no país”, afirma.

Segundo o tucano, a atual situação de crise econômica poderia ser revertida caso a gestão petista diminuísse o seu intervencionismo no setor e realizasse investimentos pontuais.

“Estamos com um pibinho, um desempenho econômico pífio, e sabemos que isso poderia melhorar se tivéssemos mais investimentos em áreas vitais. O problema é que os investidores têm receio de investir no país porque a contrapartida é muito arriscada, a perspectiva de ganho é prejudicada pelos péssimos índices”, avalia.

“Outra questão importante é a inflação, que está visível, ultrapassando o teto da meta estabelecida. O governo gasta muito. Além da má qualidade do gasto, o volume é muito grande, o que acaba viabilizando o aumento da inflação”, aponta.

Corte de gastos – Valdivino acredita que a evolução das despesas mostra que o governo terá dificuldade em concretizar o corte de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões nos gastos, cujo anúncio foi prometido para esta semana. Em 2011, por exemplo, ano em que foram anunciadas contenções nos gastos com pessoal e seguro-desemprego, algumas despesas aumentaram em vez de cair.

“É muito difícil fazer cortes, especialmente no custeio da máquina pública, porque o governo ampliou muito o numero de ministérios. São 39, que exigem uma demanda crescente de investimentos com pessoal. O governo pulverizou os recursos do orçamento em um número muito grande de órgãos. O único jeito de conseguir, efetivamente, alguma economia é diminuindo a estrutura pública”, completa.

“Governabilidade”, artigo de Aécio Neves na Folha de S. Paulo

Aecio-0905-300x199Por incrível que pareça, o maior problema que a presidente Dilma Rousseff enfrenta não está nas manifestações de rua, na queda da popularidade ou nas vaias em eventos. Quem se dedica à vida pública sabe que faz parte da democracia enfrentar adversidades como essas, por mais constrangedoras que sejam.

A grande dificuldade vem do seu próprio partido, o PT. Nunca antes na trajetória de um chefe de nação foi tão oportuno invocar a máxima segundo a qual quem tem determinado tipo de amigos, não precisa de inimigos.

Em fevereiro, com nada menos que 20 meses de antecedência em relação ao pleito de 2014, o PT lançou a candidatura da atual presidente e colocou em marcha, sem disfarce, sua campanha eleitoral, forçando o governo a escolher entre a lógica da reeleição e os interesses do país.

O marqueteiro ganhou funções de primeiro ministro, com poder para decidir prioridades capazes de fortalecer a imagem da candidata. A agenda de viagens da presidente passou a ser ditada pelas conveniências da afirmação regional de sua imagem. Multiplicou-se a formação de cadeia nacional de TV, substituindo-se, sem qualquer pudor, o horário político gratuito do TSE.

Imaginando que venceria por WO, o PT acabou atropelado pela força da realidade. Quando as pesquisas indicaram a queda brutal da intenção de voto na candidata, a legenda atirou o seu nome aos leões, ensaiando o coro pela volta do ex-presidente Lula à disputa, enquanto sua base de apoio a tudo assiste sem esboçar qualquer gesto de solidariedade.

Escolher um candidato é sempre prerrogativa de um partido ou das alianças que se formam. Entretanto, ao retirar o tapete sob os pés da presidente, movido pelas conveniências da conjuntura, o PT, na verdade, contribui para debilitar ainda mais a sua gestão, com graves riscos para a governança. O que é um assunto aparentemente doméstico do PT passa a ser, portanto, uma preocupação de todos.

A presidente não pode ser diariamente desafiada a demonstrar a viabilidade do seu nome para 2014. Ou ser instada a priorizar uma agenda meramente eleitoral, quando o país espera o combate à inflação e ao baixo crescimento e soluções para a extensa pauta de reivindicações no campo dos serviços públicos em áreas essenciais. Muitas das medidas necessárias talvez não atendam aos interesses políticos do seu partido ou à lógica do seu marketing pessoal, mas são fundamentais para o país e não podem mais ser retardadas.

Se é legítimo que a sociedade cobre soluções para os problemas brasileiros, é igualmente fundamental que não percamos de vista o que é de fato prioritário.

Não vamos nos enganar: não há nada que esteja muito ruim que não possa piorar.

 

Aécio Neves é senador pelo PSDB-MG. Foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010. É formado em economia pela PUC-MG. Escreve às segundas-feiras na página A2 da versão impressa.

Presidente Dilma se preocupou apenas em conquistar simpatia, diz Marcio Monteiro

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Foto: Marycleide Vasques

Para o presidente regional do PSDB, deputado estadual Marcio Monteiro, a presidente Dilma Rousseff apenas quis conquistar a simpatia da população com medidas anunciadas para debelar a crise política decorrente das manifestações populares e a queda da própria popularidade.

“A presidente não apresentou nenhuma proposta que lidasse com questões essenciais, como a reforma fiscal. Todas as medidas anunciadas não tinham nenhuma substância, tocavam em assuntos superficiais, periféricos”, disse ainda Monteiro.

Monteiro comentava a opinião do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), para quem a presidente Dilma tem se preocupado com as questões eleitorais, em detrimento de gerir o país.

“Em fevereiro, com nada menos que 20 meses de antecedência em relação ao pleito de 2014, o PT lançou a candidatura da atual presidente e colocou em marcha, sem disfarce, sua campanha eleitoral, forçando o governo a escolher entre a lógica da reeleição e os interesses do país”, diz Aécio em artigo publicado na Folha de S. Paulo de hoje (15/7).

Para Marcio Monteiro, além da prioridade da presidente para questões eleitorais o modo atabalhoado com que ela reagiu à crise demonstra “despreparo, falta de planejamento, desconhecimento da realidade do país”.

Aécio recomenda ainda que à presidente não priorizar a agenda eleitoral “quando o país espera o combate à inflação e ao baixo crescimento e soluções para a extensa pauta de reivindicações no campo dos serviços públicos em áreas essenciais”.

Despesa do governo supera inflação e passa de R$ 1 trilhão pela primeira vez

Dinheiro-Foto-Divulgacao--300x199O Estado de S. Paulo – As despesas do governo apresentaram aumento real de 6,6% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2012. Os desembolsos romperam a barreira do trilhão, atingindo R$ 1,01 trilhão. É o que mostra levantamento realizado pela organização não-governamental Contas Abertas com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).

A evolução das despesas mostra que o governo terá dificuldade em concretizar o corte de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões, cujo anúncio é prometido para esta semana, da forma como foi encomendado. A ordem é preservar investimentos e programas sociais e apontar a tesoura para gastos de custeio da máquina pública. O que se vê na prática, é que os investimentos estão estagnados, enquanto as demais despesas sobem.

Os gastos com investimento somaram R$ 20,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, contra R$ 20,3 bilhões em igual período de 2012, um avanço de apenas 1% acima da inflação.

Leia a íntegra da matéria de O Estado de S. Paulo AQUI.

“Pátria Amada, Brasil!”, por Danilo de Castro

Danilo-de-Castro-200x300Há muito não víamos jogadores, especialmente os da Seleção Brasileira, cantando o Hino Nacional com um sentimento tão profundo de patriotismo. E não só a Seleção Brasileira de Futebol, mas o povo brasileiro foi envolvido, nesse último mês, por um clima quase sagrado de amor à pátria.

É verdade que o nosso Hino é um dos mais bonitos do mundo, no entanto, o momento vivido foi o fator preponderante para que fôssemos contagiados por uma energia inigualável que teve como resultado a quebra de uma monotonia social de tempos.

Assim, o Brasil foi para as ruas e se reconheceu nas manifestações reivindicando direitos básicos que foram esquecidos pelo governo Dilma. Vimos gente de todas as idades e classes imbuídas de um mesmo espírito contestador e pacífico, como deve ser, pois não se reconhece como democracia atitudes destoadas de seu fundamento, como os casos de vandalismo.

Mesmo que a presidente tenha comparado o seu governo com o “padrão Felipão” – em alusão aos bons resultados obtidos pelo treinador com a Seleção Brasileira – o Brasil não tem vivido, na era petista, um sentimento de confiança e tranquilidade social por parte da sua brava gente. Ao contrário, o sistema de privilégios para alguns em detrimento de muitos e a disparada de índices negativos em vários setores gerou insatisfação, indignação e desconfiança, resultando nas manifestações que se alastraram pelo País.

Em seu artigo desta semana para a coluna do jornal Folha de S.Paulo, o senador Aécio Neves afirmou, com propriedade, que a presidente Dilma Rousseff cometeu enorme injustiça com o técnico Luiz Felipe Scolari ao dizer que seu governo tem um “padrão Felipão”.

Sabe-se que no “padrão Felipão” nenhum jogador ganha ou perde um jogo sozinho, por isso a cobrança vem na hora certa, os erros que porventura aconteçam são admitidos e, mais importante que isso, o diálogo, o administrar as diferenças e o direcionar esforços, sem excluir ou privilegiar ninguém, concorrem para o êxito. É certo que o resultado da soma de um treinador competente mais uma equipe eficiente só pode ser bola na rede!

O povo brasileiro descobriu que o Brasil é uma nação maravilhosa e que tem todos os ingredientes para fazer muitos gols, mas antes, entendeu que é preciso ter um bom comandante.

Danilo de Castro é secretário de Estado de Governo de Minas Gerais

Antonio Imbassahy: plebiscito é arapuca

Artigo do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) publicado na quarta-feira (10) no Correio da Bahia

antonio-imbassahy-foto-Alexssandro-Loyola-300x200O eco do grito das ruas, que sacudiu o país nas semanas de junho, ainda atordoa os que não souberam ou não quiseram ouvi-lo. Certamente, não será com outras manifestações, tipo chapa-branca, promovidas por centrais sindicais e organizações atreladas ao governo, que calarão os clamores contra a corrupção, a impunidade, por direito a uma escola melhor, uma saúde decente, por segurança, transporte de qualidade, transparência com os gastos públicos e um novo significado para a representação popular na política.

Também não será insistindo na realização de um plebiscito, que aprovaria a realização de uma reforma política oportunista e voltada já para o palanque de 2014, que será satisfeita a vontade de transformações expressa pelos mais de dois milhões de manifestantes em quase 300 cidades brasileiras. Quem abriu os ouvidos e prestou atenção aos acontecimentos, buscando compreendê-los, entendeu muito bem que a forma de se fazer gestão pública e política no país será outra, daqui para a frente. Precisamos resgatar valores, como o respeito à moralidade com a coisa pública, aos compromissos assumidos com o eleitor, à representatividade confiada nos votos.

Esse novo país que emerge das ruas exige a boa aplicação do dinheiro público, redução do número de ministérios, de cargos de confiança e mordomias. Clama ainda por direitos individuais e sociais, sonha com cidades mais habitáveis, com segurança no dia a dia, serviços coletivos de qualidade e reclama uma Justiça mais ágil e igualitária.

As rotas bandeiras vermelhas levadas às ruas não representam essa nova Nação. O pacto proposto pelo Palácio do Planalto a governadores e prefeitos das capitais mostrou-se um engodo, pois não será com soluções improvisadas e autoritárias que resolveremos graves problemas de nossa saúde, de falta de proteção dos jovens contra as drogas, que avançam no país. Menos ainda resolveremos as tão reivindicadas questões de mobilidade urbana com projetos megalômanos como o trem-bala SP-Rio, que consumirá bilhões de reais. Por último, a prioridade açodada e eleitoreira de um plebiscito para impor uma reforma política com viés de hegemonia partidária não passa de uma armadilha, que o Judiciário questiona e a nação esclarecida não aceitará. Até por entender que as bandeiras são outras, como explícito nas redes sociais, no querer das ruas: “Plebiscito não! É saúde e educação!”

Defendemos uma reforma política bem discutida e fundamentada em três pilares: Que aproxime, de fato, o eleitor de seu representante, alguém que ele conheça e possa cobrá-lo; isso será possível com o voto distrital. Uma reforma que fortaleça os partidos, identificados por seu ideário, programas, seus propósitos claros e definidos. Entendemos, por fim, que uma reforma política séria implica na redução ou anulação do poder econômico dos partidos ou dos candidatos na decisão do voto. O eleitor deve pautar a escolha nos princípios partidários e na qualidade do candidato. Essa proposta de plebiscito que o petismo nos quer impor tem ranço de golpe, não passa de uma arapuca, jogada de marketing de um governo sem norte, que não reconhece suas falhas e evita enfrentar o debate sobre problemas reais. O país não acatará.