Campo Grande (MS) – Preocupado com as questões de saúde dos reeducandos, o governo do Estado de MS está promovendo o debate sobre políticas públicas em saúde para o tratamento da tuberculose junto à população privada de liberdade. Nos dias 26, 27 e 28 de maio pesquisadores nacionais, internacionais, gestores estaduais e municipais apresentarão propostas e debaterão projetos direcionados para a erradicação da tuberculose para este grupo específico.
Uma das pesquisas de destaques que será debatida e apresentada durante o seminário é o projeto coordenado pelo professor e médico infectologista Julio Henrique Croda, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Fiocruz, que monta uma ação de saúde para tratar a doença dentro de presídios. Desde julho de 2016 a SES, Sejusp e Agepen firmaram uma parceria com o projeto para intensificar as ações no combate à epidemia de tuberculose.
Na abertura do seminário, o Governo do Estado assinará o Termo Aditivo de Cooperação, disponibilizando quatro mil laudos para radiografias para o projeto, fará a entrega de um baú blindado para a realização de exames de raio-x para diagnósticos de tuberculose, além da assinatura que sancionará o projeto de lei que terá o dia 25 de março como o Dia D de Combate à Tuberculose no Sistema Prisional.
De acordo com o professor Julio Croda, o projeto tem uma proposta inovadora podendo ser referência para as ações contra a doença em nível nacional. “Iniciamos um extenso estudo sobre a situação da tuberculose nos estabelecimentos penais e o impacto da sua transmissão para a comunidade. Com base nisso, publicamos artigos científicos que detalham a situação da tuberculose nas penitenciárias e a partir disso conseguimos a parceria de várias instituições. O objetivo é levar até estas instituições uma estrutura efetiva para exames e com profissionais, sendo o primeiro estado a colocar em prática uma proposta deste tamanho, servindo de modelo para outros estados”, afirma o professor.

A ação é promovida pelo Governo de MS, por meio das Secretaria de Estado de Saúde (SES), de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), além da participação de instituições como: Ministério da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Universidade de Yale (EUA), Universidade de Stanford (EUA) e Universidade Nacional de Caaguazu (Paraguai).
Informações com assessoria,