PSDB – MS

Prefeito de Jardim quer restringir direitos de professores concursados

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Foto: perfil de Erney no Facebook

A Câmara de Vereadores de Jardim aprovou nessa terça-feira (3/9) projeto de lei complementar encaminhado pelo prefeito Erney Bazzano Barbosa que poderá restringir direitos dos professores da rede municipal. O projeto altera a lei complementar n° 70/09, referente ao Plano de Cargos e Carreiras do magistério.

Os professores concursados do município, além da carga horária para a qual prestaram o concurso, têm a prerrogativa de acumular mais 20 horas/aula. Com o projeto aprovado ontem, os professores concursados perderiam esse direito, permitindo ao Poder Executivo contratar professores temporários para suprimento das vagas. Estima-se que com isso, a Prefeitura poderia contratar pelo menos outros 300 professores.

Segundo o vereador Guilherme Monteiro (PSDB), o prefeito Erney manobrou para que não houvesse tempo hábil de o sindicato dos professores se organizarem, já que o projeto chegou à Câmara e foi votado em regime de urgência, a pedido do líder do prefeito, vereador Professor Serginho.

Aprovado por maioria na manhã de ontem, com exceção dos vereadores Guilherme Monteiro e Mário de Oliveira, que votaram contra o projeto, até a manhã desta quarta o prefeito ainda não tinha sancionado a lei. Guilherme Monteiro esclarece que não concorda com o projeto porque o prefeito não negociou com a categoria. “O prefeito não cumpriu o combinado com o sindicato dos professores que era de chegar ao acordo, empurrando a medida goela abaixo”, acrescentou o vereador Guilherme.

O parlamentar esclarece ainda que como forma de protesto, nesta quarta-feira está havendo paralisação das atividades docentes na rede municipal.

Regência de classe – Ainda conforme o projeto aprovado, a gratificação de regência de classe deixa de ser recebida pelo professor e coordenador pedagógico que estiver em licença para tratamento de saúde, licença maternidade e paternidade.

Neste momento os professores estão mobilizados em frente à prefeitura, com uma comissão que acaba de sair do gabinete do prefeito; conforme alguns professores, o Executivo estaria irredutível com a classe dos professores e não estaria aberto à negociação. Os professores estão dispostos a recorrer ao Judiciário.

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