PSDB – MS

Professor Rinaldo divulga campanha pelo fim da violência contra mulheres

“Não podemos permitir mais que a intolerância continue acontecendo nas famílias, precisamos aprender a conviver com todo tipo de divergências, inclusive as ideológicas.” Desta forma o deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB), líder do governo na Casa de Leis iniciou seu discurso nesta quinta-feira (22) para divulgar a Campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres, realizada pela subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SPPM), em parceria com a Secretaria de Estado, Cultura e Cidadania (SECC) e o Governo do Estado.

O deputado Professor Rinaldo, autor da Lei 4784/2015, que instituiu o dia 25 de novembro como Dia Estadual de Mobilização pelo Fim da Violência contra a Mulher, apresentou alguns dados divulgados pelas SPPM. “O índice da violência no Estado só aumentou, se compararmos com o mesmo período do ano passado, de 1º de janeiro a 15 de novembro. Neste período foram registrados 15.457 Boletins de Ocorrência de violência doméstica, sendo 5.343 na capital. Os BOs de estupro em 2018 são 1626, eram 1510 em 2017. Foram 26 feminicídios em 2018. É inadmissível continuar esta situação”, defendeu o parlamentar.

Professor Rinaldo acredita que o trabalho realizado pela subsecretária Luciana Azambuja Roca é essencial. “Fico muito contente quando alguém como a subsecretária Luciana Azambuja alcança outros rincões na luta contra a violência contra a mulher. Esta Casa de Leis está cumprindo o seu papel, por meio de projetos e proposições já aprovadas para construir e aprimorar essa política de defesa da mulher. Tenho vergonha deste alto índice de violência entre os homens sul-mato-grossenses. Devemos promover a política da paz e da tolerância ao próximo , seja da criança, da mulher ou do idoso”, reiterou.

O deputado Paulo Corrêa (PSDB) também parabenizou o trabalho da Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. Parabenizo o trabalho da subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres pois tem trazido esses números para que a sociedade possa ver o que está acontecendo. Que estes dados cheguem a mais pessoas e autoridades”, enfatizou.

Para o deputado estadual Cabo Almi (PT), o que falta é a crença ou fé para haver mais respeito e tolerância nas famílias. “Essa falta de amor ao semelhante é a pura reflexão da ausência de Deus na vida das pessoas. E isso dificulta muito o convívio, já que a falta de perdão e de diálogo acaba causando tragédias. Infelizmente as pessoas insistem em descumprir a lei, em serem ignorantes”, relatou Almi.

O deputado estadual Enelvo Felini (PSDB) também acredita também que as bebidas alcoólicas contribuem para a violência. “Atualmente não temos nem ideia de quantas marcas de cerveja estão à venda e outros similares. Também não mensuramos o aumento considerável de estabelecimentos que funcionam 24hs ofertando esses produtos. O desemprego também causa desordem em qualquer família. Esses problemas fossem sanados, parte da violência seria resolvida”, registrou o deputado.

Campanha – A Campanha que ocorre simultaneamente em 160 países tem o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade de erradicar a violência contra a mulher e divulgar os mecanismos legais para coibir a violência de gênero, e também para avaliar os avanços e retrocessos nas políticas públicas, as ações de enfrentamento à violência e a eficácia da Lei Maria da Penha.

Em Mato Grosso do Sul, a Subsecretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) realizará diversas ações, incluindo palestras, panfletagens, debates e peças nas redes sociais, com o objetivo de despertar na sociedade a atenção sobre atitudes que levam ao desrespeito às mulheres e as diversas formas de violência sofridas diariamente, além dos atos números de feminicídios registrados no Estado. Além do dia 25 de novembro, instituído pela Lei 4784/2015, no dia 6 de dezembro haverá o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência às Mulheres, também conhecido como Dia do Laço Branco, e o término da campanha é no dia 10 de dezembro, data em que é comemorado Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Bruna Oliveira, ativista pelo fim da violência contra as mulheres

Tribuna – A voluntária da SPPM, Bruna Oliveira, subiu a tribuna para falar sobre violência contra a mulher.  “Faço parte da equipe técnica da equipe que fala sobre violência doméstica, e falar sobre isso faz toda a diferença na vida de uma mulher que sofre violência em casa. Sofri todos os tipos de violência e não percebia, pois, quando uma mulher sofre violência, ela sente medo, pânico e vergonha. Também nos perguntamos o tempo todo o que fizemos de errado, temos medo de sermos julgadas. As pessoas deveriam ser mais solidárias. Esta Casa de Leis tem parlamentares que podem fazer a diferença para fazer essas pessoas saírem disso. Se engajem nesta causa, peço humildemente a cada um de vocês deputados e deputados para que possamos salvar a vida de muitas mulheres e meninas”, solicitou Bruna Oliveira.

Bruna Oliveira falou sobre a tentativa de feminicídio que sofreu. “A agressão começou dentro de casa e terminou na rua, ninguém me acudiu, mesmo eu gritando. As pessoas precisam sim ‘meter a colher’. Até quando irão se omitir? A agressão contra a mulher hoje é um problema de todos nós, e a vítima só quer ter o apoio e ser salva, pois sofremos essa violência exatamente em nosso refúgio por pessoas que você ama e confia, é agredido sem perceber, ninguém apanha porque quer, ninguém gosta de apanhar, ninguém entra em um relacionamento para isso”, desabafou a voluntária.

A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) agradeceu a presença da voluntária. “Me emociona a forma que você se apresenta em seu relato, não há ódio, há equilíbrio em sua fala. Parabéns ao Governo do Estado e a todas as mulheres que trabalham pelo ativismo”, disse.

Segurança – O deputado estadual Professor Rinaldo também falou da excelente atuação da Polícia Civil junto à elucidação de crimes no Estado. “A elucidação de crimes e homicídios no Estado é comparada a países de 1º mundo. O terceiro Estado mais segura para viver no País é Mato Grosso do Sul, devido a polícia ser uma das mais seguras e eficientes do País. Quero registrar aqui a rapidez com que a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul resolveu o assassinato do ex-superintendente de Gestão da Informação do Governo do Estado, Daniel Nantes Abuchaim, e lamento profundamente esta ocorrência”, relatou.

 

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